Monteiro Lobato foi  preso por Vargas em 1941

Livros de Roberto Campos e Carlos de Araujo Lima são fontes bibliográficas de artigo sobre a prisão de Monteiro Lobato, acontecida no período ditatorial do Estado Novo

 

                                                               Para

                                                               Monteiro Lobato,

                                                               Roberto Campos

                                                               e Carlos de Araujo Lima,

                                                               in memoriam

 

Os admiradores do legado político de Getúlio Vargas que me perdoem, mas vai ser muito difícil impedir que as pessoas contem e recontem a estória de Monteiro Lobato encarcerado no período do Estado Novo (tanto quanto o relato do envio de Olga Benário Prestes aos carrascos hitleristas)  - Na revista Ciência Hoje/Portugal, os livros Lanterna na popa e Monteiro Lobato no banco dos réus, respectivamente de Roberto Campos [http://www.cpdoc.fgv.br/dhbb/Verbetes_HTM/1023_1.asp], professor, diplomata, economista, articulista de grandes jornais brasileiros, ex-ministro da Fazenda, ex-ministro do Planejamento do Brasil, ex-senador da República, memorialista e membro da Academia Brasileira de Letras, e Carlos de Araujo Lima [tio do colunista, pelo lado materno], advogado criminalista, pesquisador da ciência do Direito [autor de Carta de Segurança, Caminhos do CrimeOs grandes processos do júri (org. e apres.) etc.], cronista dos jornais A Crítica (Manaus), O Dia Tribuna da Imprensa (Rio), memorialista [Um advogado depõe, autobiografia inédita] e membro da Academia Amazonense de Letras - ambos infelizmente já falecidos -, foram as fontes bibliográficas do muito instrutivo artigo de Edson Struminski, intitulado "Monteiro Lobato, o petróleo e a prisão", a seguir transcrito.

"Monteiro Lobato, o petróleo e a prisão

2008-01-02
Por Edson Struminski *
 
Todo o fervor ideológico nacionalista que surgiu a partir da Revolução de 1930 no Brasil serviu também para realçar a consciência do atraso do país em relação a outros países do mundo. O que os pensadores da época viam eram estados fortes, novas tecnologias, exploração plena dos recursos naturais e sonhavam com um Brasil plenamente desenvolvido. 

Monteiro Lobato
Monteiro Lobato

Roberto Campos, um economista liberal que actuou durante várias décadas em órgãos governamentais de planeamento considera que havia três linhas de pensamento principais em relação às possibilidades de desenvolvimento do país: a nacionalista estatista, que defendia o financiamento externo directamente ao Estado para a promoção do desenvolvimento; a liberal, favorável ao investimento directo de empresas estrangeiras no Brasil e finalmente uma segunda linha nacionalista, que era contra qualquer forma de financiamento ou investimento estrangeiro. Na prática eram todas nacionalistas, diferindo apenas da forma como os recursos para desenvolver o país seriam buscados e aplicados.

Com a erupção da 2a Guerra Mundial, estes recursos naturais se tornaram subitamente estratégicos. Alumínio, cobre, ferro, petróleo, tudo isto se tornou essencial para movimentar as máquinas de guerra e proteger os países. O Brasil que possuía tudo em abundância era, no entanto completamente dependente dos demais países para a transformação destas matérias-primas em produtos. Era, portanto, um país frágil, presa fácil das potências mundiais em guerra. Armas compradas pelo Brasil da Alemanha chegaram a ser embargadas em Portugal pela marinha inglesa.

Mais do que ninguém, Monteiro Lobato, tinha consciência do atraso do país. Foi um dos maiores escritores em língua portuguesa nascido no Brasil, além de empreendedor do ramo literário. Desde os anos 1910 publicava livros com personagens dolorosamente brasileiras que incomodavam a elite nacional afrancesada. Ao mesmo tempo, suas personagens infantis, verdadeiros alter egos de Lobato, povoaram a imaginação de gerações de crianças e são até hoje lidos e vistos na televisão.

Monteiro Lobato tornou-se um militante do petróleo brasileiro e fez surgir, como uma brincadeira, petróleo em uma cidade com seu nome, Lobato, no interior do estado da Baia, pela mão de um de seus personagens. Em uma destas curiosidades da história foi exactamente lá mesmo que o primeiro poço perfurado no país verteu óleo. Na verdade não chegou a ser uma coincidência miraculosa, pois no catálogo da Exposição Nacional de Artes e Ofícios, do Rio de Janeiro, que aconteceu em 1875, já figurava uma menção a amostras de petróleo da Baia. Monteiro Lobato também escreveu um livro ruidoso, “O escândalo do petróleo” em que denunciava aquilo que ele considerava como uma interferência de multinacionais (“polvos que tudo abraçavam”) no atraso do desenvolvimento do sector do petróleo brasileiro.

Mas se este é um fato conhecido e festejado, menos conhecido é o episódio que resultou em sua prisão, em 1941, pela polícia política do governo de Getúlio Vargas, ligada à questão do petróleo.

Em Maio de 1940 escreve duas cartas, bastante parecidas, uma irreverente ao General Góes Monteiro, ministro da Guerra e outra mais acintosa, directamente ao presidente Vargas onde diz “Dr. Getúlio, pelo amor de Deus ponha de lado a sua displicência e ouça a voz de Jeremias”. Nas cartas usa sua metralhadora giratória verbal e denuncia o Conselho Nacional do Petróleo, o Departamento Nacional de Produção Mineral, as multinacionais, a ineficiência da pesquisa nacional, a destruição das companhias nacionais de exploração, a legislação restritiva e finalmente as tentativas, então evasivas (ou secretas como diria Lobato) do monopólio do sector pelo Estado. Lobato cita fatos que considera como restrições à exploração do petróleo no Brasil e à sua auto-suficiência como nação.

Lobato compartilhava de uma visão muito comum entre uma parcela nacionalista dos intelectuais latino americanos da época (e que persiste até hoje) que era a “Teoria da Conspiração”. Segundo esta visão, a legislação e o Conselho Nacional do Petróleo geravam embaraços às empresas nacionais (ele era accionista de duas) apenas para favorecer interesses de multinacionais, que ganhavam com a dependência brasileira do óleo importado.

 No entanto, em um livro publicado em 1977, o advogado Carlos de Araújo Lima reuniu vários documentos sobre o acontecimento, inclusive as cartas de resposta a Monteiro Lobato, relatórios técnicos sobre o petróleo, a legislação petrolífera da época e depoimentos de testemunhas que redundaram em um processo no Tribunal de Segurança Nacional e na prisão de Lobato.

O que prevalece da leitura destes documentos, era a presença de um extremo amadorismo e aventureirismo das empresas e empreendedores nacionais (até pessoas físicas se arriscavam a comprar equipamentos de exploração e perfuravam poços sem maiores critérios), que pensavam em reproduzir aqui uma espécie de “corrida do ouro” nos moldes do que tinha havido com o petróleo nos Estados Unidos.

Da parte das multinacionais percebia-se simples desinteresse em investir em um sector que no Brasil estava em estágio embrionário e que exigia, de um lado, altos investimentos em pesquisa geológica, equipamentos e técnicos especializados e respondia, na outra ponta, com um mercado consumidor então incipiente. Porém Lobato de fato acertava quando acusava a legislação de minas e do petróleo de serem desestimulantes para investidores privados internacionais ou nacionais.

Mesmo segundo Roberto Campos, que não podia ser acusado de defender a estatização, razões boas havia para alguma presença do Estado no sector. As grandes empresas talvez não se interessassem em investir no Brasil no ritmo desejado pelo país. O petróleo aqui encontrado talvez não era o de melhor qualidade. Por outro lado conviria adquirir tecnologia e experiência na área, até para exercer uma actividade de fiscalização e regulação do sector. O próprio Estado poderia catalizar investimentos externos.

Mas Campos e os economistas liberais rejeitavam o monopólio do Estado, argumentando que isto impediria ou retardaria os investimentos em pesquisa. Com o mercado aberto, alegavam que haveria diminuição de riscos e aumento de oportunidades, além de aumentar o fluxo potencial de recursos necessários para o país adquirir rapidamente auto-suficiência.

 No olho do furacão desta discussão ideológica, Monteiro Lobato esteve preso por três meses em São Paulo, com base na Lei de Segurança Nacional que considerou sua carta uma representação contra actos do poder público e um “meio idóneo para o cometimento de crime de injúria”. Acabou indultado frente à pressão da opinião pública e dos intelectuais.

Morreria em 1948, após o fim da ditadura de Vargas. A respeito da sua prisão comentou: “estou como queria, colhendo o que plantei. A causa do petróleo ganha muito mais com a minha detenção do que com o comodismo palrador aí do escritório”. De fato, a partir desta época ganhou corpo à campanha “O petróleo é nosso”, uma curiosa aliança entre militares nacionalistas, comunistas que se opunham às multinacionais e políticos conservadores.

 Em 1953 seria criada, durante o segundo governo Vargas, a Petrobrás, estatal que monopolizaria a exploração do petróleo no Brasil. A intenção do Estado de monopolizar o sector do petróleo não chegava a ser, obviamente, um segredo, simplesmente aguardava o momento de amadurecimento.

 A Petrobrás iria realizar um longo e minucioso trabalho de pesquisa e se transformaria, ela mesma, em uma multinacional, em um “polvo”, mas mesmo produzindo o equivalente, em petróleo, ao que o Brasil consome, necessita importar, para refino, certas quantidades de óleo, cuja qualidade não existe no Brasil. Para Roberto Campos, simplesmente não sabemos se a Petrobrás é uma empresa eficiente. Do ponto de vista ambiental, pelo seu gigantismo, a Petrobrás é como toda grande empresa. Gasta expressivos valores com meio ambiente, mas não escapa de eventuais desastres ambientais.

Como já havia acontecido com outros assuntos como a saúde pública, os desmatamentos ou a educação, a visão intempestiva e apaixonada de Lobato, se não lhe trouxe maiores riquezas, serviu para despertar a consciência dos brasileiros a respeito das riquezas naturais do seu próprio país. 

*Engenheiro florestal, Dr. em Meio Ambiente e Desenvolvimento - Brasil

 

BIBLIOGRAFIA

CAMPOS, R. A lanterna na popa. Rio de Janeiro: Topbooks editora. 1994.

Lima, C. de A. O processo do petróleo: Monteiro Lobato no banco dos réus. Rio de Janeiro: Ed. do autor. 1977".

(http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=24720&op=all)

Edson Struminski

Edson Struminski, o autor do artigo sobre a prisão de Lobato

(http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=24720&op=all)


 

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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MONTEIRO LOBATO, O LA FONTAINE DO NOVO MUNDO, EXPRESSANDO

GRANDE CONTENTAMENTO COM A AMIZADE DE TRÊS LEITORAS

PRIVILEGIADAS DE SUA VASTA OBRA INFANTIL: um Esopo brasileiro,

como Jean de La Fontaine foi um Esopo francês, Walt Disney,  um Esopo

estadunidense e Hergé, o Esopo belga do século XX

(http://estelivro.wordpress.com/2009/10/):

 

FILATELIA: MONTEIRO LOBATO E SUA OBRA INFANTIL

SÃO TEMA DA ARTE DOS SELOS POSTAIS BRASILEIROS (1973) 

 (http://peregrinacultural.wordpress.com/2008/10/page/2/)

 

 

 

 

 

   

 

 

ACIMA, IMAGEM DE CAPA DE DVD: COM EXCEPCIONAL

MÚSICA DE GILBERTO GIL, AS ESTÓRIAS DO SÍTIO DO PICAPAU

AMARELO, DE MONTEIRO LOBATO, FORAM RECONTADAS,

NA TELEVISÃO, COM ELENCO DE primeira linha

internacional [http://dvdmagazine.virgula.uol.com.br/dvd20/resenha.php?id=2937]

O MINOTAURO, série televisiva em episódios reunidos em DVD, diretor: Geraldo Casé, 

TV GLOBO, Brasil, 1978)

(A legenda é da Coluna "Recontando...", mas a

imagem acima reproduzida está, na Web, em:

http://dvdmagazine.virgula.uol.com.br/dvd20/resenha.php?id=2937)

 

ROBERTO CAMPOS LANÇANDO SUA CONHECIDA

OBRA AUTOBIOGRÁFICA  

O EMINENTE MEMORIALISTA, DEFENSOR PERPÉTUO DOS VALORES

DO LIBERALISMO ECONÔMICO - do sistema capitalista de produção - E

AMIGO DO GRANDE IRMÃO DO NORTE (OS ESTADOS UNIDOS DA

AMÉRICA), EM FESTIVA NOITE DE AUTÓGRAFOS: EM PRIMEIRO PLANO

ESTÁ SEU ALENTADO LIVRO A LANTERNA NA POPA - MEMÓRIAS, NO QUAL

O ECONOMISTA, ADMINISTRADOR PÚBLICO E ESCRITOR NÃO

DEIXOU DE MENCIONAR A ABSURDA PRISÃO, NA ÉPOCA DO ESTADO

NOVO, DE MONTEIRO LOBATO, um grande recontador de fábulas e criador

de estórias infantis que até encarcerado defendia os interesses do

Brasil e de seu povo

(http://marcus-mayer.com/blog/2007/06/05/o-dinossauro-perde-a-sua-chance/)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

CAPA DO LIVRO DE MEMÓRIAS DE ROBERTO CAMPOS

CITADO NO ARTIGO DE EDSON STRUMINSKI SOBRE

A PRISÃO DE MONTEIRO LOBATO 

(http://www.metidoasebo.com.br/novos.html

 

ABAIXO, CARTA DE CARLOS DE ARAUJO LIMA A EVARISTO DE MORAES FILHO NA QUAL AS ORIGENS AMAZÔNICAS DO PRIMEIRO SÃO EVOCADAS [JÁ APOSENTADO, MAS ESCREVENDO LIVROS E PRODUZINDO ARTIGOS PARA A TRIBUNA DA IMPRENSA, DO RIO, AFIRMA O DR. ARAUJO LIMA A SEU COLEGA E AMIGO, DR. EVARISTO DE MORAES FILHO (o Evaristão): "NUNCA TRABALHEI E ESTUDEI TANTO!"]

 

  

EM DESTAQUE, NA TELA, ESTÁ A IMAGEM DE UMA DAS FACES DA COBIÇADA MEDALHA

TEIXEIRA DE FREITAS, DO IAB - RIO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PRÊMIO AOS GRANDES JURISTAS BRASILEIROS: EM SEGUNDO PLANO,

AMPLIADA, ESTÁ UMA REPRODUÇÃO FOTOGRÁFICA DA MEDALHA TEIXEIRA DE

FREITAS, DO IAB (INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS), PRÊMIO QUE

CARLOS DE ARAUJO LIMA, FALECIDO TIO DO COLUNISTA DA "RECONTANDO...",

RECEBEU, EM 1991, NO AUDITÓRIO DO IAB - RIO DE JANEIRO

(A LEGENDA É DESTA COLUNA, MAS A FOTOGRAFIA ESTÁ REPRODUZIDA EM

http://www.iabnacional.org.br/IMG/jpg/doc-2193.jpg; QUANDO O NOME DO

ADVOGADO, MEMBRO DO IAB, QUE DISCURSA FOR DESCOBERTO, SERÁ AQUI

INFORMADO; "dicas" concernentes, por favor, transmita, mandando e-mail para

[email protected]

===

RELAÇÃO DOS JURISTAS AGRACIADOS PELO IAB COM A MEDALHA TEIXEIRA DE FREITAS

"Medalha Teixeira de Freitas 

 

 

 

 

 

 

 

 


 


É atribuição do Conselho Superior, conceder, bienalmente, a Medalha Teixeira de Freitas.

Na concessão da Medalha, o Conselho Superior levará em conta o conjunto dos trabalhos publicados produzidos pelo agraciado, bem como sua contribuição ao Direito e à Justiça.

A Medalha Teixeira de Freitas e o Diploma que certifica sua concessão serão entregues em sessão solene do Instituto, na qual a saudação da Entidade será proferida por seu Orador Oficial, ou por quem para tanto escolhido pelo agraciado ou por sua família.

 

Regimento Interno

 

Art. 63. De dois em dois anos, no período que vai de 1°. de maio a 15 de novembro, o Conselho Superior será convocado pelo Presidente, para indicar o jurista a quem se concederá a Medalha Teixeira de Freitas.

Art. 64. A Medalha Teixeira de Freitas não poderá ser outorgada à mesma pessoa mais de uma vez.

Art. 65. Na concessão da Medalha, o Conselho Superior levará em conta o conjunto dos trabalhos publicados produzidos pelo agraciado, bem como sua contribuição ao Direito e à Justiça.

Art. 66. Não será concedida mais de uma Medalha Teixeira de Freitas a cada biênio.

Art. 67. Qualquer membro do Conselho poderá, fundamentadamente, indicar nome para concessão da Medalha Teixeira de Freitas.

Parágrafo Único. Cada indicação constituirá um processo, podendo o Presidente designar Relator, para levar, em síntese, ao conhecimento do Conselho, os dados fundamentais pertinentes a cada candidato.

Art. 68. A Medalha Teixeira de Freitas somente será concedida se o escolhido obtiver, no mínimo, a maioria absoluta dos votos dos Conselheiros presentes ou indicantes, desprezados os votos nulos mas considerados os votos em branco.

§ 1º Não alcançada na votação maioria absoluta, proceder-se-á a novo escrutínio, ao qual só concorrerão os dois nomes mais votados no primeiro turno, sendo agora bastante a maioria simples dos votos dos Conselheiros, desprezados os votos nulos mas considerados os votos em branco.

§ 2º Havendo somente uma indicação, uma vez não alcançada na votação maioria absoluta deixará de ser atribuída, naquele biênio, a Medalha Teixeira de Freitas.

Art. 69. A Medalha Teixeira de Freitas poderá ser concedida postumamente, fazendo-se a entrega à família do falecido ou a quem por ela indicado.

Art. 70. A Medalha Teixeira de Freitas e o Diploma que certifica sua concessão serão entregues em sessão solene do Instituto, na qual a saudação da Entidade será proferida por seu Orador Oficial, ou por quem para tanto escolhido pelo agraciado ou por sua família (art. 69).

 

Medalhas concedidas


 

 

Nome

Ano


 
 

 

1.

 


 

 

 

Clovis Bevilacqua

 

 

1929

 


 
 

 

4.

 


 

 

 

Eduardo Espínola

 

 

1936

 


 
 

 

5.

 


 

 

 

Levy Carneiro

 

 

1937

 


 
 

 

6.

 


 

 

 

Miguel Seabra Fagundes

 

 

1951

 


 
 

 

7.

 


 

 

 

Carlos Maximiliano

 

 

1952

 


 
 

 

8.

 


 

 

 

Waldemar Martins Ferreira

 

 

1955

 


 
 

 

9.

 


 

 

 

Orozimbo Nonato

 

 

1956

 


 
 

 

10.

 


 

 

 

Nelson Hungria

 

 

1957

 


 
 

 

11.

 


 

 

 

Haroldo Valladão

 

 

1958

 


 
 

 

12.

 


 

 

 

Sampaio Dória

 

 

1959

 


 
 

 

13.

 


 

 

 

Pontes De Miranda

 

 

1960

 


 
 

 

14.

 


 

 

 

Caio Mário Da Silva Pereira

 

 

1961

 


 
 

 

15.

 


 

 

 

Trajano De Miranda Valverde

 

 

1962

 


 
 

 

16.

 


 

 

 

José Carlos De Mattos Peixoto

 

 

1963

 


 
 

 

17.

 


 

 

 

Roberto Lyra

 

 

1966

 


 
 

 

18.

 


 

 

 

Rui Cirne Lima

 

 

1967

 


 
 

 

19.

 


 

 

 

Miguel Reale

 

 

1968

 


 
 

 

20.

 


 

 

 

Themistocles Brandão Cavalcante

 

 

1969

 


 
 

 

21.

 


 

 

 

Délio Maranhão

 

 

1970

 


 
 

 

22.

 


 

 

 

Silvio Augusto De Bastos Meira

 

 

1971

 


 
 

 

23.

 


 

 

 

Heráclito Sobral Pinto

 

 

1973

 


 
 

 

24.

 


 

 

 

Orlando Gomes

 

 

1974

 


 
 

 

25.

 


 

 

 

João De Oliveira Filho

 

 

1975

 


 
 

 

26.

 


 

 

 

Afonso Arinos De Mello Franco

 

 

1976

 


 
 

 

27.

 


 

 

 

Lourival Villanova

 

 

1977

 


 
 

 

28.

 


 

 

 

Otto De Andrade Gil

 

 

1978

 


 
 

 

29.

 


 

 

 

José Frederico Marques

 

 

1979

 


 
 

 

30.

 


 

 

 

Clovis Ramalhete Maia

 

 

1980

 


 
 

 

31.

 


 

 

 

Egas Dirceu Moniz De Aragão

 

 

1981

 


 
 

 

32.

 


 

 

 

Nelson Carneiro

 

 

1982

 


 
 

 

33.

 


 

 

 

Theophilo De Azeredo Santos

 

 

1983

 


 
 

 

34.

 


 

 

 

Evaristo De Moraes

 

 

1984

 


 
 

 

35.

 


 

 

 

Victor Nunes Leal

 

 

1985

 


 
 

 

36.

 


 

 

 

José De Aguiar Dias

 

 

1986

 


 
 

 

37.

 


 

 

 

Raymundo Faoro

 

 

1987

 


 
 

 

38.

 


 

 

 

Caio Tácito Sá Vianna P. De Vasconcellos

 

 

1988

 


 
 

 

39.

 


 

 

 

Afranio De Carvalho

 

 

1989

 


 
 

 

40.

 


 

 

 

José Carlos Barbosa Moreira

 

 

1990

 


 
 

 

41.

 


 

 

 

Carlos D. [Dagoberto] De Araújo Lima

 

 

1991

 


 
 

 

42.

 


 

 

 

Evandro Cavalcanti Lins E Silva

 

 

1992

 


 
 

 

43.

 


 

 

 

Barbosa Lima Sobrinho

 

 

1993

 


 
 

 

44.

 


 

 

 

Fábio Konder Comparato

 

 

1994

 


 
 

 

45.

 


 

 

 

Ricardo Cesar Pereira Lira

 

 

1995

 


 
 

 

46.

 


 

 

 

Arnaldo Lopes Süssekind

 

 

1996

 


 
 

 

47.

 


 

 

 

Sérgio Ferraz

 

 

1997

 


 
 

 

48.

 


 

 

 

Paulo Bonavides

 

 

1998

 


 
 

 

49.

 


 

 

 

Benedito Calheiros Bomfim

 

 

2000

 


 
 

 

50.

 


 

 

 

Eros Roberto Grau

 

 

2002

 


 
 

 

51.

 


 

 

 

Dalmo De Abreu Dallari

 

 

2005

 


 
 

 

52.

 


 

 

 

Hermann Assis Baeta

 

 

2007

 


 
 

 

53.

 


 

 

 

Eduardo Seabra Fagundes

 

 

2009

 


 

 

Acesse o discurso"

 

 (http://www.iabnacional.org.br/rubrique.php3?id_rubrique=9)