Não te Fies do Tempo nem da Eternidade
Em: 30/07/2011, às 04H22
Não te Fies do Tempo nem da Eternidade Não te fies do tempo nem da eternidade que as nuvens me puxam pelos vestidos, que os ventos me arrastam contra o meu desejo. Apressa-te, amor, que amanhã eu morro, que amanhã morro e não te vejo! Não demores tão longe, em lugar tão secreto, nácar de silêncio que o mar comprime, ó lábio, limite do instante absoluto! Apressa-te, amor, que amanhã eu morro, que amanhã morro e não te escuto! Aparece-me agora, que ainda reconheço a anêmona aberta na tua face e em redor dos muros o vento inimigo... Apressa-te, amor, que amanhã eu morro, que amanhã morro e não te digo... Cecília Meireles, in 'Retrato Natural'
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Amélia Pais
http://barcosflores.blogspot.com
http://cristalina.multiply.com
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