ELMAR CARVALHO

 

 

na noite ca’lad(r)a

             um cão ladra

             sem resposta

um galo canta

sem o eco doutro galo

um vaga-

lume vaga

sem lume

vaga-

        rosa/mente

        demente

na noite vaga

uma ave

noctívaga

navega

na vaga

do m’ar sem movimentos

nos cataventos

     sem ventos

e de mirantes

       sem mira/gens

a morte espreita

nos olhos vidrados

do enforcado.