O GRÊMIO
Outro dia, apareceu aqui a referência ao Grêmio Satírico Gregório de Matos. Éramos jovens, quase meninos. Durou um ano, Ira Esteves, Iran Fersil, Aflopes, Aury Silva Braga, eu, outros. Uma é hoje esposa de um ex-governador. Nunca mais a vi. Aflopes era mais velho e criava (acreditem) uma onça em casa. Tudo era possível, naquela época. Ele trouxe o filhote do interior do Amazonas. Criou. Amava o bicho. Depois, Aflopes sumiu, mudou-se para Belém e sumiu. Uma outra poetisa é tia de um atual senador do Amazonas. Nunca mais a vi. Nosso grêmio era famoso. Mantivemos uma polêmica contra outros poetas, pelos jornais. Contra Benjamin Sanches, autor de "Argila". Um bom poeta. Eu assinava "Calixto Diniz". Sanches escrevia, em resposta: "Cá li isto, que você escreveu". Bons tempos. Boas lembranças. Depois vim para o Rio de Janeiro. Ira foi para Los Ângeles. Separamo-nos. O Grêmio, entretanto, continua presente, no espaço real da poesia perene, lá.
Lá.