Nêumanne Pinto contra os E. U. A.
Por Flávio Bittencourt Em: 04/05/2011, às 21H51
[Flávio Bittencourt]
Nêumanne Pinto contra os E. U. A.
Título da nota pronunciada pelo grande comentarista político brasileiro no Jornal - da noite - do SBT: NEM NO VELHO OESTE.
EVOLUÇÃO DO LOGOTIPO DO SBT [EMISSORA DE TELEVISÃO DO BRASIL],
SEDIADO [SEDIADA] EM SÃO PAULO-S P:
(http://canal20.blogspot.com/2009/11/curiosidade-evolucao-da-logo-do-sbt.html)
JOSÉ NÊUMANNE PINTO, DA ACADEMIA PARAIBANA DE LETRAS,
TRABALHANDO
(SÓ A FOTO, SEM A LEGENDA ACIMA APRESENTADA:
LIVROS ESCRITOS PELO JORNALISTA E POETA
JOSÉ NÊUMANNE PINTO, publicados:
- 1. Mengele, a Natureza do Mal, romance-reportagem, 1985.
- 2. As Tábuas do Sol, coletânea de poemas, 1986.
- 3. Erundina, a Mulher que Veio com a Chuva, perfil jornalístico e biográfico da ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina de Souza, 1989.
- 4. Atrás do Palanque, livro-reportagem sobre os bastidores da eleição presidencial de 1989.
- 5. Reféns do Passado, coletânea de ensaios e artigos políticos publicados na imprensa, 1992.
- 6. Barcelona, Borborema, livro de poemas sobre a arquitetura de Gaudí e o forró de Campina Grande, 1992.
- 7. A República na Lama, relato do folclore da República de Alagoas e história de sua queda, 1992.
- 8. Veneno na Veia, romance policial sobre o episódio dos “anões do Orçamento”, 1995.
- 9. Solos do Silêncio, poesia reunida, 1996.
- 10. Os Cem Melhores Poetas Brasileiros do Século, antologia, 2001.
- 11. As Fugas do Sol, CD em que leio poemas de minha autoria com trilha sonora original do maestro Marcus Vinicius de Andrade, 1999.
- 12. O Silêncio do Delator, Romance, 2004.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_N%C3%AAumanne_Pinto
"NEM NO VELHO OESTE [UM ASSASSINATO A SANGUE FRIO COMO FOI O DO EMPRESÁRIO BIN LADEN, MORTO RECENTEMENTE PELO GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS, SEM A VÍTIMA ESTAR ARMADA, ACONTECERIA DESSA CRUA FORMA (porque feriria códigos de ética de homens rudes da segunda metade do século XIX)] "
(José Nêumann Pinto, no JORNAL DO SBT, em nota televisiva assinada, também visualmente [O GRANDE JORNALISTA APARECEU - como ocorre diariamente - ELE PRÓPRIO APRESENTANDO SUA SENSATA E PONDERADA NOTA TELEVISIVA CRÍTICA, ou seja, um SUELTO DE TV])
5.5.2011 - José Néumanne Pinto é um dos maiores jornalistas brasileiros da atualidade - ELE ESTÁ INDIGNADO COM O ASSASSINATO DE INIMIGO DOS E. U. A. - Osama bin Laden - TER ACONTECIDO COM A VÍTIMA DESARMADA: até no Velho Oeste americano os bandidos que circulavam a cavalo não atiravam numa pessoa se a mesma estivesse desarmada. (Tem razão José Nêumanne Pinto.) F. A. L. Bittencourt ([email protected])
"Fenômeno mundial do jornalismo televisivo: Al Jazeera
A fila para sair do aeroporto de Doha, capital do Catar, anunciava como seriam meus dias de mulher ocidental, sozinha, em um país muçulmano.
por Giovana Sanchez, em Doha
Ser o olhar dos árabes sobre o mundo não bastou para a emissora agora, em inglês, ela quer ser a voz dos árabes para o mundo. Nossa repórter foi ao Catar conhecer o maior fenômeno mundial do jornalismo televisivo (e o mais controverso) dos últimos anos
A fila para sair do aeroporto de Doha, capital do Catar, anunciava como seriam meus dias de mulher ocidental, sozinha, em um país muçulmano. Apoiados no corrimão do corredor estreito, dezenas de homens com seus dishdashs – longas vestes brancas, típicas do islã – gritavam palavras em árabe e seguravam placas, aparentemente procurando passageiros recém-chegados. Ao me ver, eles silenciaram. Foi assim em todos os lugares por onde passei na cidade.
As mulheres raramente são vistas nas ruas do Catar – um país com metade da área de Sergipe encravado na península Arábica. Sozinhas, nunca. A maioria anda coberta dos pés à cabeça com burcas de grifes famosas ou com véus coloridos. No hotel, o fato de ser a única mulher hospedada trouxe confusão. Uma dupla de egípcios, hospedada no apartamento em frente ao meu, iniciou uma rotina de assédio: ligavam, deixavam recados, batiam na porta. Minhas queixas à gerência só foram ouvidas após eu ameaçar deixar o hotel.
Foi nesse país de costumes inflexíveis que surgiu a primeira experiência de mídia independente do Oriente Médio. A Al Jazeera – “A Ilha”, em árabe – é hoje uma rede internacional. Tem 35 escritórios espalhados pelo mundo, 1 site bilíngüe e 4 canais, um deles em inglês, lançado em novembro de 2006 e transmitido de 4 países: EUA, Catar, Malásia e Inglaterra. A fama no Ocidente começou após os atentados de 11 de setembro de 2001, quando ela divulgou vídeos de Osama bin Laden, fato que lhe rende críticas até hoje.
A Al Jazeera, transmitida 24 horas por dia, tem cerca de 70 milhões de espectadores no mundo – 50 milhões no Oriente Médio. Foi nela que, pela primeira vez, um judeu israelense falou hebraico na TV árabe. Sua programação inclui talk shows que discutem religião, documentários sobre as mazelas dos governos vizinhos, cenas do cotidiano de gsuerra. Tudo isso provoca a ira de governantes, autoridades, oposicionistas. Seu slogan “uma opinião, outra opinião” parece irritar todos os lados da notícia.
A TV do emir
A história da emissora que mudou o padrão midiático do Oriente Médio envolve dinheiro do petróleo, know-how britânico e árabes com vontade de fazer algo diferente. Tudo começou na Arábia Saudita, em 1994, com um acordo entre a rede inglesa BBC e a emissora saudita Orbit Communications. A idéia era realizar uma versão árabe do conteúdo internacional da BBC, até então veiculado em inglês para o Oriente Médio. Mas o acordo foi desfeito antes do previsto. O padrão editorial da rede britânica – que não admitia censura estatal – não agradou nem um pouco aos sauditas. Eles preferiram desfazer o pacto a ter de assistir a entrevistas dos opositores de seu regime na nova emissora.
Cerca de 250 profissionais árabes treinados pela BBC, que apostaram tudo na idéia de levar notícias sem censura ao público do Oriente Médio, ficaram temporariamente desempregados com o fechamento do canal. Mas o fim da parceria chegou em boa hora para o ambicioso xeque Hamad bin Khalifa Al Thani, emir do Catar. O projeto de montar uma rede de TV independente – a imprensa árabe sempre foi controlada pelo governo – era a maior de suas reformas. Hamad virou o Catar de ponta-cabeça a partir de 1995, quando ele, por meio de um golpe, tirou seu pai do trono e tornou-se rei. No poder, ele concedeu direito de voto às mulheres e aboliu a figura do ministro da Informação, que censura toda notícia que circula dentro dos países árabes.
Como tudo que vem sendo construído no Catar em sua gestão, também a rede de TV deveria (ao menos tentar) ser a maior e a melhor do mundo. Isso levaria tempo, claro. E dinheiro. Mas Hamad tinha – e ainda tem – os dois. De sobra. E foi com esse formato inglês, com essa vontade de mudar dos profissionais árabes e com um investimento inicial do governo de US$ 150 milhões que, em 1º de novembro de 1996, a Al Jazeera transmitiu seu primeiro telejornal.
A popularidade da emissora foi quase instantânea entre os árabes, que nunca tinham visto reportagens sobre os próprios assuntos com tamanha ousadia de linguagem e conteúdo. Isso se observou na primeira cobertura de guerra da emissora, em outubro de 2000, com a eclosão da 2ª Intifada, na Palestina. As matérias da rede catariana desencadearam mudanças nos demais canais árabes, que copiaram o formato. Mas diferenças persistiram, e uma delas era crucial: a Al Jazeera entrevistava israelenses.
Se o conflito na Palestina fez a emissora famosa entre os árabes, foi a guerra no Afeganistão que a tornou conhecida no resto do mundo. Sua facilidade de acesso a locais importantes da guerra teve a ver com a atenção dada à região anos antes. Em fevereiro de 2000, o regime Talibã convidou a rede árabe e a CNN para abrirem escritórios no país. A emissora americana declinou o pedido, ao contrário da Al Jazeera, que passou a estabelecer contatos e a manter fontes com o regime vigente e com civis afegãos. Isso facilitou a cobertura em 2001, quando o Talibã proibiu a entrada de novos repórteres no Afeganistão.
Afronta ao Ocidente
Em 7 de outubro de 2001, o apresentador do noticiário noturno interrompeu a programação: “No Afeganistão, o governo Talibã cortou a eletricidade de algumas cidades e as primeiras explosões já podem ser ouvidas: é o que vemos direto da capital, Cabul, com o repórter Taysir Alluni”. Dos estúdios em Doha, a imagem foi cortada para o telhado do escritório afegão onde estava Alluni, que respondia às perguntas dos âncoras. Durante a entrevista, um míssil caiu perto da equipe da Al Jazeera. “Desculpem, mas o câmera desapareceu e eu não sei onde ele está”, disse, desesperado, Alluni ao estúdio. Depois de encontrado o colega, a transmissão terminou com sons de explosões e imagens de aviões em vôo rasante.
Na mesma noite, após o início dos bombardeios, Alluni recebeu em Cabul um vídeo da rede Al Qaeda. Logo que soube da fita, a emissora transmitiu todo o conteúdo – um discurso de Osama bin Laden praticamente assumindo os ataques do 11 de Setembro e conclamando os muçulmanos à guerra contra os EUA e Israel (alegadamente, ninguém na emissora havia assistido ao vídeo antes de veiculá-lo). A partir daí, a Al Jazeera passou a ser motivo de preocupação no Ocidente. Principalmente para os governos americano e britânico.
Sem acesso à zona de guerra, as grandes redes mundiais de TV exibiam cenas captadas pela nova mídia árabe. Mas, ao mesmo tempo em que seu logotipo alcançava o mundo, a Al Jazeera teve seu nome ligado ao “eixo do mal” de George W. Bush – Iraque, Irã, Coréia do Norte e o que esses países representavam para o presidente americano: o apoio ao terrorismo. O New York Times publicou, em editorial, que o canal produzia suas notícias “com uma visão extremamente antiisraelense e antiamericana”. Nos EUA traumatizados pelo terrorismo, algumas decisões editoriais da emissora eram de fato inconcebíveis: além de dar voz a Osama bin Laden, a rede tratava por “mártires” os homens-bomba palestinos e outros suicidas do islã. A explicação oficial era a de que esses homens tinham dado a vida por uma causa.
Contribuiu ainda para chocar a opinião pública ocidental o uso de imagens que exploravam a emoção do telespectador ao exibir o drama dos alvos civis muçulmanos – algo que não era visto nos canais americanos e europeus. Isso também facilitava o trabalho da reportagem. A produtora americana May Ying Maya Welsh esteve no Iraque trabalhando para a Al Jazeera e acompanhou a rotina do conflito. Para ela, que foi correspondente da CNN, há muita diferença entre reportar para uma emissora americana e para a Al Jazeera. “Havia pouca coisa em Bagdá que não sabíamos. Já na CNN, embora lidássemos com pessoas locais nos campos de guerra, éramos estranhos tentando dizer ao mundo o que acontecia em um lugar sobre o qual não sabíamos nada”, conta Welsh.
Durante a invasão americana, a Al Jazeera foi atacada não apenas com críticas, mas também com explosivos. Três semanas após o início do combate, duas bombas foram jogadas sobre o escritório da emissora em Cabul. Só uma explodiu, mas foi suficiente para derrubar o prédio, que estava vazio. O Pentágono alegou se tratar de um acidente; o canal catariano afirmou que havia fornecido às forças dos EUA a posição exata do escritório antes do início do conflito. No dia 8 de abril de 2003, durante a guerra no Iraque, um avião americano lançou dois mísseis sobre as instalações do canal em Bagdá, matando o correspondente e produtor Tareq Ayyoub.
Ao gosto do islã
Quem sintoniza a Al Jazeera percebe que seu formato não é muito diferente de uma rede de notícias 24 horas ocidental, como a CNN ou a Fox News. Apresentadores usam camisas e ternos, mulheres usam roupas sociais e maquiagem. Algumas aparecem sem o chador – o véu muçulmano. E nada disso causa muito alvoroço entre os telespectadores árabes.
Se a difusão de notícias do mundo árabe tornou a Al Jazeera célebre no Ocidente, a polêmica caseira da emissora está nos programas de auditório, que contam com intensa participação dos telespectadores. Os mais famosos são o Al-Sharia wal-Hayat (“Religião e Vida”) e o Al-Ittijah al-Muakis (“Direção Oposta”). O primeiro, transmitido todos os domingos às 21h05, horário de Meca, traz em toda edição o xeque Yusuf al-Qaradawi, um dos mais respeitados religiosos do Oriente Médio. Na TV, ele defende a democracia e o uso da tecnologia. Critica a inabilidade política dos governantes árabes e imposição do casamento contra a vontade da mulher. Embora tenha condenado os atentados de 11 de setembro de 2001, o xeque Yusuf perdeu a reputação e o visto de entrada nos EUA após um pronunciamento apaixonado a favor dos suicidas da causa palestina.
Al-Ittijah al-Muakis é inspirado em Crossfire (“Fogo Cruzado”), da CNN, e todas as quintas-feiras reúne dois convidados com posições conflitantes. Em quase 10 anos de existência, já se discutiu se o islã é obstáculo para o desenvolvimento de nações muçulmanas, se a família real saudita é corrupta, se o Kuwait é ainda uma parte do Iraque ou se os países árabes deveriam permitir a entrada de tropas americanas em seu território.
Com gritos, ameaças e convidados que abandonam o estúdio, o programa logo se tornou o grande sucesso das telas árabes. Até hoje, muitos governantes, intelectuais ou líderes políticos têm receio de aparecer no show. Um deles, um liberal tunisiano, foi com um bigode falso para não ser reconhecido. Quando o disfarce caiu em plena entrevista, o apresentador Faisal al-Qasim teve um acesso de riso – e chamou os comerciais.
Coisa excepcional no mundo árabe, a Al Jazeera chegou a veicular uma atração direcionada exclusivamente ao público feminino – traduzido, o nome do show era “Só Para Mulheres”. Foi tirado do ar após 4 anos. Parou por quê? O editor Ayman Gaballah diz que o formato estava se tornando repetitivo, para depois emendar: “Eu também acho que as mulheres não precisam de um programa só para elas”.
Liberdade relativa
Não é exagero dizer que a Al Jazeera revolucionou o padrão midiático do Oriente Médio. Mas a liberalidade no tratamento dos assuntos globais não se repete na cobertura das questões internas do país-sede da emissora, o Catar. Menos de 1% da programação contempla o noticiário local. O editor Ayman Gaballah nega qualquer tipo de influência do Estado na escolha da pauta e diz que a rede veicula notícias do país, porém apenas quando são de extrema importância. “O Catar é pequeno e não produz muitos fatos que gerem matérias”, afirma ele. Questionado se o canal já entrevistou algum membro da oposição catariana, o editor assume: “Que eu me lembre, nunca”.
Há quem defenda a teoria de que a emissora é apenas uma parte da ambiciosa política externa do xeque Hamad. O emirado tem boas relações com os vizinhos e pretende assumir posição neutra nos conflitos da região. Tem criado laços com Israel e com os EUA, que mantêm no país a maior base militar de todo o Golfo Pérsico. A jornalista egípcia Noha Mellor, autora de The Making of Arab News (“A Produção do Noticiário Árabe”, sem tradução brasileira), acredita ser óbvia a intenção do emir de colocar dinheiro na rede para atrair atenção para seu país. “A Al Jazeera se tornou uma forte marca do Catar. E vale lembrar que o país tem nota baixa no Índice de Liberdade de Imprensa [divulgado anualmente pela ong Repórteres Sem Fronteiras]”, diz ela. “Isso significa que os jornais catarianos podem sofrer censura e seus jornalistas ser perseguidos, enquanto a Al Jazeera noticia com mais liberdade.”
Os funcionários afirmam que muitas notícias do Catar já foram transmitidas. E dão exemplos: um episódio de Al-Ittijah al-Muakis discutiu se era correto o país manter a base aérea americana de Al-Udeid em seu território. Mais: no 7º aniversário da emissora, um programa comemorativo foi dedicado a criticar a Al Jazeera. Em 1996, após a deposição do antigo emir, aliados opostos ao golpe tentaram tomar o poder do xeque Hamad. Os conspiradores foram presos e julgados. A emissora mostrou o julgamento ao vivo – a primeira transmissão do tipo no Oriente Médio, o que seria uma amostra da transparência do canal.
Outra crítica feita ao canal se refere ao fato de sua cobertura ser pró-árabe e com um viés político. Para o editor Gaballah, a perspectiva árabe é justamente o que distingue a emissora e não interfere em sua isenção. Essa é também a opinião do jornalista anglo-saudita Hugh Miles, autor do único livro-reportagem publicado sobre o canal, Al Jazeera: The Inside Story of the Arab News Channel that is Challenging the West (“Al Jazeera: Os Bastidores do Canal Árabe de Notícias que Está Afrontando o Ocidente”, sem tradução brasileira). “A emissora é similar à BBC em termos de liberdade de imprensa. E é menos influenciada que os demais. Menos até do que os canais americanos”, argumenta Miles.
A principal questão que a criação da Al Jazeera trouxe à tona é a viabilidade de uma imprensa isenta e independente no Oriente Médio. Para Noha Mellor, a idéia não é impossível. No entanto, ela diz que o que acontece hoje é um acúmulo de poder na imagem dos jornalistas, que acabam agindo mais como políticos do que como repórteres.
A história mostra que Estado, religião e mídia sempre estiveram estritamente ligados no mundo árabe. Cabe à Al Jazeera, e às outras mídias que virão, separar essas instâncias e fazer o que muitas emissoras, inclusive ocidentais, não conseguiram até hoje: ter uma visão crítica dos fatos à sua volta.
Para saber mais
english.aljazeera.net - Site oficial da emissora (em inglês)
Al-Jazeera: The Inside Story of the Arab News Channel that is Challenging the West - Hugh Miles, Grove Press, EUA, 2006
The Making of Arab News - Noha Mellor, Rowman & Littlefield, EUA, 2005
Flashes da Al Jazeera
Cinco momentos decisivos na trajetória da emissora
Segunda Intifada na Palestina
A cobertura diferenciada, com correspondentes dos dois lados do front e transmissão ao vivo dos locais de combate, fez a emissora conhecida entre os árabes. Na época, aproximadamente 75% dos palestinos tinham o canal como primeira fonte de notícia.
Guerra do Afeganistão
Os primeiros bombardeios a Cabul, em 7 de outubro de 2001, foram transmitidos ao vivo pela Al Jazeera, única rede de TV fixada em território afegão. Cenas exclusivas de mísseis caindo sobre alvos civis e militares e do caos nas ruas da cidade logo ganharam o noticiário mundial.
Vídeo de Osama bin Laden
Na noite do início da guerra do Afeganistão, a equipe em Cabul recebeu e divulgou um vídeo do chefe da Al Qaeda. Isso fez o canal famoso no Ocidente. Embora essa não fosse a estréia de Bin Laden na Al Jazeera, o vídeo foi sua primeira declaração após os atentados do 11 de Setembro.
Bombardeios e morte de produtor
Na guerra do Iraque, em 2003, bombardeios no escritório em Bagdá mataram o produtor Tareq Ayyoub. Autoridades americanas justificaram o ataque como legítima defesa, pois inimigos haviam disparado contra tanques dos EUA perto da sede da emissora.
Canal de notícias em inglês
Em 2006, a rede lançou seu mais ambicioso projeto, um canal em inglês. Estrelas do jornalismo ocidental foram contratadas, e o noticiário tem conteúdo diferente da TV em árabe. As reportagens têm foco nos países subdesenvolvidos e remotos, como a África subsaariana".
(http://super.abril.com.br/cultura/fenomeno-mundial-jornalismo-televisivo-al-jazeera-446825.shtml)