[Flávio Bittencourt]

O ambiente escolar deve impedir brutais perseguições contra alunos indefesos

É preciso criar uma cultura contra o bullying, escreve Alan Meguerditchian.

 

 

 

 

 

 

  

 

UNIVERSIDAD NACIONAL DE LA PLATA (UNLP), EM LA PLATA [LOCALIZADA A 56 KM

A SUDESTE DA CIDADE DE BUENOS AIRES], onde cursaram Advocacia e se conheceram 

Néstor e Cristina Elisabet

(http://ahorainfo.com.ar/2008/08/mayores-de-25-anos-sin-titulo-secundario-podran-ingresar-a-la-unlp/)

  

 
 
 
 
 
 
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O PRESIDENTE KIRCHNER E SUA SENHORA, A PRESIDENTE CRISTINA ELISABET FERNÁNDEZ DE KIRCHNER

(http://blogdofavre.ig.com.br/2009/06/argentina-renueva-el-parlamento-en-un-contexto-de-contraccion-economica/12071/, onde se pode ler:

"EFE – Buenos Aires – 27/06/2009 – El País")

 

 

 

 

 

A CÉLEBRE CANTORA BRASILEIRA

SANDY LEAH LIMA NASCEU EM CAMPINAS,

ESTADO DE SÃO PAULO (BRASIL)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sandy

 

 

 

 

 

 Junior Lima.jpg

DURVAL DE LIMA JR, O JUNIOR, TRABALHANDO:

ELE TAMBÉM NASCEU EM CAMPINAS,

http://pt.wikipedia.org/wiki/Durval_de_Lima_Junior,

onde se pode ler a legenda original:

"Junior em concerto do SoulFunk, 2007"

 

 

 

 

 

 

 

 

"PRIMEIRO OS QUE MAIS PRECISAM

(divisa DA MARCA ATUAL DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://desenhosevetores.blogspot.com/2010/05/brasao-de-campinas.html)

 

 

 

CAMPINAS-SP: CÂMARA DOS VEREADORES EM SESSÃO

(http://www.campinas.sp.gov.br/noticias-integra.php?id=2621)

 

 

 

"AGENDA

06/05/2010 | Jovem Vereador 2010

    Local: Câmara Municipal de Campinas
    Cidade: Campinas

    Neste dia 6 de maio, 66 alunos dos 8º e 9º anos de 17 Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs) foram diplomados e tomaram posse como jovens vereadores - titulares e suplentes - na Câmara Municipal de Campinas.

    O secretário municipal de Educação, José Tadeu Jorge, participou da diplomação dos alunos no programa Jovens Vereadores, esteve presente também o Deputado Estadual Jonas Donizeti e os vereadores de Campinas Artur Orsi, Arly de Lara, Aurélio Cláudio, Élcio Batista, Jorge Schneider, Luis Yabiku, Miguel Arcanjo, Professor Alberto, Sebá Torres, O Politizador e representantes de outros vereadores".

    (http://www.vipvirtual.com.br/index.php?secao=3&id=302

     

     

     

 

 "ALESSANDRO COSTANTINI FALA SOBRE BULISMO

Alessandro Costantini é pedagogo, psicólogo e psicoterapeuta. Ocupa-se da prevenção de problemas juvenis nas escolas. Dada a sua atividade junto ao Ministério da Justiça, trabalhou na prisão de Ferrara-IT. Exerce a função de consultor em escolas e associações, além de promover cursos sobre comunicação para professores. Colabora com o site Psiconline.it, rede de informações dirigida ao estudo da psicologia e a psicólogos. É autor do livro Bullying: como combatê-lo?, que foi lançado no Brasil no Congresso Saber 2006, dia 02 de setembro. É o primeiro livro de origem européia sobre o Bullying traduzido no Brasil. O autor acredita que seja muito boa a reciprocidade entre os povos e países através de livros. Seu livro foi editado pela Itália Nova Grupo Editorial, empresa que realiza o intercâmbio cultural entre a Itália e o Brasil. Alessandro Costantini acredita na importância de aprender com os educadores no Brasil. (...)".
 

(http://www.italianova.net/archivio.php?tabella=italianova)

 

 

 

"(...) [COMENTÁRIOS]

Aline Archangelo disse... [9 de agosto de 2010 18:45]

Eu não conhecia o vereador Bileo Soares e me surpreendi com a enorme atenção com que trata a todos. Sempre disposto a atender, tem trabalhado brilhantemente e vem criando leis muito importantes e úteis para a sociedade. Parabéns ao vereador e toda sua assessoria que têm feito um trabalho excepcional na prefeitura de Campinas. E acreditem, isso não é ' puxa-saquismo'  [gír. (Brasil): BAJULAÇÃO, SERVILISMO INTERESSADO], é simplesmente algo que merece ser dito!

Abraços,

Aline Archangelo

 

http://bullynobullying.blogspot.com/2010/08/lei-municipal-de-campinas.html)

 

 

 

 

 

(http://blogdatiaellen.blogspot.com/2010/05/vitima-de-bullying-e-assasinada-no-rs.html)

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://blogdatiaellen.blogspot.com/2010/05/vitima-de-bullying-e-assasinada-no-rs.html)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://pensandoemfamilia.com.br/blog/blogagem-coletiva/blogagem-coletiva-cheda-de-bullying/)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://www.bullyingadvice.info/)

 

 

 

 

 

 (http://amigosdasvitimasdebullying.blogspot.com/)

 

 

 

 

 

 

                             Homenageando os governantes e parlamentares que

                             tomaram medidas contra o bullying e outras agressões aos

                             direitos das crianças e dos adolescentes,

                             os notáveis músicos e cantores, irmãos, Sandy e Junior,

                             o pedagogo italiano (especialista em proteção de

                             crianças em risco de agressão ou já agredidas)

                             Alessandro Costantini e

                             agradecendo aos articulistas Alan Meguerditchian e Diogo Dreyer

                             pelos bons textos anti-bullying que apresentaram

 

 

 

 

 

26.10.2010 - Bullying, muitas vezes, termina em suicídios de crianças, pré-adolescentes e adolescentes - Querem combater, duramente, o consumo infantil, juvenil e adulto do crack. Essa disposição governamental - de todos os candidatos à presidência do Brasil -, é claro, aparece como expressão de um clamor social.  As tarefas atinentes são urgentes-urgentíssimas.  Mas... combatam duramente, também, o BULLYING NAS ESCOLAS. A sociedade, penhorada, agradecerá. A seguir, estão transcritos excelentes artigos, de Alan Meguerditchian [entrevista com o pedagogo italiano Alessandro Costantini] e Diogo Dreyer, publicados, respectivamente, nos sites APRENDIZ e EDUCACIONAL. (Associações de pais de alunos devem cuidar, aliás, com a máxima atenção, desse vasto e agudo problema psicológico-social.)   F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

 

 

"É preciso criar uma cultura contra o bullying

Alan Meguerditchian

"Os jovens de hoje são mais agressivos do que os das gerações anteriores". A constatação do psicólogo e pedagogo italiano, Alessandro Costantini, ajuda a entender as motivações do surgimento e crescimento do bullying, assunto de seu livro "Bullying: como combatê-lo?". Diante disso, é necessário construir uma cultura em torno do tema, para tentar solucioná-lo.

Segundo o estudioso, o conceito de bullying deve ser compreendido como um comportamento ligado à agressividade física, verbal ou psicológica, exercida de maneira contínua dentro da escola. O fato envolve intimidadores, que produzem a violência, agredidos, que recebem a agressão e expectadores, que assistem. "Não são simples brigas que ocorrem entre os jovens, mas atos de intimidação sistemáticos impostos a estudantes vulneráveis e que levam a uma condição de isolamento e marginalização", explica.

Durante visita ao Brasil, Costantini concedeu entrevista exclusiva para o site Aprendiz na qual debateu a distância que ainda existe da discussão do conceito e sua aplicação na prática escolar, a dificuldade de identificar atos de bullying e como conseguir solucionar o problema.

Aprendiz - O conhecimento em torno do bullying saiu da academia e foi para a prática escolar?

Alessandro Costantini - O bullying é um fenômeno social que está surgindo agora. Nessa fase inicial é necessário conhecê-lo melhor, porque as pessoas percebem que não é uma coisa boa, mas não conseguem entendê-lo completamente. É preciso estudar para depois interferir. A situação é mais complexa hoje porque está mundialmente comprovado, por diversas pesquisas, que os jovens são mais agressivos. Esta agressividade começa desde os dois, três anos de idade.

A primeira coisa operacional a ser feita para levar o combate ao bullying até a prática escolar é uma pesquisa por meio de questionários anônimos para os estudantes responderem. Assim, é possível medir se naquela escola o fenômeno de bullying acontece, para depois intervir.

Na Itália, os estudos também chegaram atrasados em relação aos outros países europeus. Quando os nossos professores, dos vários níveis, e os pais começaram a descobrir uma agressividade nos filhos o processo já estava presente nas escolas.

Aprendiz - Por isso ainda é tão difícil para o professor identificar quando o bullying acontece na sua turma?

Costantini - O bullying nas escolas caracteriza-se por ações de prepotência, abuso, intimidação psicológica e física de maneira sistemática do intimidador contra a vítima em momentos em que o professor não está presente. Quando o ele descobre, as agressões acontecem há tempos. Assim, é necessário informar os professores para que eles atuem com um olhar de reconhecimento.

Aprendiz - Por que a geração atual é mais agressiva do que a anterior?

Costantini - Ainda estamos estudando o assunto, mas existem causas macro-estruturais que ajudam a entender. A sociedade de hoje é muito mais complexa. Existem fenômenos como a globalização, consumismo e o aumento da desigualdade econômica. Todos esses aspectos produzem o aumento da agressividade, assim como a pressão da mídia sobre os jovens, que oferece exemplos de vida restritos à aparência. Por isso, os jovens perdem muitos dos valores humanos e morais. No passado estes valores serviam de agregadores da sociedade e que agora estão perdendo seu valor.

Outros fatores são as mudanças que acontecem com a família. As famílias de hoje são muito diferentes das anteriores. Os pais trabalham e a criança fica sozinha. A família é mais complexa, o pai casou com outra mulher que traz a mãe, que não é avó do menino, mas é chamada como tal. Assim, muitas vezes, os filhos ficam sem um guia, um ponto de referência para o seu crescimento moral.

Por fim, outra causa é que a criança tem pais violentos. Isso faz com que a criança repita esta agressividade. Não havendo um adulto do seu lado que interaja, entenda ou interprete, o menino recebe as informações da televisão.

Aprendiz - A escola pode ajudar nesse processo?

Costantini - A escola não consegue substituir o papel da família e o menino fica confuso. Não tem família, não tem ponto de referência na escola, no final o menino junta-se a outros e forma um grupo, uma gangue. A gangue produz mais agressividade. Não é sempre, mas esse é um percurso possível.

Outro aspecto a ser levado em conta é a permissividade na educação, que nos últimos 20, 30 anos cresceu muito no mundo todo. Ela faz com que as crianças cresçam sem limites, com muita liberdade. Eles chegam na escola e encontram muita liberdade.

Aprendiz - Diante de todos esses fatos sociais irreversíveis, a escola pode acabar com o bullying ou apenas minimizar suas conseqüências?


Costantini - A primeira coisa é combater. A direção e os professores devem mostrar para os estudantes que o bullying não é uma coisa aceitável em circunstância alguma. O intimidador tem que entender que o que ele faz não é bom. Não basta apenas uma pessoa dizer que ele está errado. Todo mundo deve fazer isso, pais, professores, colegas de escola. Devemos criar uma cultura contra o bullying.

Depois de descobrir a agressividade é muito importante entender o porque. Qual é o problema, chegar na fonte. Para individualizar o caminho e solucionar a questão. Neste caso, os jovens, tanto agressores, quanto agredidos, precisam de uma ajuda e os pais, psicólogos e professores devem enfrentar com ele o caminho, estando, assim, envolvidos com o tema.

Aprendiz - Tais ações devem ser estabelecidas por um plano governamental ou por ações individuais das escolas?

Costantini - Na Itália o fenômeno é enfrentado de maneira pontual. Não existe um plano geral. Cada escola escolhe medidas próprias. Durante os cursos de atualização, os educadores são informados sobre os problemas do bullying individualmente, mas não é um plano orgânico. Diferentemente, na Inglaterra existe um plano governamental.

Uma estratégia unificada é muito importante porque tem um impacto muito forte nas escolas. Se o Lula, por exemplo, coloca-se no plano de governo um combate ao bullying a ser aplicado em todas as escolas, haveria um impacto bem forte de combate à agressividade e de prevenção. Isso poderia, no futuro, resultar em um impacto positivo na população, criando-se a cultura em torno do problema. Um plano governamental consegue segurar o crescimento da agressividade dos jovens de uma maneira mais ampla.

Aprendiz - Não importa se por um plano pontual ou do governo, como o agressor deve ser tratado?

Costantitni - Por um grupo de referência. Pais, professores, alunos. Todos. Insisto que devemos criar uma cultura contra o bullying. Ninguém deve apontar o dedo contra o intimidador. É uma cultura que deve ser criada. Todo mundo deve saber que atos de bullying não são permitidos. As crianças também devem saber que esta ação não é adequada.

Aprendiz - Dê um exemplo, por favor.

Costantini - É preciso ajudar a turma onde está o intimidador a participar de atividades na qual todo o grupo esteja presente. Música e teatro são exemplos. Essas atividades fazem com que o intimidador perceba que ele é parte do grupo. Além disso, ele nota que é mais prazeroso fazer parte do grupo e aceitar interagir com as crianças que eram as vítimas anteriormente. Se o intimidador toca a bateria e a vítima o baixo, é preciso que ambos trabalhem juntos. Não é possível isolar o jovem que toca o baixo. Isso é mais prazeroso e aproxima os estudantes, acabando com o bullying.

Não podemos esquecer das vítimas. Elas sofrem muito e, muitas vezes, a vítima tem um perfil introvertido e a intimidação, depois de muitos anos, afeta a personalidade da vítima de tal maneira que ela pode até se suicidar. Com as ações propostas, as antigas vítimas também passam a se sentir do grupo e isso ajuda na sua recuperação. 

Aprendiz - Com a cultura contra o bullying estabelecida, as crianças que apenas assistiam, vão passar a interferir?

Costantini - Claro, porque eles vão reconhecer o fato. Sem essa cultura, ele acha que é uma brincadeira. Com a cultura, a criança a partir dos seis anos percebe que aquilo não é uma brincadeira.

Aprendiz - Como o desenvolvimento dos jovens envolvidos em bullying pode ser afetado caso nenhuma atitude seja tomada?

Costantini - Se em uma escola, o intimidador fizer o que quiser, a vítima não tem a possibilidade de agir e se os expectadores não fizerem nada, ou pior, ficarem do lado do intimidador por medo de serem os próximos alvos, a violência irá aumentar muito. A violência passará a envolver muitos desses expectadores, tornando-os possíveis vítimas. Baseado em pesquisas cientificas, existe uma grande possibilidade dos intimidadores, no futuro, tornarem-se criminosos ou serem pessoas agressivas nos relacionamentos. Enquanto isso, as vítimas vão se fechar cada vez mais, produzindo assim uma auto-estima baixa, além de serem pessoas passivas.

Aprendiz - Existem diferenças entre as atitudes de bullying entre meninos e meninas?

Costantini - O jeito de agir das meninas é diferente. Elas têm uma agressividade de caráter psicológico, de isolamento. Fazem fofocas agressivas e obrigam que todos isolem a vítima. Hoje, 15% dos jovens envolvidos em bullying são meninas. Mas este número está aumentando e produzindo uma nova forma de agressividade feminina. Com 16 e 17 anos, elas formam gangues que usam agressividade física, que ainda estamos estudando.

Aprendiz - O bullying pode ser ampliado para áreas além da escola?

Costantini - Não, porque dentro da escola as vítimas não podem fugir. Elas não têm outra opção, além de suportar as agressões diárias que sofrem. Não é como se elas estivessem na rua, onde teriam a chance de sair.

Aprendiz - O seu livro fala para os pais e professores. É possível construir uma obra para falar com as crianças?

Costantini - Sim. Eu tenho dois projetos para crianças pequenas. Um para crianças de oito anos, no qual ela é guiada por um conto de fada. A história tem como conteúdo o bullying. O outro é um gibi para crianças um pouco maiores e que também contém uma história de bullying.

Caso produtos como esses fossem editados, seria possível atingir as crianças diretamente, de uma forma mais ampla, sem precisar de um plano governamental. Além disso, este tipo de ação pode ser facilmente divulgado pela internet".

(http://aprendiz.uol.com.br/content/vocucriwov.mmp)

 

 

 

 

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ARTIGO DE DIOGO DREYER

SOBRE BULLYING

 

 

 

A BRINCADEIRA QUE NÃO TEM GRAÇA

por Diogo Dreyer

 
 
 
 
"Todos os dias, alunos no mundo todo sofrem com um tipo de violência que vem mascarada na forma de “brincadeira”. Estudos recentes revelam que esse comportamento, que até há bem pouco tempo era considerado inofensivo e que recebe o nome de bullying, pode acarretar sérias conseqüências ao desenvolvimento psíquico dos alunos, gerando desde queda na auto-estima até, em casos mais extremos, o suicídio e outras tragédias.

 

Quem nunca foi zoado ou zoou alguém na escola? Risadinhas, empurrões, fofocas, apelidos como “bola”, “rolha de poço”, “quatro-olhos”. Todo mundo já testemunhou uma dessas “brincadeirinhas” ou foi vítima delas. Mas esse comportamento, considerado normal por muitos pais, alunos e até professores, está longe de ser inocente. Ele é tão comum entre crianças e adolescentes que recebe até um nome especial: bullying. Trata-se de um termo em inglês utilizado para designar a prática de atos agressivos entre estudantes. Traduzido ao pé da letra, seria algo como intimidação. Trocando em miúdos: quem sofre com o bullying é aquele aluno perseguido, humilhado, intimidado.

E isso não deve ser encarado como brincadeira de criança. Especialistas revelam que esse fenômeno, que acontece no mundo todo, pode provocar nas vítimas desde diminuição na auto-estima até o suicídio. “bullying diz respeito a atitudes agressivas, intencionais e repetidas praticadas por um ou mais alunos contra outro. Portanto, não se trata de brincadeiras ou desentendimentos eventuais. Os estudantes que são alvos de bullying sofrem esse tipo de agressão sistematicamente”, explica o médico Aramis Lopes Neto, coordenador do primeiro estudo feito no Brasil a respeito desse assunto — “Diga não ao bullying: Programa de Redução do Comportamento Agressivo entre Estudantes”, realizado pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia). Segundo Aramis, “para os alvos de bullying, as conseqüências podem ser depressão, angústia, baixa auto-estima, estresse, absentismo ou evasão escolar, atitudes de autoflagelação e suicídio, enquanto os autores dessa prática podem adotar comportamentos de risco, atitudes delinqüentes ou criminosas e acabar tornando-se adultos violentos”.

A pesquisa da Abrapia, que foi realizada com alunos de escolas de Ensino Fundamental do Rio de Janeiro, apresenta dados como o número de crianças e adolescentes que já foram vítimas de alguma modalidade de bullying, que inclui, além das condutas descritas anteriormente, discriminação, difamação e isolamento. O objetivo do estudo é ensinar e debater com professores, pais e alunos formas de evitar que essas situações aconteçam. “A pesquisa que realizamos revela que 40,5% dos 5.870 alunos entrevistados estão diretamente envolvidos nesse tipo de violência, como autores ou vítimas dele”, explica Aramis.

A denominação dessa prática como bullying, talvez até por ser um termo estrangeiro, ainda causa certa polêmica entre estudiosos do assunto. Para a socióloga e vice-coordenadora do Observatório de Violências nas Escolas — Brasil, Miriam Abramovay, a prática do bullying não é o que existe no país. “O que temos aqui é a violência escolar. Se nós substituirmos a questão da violência na escola apenas pela palavra bullying, que trata apenas de intimidação, estaremos importando um termo e esvaziando uma discussão de dois anos sobre a violência nas escolas”, opina a coordenadora.

Mas, tenha o nome que tiver, não é difícil encontrar exemplos de casos em que esse tipo de violência tenha acarretado conseqüências graves no Brasil.

Em janeiro de 2003, Edimar Aparecido Freitas, de 18 anos, invadiu a escola onde havia estudado, no município de Taiúva, em São Paulo, com um revólver na mão. Ele feriu gravemente cinco alunos e, em seguida, matou-se. Obeso na infância e adolescência, ele era motivo de piada entre os colegas.

Na Bahia, em fevereiro de 2004, um adolescente de 17 anos, armado com um revólver, matou um colega e a secretária da escola de informática onde estudou. O adolescente foi preso. O delegado que investigou o caso disse que o menino sofria algumas brincadeiras que ocasionavam certo rebaixamento de sua personalidade.

Vale lembrar que os episódios que terminam em homicídio ou suicídio são raros e que não são poucas as vítimas do bullying que, por medo ou vergonha, sofrem em silêncio.

Além de haver alguns casos com desfechos trágicos, como os citados, esse tipo de prática também está preocupando por atingir faixas etárias cada vez mais baixas, como crianças dos primeiros anos da escolarização. Dados recentes mostram sua disseminação por todas as classes sociais e apontam uma tendência para o aumento rápido desse comportamento com o avanço da idade dos alunos. “Diversos trabalhos internacionais têm demonstrado que a prática de bullying pode ocorrer a partir dos 3 anos de idade, quando a intencionalidade desses atos já pode ser observada”, afirma o coordenador da Abrapia.

 

Motivação
 
 
 

Segundo Aramis, os motivos que levam a esse tipo de violência são extremamente variados e estão relacionados com as experiências que cada aluno tem em sua família e/ou comunidade: “Famílias desestruturadas, com relações afetivas de baixa qualidade, em que a violência doméstica é real ou em que a criança representa o papel de bode expiatório para todas as dificuldades e mazelas são as fontes mais comuns de autores ou alvos de bullying”.

Das onze escolas avaliadas na pesquisa da Abrapia, nove eram públicas e duas particulares. Não houve diferenças quanto à incidência de bullying. O que se observou foi que a forma como ele é praticado varia de uma escola para outra. Nas particulares, por exemplo, valorizam-se muito os bens materiais, como carro, tênis importado, etc. Nessas instituições, não possuir algum desses bens pode ser motivo para perseguições. Já nas escolas públicas, a principal razão é a própria violência vivenciada cotidianamente pela comunidade.

Para a socióloga, essa é uma comparação difícil de ser feita. “Se você me perguntar onde existe mais intimidação, ou bullying, se na escola pública ou privada, responderei que não tenho idéia. No entanto, com relação à violência, é evidente que ela ocorre com mais força no lugar onde há menos condições de controle. E, na verdade, a escola privada tem muito mais condições de controlar aquilo que está acontecendo dentro de seus muros, com ela mesma ou com seus alunos. E os pais que têm filhos em escolas privadas podem entrar lá e intervir. Os alunos podem voltar para casa e discutir o problema com eles, e os pais, por sua vez, têm a possibilidade de ir à escola reclamar, mudar o filho de horário, de colégio, etc. Já em uma escola pública isso jamais vai acontecer! Se uma mãe for reclamar, os diretores e os professores nem vão dar bola”, afirma.

Origem
 
 
 

O bullying começou a ser pesquisado cerca de dez anos atrás na Europa, quando se descobriu o que estava por trás de muitas tentativas de suicídio entre adolescentes. Sem receber a atenção da escola ou dos pais, que geralmente achavam as ofensas bobas demais para terem maiores conseqüências, o jovem recorria a uma medida desesperada. Atualmente, todas as escolas do Reino Unido já implantaram políticas anti-bullying.

Os estudos da Abrapia demonstram que não há diferenças significativas entre as escolas avaliadas e os dados internacionais. A grande surpresa foi o fato de que aqui os estudantes identificaram a sala de aula como o local de maior incidência desse tipo de violência, enquanto, em outros países, ele ocorre principalmente fora da sala de aula, no horário de recreio.

Soluções
 
 
 

Para quem é vítima de algum desses tipos de humilhação, a saída é “se abrir”, ou seja, procurar ajuda, começando pelos próprios pais.

E quem tem um filho passando por esse problema precisa mostrar-se disponível para ouvi-lo. Nunca se deve aconselhá-lo a revidar a agressão; mas, sim, esclarecer que ele não é culpado pelo que está acontecendo. Também é fundamental entrar em contato com a escola.

Mas, se os pais não têm certeza de que seu filho sofre com essa violência, podem ficar atentos aos seguintes aspectos: “Os alunos-alvo são crianças ou adolescentes que são, sistematicamente, discriminadas, humilhadas ou intimidadas por outros colegas. Geralmente, eles têm poucos amigos, procuram se isolar do grupo e são identificados por algum tipo de diferença física ou comportamental. Além disso, têm dificuldades ou inabilidades que os impedem de buscar ajuda, são desesperançados quanto a sua aceitação no grupo e tendem a um comportamento introvertido”, explica Aramis.

Especialistas do mundo inteiro concordam sobre o fato de que o papel dos pais — tanto de alunos agressores como de agredidos — é fundamental para combater a violência moral nas escolas e de que eles precisam saber lidar com a situação. No caso dos pais de agressores, é preciso que se convençam e mostrem aos filhos que esse comportamento é prejudicial a eles. “De acordo com dados obtidos em trabalhos internacionais, não existe escola sem bullying. O objetivo é alterar a forma de avaliação do que é uma brincadeira e do que é bullying, mudando o enfoque da questão para a valorização do sentimento de quem sofre bullying, ou seja, respeitando seu sofrimento e buscando soluções que amenizem ou interrompam isso”, diz o coordenador da Abrapia. “Os autores de bullying podem se tornar líderes entre os alunos por disseminarem o medo e estarem repetindo seu modelo familiar, em que a afetividade é pobre ou a autoridade é imposta por meio de atitudes agressivas ou violentas”, completa.

Segundo Aramis, a única maneira de combater esse tipo de prática é a cooperação por parte de todos os envolvidos: professores, funcionários, alunos e pais: “Todos devem estar de acordo com o compromisso de que o bullying não será mais tolerado. As estratégias utilizadas devem ser definidas em cada escola, observando-se suas características e as de sua população. O incentivo ao protagonismo dos alunos, permitindo sua participação nas decisões e no desenvolvimento do projeto, é uma garantia ainda maior de sucesso. Não há, geralmente, necessidade de atuação de profissionais especializados; a própria comunidade escolar pode identificar seus problemas e apontar as melhores soluções”. Para o médico, a receita é promover um ambiente escolar seguro e sadio, onde haja amizade, solidariedade e respeito às características individuais de cada um de seus alunos. “Enfim, é fundamental que se construa uma escola que não se restrinja a ensinar apenas o conteúdo programático, mas também onde se eduquem as crianças e adolescentes para a prática de uma cidadania justa”, finaliza".

(http://www.educacional.com.br/reportagens/bullying/default.asp)

 

 

 

ADIVINHE QUEM SÃO ESSES DOIS MÚSICOS

OU, PARA SABER, CLIQUE EM:

http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2007/08/07/297155273.asp

 

 

 

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"Segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Lei Municipal de Campinas

 
De autoria do Vereador Biléo Soares, a lei municipal de combate ao bullying nº 13680 de 18/09/2010 garante o direito dos alunos das escolas municipais de Campinas de estudarem em um instituição de ensino que possui um projeto de prevenção a este tipo de violência.
Aline Isabela Archangelo e Carolina Giannoni Camargo propuseram algumas mudanças na lei, e estas foram aceitas pelo vereador Biléo Soares que se mostrou preocupado e interessado em fazer mais para acabar com o bullying no nosso município. 
Gostaríamos de agradecer ao vereador por facilitar nosso trabalho que, afinal, possui um único objetivo: Levar mais paz, bem estar e qualidade de vida para os alunos, por meio da prevenção ao bullying.

 

 
 

 
 

 

 

 

 

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Laura, Alba [FILHAS DO PRIMEIRO MINISTRO ESPANHOL José Luis Rodríguez Zapatero], and All Those Judgers

By It's My Life on September 30, 2009 6:41 PM | No TrackBacks

 

Wouldn't it be a blast to be famous? You're loved by millions of people who don't even know you, and get special VIP treatment everywhere you go. But living in the spotlight can be rough, too. You have one bad hair day or say something weird in an interview, and the critics and haters start making cruel, unfeeling remarks. They often defend their criticism by saying things like "Hey, she's famous...she can take it." And to some extent, they're right. Most famous people develop a thick skin to deal with anything hurtful or mean that's said about them. This doesn't excuse the cruelty, but -- let's be honest -- celebs and public figures have to learn to ignore the bullies if they want all the perks of fame.

But what if a person doesn't want to be famous? What if they have a private life, and then suddenly find themselves in the spotlight, overnight? And what if the glare of that spotlight was totally brutal?

spain.jpg

That's just what's happening to Laura and Alba Zapatero, sisters who are 16 and 13 years old. In many ways, these girls are just like you and your friends. They have favorite movies, bands, and books, and they have their own style. But these girls also happen to be the daughters of the Prime Minister of Spain. While visiting New York City last week, Laura, Alba and their mom and dad posed for a photo with President Barack Obama and First Lady Michelle Obama. Like many photos of the US President, the portrait was made public on a website, and picked up as news.

Only there was a little problem...Spanish Prime Minister José Luis Rodríguez Zapatero never wanted his daughters to live a public life, and with the help of a Spanish privacy law, made sure that no photos of his girls had ever been published. He wanted his daughters to have the same privacy as any other normal teenagers -- the chance to live their lives without the whole world watching. Once he realized that the pictures were on the Web, he tried to have them removed, but it was too late. Despite all of the Prime Minister's attempts to safeguard his daughters' privacy, the world got their first look at Laura and Alba. And some people who saw the pictures decided to be really, really mean.

People saw these two teen girls with a famous and important father, and got angry that Laura and Alba don't look like their idea of "Prime Minister's daughters." So they started tossing around labels, criticizing the girls' choice of clothing, jewelry, and haircuts. You know how it goes...you've probably seen kids in your school get picked on for the way they dress, or for being "too skinny" or "too fat." You've heard people lumping kids into certain groups or cliques, some of which have less status than others. It happens to millions of young people every day, and it hurts.

Only for the Zapatero sisters, it's happening on a huge, huge scale. They aren't being teased by a few bullies in school...they're being teased by people all over the world who think that these girls are fair game just because they have a famous dad! Maybe Sasha and Malia Obama are better off. Because they're seen regularly in press photos, they'll probably feel pressure over the next few years to appear a certain way...but at least they (hopefully) won't be publicly ridiculed.

What do you think? Should Laura and Alba have to deal with all this because of their father's job? Was their dad wrong for trying to shield them from the public in the first place? How would you feel if people all over the world saw your picture for the first time, and decided to judge you based on that one photo? Have you ever been judged on your appearance? We want to hear your thoughts. You can also check out our section on online bullying (which is basically what's happening to the sisters!).

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