Yusef Lateef, figura do jazz-norte-americano, faleceu na segunda-feira. Com 93 anos de idade, o artista tinha sido diagnosticado com cancro na próstata.
A sua carreira começou nos finais dos anos 1940 e, desde então, Yusef Lateef lançou mais de cinquenta discos em nome próprio. Embora tenha colaborado com nomes sonantes do jazz como Charles Mingus ou Dizzy Gillespie, Yusef ganhou notoriedade pela sua carreira a solo e por ser um dos primeiros a fundir o jazz tradicional com a world music, abrindo-o a influências orientais. É conhecida a sua importância na música do saxofonista John Coltrane, nomeadamente no seu período tardio mais free jazz.
Yusef Lateef começou como saxofonista em Detroit, numa carreira acompanhada pelo trompetista Curtis Fuller e pelo baterista Louis Hayes na década de 1950. Viria a juntar à sua lista de instrumentos de eleição a flauta transversal, o oboé e o fagote, tendo também explorado vários instrumentos orientais. Mudou-se para Nova Iorque nos anos 1960, onde trabalhou com o baixista Charles Mingus e com o saxofonista Cannonball Adderley. Em 1961, gravou o seu álbum mais icónico, Eastern Sounds.
Em 1987, ganhou um Grammy pelo álbum Yusef Lateef’s Little Simphony na categoria de melhor performance new age.
Paralelamente, seguiu uma carreira académica extensa que alternou entre os Estados Unidos e a Nigéria, incluindo um doutoramento na Universidade de Massachusetts.
Em 2010 recebeu o maior prémio norte-americano para um músico de jazz: o National Endowment for the Arts Jazz Master. Segundo o seu obituário, o artista andou em digressão até ao Verão de 2013.