[Flávio Bittencourt]

Nunes Pereira recontou a lenda da Maloca dos Mortos

A mulher contou às Cutias o que lhe havia acontecido e ao filho, depois da morte de seu marido, na Maloca dos Mortos.

 

 

 

 

 

 

 

 

Il professore Gianpaolo Romanato (...), professore di Storia contemporanea all’Università di Padova [UNIVERSIDADE DE PÁDUA, ITÁLIA]:

(http://www2.regione.veneto.it/videoinf/periodic/precedenti/06/12/consulta-romanato.htm)

 

 

 

 

 

"(...) Segundo o professor Gianpaolo Romanato, professor na Universidade de Pádua, esta batalha [Batalha de Mbororé foi uma batalha ocorrida em 11 de março de 1641 vencida pelos guarani] teve maior importância histórica que a batalha de Little Big Horn. (...)"

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_M'Boror%C3%A9

 

 

 

 

Great Chiefs

[GRANDES CACIQUES],

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=YVB2grQOLNg&feature=related

 

 

 

 

"(...) El Ejército Guaraní se organizó en compañías comandadas por capitanes. El capitán general fue un renombrado cacique del pueblo de Concepción, Nicolás Ñeenguirú. Le seguían en el mando los capitanes Ignacio Abiarú, cacique de la reducción de Nuestra Señora de la Asunción del Acaraguá, Francisco Mbayroba, cacique de la reducción de San Nicolás, y el cacique Arazay, del pueblo de San Javier. (...)"

(http://es.wikipedia.org/wiki/Batalla_de_Mboror%C3%A9)

 

 

"(...) Os povos das reduções [JESUÍTICO-GUARANIS] do Tape [NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL, HOJE: região denominada missioneiracomeçaram a cruzar o rio Uruguai em 1637, formando, do lado argentino, as reduções de Apóstolos, Candelária, São Pedro e São Paulo, São Carlos, São José, São Miguel, Sant'Ana, São Tomé, La Cruz (ou Santa Cruz) e Santos Mártires do Japão.

A grande desvantagem dos índios nos enfrentamentos com os bandeirantes era a falta de armas. Em 1639, no entanto, o padre Antonio Ruiz de Montoya resolveu solicitar, diretamente de Madri, autorização para armar os índios, que foi conseguida ao mostrar que a própria Coroa espanhola vinha sendo prejudicada com o que acontecia, na medida em que perdia terras para a Coroa portuguesa.

Armando um primeiro contingente, os jesuítas conseguiram, ainda no mesmo ano, reverter a situação, e venceram a terceira bandeira enviada contra as reduções do Tape, comandada por Fernão Dias Paes. A resistência indígena foi dirigida por Nicolau Nhenguirú, nome dado, em diversas gerações, a alguns dos mais bravos caciques da República Guarani. A primeira batalha vencida por eles ocorreu em Caaçapaguaçu. A segunda, mais importante, foi em Mbororé, depois da qual as reduções não foram mais perturbadas por cerca de cem anos. (...)"

(http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/companhia-de-jesus/missoes-jesuitas-2.php)

 

 

 

 

 

 

Los Selk´nam Porvenir Tierra del Fuego

[EXTREMO SUL DA ARGENTINA E

DA AMÉRICA DO SUL],

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=h-YUnhp-vGI&feature=related

 

 

 

 

 

 

Las expresiones orales y gráficas de los Wajapi,

[INDÍGENAS DO ESTADO DO AMAPÁ, BRASIL,

CUJA ARTE GRÁFICA FOI RECONHECIDA COMO

PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE, PELA UNESCO]

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=x9BRVOAFStQ

 

 

 

 

 

Geronimo: An American Legend (1993) trailer,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=3exHtIOscGo

 

 

 

 

Geronimo (Gokhlayeh),

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=XGKh5fqx0P0&feature=related

 

 

 

 

Geronimo: The Last Free Apache,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=Eum4xW4c4X8&feature=fvwrel

 

 

 

Wahancanka - Healing Song,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=cuyQOeZNuOU&feature=related

 

 

 

 

 

 

 

                    DEDICADO ÀS MEMÓRIAS DO GEN. NICOLAU NHENGUIRU

comandante das tropas gerais missioneiras e corregedor de Concepción na margem ocidental do Uruguai.   

=== EM EDIÇÃO ===

 

- E DOS

                    CAPITÃES POR ELE LIDERADOS -

                     Ignacio Abiarú, cacique de la reducción de Nuestra Señora de la Asunción del Acaraguá, Francisco Mbayroba, cacique de la reducción de San Nicolás, y el cacique Arazay, del pueblo de San Javier. -,

                     DO CACIQUE APACHE

                    GOKHLAYEH (GERÔNIMO, 1829 - 1909)

                    

                   

 

 

 

 

 

 

 

27.7.2012 - "A mulher contou às Cutias o que lhe havia acontecido e ao filho, depois da morte de seu marido, na Maloca dos Mortos" - A lenda da Maloca dos Mortos, tal como foi recontada por Nunes Pereira.  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

 

"Lenda da maloca dos mortos 

 

Um homem era Baiá, quer dizer, músico e cantor e orientador dos dançarinos.

E tinha mulher e um filho único.

Um dia sentiu-se doente e teve a certeza de que iria morrer. Disse à mulher e esta se pôs a chorar e a maldizer-se, agarrando-se a ele e ao filhinho.

O homem enfeitou-se. Pôs acanitara, pintou-se, suspendeu seu tembetá ao pescoço. Depois enfiou o braço no escudo de couro de anta. E empunhou uma lança.

A mulher disse que queria morrer com ele e com o filhinho também.

O Baiá disse à mulher:

— Vai esperar-me, na entrada do caminho da mata. E leva contigo nosso filho.

A mulher fez.

Daí a pouco chegou o Baiá (que tinha morrido na sua maloca) enfeitado de acanitara, tembetá de pedra branca c escudo no braço direito. Na mão esquerda empunhava uma lança.

O Baiá perguntou à mulher:

— Tens coragem?

A mulher respondeu:

— Tenho, sim.

O Baiá disse:

— Fecha os olhos como se estivesses dormindo. E mandou que o filhinho fizesse o mesmo.

Os dois fizeram. O Baiá soprou sobre eles.

E logo a mulher e a criança, quando o Baiá mandou que abrissem os olhos, se acharam no terreiro de uma grande maloca, num sítio desconhecido.

De dentro da maloca foram saindo homens, que eram Baiás, mas que já haviam morrido há muito tempo.

Estavam enfeitados com as suas acanitaras e seus tembetás. E carregavam escudos, arcos e flechas.

E aqueles Baiás, músicos e cantores, eram muitos, muitos. Um deles, por isso, cantando, disse:

— Aqui está fedendo a gente viva.

Referia-se àquela mulher e seu filho.

Na casa do Chefe daquele lugar o menino disse que estava com fome.

No mesmo instante apareceu por ali uma velha e disse à viúva do Baiá:

— Procura batatas no terreiro. Aí encontrarás muitas batatas.

A mulher saiu revirando o chão do terreiro mas só encontrou tapurus.

Eram enormes e feios.

A viúva do Baiá voltou e disse à velha:

— Não encontrei batatas.

A velha disse:

— Tem, sim. Procura de novo.

A mulher foi buscar um tapuru e o mostrou à velha, perguntando:

— Como é que a gente come tapuru?

A velha disse:

— Não precisa fogo para assar. Põe o tapuru no sovaco e ele assará.

A viúva fez. Pôs aquele verme no sovaco. E o tapuru virou batata, bem assada. A mulher deu ao filho. E este comeu a batata que se parecia com um tapuru enorme e feio.

Nisso, começou a ficar noite e a fazer frio.

A viúva do Baiá procurou ali fogo para se aquecer e alumiar.

De repente ouviu um barulho de passos leves. E foram logo aparecendo luzezinhas, andando de um lado para outro e iluminando o terreiro da maloca. E tinham a cor do fogo-fátuo.

A mulher apanhou um turi e procurou acendê-lo numa das luzezinhas.

Mas uma voz disse:

— Aqui fede à carne de acutiara. Amanhã mataremos esta mulher e seu filho.

A mulher ouviu tudo. E sem esperar o marido, fugiu daquela maloca, carregando o filho.

Assim desceu até à beira do rio e chegou à Terra das Cutias.

As Cutias convidaram a mulher para comer quiinhapira.

Elas haviam cozinhado camarões, e estes pareciam grandes pimentas vermelhas. O menino, que estava com muita fome, comia os camarões sem se engasgar.

As Cutias disseram à mulher:

— Como seu filho come pimenta!

A mulher contou às Cutias o que lhe havia acontecido e ao filho, depois da morte de seu marido, na Maloca dos Mortos. E pediu-lhes que a levassem, com o me:nino, para a casa de sua gente.

As Cutias tiveram pena da mulher e do menino do Baiá. Porque o Baiá era um grande músico e um grande cantor.

E levaram a mulher e a criança para a terra da sua gente.

 

(Pereira, Manuel Nunes. Monronguêtá: um Decameron indígena. 2ª ed. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira; Brasília, Instituto Nacional do Livro, 1980, p.297-299)

 

[http://www.jangadabrasil.com.br/revista/abril111/es1110408.asp]

 

GLOSSÁRIO: DEFINIÇÕES DE TEMBETÁ, TAPURU E TAPERU

NO MICHAELIS, Moderno Dicionário da Língua Portuguesa

 

tembetá
tem.be.tá
sm (tupi itambetára) Designação tupi de todo objeto duro ou rodela de pedra (com exceção do botoque) que algumas tribos trazem no beiço inferior, previamente furado desde a infância.
(http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=tembetá)

 

 

taperu
ta.pe.ru
sm (tupi taperú) Reg (Norte) Larva de certos insetos produtores de bicheira nos animais. Var: tapuru.

(http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=taperu)

  

 

tapuru
ta.pu.ru
sm (tupi tapurú) 1 V taperu. 2 Bicho de fruta. 3 V burra-leiteira e murupita. T.-da-vargem: o mesmo que curupitã.

(http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=tapuru)

 

 

 

 

 

===

 

 

  

 

"Gerônimo

Gerônimo
Nascimento 16 de junho de 1829
Morte 17 de fevereiro de 1909 (79 anos)
Fort Sill
Ocupação Líder indígena da América do Norte

Gerônimo (Goyaałé (traduzindo da língua apache, "O Que Boceja"); frequentemente soletrado Goyathlay em inglês), (16 de junho de 1829Fort Sill, 17 de fevereiro de 1909) foi um importante líder indígena da América do Norte, comandando os apaches chiricahua que, durante muitos anos, guerrearam contra a imposição pelos brancos de reservas tribais aos povos indígenas dos Estados Unidos da América[1].

Gerônimo era guerreiro de Cochise e depois se opôs a ele quando dos acordos com os estadunidenses. Tornou-se o mais famoso dos chamados "índios renegados". Resistiu heroicamente, mas se rendeu ao ter uma visão de um trem passando em suas terras. Foi preso e passou 22 anos prisioneiro, até a data de sua morte[2].

Índice

 

Biografia

Goyaałé (Geronimo) nasceu em Bedonkohe, próximo a Turkey Creek, atual Novo México (EUA), mas na época parte do México.

O pai de Gerônimo era chamado de Tablishim, Juana era o nome da mãe. Ele foi educado de acordo com a tradição Apache. Casou com uma mulher Chiricauhua e teve três filhos. Em 5 de Março de 1851, uma companhia de 400 soldados de Sonora, liderados pelo Coronel José Maria Carrasco atacou o acampamento de Gerônimo. No ataque foram mortos a esposa de Geronimo, Alope, seus filhos e mãe. O chefe da tribo, Mangas Coloradas, juntou-se à tribo de Cochise, que estava em guerra contra os mexicanos. Foi nessa época que se acredita ter Geronimo ganhado seu apelido, que seria uma referência dos mexicanos a São Jerônimo, depois de ele matar vários soldados à faca em uma batalha.

Antes dos mexicanos, os apaches da região de Sonora lutaram contra os espanhóis em defesa de suas terras. Em 1835, o México estabeleceu recompensas pelos escalpos dos Apaches. Mangas Coloradas começou a liderar os ataques aos mexicanos, dois anos depois. Na sua luta com ele, Gerônimo agia como um líder militar, sem ser chefe da tribo. Ele se casou novamente, com Chee-hash-kish e teve mais dois filhos, Chappo e Dohn-say. Teve uma segunda esposa, Nana-tha-thtith, e ganhou outro filho. Depois teria mais esposas: Zi-yeh,She-gha, Shtsha-she e Ih-tedda. Algumas foram capturadas, como Ih-tedda. Estava com Gerônimo quando ele se rendeu.

Durante 1858 a 1886, Gerônimo atacou tropas mexicanas e estadunidenses, e escapou de diversas capturas. No final da sua carreira guerreira, seu bando contava com apenas 38 homens, mulheres e crianças. Seu bando tinha sido uma das maiores forças de índios renegados, ou seja, aqueles que recusaram os acordos com o Governo Americano. Gerônimo se rendeu em 4 de Setembro de 1886 às tropas do General Nelson A. Miles, em Skeleton Canyon, Arizona, colocando um fim no episódio chamado de Guerras Apache.

Geronimo e outros guerreiros foram prisioneiros em Fort Pickens, Flórida, e suas famílias enviadas para o Fort Marion. Reuniram-se em 1887, quando foram transferidos para Mount Vernon Barracks, Alabama. Em 1894, mudaram para Fort Sill, Oklahoma. No fim da vida, Gerônimo havia se tornado uma celebridade, aparecendo em eventos populares tais como a Feira Mundial de 1904 em St. Louis, vendendo souvenirs e fotografias dele mesmo. Em 1905 Gerônimo contou sua história a S. M. Barrett, Superintendente de Educação de Lawton, Oklahoma. Barrett apelou ao Presidente Roosevelt para publicar o livro.

Geronimo nunca retornou à terra onde nasceu; morreu de pneumonia em Fort Sill, em 1909, e foi enterrado como prisioneiro de guerra.

Bibliografia

  • Dee Brown, Enterrem meu coração da curva do rio. Editora Círculo do Livro S/A - 1970

Cultura popular

Gerômimo apareceu nas seguintes obras:

  • Quadrinhos "Geronimo e seus Apaches Assassinos"
  • No cinema e televisão:
    • Geronimo's Last Raid (1912)
    • Hawk of the Wilderness (1938)
    • Geronimo (1939)
    • Stagecoach (1939)
    • Valley of the Sun (1942)
    • Fort Apache (1948)
    • Broken Arrow (1950)
    • I Killed Geronimo (1950)
    • Outpost (1951)
    • Son of Geronimo (1952)
    • The Battle at Apache Pass (1952)
    • Indian Uprising (1952)
    • Apache (1954)
    • Taza, Son of Cochise (1954)
    • Walk the Proud Land (1956)
    • Geronimo (1962)
    • Geronimo und die Räuber (West German, 1966)
    • I Due superpiedi quasi piatti (1976)
    • Mr. Horn (1979)
    • Geronimo: A Thought-Provoking Look Into the Gang Lifestyle (Starring Paul Jeans) (1990)
    • Gunsmoke: The Last Apache (1990)
    • Geronimo (com Joseph Runningfox) (1993)
    • Geronimo: An American Legend (1993)
    • Hot Shots! Part Deux (1993)
    • Geronimo (1993)
    • War of the Buttons (1994)

Referências

  1. Mike Campbell. Meaning, Origin and History of the Name Geronimo. Behind the Name. Página visitada em 16 de junho de 2012.
  2. Wives and burial place of Geronimo. Página visitada em 16 de junho de 2012.