[Flávio Bittencourt]

No ar: os seus balões

Uma página do livro Dans l'Air, de Alberto Santos-Dumont, é emblemática do estilo literário, magistral, do Pai da Aviação.

 

 

 

  

 

 

 

(http://odia.terra.com.br/portal/brasil/html/2009/7/greve_de_bigode_na_internet_pede_afastamento_de_sarney_24930.html)

 

 

 

 

SALVADOR DALI

(PINTOR SURREALISTA):

(http://reviews.member.mibba.com/Artist/3993/Salvador-Dali-The-Father-of-Surrealistic-Art)

 

 

 

 

MACHURON (BALOEIRO) RETRATADO

EM BRANCO-E-PRETO PELO GRANDE

FOTÓGRAFO NADAR [1897]:

Alexis Machuron fotografert i 1897 av Felix Nadar

(http://no.wikipedia.org/wiki/Alexis_Machuron)

 

 

 

 

 

(http://bilhetesloteriatematico.blogspot.com/)

 

 

 

 

 

1965

 
Extração: 305
Data: 20 de outubro de 1965
Tema: ALBERTO SANTOS DUMONT - PAI DA AVIAÇÃO - SEMANA DA ASA
Bilhete da Loteria Federal do Brasil

(http://bilhetesloteriatematico.blogspot.com/)

 

  

 

 

"Em 1898 Santos Dumont fez, com Machuron, sua primeira ascensão num balão de 750 m³"

(http://360graus.terra.com.br/balonismo/default.asp?did=23912&action=news)

 

 

  

 

 

No ar, mais um Caravelle

da Cruzeiro do Sul.

A bordo, tudo azul!

 

JINGLE ANTIGO,

do qual não consta o

grifo que acima se pode ver,

nas duas primeiras palavras

dessa música publicitária,

até porque um jingle

é cantado - e não foi feito

para aparecer escrito (a sua letra)

 

 

 

 

 

O dirigível N.º 10 [DE SANTOS-DUMONT] deixando seu hangar

 (http://www.museutec.org.br/resgatememoria2002/old/biografi/dumonts/012.html)

 

 

 

 

"(...) eu [CONDUZI] (...) um navio no céu (...)" 

Santos-Dumont, o Pai da Aviação

 

 

 

 

"A AUTOBIOGRÁFICA ESTÓRIA CONTADA POR ALBERTO SANTOS-DUMONT

NO ESTUPENDO LIVRO OS MEUS BALÕES ("Dans l'Air") COMEÇA NA

FAZENDA DE CAFÉ ONDE ELE SE CRIOU"

(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")

   

 

 

 

 

                                               EM MEMÓRIA DOS GRANDES BALOEIROS

                                               ALBERTO SANTOS-DUMONT (1873 - 1932) E 

                                               ALEXIS MACHURON (1872 - 1901)  

 

 

 

 

19.6.2011 - Só porque Santos-Dumont foi um grande engenheiro, inventor e aeronauta - para muitos, o maior da história da humanidade - não deixaria de ser ele, também, um dos melhores escritores do Brasil - Afinal, em seu tempo, as pessoas tinham muito mais tempo para ler do que hoje, por exemplo.  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

 

NA PÁG. 65 DO LIVRO

OS MEUS BALÕES

(Dans l'Air),

DE ALBERTO SANTOS-DUMONT,

PODE-SE LER:

 

"CAPÍTULO I

UMA PLANTAÇÃO DE CAFÉ NO BRASIL

 

Pela maneira como fui combatido pelos partidários da Natureza, poderiam os leitores reconhecer-me na figura do ingênuo e quimérico Luís desta fábula.

Não é sabido, com efeito, que iniciei minhas experiências em iguais condições de desconhecimento tanto da mecânica como da aeronáutica? E, até o momento de seu êxito, não eram estas experiências consideradas impossíveis? E, malgrado tudo, não continua a pesar sobre mim a condenação intransigente de Pedro?

Embora, à minha vontade, eu tenha conduzido um navio no céu, ouço ainda alegarem que todos os seres que voam são mais pesados que o ar. Pouco falta para que me façam responsável pelos trágicos acidentes sucedidos a outros que, em mecânica como em aerostação, não possuíam a minha experiência.

Tudo considerado, melhor vale que recue um pouco e que minha narrativa comece na fazenda de café onde me criei. (...)" (ALBERTO SANTOS-DUMONT)

 

 

 

2006

 
Extração: 4082
Data: 25 de outubro de 2006
Tema: 14 BIS (1o. vôo homologado)
Bilhete da Loteria Federal do Brasil

(http://bilhetesloteriatematico.blogspot.com/)

 

 

 

 

===

 

 

 

 

"VENCENDO O AZUL


A HISTÓRIA DA INDÚSTRIA E TECNOLOGIA AERONÁUTICAS

 

 



 santos dumont e a invenção do avião

 

O dirigível Nº 10

 

O dirigível N.º 10 era um grande aparelho de 200 metros cúbicos de hidrogênio, que poderia levar quatro ou cinco passageiros em cada barquinha, num total de 20 pessoas. Dumont acreditava poder levar passageiros no que seria o primeiro “ônibus aéreo do futuro”.

 Em 1903, um grupo de oficiais convidou Dumont a participar da parada militar de 14 de julho, data nacional francesa. O inventor acedeu e realizou evoluções com o dirigível N.º 9. Logo depois, escreveu uma carta ao ministro da guerra francês, oferecendo sua colaboração, e seus dirigíveis para emprego pela França em caso de guerra,exceto aquelas que se realizassem contra países do continente americano. O ministro aceitou o oferecimento, e com a colaboração de Dumont, foi construído um dirigível militar, a aeronave Patrie. Foram realizadas experiências para determinar a possibilidade de emprego de dirigíveis em caso de conflito. O maior interesse do Ministério da Guerra francês residia no rompimento de cercos. Dessa forma, o inventor deveria sair de Paris de trem, com o balão desmontado, atingir a um determinado ponto, montar o dirigível e romper um hipotético cerco inimigo sobre uma cidade especificada, em um tempo máximo dado.  

 

 

O dirigível N.º 10 deixando seu hangar

 

 

Dumont acreditava que, durante uma fase inicial, o emprego dos dirigíveis seria, fundamentalmente, de natureza militar. Em 1902, ele afirma que “ainda por algum tempo o dirigível terá seu melhor aproveitamento para operações bélicas, mas em seguida se desenvolverão aplicações mercantis”( 1 )     

Dumont chegou a oferecer seus dirigíveis ao Ministério da Guerra da França, para emprego em caso de hostilidades entre a França e qualquer país, exceto os do continente americano. Dumont, inclusive, participou de uma parada militar de 14 de julho, data nacional francesa, exibindo seu dirigível N. º  9. ( 2 )      

 Durante a Primeira Guerra Mundial, os dirigíveis foram efetivamente utilizados, tendo sido abatidos trinta e dois desses aparelhos. Em 19 de outubro de 1917, uma esquadrilha composta de onze deles rumou para a Inglaterra com a missão de bombardear cidades. Cinco deles foram abatidos pelos ingleses, e os demais voltaram a seus hangares na Alemanha.

 O pacto de rendição da Alemanha determinou a entrega de vários aparelhos à França, Inglaterra, Estados Unidos e Bélgica, e proibiu que a Alemanha fabricasse novos dirigíveis. A Primeira Guerra assinala a passagem de uma fase experimental e pioneira, para uma de uso militar sistemático de aeronaves. Depois da guerra, os dirigíveis vieram a ser utilizados em transporte de passageiros à longa distância.  O dirigível nº 16

 

 

 

O dirigível nº 14.

 

 

 

 

 

 

Em 1903, Dumont regressou ao Brasil. Foi recebido com todas as honras.Era uma figura extremamente popular, mas sua estada no país foi breve e logo retornava à Europa, escrevendo então seu primeiro livro, D´ans l´air, publicado  na França e logo vertido para o inglês e publicado na Inglaterra.( 3 )

 

( 1 )    Entrevista ao New York Times – citado por
           VILLARES, Henrique Dumont. Quem deu asas ao homem. Op. cit. p. 142.

( 2 )    VILLARES, Henrique Dumont. Quem deu asas ao homem. Op. cit p. 379. 

( 3 )    DUMONT, Alberto Santos. Os meus balões. Op. cit."

 (http://www.museutec.org.br/resgatememoria2002/old/biografi/dumonts/012.html)