Budismo Chinês no Brasil Império

 

Antonio Carlos Rocha*

 

Os primeiros budistas a pisarem em solo brasileiro e aqui se estabelecerem eram imigrantes chineses. Praticavam o Budismo Chinês Devocional dedicado a Kuan Yin, bodhisatva da Misericórdia.

 

Maiores detalhes o leitor encontra no excelente A China No Brasil, tese de doutoramento em História da Arte, na Unicamp, de José Roberto Teixeira Leite, 320 páginas, formato grande, álbum, muitas fotos coloridas e preto e branco. Publicado pela editora da Unicamp, 1999.

 

Desde o século XVI e até o fim do Império havia intercâmbio comercial entre a China e o Brasil. No século XIX, com o fim da escravidão negra (pois outras formas de escravidão continuam) começaram a chegar algumas centenas de imigrantes chineses para trabalharem nos mais diversos setores da lavoura e do comércio.

 

Houve até a “Questão Chinesa”, setores do governo, na ocasião, preocupados com a mongolização da raça, visto que os imigrantes estavam implantando no Brasil a cultura do chá.

 

O livro tem como subtítulo: “Influências, marcas, ecos e sobrevivências chinesas na sociedade e na arte brasileiras”.

 

Kwan Yin é a Deusa da Misericórdia do Budismo Popular, Energia de Bondade e Ternura que muitos identificam como Nossa Senhora, Maria, no Ocidente. Em japonês Kanon e em tibetano Tara.

 

Budismo Popular é aquele praticado pelo povão, na Ásia, pelas massas.

 

(*) http://estudoliteraturas.blogspot.com.br