[Flávio Bittencourt]

O banho público Parque Dez, em Manaus

O Coronel Roberto, com saudade, escreveu sobre a piscina que podia ser frequentada pelo povo trabalhador da capital amazonense.

 

 

 

 

 

 

 

PIMENTA MURUPI, NO PÉ,

LOGO ANTES DE SER COLHIDA:PIMENTA MURUPI

Pimenta Murupi
Pimenta Murupi

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"Pimenta Murupi

Nome científico: Capsicum chinense
Cor: Verde (imaturo), amarela pálida, amarela viva ou vermelha (maduro)
Tamanho:
3,5 a 6,0 X 1,0 cm
Formato: Alongado
Pungência: Picante média a alta. SHU =
15.000 a 30.000
Aroma: Forte e característico
Usos: Condimentos, molhos misturado ao caldo do tucupi e conservas com vinagre, óleo ou soro de leite
"

 

 

 

 

 

, óleo ou soro de leite

 fruta a partir da qual é feita a cuia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"Fruta a partir da qual é feita a cuia (foto de Cristina Yoshida)"

(http://issoebelem.wordpress.com/2009/05/27/o-famoso-tacaca/)

 

 

 

 

UM QUELÔNIO "antediluviano":

A TARTARUGA VERDADEIRA DO AMAZONAS:

(http://eptv.globo.com/terradagente/GFOT,0,4,226%3B1,tartaruga-da-amazonia.aspx)

 

 

 

 

 


 
"Bem, gente, esse é o 'Tucunaré'. 
Pra quem não conhece, é um peixe exótico com sabor muito apreciado por nós, amazonenses. (...)"

(http://licoesereflexoes.blogspot.com/2010/10/voce-ja-tomou-uma-caldeirada-de.html)

 

 

 

 

 

 

 

"O TUCUNARÉ JÁ VEIO COM UMA INSÍGNIA CIRCULAR NA QUAL SE DISTINGUE

UMA ESPÉCIE DE MOLDURA AMARELA, 

MARCA NATURAL QUE FAZ DELE UM PEIXE ECOLOGICAMENTE HERÁLDICO"

(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")

 

 

 

 

 

 

O DELICIOSO TACACÁ

(TOMADO NA CUIA, COM - se for o caso - PIMENTA MURUPI) 

Tacacá

Foto: Galeria de Artur “tCk”

(/http://acaocultura.wordpress.com/2009/06/)

 

 

 

 

 

 

"EXISTE, À MARGENS DO LENDÁRIO RIO NEGRO, UM RESTAURANTE, A 25 KM DO CENTRO DE MANAUS (restaurante do qual, de luneta [QUE É EMPRESTADA AOS FREGUESES DO ESTABELECIMENTO], se pode ver o Encontro das Águas), NO QUAL SÃO SERVIDOS OS MARAVILHOSOS PEIXES DA REGIÃO, CHAMADO MORONGUETÁ (*), EM HOMENAGEM AO LIVRO MONUMENTAL - em dois grossos tomos - DE NUNES PEREIRA, CUJO TÍTULO É MORONGUETÁ - UM DECAMERON INDÍGENA"

(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")

(*) -  Peixaria Moronguetá - Rua Jaith Chaves, nº 30 - Porto da Ceasa, bairro Vila da Felicidade - Manaus-AM. 

 

 

 

 

"Domingo, 22 de agosto de 2010

Re Leitura

 
Ando relendo [O CINEASTA JOSÉ SETTE ANDA RELENDO] alguns livros e folheando outros. Tive uma grata surpresa ao me reencontrar com o velho amigo Nunes Pereira e reler algumas lendas do seu Decameron Indígena – “Moronguêtá” – Civilização Brasileira – 1967 – Dois volumes. Nunes Pereira escreveu também “Baíra” – 1940, “Os Índios Maués” - 1954, além do extraordinário “Panorama da Alimentação Indígena” – 1964. Ele tornou-se meu amigo e com ele convivi fraternamente até a sua morte. Nunes nasceu em São Luis do Maranhão, a 26 de junho de 1893. Quando o conheci ele já tinha feito oitenta anos e escrito importantíssimos livros para a preservação da cultura do índio brasileiro. Moronguêtá é conversa, diálogo, é a fina arte de contar histórias. E entre uma história e outra ele nos traz o lendário de várias tribos que hoje se extinguiram. Fui com ele a São Luis do Maranhão filmar A Casa das Minas, na Rua São Pantaleão, onde ele nasceu e onde iniciei o filme que faria sobre as origens do culto Vodu no Brasil... Depois de alguns anos de convivência à distância, ele reaparece em 1985, (foto) homenageado no meu filme 100% Brazileiro, mas isso já é outra história...
 
Nunes Pereira [NO PRIMEIRO PLANO, NA FOTOGRAFIA A SEGUIR REPRODUZIDA] fala sobre sua amizade com o francês Blaise Cendrars e o movimento modernista de 22, no cenário da Oficina Goeldi em BH, durante as filmagens de "Um Filme 100%Brazileiro".  (JOSÉ SETTE)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://kynoma.blogspot.com/2010_08_01_archive.html)
 

 

  

 

 

AGNELLO BITTENCOURT, NUNES PEREIRA,

ULYSSES BITTENCOURT, MÁRIO YPIRANGA MONTEIRO

E CENTENAS DE OUTROS GRANDES ESCRITORES E 

PESQUISADORES DAS COISAS DA AMAZÔNIA:

empedernidos defensores do Estado Democrático de Direito,

foram maçons exemplares (*)

 

(http://tertulino.blogspot.com/2009_09_06_archive.html)

 

(*) - EM HOMENAGEM A MEU AMIGO MIGUEL CARQUEIJA,

que não é maçom, SOBRE PROTEÇÕES DE CATÓLICOS A

PERSEGUIDOS POLÍTICOS DE OUTRAS TENDÊNCIAS

(marxistas, por exemplos [OBS.: DA MESMA FORMA QUE 

ACONTECIA NO CONTEXTO IDEOLÓGICO EM QUE FLANAVA

FLÁVIO CAVALCANTI, MIGUEL CARQUEIJA NÃO COMUNGA

COM OS IDEIAS DE MARX / LENIN]), EM ÉPOCAS SOMBRIAS DA POLÍTICA DO BRASIL,

RESSALTA-SE, AQUI, QUE O CATÓLICO APOSTÓLICO ROMANO - E POLITICAMENTE 

CONSERVADOR (ENTUSIASMADO ELEITOR DE CARLOS LACERDA E DA EXTINTA UDN) - 

Flávio Cavalcanti (o famoso apresentador de televisão infelizmente já falecido) E SUA SENHORA,

Dª Belinha Cavalcante, ACOLHERAM EM SUA CASA  EM PETRÓPOLIS

(Estado do Rio, Brasil) A ATRIZ LEILA DINIZ, que estava sendo

procurada para ser presa pelo DOPS, como conta

Dona Belinha em seu livro autobiográfico MEU FLÁVIO:

os membros da Maçonaria Simbólica também protegeram

grande quantidade de pessoas [ENTRE OUTRAS UNIDADES

DA FEDERAÇÃO, por exemplo, DO ESTADO DE GOIÁS],

como me contou um ex-perseguido político, abrigando-as

em suas próprias residências, o que significou COLOCAR

EM RISCO A PRÓPRIA INTEGRIDADE FÍSICA, a

confirmar a índole generosa e de tolerância com

pessoas de outros credos religiosos e filosofias existenciais

e politicas, que caracteriza o povo brasileiro (ou a maior parte dele)

 

 

 

 

 

 

foto

Barcos no porto de Manaus

(http://www.flickr.com/photos/37239046@N08/3565480503/)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

DETALHE PRINCIPAL DO AUDITÓRIO DO I. G. H. A. (INSTITUTO GEOGRÁFICO E

HISTÓRICO DO AMAZONAS), Manaus

(http://catadordepapeis.blogspot.com/2010/04/memorial-amazonense_09.html)

 

  

 

 

 

"[NO INTERIOR DO AMAZONAS] A canoa é pequena e são necessários muitos homens para puxar a rede e trazer o pirarucu para bordo. Alguns caboclos, porém, são tão jeitosos que usam apenas o arpão e conseguem vencer a luta contra o pirarucu."

(http://www.cbnmanaus.com.br/marcossantos/?p=1111)

 

 

 

 

 

 

 

"Recordar é viver"

(DITADO POPULAR)

 

 

 

 

 

 

O INDESCRITÍVEL BANHO (IGARAPÉ) PÚBLICO PARQUE DEZ:

orquestra-parque-10-nos-anos-50
 

(http://www.blogdosarafa.com.br/?p=5217)

 

 

 

 

 

 

          OCASIÃO EM QUE SE HOMENAGEIA A MEMÓRIA DO ESCRITOR AMAZONENSE

          ULYSSES UCHÔA BITTENCOURT (1916 - 1993), 

          DA ACADEMIA AMAZONENSE DE LETRAS,

          DO INSTITUTO GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DO AMAZONAS E DA

          ORDEM DOS VELHOS JORNALISTAS

          

 

 

 

4.4.2011 - Se ainda fosse vivo, meu pai, o cronista amazonense, ex-professor do Colégio Estadual de Manaus, médico veterinário e servidor público aposentado da Guanabara, Dr. Ulysses Bittencourt, estaria completando hoje (segunda-feira, 4 de abril de 2011) 95 anos de idade - Suas crônicas - que, com regularidade, eram publicadas no jornal A Crítica, de Manaus - eram dignos documentos de um memorialismo regional (UNIVERSAL, POR TRATAR DE CERTA ALDEIA - grande - QUE ANTIGAMENTE NÃO CHEGAVA A SER METRÓPOLE), de alta qualidade literária e reconhecido valor historiográfico. Em homenagem à sua saudosa memória, transcrevo, a seguir, artigo do Coronel Roberto sobre um dos lugares mais agradáveis de Manaus. Ao balneário público PARQUE DEZ meu pai levou-me, tendo lá nadado, vigorosamente (era ele uma pessoa de porte atlético, que remara em sua juventude). Nadar na fabulosa piscina do Parque Dez eu também nadei, mas menos vigorosamente, porque ainda era um tanto franzino (menino pequeno que aprendera a nadar na piscina da AABB do Rio [SENDO O PROFESSOR DE NATAÇÃO UM MESTRE-ATLETA QUE TODOS OS DIAS VINHA DE PETRÓPOLIS ATÉ O RIO, DURA ROTINA QUE IMPRESSIONAVA OS SEUS ALUNOS!]). Também eu, concordando com tudo o que afirma o Coronel Roberto, sinto saudade desse impressionante banho manauara. A ele, Cel. Roberto, agradeço penhorado o fato de ter escrito sobre o inenarrável BANHO PARQUE DEZ, de Manaus, Estado do Amazonas, Brasil.  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

 

 

ESCREVEU, DE FORMA PRECISA E

CARINHOSA, O CORONEL ROBERTO,

EM SEU IMPORTANTE BLOG

CATADOR DE PAPÉIS:

 

"Quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Parque Dez de Novembro

 
Vamos relembrar o balneário que, por décadas, proporcionou um refrigério aos manauaras. Denominado de Dez de Novembro para assinalar o primeiro aniversário do Estado Novo, em 1938, foi construído aproveitando o leito do igarapé do Mindu.
Apenas para os da segunda idade: Estado Novo foi o título da intervenção mais profunda no governo do País. Em resumo, foi o reinício da ditadura de Getúlio Vargas, que se estendeu até 1945. 

Antonio Maia,
Jornal do Commercio
Manaus, 27 set. 1970

O governante estadual de então era denominado de interventor. Assim, o Amazonas era dirigido pelo interventor Álvaro Maia. Muito já se falou deste falecido político. Foi excepcional homem das letras, tanto na prosa quanto no verso, mas o Estado, entretanto, padeceu sob a sua direção.
Para dirigir a Prefeitura de Manaus, Álvaro escolheu ao irmão Antonio Maia (1936-1941), a quem coube a construção desse "banho" público. Interessante que do outro lado da rua, na rua Darcy Vargas ou V8, na época, existiam os "banhos" particulares; tudo nas margens do mesmo igarapé. Ainda se encontra vestígios do balneário, que funcionou até o início dos anos 1970.

Para melhor entender o benefício prestado aos moradores de Manaus, tomei o depoimento de um frequentador, Herbert Ribeiro, nascido em 1944, e que curtiu aquele ambiente em seu melhor momento. Herbert e eu fomos camaradas na Polícia Militar, mas ele logo optou pela vida civil, tendo sido professor capacitado e dedicado. Registrou ele:
O logradouro construído sobre o leito e margens do igarapé do Mindú, aproximadamente hoje no entroncamento das ruas Recife e Darcy Vargas, serviria para o lazer e satisfação das famílias amazonenses, principalmente nos domingos e feriados. Era provido de piscina natural, área verde, zoológico e um restaurante que oferecia uma culinária regional.
Ao longo de uma vereda que fazia uma bifurcação com as ruas acima citadas, hoje Efigênio Sales ( V-8), havia inúmeras chácaras todas utilizando o igarapé do Mindú.
O apogeu do Parque Dez, para a minha geração, vai do final dos anos 1950 pela década de 1960. Lembro-me ainda que no decorrer do primeiro semestre de 1961, pelas tardes, a partir das 16h, com a colaboração dos seguranças efetuamos gostosas peladas com times de seis jogadores. Frequentavam o local adolescentes e rapazes de vários locais: Adrianópolis, Aleixo, Chapada, São Geraldo etc.

Jornal do Commercio. Manaus, 30 jul. 1970
Eu morava na rua Paraiba entre a rua Belo Horizonte e o V-8 de hoje, e comandava um time imbatível... Seis "craques" de bola: Cleuton, filho da dona Maria Reis; Coroca, filho da dona Cordolina; Wilson e Cotreca, filhos da dona Raquel; meu primo Dinho e eu, Herbert, conhecido por Betinho.
Que saudade... que saudade!
Jornal do Commercio. Manaus, 30 jul. 1970
 
 

(http://catadordepapeis.blogspot.com/2010/11/parque-dez-de-novembro.html)

 

 

 

SOBRE O AUTOR DO ARTIGO

ACIMA TRANSCRITO:

"Quem sou eu [CORONEL ROBERTO]

Nasci em Manaus (AM), no outrora bairro de Constantinópolis, hoje de Educandos, nos fundos do cine Vitória. Apesar de entrado na terceira idade, ainda busco me educar. Passei pelo Seminário São José de Manaus, mas terminei a vida profissional na Polícia Militar do Estado. Aposentado, resolvi caçar notas e fatos jornalísticos em páginas amareladas. Muitas, amareladas demais. Ao trazer à lembrança fatos passados, nem sempre edificantes, espero servir a quantos se empenham de alguma maneira - por necessidade acadêmica ou por curiosidade - com a história amazonense. Pertenço ao Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, desde 1994.

(http://www.blogger.com/profile/06747081499952954426)

 

 

 

 

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O MEMORIALISTA ULYSSES BITTENCOURT

ESCREVEU (MAR. / 1985) SOBRE O

ETNÓLOGO E ICTIÓLOGO NUNES PEREIRA

 

 

"A partida do velho amigo (7 de março de 1985),

por Ulysses Bittencourt (1916-1993)

Na intimidade quieta da mata, causa susto e tristeza ver de repente o raio abater árvore secular. A mesma sensação acometeu-me ante o desaparecimento, dia 26 de fevereiro, do sábio Nunes Pereira. Por sua morte a floresta amazônica ficou sem um dos seus mais altos e valiosos exemplares, um exemplar insubstituível. A metáfora pode ser antiga, mas é exata para expressar o doloroso fato.

Nascido no Maranhão, cedo ele viajou para o Amazonas e ao nosso Estado passou a dedicar quase todo o resto de sua produtiva e longa vida de intelectual, antropólogo, etnólogo e biólogo, partindo da Veterinária. Com seu jeitão boêmio, bom bebedor que foi até findar-se aos 92 anos, Manoel Nunes Pereira, na realidade, era um estudioso metódico, um pesquisador obstinado e pertinaz. Tendo abandonado o curso de Direito, a partir daí tornou-se autodidata. Além do português, do tupi-guarani, nheengatu, dominava o inglês, o francês, o alemão e o italiano. Mantinha intercâmbio verbal ou por correspondência com os mais importantes nomes da cultura brasileira e estrangeira. Foi a síntese perfeita do homem brasileiro: branco, preto e índio. Ele mesmo dizia ter “os cabelos do português, as feições do índio e o tom de pele mulato herdado de minha mãe”. Daí ser recebido em todos os ambientes com alegria. Para exemplificar: esteve em várias tribos afastadas da “sifilização” (como ele chamava), sendo logo acolhido como sábio pajé e chamado pelos naturais de “saracura branca”. Conviveu por longos períodos com os silvícolas, alimentando-se e procedendo como um deles, o que lhe valeu um enorme repertório engraçadíssimo de episódios e de anotações de raro valor científico, aproveitadas em seus trabalhos. De vez em quando, Nunes Pereira era tema de extensas reportagens em jornais, revistas e entrevistas na televisão. Guardo três dessas reportagens de O Globo, uma de 1974 e duas outras de 1975 e 1977. Em artigo do Jornal do Brasil, disse dele Carlos Drummond de Andrade: ”Homem de ciência agudamente provido de sensibilidade e visão humanística, eis o que é o caboclo maranhense Nunes Pereira. Daí seu livro soar um som claro, alegre, sadio, jamais instalando tédio pela informação indigesta”. Membro fundador da Academia Amazonense de Letras, Nunes pertencia ainda a inúmeras outras instituições culturais e científicas. Todo esse prestígio, porém, não o afetava. Residindo em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, por muitos anos, fazia suas viagens com módicas ajudas-de-custo pelo Ministério da Agricultura – do qual foi funcionário, recebendo daí sua modesta aposentadoria – ou comissionado pelo Governo do Amazonas, pouco mais auferindo com a venda de seus livros. Um sábio que era, morreu pobre, despojado e simples como sempre viveu, respeitado pela grandeza de sua obra e pelas cintilações de sua presença em qualquer meio. Honrou-me frequentando minha casa, como frequentou a casa de meu avô [1], a de meu pai [2], a de meus irmãos, depois também a de meu filho Flávio, com cujo filho Eduardo brincou várias vezes, somando assim uma amizade que se estendeu ao longo do tempo por cinco gerações [3].

Artigo publicado na coletânea póstuma “Patiguá”, Rio de Janeiro: Copy & Arte, 1993, pp. 114–115; apresentação de Mário Ypiranga Monteiro; desenho reproduzido na capa: Appe (Amilde Pedrosa [6]).

[1] Antônio Bittencourt, ex-governador do Amazonas, autor de Memória do Município de Parintins, 2ª ed. (Manaus: Governo do Estado do Amazonas, 2001 [1924]);

[2] Agnello Bittencourt, geógrafo, ex-prefeito de Manaus, foi um dos fundadores, em 1917, do IGHA – Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, autor de Corographia do Estado do Amazonas, 2ª ed. Manaus: ACA (Associação Comercial do Amazonas - Fundo Editorial, 1985 [1925]);

[3] “Por instância do acadêmico Bernardo Cabral, proferi a oração de adeus em nome da Academia Amazonense de Letras e do Governo do Estado do Amazonas, depositando simbolicamente no túmulo de Nunes Pereira uma coroa de louros e um ramo de acácia [planta símbolo da Maçonaria], tão sua conhecida" (nota acrescentada por U.B. para a coletânea Patiguá; artigo publicado originalmente em A Crítica, de Manaus, em 7 de março de 1985)".

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Nunes_Pereira) 

 

 

 

 

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"Mr. Pepper Sartori
 
 
Produtos    Mr. Pepper Sartori   a base de pimentas:
Molhos, antepastos, geléias, molhos liquídos tipo tabasco, pastas, cremes com pimentas nucleares e suaves, conservas variadas sem adição de conservante, totalmente artesanal:
 
 
 
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              Origem da palavra Pimenta:
A palavra pimenta possui sua origem no Latim, mais precisamente na palavra pigmentum – plural pigmenta – que significa pigmento. A palavra pigmentum, por sua vez, origina-se da raiz do verbo pingere, que significa “pintar”. Portanto, a palavra pigmentum era utilizada para definir componentes ou substâncias com propriedades corantes. Posteriormente a palavra foi designada às especiarias e temperos que eram aplicados na coloração e decoração de comidas e bebidas. A pimenta-do-reino foi a especiaria batizada inicialmente com essa nomenclatura em português. Após a chegada de Colombo à América, levou-se um bom tempo para descobrir que a substância responsável pela ardência nos pratos locais (principalmente os caribenhos) era proveniente dos frutos de plantas do gênero Capsicum e não da tão conhecida pimenta-do-reino. Como a associação da ardência já estava dominantemente associada a palavra “pimenta”, os frutos do gênero Capsicum também mantiveram esse nome.
Outros termos também foram adotados e tornaram-se mundialmente famosos na definição dos frutos da espécie Capsicum. Um dos mais conhecidos é chili: a palavra origina-se da palavra cilli, do dialeto Nahuatl. Vestígios mostram que esse dialeto já era utilizado desde o século 7 D.C, pelo povo Asteca. Atualmente esse dialeto ainda é utilizado por muitos habitantes da região central do México.
Referências:
• The Oxford Dictionary of English Etymology
• Word Origins: A Classic Exploration of Words and Language
Origem da Pimenta.
As pimentas (em inglês chile (chili ou chilli) pepper, do espanhol chile) são os frutos das plantas do gênero Capsicum, pertencentes a família Solanaceae.
Atualmente existem em torno de 20 a 27 espécies catalogadas e são originárias das Américas do Sul e Central, das quais 5 domesticadas. Acredita-se que foram uma das primeiras plantas a serem domesticadas pelo homem, pois evidências encontradas em sítios arqueológicos em diversas regiões exibem vestígios de cultivo datando de 7500 A.C. aproximadamente. Supõe-se que o México e o Norte da América Central sejam os pontos de origem da espécie Capsicum annuum e que a América do Sul seja a origem da espécie Capsicum frutescens. São teorias que até o momento não possuem provas concretas e decisivas para torná-las uma afirmação.
Cristóvão Colombo foi o primeiro europeu a encontrá-las, em sua primeira jornada ao novo mundo. Acreditando ter alcançado as Índias, nomeou os pequenos frutos vermelhos de "pimenta" devido a sua semelhança em sabor (não aparência) às Pimentas do Reino, mundialmente conhecidas na época e provenientes daquela região. Em 1493, Peter Martyr d'Anghiera escreveu que Colombo trouxe para casa "pimentas mais picantes do que aquelas originárias do Cáucaso".
O cultivo das pimentas tornou-se mundialmente famoso de maneira muito rápida, sendo levadas pelos exploradores portugueses e espanhóis, em meados do século XVI, para África e Ásia. Não existem dados ou vestígios precisos de como a pimenta espalhou-se pela Ásia, a partir de sua introdução, mas sabe-se que rapidamente propagaram-se para as Filipinas, Índia, Coréia, China e Japão. Foram incorporadas à culinária dessas regiões quase instantanêamente. Por exemplo, podemos citar a maneira como a presença de colônias portuguesas na Índia tornou marcante a introdução da pimenta em seus pratos, como no caso da região de Goa, onde o prato Vindaloo é uma adaptação do prato português Carne de Vinha d' Alhos.
Nos EUA as pimentas são cultivadas comercialmente desde 1600, aproximadamente, quando os colonizadores espanhóis iniciaram o cultivo utilizando irrigação proveniente do Rio Chama, localizado no norte do Novo México.
Espécies domesticadas
As 5 principais espécies domesticadas são:
Capsicum annuum var. annuum (que inclui, por exemplo, pimentão, cayenne, new mexican)
Capsicum baccatum var. pendulum (que inclui a aji, dedo-de-moça)
Capsicum chinense (que inclui, por exemplo, habanero, bhut jolokia, fatalii)
Capsicum frutescens (que inclui, por exemplo, tabasco)
Capsicum pubescens (que inclui a tepin)

Ardência (Pungência)
A característica mais importante e peculiar encontrada nas pimentas é a sensação de ardência ou queimação (pungência) causada pela ingestão ou aplicação tópica das mesmas. Quem confere esse atributo é a substância natural chamada capsaicina. Essa substância na verdade é um composto químico formado por capsaicinóides, recebendo o nome de capsaicina por ser o elemento dominante na composição. É perceptível aos seres humanos em soluções diluídas na proporção de dez partes para um milhão de água ou outras substâncias utilizadas para medição.
O grau de ardência das pimentas é apresentado em unidades na Escala de Scoville, nomeada de acordo com seu criador, Wilbur Scoville, sendo um dos primeiros testes considerado um tanto quanto confiável.
Os capsaicinóides são produzidos nas glândulas da placenta da fruta. Embora as sementes não sejam a fonte de ardência, elas ocasionalmente absorvem a capsaicina devido a proximidade com a placenta. Nenhuma outra parte da planta produz essa substância.
Os níveis de ardência da pimenta são influenciados por componentes ambientais e genéticos, tais como: estrutura genética da variedade, condições climáticas, condições de crescimento e idade da fruta. Além disso, estudos recentes revelam que quanto maior o risco da planta ser atacada por fungos, maior é a quantidade de capsaicina presente no fruto. Esse mecânismo de defesa garante a proteção da fruta contra a invasão dessas bactérias.
Para mais informações consulte nossos artigos mais detalhados sobre a capsaicina, Unidades Scoville e nosso Banco de Dados com nossa tabela de pimentas classificadas de acordo com sua ardência.
Culinária
Alguns antropólogos defendem a tese de que o homem iniciou o consumo de pimenta devido a suas propriedades anti-bacterianas. Foi observado que a maioria das pessoas que consomem pimenta vivem na faixa equatoriana terrestre, onde os micróbios e bactérias reproduzem-se com muita facilidade causando uma série de doenças intestinais. Outros acreditam que o início do consumo ocorreu devido ao sabor e ardência dos frutos.
Atualmente a pimenta marca presença na culinária de diversos países. Provalmente sua associação mais famosa é feita com a cozinha mexicana. Mas vários outros países e regiões possuem a pimenta como ingrediente essencial em vários pratos de sua culinária, como no caso da Índia, Coréia, Indonésia, Nepal, Tailândia, Turquia, etc. São utilizadas das mais diversas formas - cruas, cozidas, secas, em saladas, fritas, entre outras. Seu extrato é utilizado na preparação de molhos picantes.
Para mais informações consulte nossa área de  rGastronomia,epleta de receitas e dicas para o uso culinário da pimenta.
Referências:

(http://mrpeppersartori.do.comunidades.net/index.php)