Nº 6 - Boletim da regional RECORTE da associação de comunicação e semiótica
Por Flávio Bittencourt Em: 05/06/2013, às 16H43
[Flávio Bittencourt]
Nº 6 - Boletim da regional RECORTE da associação de comunicação e semiótica
Regional Centro-Oeste/Norte (Recorte) / FORMOSA/GO, 5 de junho de 2013 - Periodicidade: quinzenal.
"09/01/2009 - 12h18 - Atualizado em 09/01/2009 - 12h18
Prédio na Ucrânia ostenta maior jogo de palavras cruzadas do mundo
5.6.2013 - F.
(http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2009/01/47305-predio+na+ucrania+ostenta+maior+jogo+de+palavras+cruzadas+do+mundo.html)
[NESTA MATÉRIA NÃO HÁ PROPAGANDA PAGA, O QUE SIGNIFICA
QUE, SE SUA EMPRESA VIER A APOIAR EVENTOS CIENTÍFICOS,
PODERÃO AS SUAS MARCAS APARECER AQUI, GRATUITAMENTE,
DA MESMA FORMA QUE, NO PROGRAMA DO JÔ (TV GLOBO),
O ESCRITOR, HUMORISTA, ATOR, ARTISTA PLÁSTICO,
MÚSICO-PERCUSSIONISTA, DIRETOR TEATRAL, JORNALISTA E
APRESENTADOR DE TELEVISÃO JÔ SOARES CITA AS FIRMAS PARTICULARES,
ASSOCIAÇÕES CIVIS, CLUBES, ONGs, IGREJAS, SINDICATOS, GOVERNOS E
EMPRESAS GOVERNAMENTAIS QUE APÓIAM O TEATRO BRASILEIRO.]
BOLETIM RECORTE Nº 6 - Boletim quinzenal (EDIÇÃO DA PRIMEIRA SEMANA DE JUNHO DE 2013):
BOLETIM DA ASSOCIAÇÃO RECORTE / CIDADE DE FORMOSA / GOIÁS / BRASIL, ANO I, Nº 6 - PERIODICIDADE: QUINZENAL - 1ª quinzena de JUNHO de 2013, 5.6.2013 - Editor responsável: Cláudio Ramalho / e-mail: [email protected], endereço: R. 1, Cs. 952, Pq. Laranjeiras, 73.805-610 - Formosa-GO, Brasil - Editor da RECORTE (Revista anual de Teoria da Literatura, Comunicação e Semiótica): Rogel Samuel - Redator: Cláudio Ramalho - Revisor e copidesque: Flávio Bittencourt - Orientador editorial (in memoriam): Reynaldo Jardim - Diretor Honorário da Associação Recorte de Comunicação, Media e Semiótica: Umberto Eco.
Sócios-correspondentes da Associação Recorte:
Varsóvia (Polônia): Jerzy Pelc
Helsínque (Finlândia): Eero Tarasti
Paris (França): Rafael Mário Hime
Perpignan (França) [in memoriam]: Gérard Deledalle
Lafayette, Indiana (EUA): Flyod Merrell
Brasília/início Asa N: Cleber José Coimbra
Brasília/ponta Asa N: Herondes Cezar
Brasília/início Asa S: Athos Cardoso
Brasília/ponta Asa S: Sandro Machado
Brasília (in memoriam): Profª. Regina (SQN 216 [Dona Helena, pseudônimo literário])
Brasília/Condomínios do Lago (SHDB): Sílvio Rocha
Sobradinho/DF: Geraldo Lima
Teresina: Dílson Lages Monteiro
Fortaleza: Jorge Tufic
Recife: Eduardo Henrique Accioly Campos
Manaus: Jair Jaqmont Cantanhede
Boa Vista: Maurício Zouein
Campos dos Goytacases: Frederico Schwerin Secco
Rio de Janeiro/Copacabana: Frank Fragoso Willye
Rio de Janeiro/Urca: Rogel Samuel
Rio de Janeiro/Vila Isabel: Luiz Cesar Saraiva Feijó
Rio de Janeiro/Tijuca: Miguel Carqueija
São Paulo: Norval Balteillo Júnior
Agradecimento: Este Boletim não poderia ter sido produzido sem o apoio logístico de Mais Diesel Ltda., uma empresa de venda de autopeças e acessórios para veículos automotivos (Rodovia BR-020, Formosa, estado de Goiás, Brasil). C. Ramalho
10th International Conference on Semiotics
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The deadline for abstracts submission has been extended until the 9th of June, 2013
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‘Changing worlds & Signs of the times’
Co-organizers:
Hellenic Semiotics Society
University of Thessaly:
-Department of Primary Education
-Department of Early Childhood Education
-Department of Special Education
-Department of History, Archaeology and Social Anthropology
-Department of Architecture Engineering
Volos, 4th, 5th & 6th of October, 2013
JUNHO DE 2002: ARTIGO DA
PROFª. DRª. IRENE MACHADO,
DA PUC-SP:
Semiótica no planalto: I Conferência
Brasiliense de Semiótica
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IRENE MACHADO
Brasília não é apenas uma cidade que já despertou diferentes interpretações
semióticas desde sua inauguração. Lá também floresceu uma investigação que tem
mantido a persistência no estudo e consolidação da semiótica como disciplina no
campo das artes, da literatura, da comunicação.
Além das publicações, a exemplo da revista eletrônica Teia, o grupo que assumiu
a retomada dos estudos de semiótica no planalto partiu esse ano para a realização
de seu primeiro evento científico. Entre os dias 05 e 07 de julho a Associação
Brasiliense de Comunicação e Semiótica — em parceria com o Instituto de Artes da
Universidade de Brasília e com apoio de diversas instituições de ensino locais –
realizou a I Conferência Brasiliense de Semiótica, contando com a participação de
estudiosos da linguagem, seja na perspectiva das artes seja no vasto campo da comunicação.
Tudo isso graças à persistência e coragem de Eufrasio Prates e de Luiz
Carlos Iasbeck. Há cinco anos esses dois semioticistas atuam na diretoria da associação
para garantir a disseminação do debate semiótico. A contar pelas discussões e
adesões que acontecem nos grupos de discussão da ABSB, o trabalho de Prates,
Iasbeck e evidentemente de seus colegas já assumiu o perfil de uma verdadeira prática
militante que não hesita em noticiar eventos nacionais e internacionais, incentivar
a participação, apresentar trabalhos e cobrir os eventos como, por exemplo, as
valiosas sínteses que Eufrásio Prates já realizou dos congressos de semiótica de La
Coruña e Dresden (2000), do V Congresso Brasileiro (2001). Já estava na hora de a
entidade vir a público e compartilhar com os demais pesquisadores os trabalhos
que vem desenvolvendo.
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A coerência na condução dos trabalhos compareceu também na definição do
tipo de evento. Nas palavras do presidente do encontro, Eufrasio Prates, a opção
pelo formato conferência foi feita em função da necessidade de “conferir” o estágio
das pesquisas após os cinco anos de existência da ABSB. Se conferir é uma forma
de aferir o nível das atividades, nada melhor do que uma conferência para passar
em revista temas e problemas afetos aos estudos semióticos. Em defesa da
“semiodiversidade”, Brasília se mostrou também integrada com a Semiótica praticada
fora do Distrito Federal, com a presença de convidados dos EUA, França, São
Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe, Goiás e Roraima.
O encontro — iniciado com a apresentação do excerto dramático “O Fio de
Ariadne” dirigido por Antonio Fábio (Ovo Teatro & Afins) — reuniu, prioritariamente,
pesquisadores da comunicação, das artes e da literatura, cumprindo a intenção original
de cruzar pontos de vista e abordagens para que o caráter inter-multitransdisciplinar
da semiótica pudesse ser explicitado. Na convocatória da Conferência
se questionava:
“Como os diversos campos do saber, acadêmicos ou não, se puderam apropriar e ser apropriados
por essa ciência-teoria-método? Que obstáculos e dificuldades - técnicos, econômicos, acadêmicos,
políticos — permeiam o cotidiano do pesquisador semioticista? Que facilidades, em compensação,
oferece a Semiótica? Qual o papel da Universidade e das Agências de fomento nesse
contexto?”
Com essas perguntas esperava-se efetivar
“um encontro científico aberto a toda diversidade que caracteriza os estudos semióticos
contemporâneos: seja por nível de trabalho (graduação e pós), por região (de Brasília, do Brasil e
do mundo), por área abordada (artes, comunicação, administração e outras ciências) ou por corrente
semiótica (greimasiana, peirceana, da cultura etc.)”.
O tema não poderia ter sido mais convincente: “Semiodiversidade na Universidade”.
De fato, um dos temas mais instigantes da reflexão semiótica contemporânea
sobretudo porque o princípio elementar dessa orientação é uma mentalidade
ecológica, voltada para os processos, os procedimentos, os fluxos da semiose.
Na palestra de abertura, o semioticista Floyd Merrell da Universidade de Purdue,
EUA, alertou desde o início de sua fala para os perigos que a categorização traz
para a análise semiótica. De sua parte, a prática semiótica não pode ser pensada
hoje senão no contexto da ética. “Signs for everybody” (Signos para todos) não é
apenas o título de um livro mas um manifesto que procura mostrar para as pessoas
o quão semioticizada é a atividade cotidiana do homem no mundo. Não foi à toa
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que o professor Merrell conduziu um workshop na semana que antecedeu à conferência,
exatamente para tratar dos signos do cotidiano.
O debate sobre artes não foi menos surpreendente. O professor Arlindo Machado
(PUC-SP) apresentou, na primeira mesa-redonda “Semiótica, Imagem,
Interatividade”, caminhos para a compreensão dos modos de construção das narrativas
em ambientes imersivos, explorando a complexa relação entre o que ele chama
de “agenciadores” e o mundo possível soerguido com a ajuda dos algoritmos
das linguagens informacionais. Sua questão, contudo, está muito longe de ser
tecnológica. Na verdade, sua abordagem desse tema, segundo o que foi apresentado
em sua fala, se deve a uma inquietação antiga: a compreensão do processo de
enunciação no cinema, cujas teorias podem ser recuperadas nesse ambiente virtual.
Seguindo-lhe, as professoras-pesquisadoras do Instituto de Artes, Tânia Fraga (IdAUnB)
e Suzete Venturelli (IdA-UnB), apresentaram suas pesquisas de criação no contexto
das novas mídias digitais. Os trabalhos artísticos apresentados por ambas sustentam-
se em processos dinâmicos de modelização de imagens e ambientes
interativos a partir do estado-da-arte das linguagens para VR (Virtual Reality). A
beleza estética e consistência ético-teórica desses trabalhos pedem apenas um comentário:
a necessidade de conhecê-los de perto. Por isso, Tânia Fraga ocupou o
espaço de sua apresentação para inserir os participantes no interior de sua produção
artística. Falou de seu projeto resultante de uma pesquisa com imagens que
combina mitos, ambientes virtuais, performances de dança para traduzir, por exemplo,
a viagem do sol pela aurora boreal, o adentramento na floresta amazônica, a
trajetória no interior de células, fertilidade das estações.
Duas outras plenárias, sempre no formato de mesa-redonda, priorizado pela proposta
coletivista da Conferência, trataram de perto a questão das artes. Em “Música e
Significação” os compositores e semioticistas Anselmo Guerra (UFG), Edson Zampronha
(UNESP) e Eufrasio Prates (AIEC e ICESP) puderam polemizar com a audiência
sobre a difícil relação semiósica entre representamen e objeto no âmbito acústicomusical.
Guerra e Zampronha fizeram uma crítica à aplicação de modelos lingüísticos
à música, enfatizando os aspectos semióticos do fenômeno que transcendem as características
da estruturação da língua. Prates, a partir dessa crítica, apresentou traços
que relacionam o fazer musical do último século com as novas descobertas no campo
da física, comentando a presença de conceitos modelares como a acausalidade,
multidimensionalidade, ametria, holonomia, fractalidade e transracionalidade no
âmbito musical. Receberam ao final um convidado especial, o compositor Conrado
Silva que, ao subir à mesa citando Stockhausen, se declarou agraciado e surpreso com
a qualidade dos trabalhos e dos debates entabulados em Brasília.
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Na mesa “Semiótica e Estética”, dividida por Lílian França (UFSergipe), Athos
Eichler Cardoso (FAC-UnB) e Soraia Silva (IdA-UnB), foram deslindadas por caminhos
muito distintos, mas convergentes, algumas intrincadas relações entre a arte,
ideologia e ambiente social, seja na perspectiva contemporânea da dança ou arquitetura,
seja na perspectiva popular das histórias em quadrinhos. Tanto o abolicionismo
do quadrinista Angelo Agostini, no século XIX, tratado por Cardoso, quanto
a dansinterssemiotização do “fazer falar o que não tem palavra”, de Soraia Silva, e
o negligenciamento da comunicação no espaço arquitetônico anti-interacional das
Universidades, ainda medievos segundo análise semiótica de Lílian França, todos
testemunharam a convergência citada.
O episódio de “Nova York 11 de Setembro” foi abordado por um grupo de pesquisa
encabeçado por Sérgio Dayrell Porto (FAC-UnB e IESB). Teve por subtítulo
“representações e significações midiáticas”. O eixo da abordagem foi a análise da
narratividade do espetáculo a que a população mundial teve acesso pela via
audiovisual. A força do episódio modulou os registros discursivos e imprimiu neles
cargas diferenciadas de subjetividade que, evidentemente, exerceu um papel decisivo
nas análises do grupo. De um lado, a pesquisa se direcionou para a compreensão
das imagens em relação com o imaginário grotesco e a sintagmática de um
espetáculo cujas dimensões éticas alteraram as rotas da percepção estética do cotidiano.
Por outro, procurou-se compreender os relatos das publicações impressas
como matrizes discursivas de nosso tempo. Nelas o episódio foi oferecido como
mercadoria que ocupou um lugar de destaque até nas publicações periódicas de
revistas que não têm o compromisso com episódios dessa natureza, caso da revista
Caras, examinada por Josi Paz (IESB) como imprensa do coração. Para Sérgio Porto
o trabalho do grupo, embora tenha mantido o compromisso de compreender os
signos do episódio em sua trama midiática, pode ser contextualizado pelas orientações
dos estudos culturais que entendem a virtualidade como condição da cultura
contemporânea.
O tema do evento foi tratado na mesa para a qual fui convidada, intitulada
“Semiodiversidade”. Aproveitei a oportunidade para reverenciar o pensamento inaugural
de Antônio Risério como idealizador desse campo conceitual. Procurei, portanto,
inserir o tema dentro do pensamento ecológico e de suas práticas subversivas
que procuram entender, cada vez mais, a conexão entre heterogeneidades. Flor
Marlene Lopes (IdA-UnB) abordou a semiodiversidade pela perspectiva artística,
essencialmente “diversificada” na explosiva multiplicidade da contemporaneidade,
que joga com a significação do sensível. Floyd Merrell (Purdue) preferiu questionar
o termo, demasiado amplo, por transversalidades da generalidade e da particulari315
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dade. Concluiu pela simultânea dificuldade e necessidade implicada por tudo aquilo
que vive em processo, como a semiose, a complexidade, a mente e, citando Peirce,
defendeu a transdisciplinaridade como o caminho para “liberar o signo para a vida”.
Afirmou, aliás, que o Brasil é um país onde se encontra uma especial oportunidade
para aprofundar tal liberação. Não deve ser outra a razão pela qual a Semiótica no
Brasil tem se mostrado tão prolífica.
A mesa de encerramento, “O método e a Semiótica” foi aberta com um importante
balanço de Flávio Bittencourt (UNIP e ICESP) sobre os eventos de Semiótica
no Brasil, quando Décio Pignatari, Teixeira Coelho Neto e Lúcia Santaella, entre
outros, iniciaram de forma por vezes muito polêmica os debates públicos na comunidade
acadêmica. O filósofo baiano Fernando Bastos (UnB) trabalhou diversas aproximações
entre a hermenêutica e a semiótica, demonstrando suas preocupações
comuns com o processo interpretativo. Chegou a classificar como “inelutável” a
ligação entre ambas, lembrando que, para transformar a realidade, o ser humano
deve passar da primeiridade do incognoscível para a segundidade do esforço
interpretativo e, só assim, chegar à terceiridade interpretativa. Luiz Iasbeck (UnB e
UPIS) descreveu a semiótica como um “campo de conversas”, daí sua extrema relevância
para atender à inegável necessidade de diálogo entre a diversidade das ciências.
Se toda ciência busca a verdade, que para Peirce nunca é definitiva, a semiótica
para Iasbeck institui vários percursos possíveis nessa busca.
As sessões de comunicação organizaram, além das pesquisas brasilienses, visitantes
de São Paulo, Rio de Janeiro e Roraima. Este último Estado compareceu com
uma investigação sobre a questão indígena, um documentário em vídeo e uma exposição
de fotos históricas da região, coordenados pelo mentor do Núcleo de
Semiótica da Universidade Federal de Roraima, Maurício Zouein e por Elena Fioretti
(Museu Integrado de Roraima). A diversidade semiótica, sempre característica em
eventos desse campo, passou pela arquitetura (Carriconde, Bonomo), física e música
(Zampronha, Prates), literatura e teatro (Cunha Ferreira), artes plásticas (Paranhos,
Sanson), dança (Mendes), quadrinhos (Cardoso, Faria), cinema (Sandro Alves), novas
tecnologias (Viana, de Paula, Costa Santos), religião (Andrade), sem deixar de
lado diversos trabalhos sobre o próprio método semiótico (Iasbeck, Brasil, Bittencourt,
Guedes, Viggiano), para citar apenas alguns.
Antes do encerramento, numa rápida Assembléia da ABSB, foram registrados
especiais agradecimentos ao Instituto de Artes da UnB e foi aprovada a proposta de
incluir a coordenadora da Pós-graduação em Arte Contemporânea, Tania Fraga, no
Conselho da Associação.
Vale notar que os comuns atrasos na agenda de eventos dessa natureza não
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chegaram a afetar, em momento algum, a participação do público, que demonstrou
um grau de interesse acima da média, como foi publicamente registrado nos
últimos momentos da Conferência pelo Prof. Floyd Merrell. Parece um sinal de que
os interessados da região permanecem ansiosos por novas oportunidades de discutir
e debater a Semiótica. Considerando que o objetivo precípuo da ABSB e da Conferência
era o de divulgar a Semiótica em sua região, a exposição da “Transdisciplinaridade
e Semiótica” obtida pela ocupação quase integral do caderno “Pensar”,
encarte dominical do maior jornal de Brasília, mostra que os passos dados estão
na direção desejada.
IRENE MACHADO é professora do PRPG em Comunicação e
Semiótica da PUC-SP. Publicou, dentre outros, Analogia do dissimilar:
Bakhtin e o formalismo russo (São Paulo, 1989); O romance
e a voz: a prosaica dialógica de Mikhail Bakhtin (Rio de Janeiro,
1994); Escola de Semiótica: a experiência de Tártu-Moscou para os
estudos da cultura (São Paulo, no prelo).
Brasiliense de Semiótica
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IRENE MACHADO
Brasília não é apenas uma cidade que já despertou diferentes interpretações
semióticas desde sua inauguração. Lá também floresceu uma investigação que tem
mantido a persistência no estudo e consolidação da semiótica como disciplina no
campo das artes, da literatura, da comunicação.
Além das publicações, a exemplo da revista eletrônica Teia, o grupo que assumiu
a retomada dos estudos de semiótica no planalto partiu esse ano para a realização
de seu primeiro evento científico. Entre os dias 05 e 07 de julho a Associação
Brasiliense de Comunicação e Semiótica — em parceria com o Instituto de Artes da
Universidade de Brasília e com apoio de diversas instituições de ensino locais –
realizou a I Conferência Brasiliense de Semiótica, contando com a participação de
estudiosos da linguagem, seja na perspectiva das artes seja no vasto campo da comunicação.
Tudo isso graças à persistência e coragem de Eufrasio Prates e de Luiz
Carlos Iasbeck. Há cinco anos esses dois semioticistas atuam na diretoria da associação
para garantir a disseminação do debate semiótico. A contar pelas discussões e
adesões que acontecem nos grupos de discussão da ABSB, o trabalho de Prates,
Iasbeck e evidentemente de seus colegas já assumiu o perfil de uma verdadeira prática
militante que não hesita em noticiar eventos nacionais e internacionais, incentivar
a participação, apresentar trabalhos e cobrir os eventos como, por exemplo, as
valiosas sínteses que Eufrásio Prates já realizou dos congressos de semiótica de La
Coruña e Dresden (2000), do V Congresso Brasileiro (2001). Já estava na hora de a
entidade vir a público e compartilhar com os demais pesquisadores os trabalhos
que vem desenvolvendo.
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A coerência na condução dos trabalhos compareceu também na definição do
tipo de evento. Nas palavras do presidente do encontro, Eufrasio Prates, a opção
pelo formato conferência foi feita em função da necessidade de “conferir” o estágio
das pesquisas após os cinco anos de existência da ABSB. Se conferir é uma forma
de aferir o nível das atividades, nada melhor do que uma conferência para passar
em revista temas e problemas afetos aos estudos semióticos. Em defesa da
“semiodiversidade”, Brasília se mostrou também integrada com a Semiótica praticada
fora do Distrito Federal, com a presença de convidados dos EUA, França, São
Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe, Goiás e Roraima.
O encontro — iniciado com a apresentação do excerto dramático “O Fio de
Ariadne” dirigido por Antonio Fábio (Ovo Teatro & Afins) — reuniu, prioritariamente,
pesquisadores da comunicação, das artes e da literatura, cumprindo a intenção original
de cruzar pontos de vista e abordagens para que o caráter inter-multitransdisciplinar
da semiótica pudesse ser explicitado. Na convocatória da Conferência
se questionava:
“Como os diversos campos do saber, acadêmicos ou não, se puderam apropriar e ser apropriados
por essa ciência-teoria-método? Que obstáculos e dificuldades - técnicos, econômicos, acadêmicos,
políticos — permeiam o cotidiano do pesquisador semioticista? Que facilidades, em compensação,
oferece a Semiótica? Qual o papel da Universidade e das Agências de fomento nesse
contexto?”
Com essas perguntas esperava-se efetivar
“um encontro científico aberto a toda diversidade que caracteriza os estudos semióticos
contemporâneos: seja por nível de trabalho (graduação e pós), por região (de Brasília, do Brasil e
do mundo), por área abordada (artes, comunicação, administração e outras ciências) ou por corrente
semiótica (greimasiana, peirceana, da cultura etc.)”.
O tema não poderia ter sido mais convincente: “Semiodiversidade na Universidade”.
De fato, um dos temas mais instigantes da reflexão semiótica contemporânea
sobretudo porque o princípio elementar dessa orientação é uma mentalidade
ecológica, voltada para os processos, os procedimentos, os fluxos da semiose.
Na palestra de abertura, o semioticista Floyd Merrell da Universidade de Purdue,
EUA, alertou desde o início de sua fala para os perigos que a categorização traz
para a análise semiótica. De sua parte, a prática semiótica não pode ser pensada
hoje senão no contexto da ética. “Signs for everybody” (Signos para todos) não é
apenas o título de um livro mas um manifesto que procura mostrar para as pessoas
o quão semioticizada é a atividade cotidiana do homem no mundo. Não foi à toa
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exatamente para tratar dos signos do cotidiano.
O debate sobre artes não foi menos surpreendente. O professor Arlindo Machado
(PUC-SP) apresentou, na primeira mesa-redonda “Semiótica, Imagem,
Interatividade”, caminhos para a compreensão dos modos de construção das narrativas
em ambientes imersivos, explorando a complexa relação entre o que ele chama
de “agenciadores” e o mundo possível soerguido com a ajuda dos algoritmos
das linguagens informacionais. Sua questão, contudo, está muito longe de ser
tecnológica. Na verdade, sua abordagem desse tema, segundo o que foi apresentado
em sua fala, se deve a uma inquietação antiga: a compreensão do processo de
enunciação no cinema, cujas teorias podem ser recuperadas nesse ambiente virtual.
Seguindo-lhe, as professoras-pesquisadoras do Instituto de Artes, Tânia Fraga (IdAUnB)
e Suzete Venturelli (IdA-UnB), apresentaram suas pesquisas de criação no contexto
das novas mídias digitais. Os trabalhos artísticos apresentados por ambas sustentam-
se em processos dinâmicos de modelização de imagens e ambientes
interativos a partir do estado-da-arte das linguagens para VR (Virtual Reality). A
beleza estética e consistência ético-teórica desses trabalhos pedem apenas um comentário:
a necessidade de conhecê-los de perto. Por isso, Tânia Fraga ocupou o
espaço de sua apresentação para inserir os participantes no interior de sua produção
artística. Falou de seu projeto resultante de uma pesquisa com imagens que
combina mitos, ambientes virtuais, performances de dança para traduzir, por exemplo,
a viagem do sol pela aurora boreal, o adentramento na floresta amazônica, a
trajetória no interior de células, fertilidade das estações.
Duas outras plenárias, sempre no formato de mesa-redonda, priorizado pela proposta
coletivista da Conferência, trataram de perto a questão das artes. Em “Música e
Significação” os compositores e semioticistas Anselmo Guerra (UFG), Edson Zampronha
(UNESP) e Eufrasio Prates (AIEC e ICESP) puderam polemizar com a audiência
sobre a difícil relação semiósica entre representamen e objeto no âmbito acústicomusical.
Guerra e Zampronha fizeram uma crítica à aplicação de modelos lingüísticos
à música, enfatizando os aspectos semióticos do fenômeno que transcendem as características
da estruturação da língua. Prates, a partir dessa crítica, apresentou traços
que relacionam o fazer musical do último século com as novas descobertas no campo
da física, comentando a presença de conceitos modelares como a acausalidade,
multidimensionalidade, ametria, holonomia, fractalidade e transracionalidade no
âmbito musical. Receberam ao final um convidado especial, o compositor Conrado
Silva que, ao subir à mesa citando Stockhausen, se declarou agraciado e surpreso com
a qualidade dos trabalhos e dos debates entabulados em Brasília.
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Na mesa “Semiótica e Estética”, dividida por Lílian França (UFSergipe), Athos
Eichler Cardoso (FAC-UnB) e Soraia Silva (IdA-UnB), foram deslindadas por caminhos
muito distintos, mas convergentes, algumas intrincadas relações entre a arte,
ideologia e ambiente social, seja na perspectiva contemporânea da dança ou arquitetura,
seja na perspectiva popular das histórias em quadrinhos. Tanto o abolicionismo
do quadrinista Angelo Agostini, no século XIX, tratado por Cardoso, quanto
a dansinterssemiotização do “fazer falar o que não tem palavra”, de Soraia Silva, e
o negligenciamento da comunicação no espaço arquitetônico anti-interacional das
Universidades, ainda medievos segundo análise semiótica de Lílian França, todos
testemunharam a convergência citada.
O episódio de “Nova York 11 de Setembro” foi abordado por um grupo de pesquisa
encabeçado por Sérgio Dayrell Porto (FAC-UnB e IESB). Teve por subtítulo
“representações e significações midiáticas”. O eixo da abordagem foi a análise da
narratividade do espetáculo a que a população mundial teve acesso pela via
audiovisual. A força do episódio modulou os registros discursivos e imprimiu neles
cargas diferenciadas de subjetividade que, evidentemente, exerceu um papel decisivo
nas análises do grupo. De um lado, a pesquisa se direcionou para a compreensão
das imagens em relação com o imaginário grotesco e a sintagmática de um
espetáculo cujas dimensões éticas alteraram as rotas da percepção estética do cotidiano.
Por outro, procurou-se compreender os relatos das publicações impressas
como matrizes discursivas de nosso tempo. Nelas o episódio foi oferecido como
mercadoria que ocupou um lugar de destaque até nas publicações periódicas de
revistas que não têm o compromisso com episódios dessa natureza, caso da revista
Caras, examinada por Josi Paz (IESB) como imprensa do coração. Para Sérgio Porto
o trabalho do grupo, embora tenha mantido o compromisso de compreender os
signos do episódio em sua trama midiática, pode ser contextualizado pelas orientações
dos estudos culturais que entendem a virtualidade como condição da cultura
contemporânea.
O tema do evento foi tratado na mesa para a qual fui convidada, intitulada
“Semiodiversidade”. Aproveitei a oportunidade para reverenciar o pensamento inaugural
de Antônio Risério como idealizador desse campo conceitual. Procurei, portanto,
inserir o tema dentro do pensamento ecológico e de suas práticas subversivas
que procuram entender, cada vez mais, a conexão entre heterogeneidades. Flor
Marlene Lopes (IdA-UnB) abordou a semiodiversidade pela perspectiva artística,
essencialmente “diversificada” na explosiva multiplicidade da contemporaneidade,
que joga com a significação do sensível. Floyd Merrell (Purdue) preferiu questionar
o termo, demasiado amplo, por transversalidades da generalidade e da particulari315
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
galáxia n. 4 2002 11O COMPÓS: MOMENTO DE INDICAR OS RUMOS DA PESQUISA 311-316
dade. Concluiu pela simultânea dificuldade e necessidade implicada por tudo aquilo
que vive em processo, como a semiose, a complexidade, a mente e, citando Peirce,
defendeu a transdisciplinaridade como o caminho para “liberar o signo para a vida”.
Afirmou, aliás, que o Brasil é um país onde se encontra uma especial oportunidade
para aprofundar tal liberação. Não deve ser outra a razão pela qual a Semiótica no
Brasil tem se mostrado tão prolífica.
A mesa de encerramento, “O método e a Semiótica” foi aberta com um importante
balanço de Flávio Bittencourt (UNIP e ICESP) sobre os eventos de Semiótica
no Brasil, quando Décio Pignatari, Teixeira Coelho Neto e Lúcia Santaella, entre
outros, iniciaram de forma por vezes muito polêmica os debates públicos na comunidade
acadêmica. O filósofo baiano Fernando Bastos (UnB) trabalhou diversas aproximações
entre a hermenêutica e a semiótica, demonstrando suas preocupações
comuns com o processo interpretativo. Chegou a classificar como “inelutável” a
ligação entre ambas, lembrando que, para transformar a realidade, o ser humano
deve passar da primeiridade do incognoscível para a segundidade do esforço
interpretativo e, só assim, chegar à terceiridade interpretativa. Luiz Iasbeck (UnB e
UPIS) descreveu a semiótica como um “campo de conversas”, daí sua extrema relevância
para atender à inegável necessidade de diálogo entre a diversidade das ciências.
Se toda ciência busca a verdade, que para Peirce nunca é definitiva, a semiótica
para Iasbeck institui vários percursos possíveis nessa busca.
As sessões de comunicação organizaram, além das pesquisas brasilienses, visitantes
de São Paulo, Rio de Janeiro e Roraima. Este último Estado compareceu com
uma investigação sobre a questão indígena, um documentário em vídeo e uma exposição
de fotos históricas da região, coordenados pelo mentor do Núcleo de
Semiótica da Universidade Federal de Roraima, Maurício Zouein e por Elena Fioretti
(Museu Integrado de Roraima). A diversidade semiótica, sempre característica em
eventos desse campo, passou pela arquitetura (Carriconde, Bonomo), física e música
(Zampronha, Prates), literatura e teatro (Cunha Ferreira), artes plásticas (Paranhos,
Sanson), dança (Mendes), quadrinhos (Cardoso, Faria), cinema (Sandro Alves), novas
tecnologias (Viana, de Paula, Costa Santos), religião (Andrade), sem deixar de
lado diversos trabalhos sobre o próprio método semiótico (Iasbeck, Brasil, Bittencourt,
Guedes, Viggiano), para citar apenas alguns.
Antes do encerramento, numa rápida Assembléia da ABSB, foram registrados
especiais agradecimentos ao Instituto de Artes da UnB e foi aprovada a proposta de
incluir a coordenadora da Pós-graduação em Arte Contemporânea, Tania Fraga, no
Conselho da Associação.
Vale notar que os comuns atrasos na agenda de eventos dessa natureza não
316
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
galáxia n. 4 2002 YVANA FECHINE 311-316
chegaram a afetar, em momento algum, a participação do público, que demonstrou
um grau de interesse acima da média, como foi publicamente registrado nos
últimos momentos da Conferência pelo Prof. Floyd Merrell. Parece um sinal de que
os interessados da região permanecem ansiosos por novas oportunidades de discutir
e debater a Semiótica. Considerando que o objetivo precípuo da ABSB e da Conferência
era o de divulgar a Semiótica em sua região, a exposição da “Transdisciplinaridade
e Semiótica” obtida pela ocupação quase integral do caderno “Pensar”,
encarte dominical do maior jornal de Brasília, mostra que os passos dados estão
na direção desejada.
IRENE MACHADO é professora do PRPG em Comunicação e
Semiótica da PUC-SP. Publicou, dentre outros, Analogia do dissimilar:
Bakhtin e o formalismo russo (São Paulo, 1989); O romance
e a voz: a prosaica dialógica de Mikhail Bakhtin (Rio de Janeiro,
1994); Escola de Semiótica: a experiência de Tártu-Moscou para os
estudos da cultura (São Paulo, no prelo).
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Chiquinho não acreditou. Mas tratou-a como a todos os frequentadores da banca onde vende milhares de títulos há mais de 30 anos. Sugeriu a ela o livro Cultura: um conceito antropológico, do professor do Departamento de Antropologia da UnB, Roque de Barros Laraia. Ela gostou da indicação e, quando foi pagar no cartão de crédito, confirmou a suspeita de Chiquinho. Estava lá o nome que ela tentava esconder. Quando questionado se deu o livro de presente a ela, o vendedor foi categórico. “Eu não. A boniteza dela não paga as contas”, diverte-se. (...)
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"Fundado em 2011, por Wenceslau Moreira Magalhães e sua esposa, Lucimeire de Araújo Paulo Magalhães, e por um artesão, amigo do casal, o Artesanato Rústico Estrada Real, estabeleceu-se numa propriedade rural, que fica situada no sopé de uma linda montanha, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no Estado de Minas Gerais, propriedade esta que se encontra localizada às margens da Estrada Real, a qual foi utilizada, no passado, como parada de tropeiros, na época da corrida e exploração das pedras preciosas de Minas Gerais por parte dos bandeirantes e de outros desbravadores.
O Artesanato Rústico Estrada Real produz e comercializa artesanato e móveis rústicos de madeira nobre, de demolição, oriunda do casarão, do paiol, e do engenho antigo que compunha a antiga sede de uma Fazenda, bem como mediante a aquisição de madeira de demolição de outras propriedades da região.
Com o decorrer do tempo, o Artesanato Rústico Estrada Real planeja abrir lojas de “show room” nas cidades de Caeté e de Itabira, em Minas Gerais, buscando, assim, facilitar o acesso dos consumidores aos seus produtos e melhorar o atendimento à sua clientela.
O Artesanato Rústico Estrada Real preocupa-se em contribuir com o meio ambiente, uma vez que toda matéria prima utilizada na fabricação de suas peças – artesanato e móveis rústicos de madeira – provém de antigos casarões, silos, paiol, galpões e engenhos da região, reduzindo o desmatamento de nossas florestas, tão agredidas pelo homem, de há muito.
Nosso artesanato é composto por peças únicas, exclusivas, singulares e sem similar no mercado, o que caracteriza e distingue nossas peças, tornando-as mais um atrativo personalizado para sua casa, apartamento, fazenda, sítio, chácara, ou para o seu ambiente profissional;
localização:
O Artesanato Rústico Estrada Real está estabelecido numa propriedade rural, situada no sopé de uma linda montanha, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, propriedade rural que está localizada às margens da “Estrada Real”, a qual foi utilizada, no passado, como parada de tropeiros, na época da corrida e exploração das pedras preciosas de Minas Gerais por parte dos bandeirantes e outros desbravadores,
PRODUTOS:
Confira, abaixo, alguns dos produtos que o Artesanato Rústico Estrada Real faz, de forma bem artesanal:
- Aparadores
- Arcazes
- Armários
- Aves (arara, gavião, tucano, dentre outros)
- Bancos
- Baús
- Bichos (galo, coelho, raposa, dentre outros)
- Cabideiros
- Cadeiras
- Camas
- Carros de boi
- Cômodas
- Criados
- Cristaleiras
- Escrivaninhas
- Espreguiçadeiras
- Fruteiras
- Gamelas
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Dilson Lages MonteiroSábado, 02 de março de 2013
A COLUNA "RECONTANDO ESTÓRIAS DO DOMÍNIO PÚBLICO", DO SITE ENTRETEXTOS, QUE É SUB-EDITADA PELO TIO-AVÔ DA LUANA, NA FOTO QUE SE PODE SEMIOTICAMENTE LER EM:
http://www.portalentretextos.com.br/colunas/recontando-estorias-do-dominio-publico/o-colunista-com-duas-luanas-e-uma-canoa-igarape-em-manaus,236,8675.html
["O colunista com duas Luanas e uma canoa (igarapé em Manaus)" 26.2.2013]
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PROF. DÍLSON LAGES:
(Teresina-PI):
IASS-AIS:
(UM DOS MEMBROS DA DELEGAÇÃO BRASILEIRA JUNTO À
DIRETORIA DA IASS-IAS:
PROF. DR. EUFRÁSIO PRATES, PhD EM ARTES PELO IDA/UnB,
EX-PRESIDENTE DA ABSB)
REGIONAL RECORTE/FORMOSA/GO, Seção Municipal da ASSOC. RECORTE
ASSOCIAÇÃO RECORTE (Regional Centro-Oeste/Norte) DR. G. DORFLES
ABSB (ASSOCIAÇÃO BRASILIENSE DE COMUNICAÇÃO E SEMIÓTICA), filiada à IASS-AIS
[DIVULGAMOS TAMBÉM OS EVENTOS DA ABES (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS SEMIÓTICOS) E DO CISC (http://www.cisc.org.br/portal/index.php);
A ABS/RECORTE ainda não se filiou ABES, o que pretende fazer na próximo Encontro Nacional dessa Instituição científica;
foi declarada extinta a ABS, com a fundação da ABES;
AGRADECEMOS À TAP PELO APOIO A EVENTOS CIENTÍFICOS NA EUROPA -
trechos a partir de Lisboa ou de volta à capital portuguesa]
Semiótica - Peirce, Sausurre, Jakobson, Bakhtin e Lotman,
Youtube:
"Enviado em 30/04/2008
Trabalho apresentado na pós em Comunicação, Publicidade e Negócios - IV, CESUMAR, 2008.
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Literature4peace 4 anos atrás