[Flávio Bittencourt]

Moacir Andrade, pintor do Amazonas

Aos 85 anos de idade, Moacir Andrade, um dos artistas plásticos mais respeitados do Brasil, continua reproduzindo em suas telas tudo que vivenciou na infância, passada no beiradão do rio Solimões, em Manacapuru.

 

 

 

  

 

 

 

   

UM TAPIRI  (CASA DE UM

CABOCLO RIBEIRINHO)

NO RIO JURUÁ:

 

(http://adriellg.com/saude-da-populacao-ribeirinha/)

 

 

 

 

TV Manaus Panorama Ateliê de Moacir Andrade,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=KsWCSpirKoI

 

 

 

 

 

LOGO (marca logotípica de fantasia)

DE GOOGLE virtual E "tridimensionalmente"

FEITO COM PEÇAS LEGO

google

(http://dropthedigibomb.com/2010/google-lego-logos/)

 

 

 

 

 

CARTAZ (em inglês) DE UM FILME DIRIGIDO

POR GEORGE SLUIZER:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 

(http://www.ranker.com/list/george-sluizer-movies-directed-by-george-sluizer/reference)

  

 

 

 

 

Trailer 'Fitzcarraldo',

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=F53yUsgVuL0

 

 

 

 

 

UM AMIGO VERDADEIRO DO BRASIL:

O PRODUTOR EXECUTIVO DE FITZCARRALDO

E DIRETOR GEORGE SLUIZER (na foto, mais de

três décadas depois de ter chamado o realizador

cinematográfico brasileiro, que infelizmente já não

está mais entre nós, FRED CONFALONIERI, diretor

de telenovelas da TV Globo, para

dirigir CARDINALE e KINSKY no Teatro Amazonas,

quando era rodado Fitzcarraldo, filme de

Werner Herzog [FILMAGENS: 1981; PELÍCULA

LANÇADA EM 1982]):

(http://www.anjameulenbelt.nl/weblog/2010/12/06/george-sluizer-homeland/)

 

 

 

 

 

 

 

 

"Samba Enredo 1998 - Parintins, A Ilha do Boi-Bumbá: Garantido X Caprichoso, Caprichoso X Garantido

Salgueiro (RJ)

Alô você, alô, do boi bumbá!
Vem salgueirar, vem salgueirar, vem salgueirar
Vem garantir, ioiô; vem caprichar, iaiá
A lenda vida do folclore está no ar

São dois pra lá, ê boi!
São dois prá cá
Dança nativa dos Parintintins
Que maravilha
Explosão na Ilha dos Tupinambás
Mostrando para o mundo inteiro
Hoje o meu Salgueiro é folclore popular

Bate tambor, cunhá poranga
É puro fogo no ar
Gira meu boi, meu boi bumbá (bis)
Um lado azul, outro vermelho
As cores do festival
É Garantido, é Caprichoso o Carnaval

Um duelo na floresta
Veio de longe o meu boi-bumbá
Entre rituais nativos, magias e lendas
Ao som do tamurá
Esse é o Brasil cultural
Raça mestiça e amor
Mostrando seu visual no Carnaval
Nossa cultura é assim
O nosso povo é de fé
Vem pro Salgueiro se banhar de axé

Eu sou índio e só sei amar
Uso arco e flecha, na cabeça um cocar (bis)
Banho de cheiro de patchouli
Olha o Salgueiro na Sapucaí"

(http://letras.terra.com.br/salgueiro-rj/474191/)

 

  

 

 

TETO DE SUNTUOSO SALÃO DO TEATRO AMAZONAS, EM MANAUS:

Teatro Amazonas

(http://www.nosnomundo.com.br/2011/08/teatro-amazonas-opera-teatro-e-musica-em-manaus/)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

[O INFELIZMENTE JÁ FALECIDO ATOR] Klaus Kinski e Werner Herzog

no Teatro Amazonas em Manaus em uma das cenas de Fitzcarraldo

(http://esquizofia.wordpress.com/2011/07/06/entrevista-com-o-cineasta-werner-herzog/)

 

 

 

 

O BOI DE PARINTINS NO

CARNAVAL DO RIO

(AV. MARQUÊS DE SAPUCAÍ),

EM 1998:

salgueiro_98
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Acadêmicos do Salgueiro/1998 - Parintins, a Ilha do Boi-bumbá:

Garantido X Caprichoso, Caprichoso X Garantido

(http://www.tradicaodosamba.com.br/boletim%20do%20samba/desfiles_imortais/BS_desfilesimortais_ago_2a.html)

 

 

 

 

TEATRO AMAZONAS:

MINIATURA CONSTRUÍDA COM 

(30 MIL, de acordo com os responsáveis

pelo site NÓS NO MUNDO) PEÇAS

DO BRINQUEDO-DE-MONTAR LEGO:

 

Teatro Amazonas 

(http://www.nosnomundo.com.br/2011/08/teatro-amazonas-opera-teatro-e-musica-em-manaus/)

 

 

 

 

NOVEMBRO DE 2005:

A GRANDE ATRIZ CLAUDIA CARDINALE EM MANAUS,

SENDO HOMENAGEADA POR OCASIÃO DO

AMAZONAS FILM FESTIVAL - 2005 (FOTOGRAFIA

DE CARDINALE NAS PROXIMIDADES DA 

ENTRADA PRINCIPAL DO FABULOSO

TEATRO AMAZONAS):

Claudia Cardinale recebe homenagem no Amazonas Film Festival - Divulgação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://ofuxico.terra.com.br/noticias-sobre-famosos/claudia-cardinale-recebe-homenagem-no-amazonas-film-festival/2005/11/08-12413.html)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Klaus Kinski e Claudia Cardinale

[NA ÉPOCA - início da década de 1980 - EM QUE ELES

ESTRELARAM FITZCARRALDO, FILME DIRIGIDO POR WERNER HERZOG,

TAMBÉM APARECENDO O CASAL (de personagens) NO TEATRO AMAZONAS

[Manaus], PARA OUVIR ÓPERA, VINDOS DE IQUITOS, PERU, ONDE

FITZCARRALDO ERA EMPRESÁRIO (fabricante de gelo) E SUA AMADA ERA

DONA DE CABARÉ (cafetina)]

(http://www.del-rio.net/galerie_festival_annee_gb.php?annee=1982)

 

 

 

 

REPRODUÇÃO DE UMA

TELA DE MOACIR ANDRADE:

 

 (http://catalogodasartes.com.br/Lista_Obras_Biografia_Artista.asp?idArtista=1116&txtArtista=Moacir%20de%20Andrade%20-%20Moacir%20Andrade)

 

 

 

 

 

TEXTO CRÍTICO SOBRE CINEMA:

RESENHA DE RUBEM BIÁFORA (1922-1996)

SOBRE O FILME FITZCARRALDO:

"Fitzcarraldo
16 de janeiro de 1983


(“Fitzcarraldo”) - Alemanha, 1982, 158 minutos. Produção: Werner
Herzog Gilmproducktion / Pro-ject Filmproduktion / Zweites
Deutsche Fernsehen. Em associação com Wildlife Filmes (Peru).
Distribuição: Gaumont do Brasil. Produtores: Werner Herzog,
Lucki Stipetic. Direção, roteiro: Werner Herzog. Fotografia: Thomas
Mauch. Segunda Unidade: Rainer Klausmann. Direção de Arte:
Henning con Gierke, Ulrich Bergfelder. Vestuário: Gisela Storch.
Montagem: Beate Mainka-Jellinghaus. Sequência da Ópera de
Manaus dirigida por Werner Schoroeter. Música: Popol Vue e
Vuh e extra-excertos de “Ernani”, “Rigoletto” (Verdi), “I Pagliaci”
(Leoncavallo), “L’Africana” (Meyerbeer), “Manon” (Massenet),
“La Boheme” (Puccini) e “I Puritani” (Bellini), cantados por Enrico
Caruso. Colorido. Elenco: Klaus Kinski, Claudia Cardinale, José
Lewgoy, Michel Angel Fuentes, Paul Hittscher, Huerequeuque
Enrique Borhorquez, Grande Otelo, Peter Berling, David Campo
Perez Espinosa, Milton Nascimento, Rui Polanah, Salvador Goldinez,
Dieter Milz, Bill Rose, Leoncio Bueno, Miguel Camaiteri Fernandez,
Nicolas Camaiteri Fernandez, Pascual Camaiteri Fernandez.


Que Werner Herzog é um dos gênios do ciema
atual, é fato que não pode ser posto mais em
dúvida. Se não fosse a sua famosa trilogia com
Aguirre, Kaspar Hauser, Nosferatu, que já lhe deu
um denominador comum ímpar no cinema contemporâneo,
para inscrevê-lo definitivamente na
História do Cinema, basta a simples lembrança
de Stroszek. Pois com este Fitzcarraldo o cineasta
volta à sua obssessiva indagação sobre a loucura
do poder. Talvez ele esteja insistindo um pouco
nos resultados de Aguirre, mas mesmo assim
ainda é o contraditório, intrigante, envolvido e
envolvente, fascinante cineasta Herzog. Outro
filme para ninguém perder, trazendo a revelação
de um ator tipicamente alemão como Paul
Hittsche, o capitão do navio, uma figura que parece
saída das páginas de Herman Melville, Jack
London e Ernest Hemmingway e de toda a mais
essencial antologia de personagens do cinema
expressionista de 1915 até hoje.
"

(A coragem de ser - Críticas (COLETÂNEA) / "Fitzcarraldo", p. 173 - 174,

http://www3.universia.com.br/conteudo/livroscinema/criticasderubembiafora.pdf)

  

 

 

 

A MARAVILHOSA PRODUÇÃO MOACIRANDRADINA,

EXPOSTA NO SESC AMAZONAS (MARÇO DE 2012):

Exposição comemora 85 anos do artista amazonense Moacir Andrade (Foto: Divulgação/Sesc)

(http://g1.globo.com/amazonas/noticia/2012/03/exposicao-comemora-85-anos-do-poeta-amazonense-moacir-andrade.html)

 

  

 

 

 ESCUDO DO I. G. H. A. (fundado em 1917):

 

(http://jmartinsrocha.blogspot.com.br/2010/06/instituto-geografico-e-historico-do.html)

 

 

 

 

 

ENTRE LIVROS (vários deles de sua autoria) E PINTURAS MAGNÍFICAS (suas),

MOACIR ANDRADE:

 

Foto: Bruno Kelly/A CRÍTICA

(http://acritica.uol.com.br/vida/Moacir-Andrade-dedicacao-arte_5_520797918.html)

 

 

 

 

 

"(15 DE JANEIRO DE 2009) Hoje, mal a noite começava, eu [PROF. DR. ZEMARIA PINTO] e o compositor Mauri Marques fomos tomar um tacacá no ateliê de Moacir Andrade, que nos recebeu com a alegria que sempre o caracterizou.

Aos 82 anos, a completar em março, Moacir tem saúde e disposição para trabalhar diariamente nos seus quadros e escritos. Contou-nos muitas histórias, fez-nos várias confidências (algumas bem cabeludas) e mostrou-nos um acervo de livros e fotografias raras, além de desenhos seus, elaborados entre os 6 e os 12 anos.

Esses desenhos já deixavam antever o pintor que encantaria o mundo com suas paisagens e suas interpretações dos mitos amazônicos: são pequenos flagrantes do cotidiano, que, reunidos, compõem um ensaio visual-antropológico sobre os costumes urbanos da Manaus de 1935 a 1941.
(...)"

(ZEMARIA PINTO, trecho de matéria de seu blog Palavra do Fingidor)

  

 

 

 

MOACIR ANDRADE:

 

(http://palavradofingidor.blogspot.com.br/2009_01_01_archive.html)

 

 

 

 

 

Antonio Lucio Vivaldi,

(compositor e instrumentista italiano nascido em

Veneza, em 1678, e falecido em Viena, em 1741):

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

(http://alexanderstreet.typepad.com/music/2012/03/antonio-vivaldis-la-primavera-the-four-seasons-spring.html)

 

 

 

 

VERBETE DA ENCICLOPÉDIA

ITAÚ CULTURAL:

"Andrade, Moacir (1927)  

Críticas

"As bandeiras de defesa ecológica ainda não se haviam desfraldado e já o artista amazonense, dotado de uma visão perpetuadora dos maiores paisagistas de todos os tempos, declarava e defendia e defendia em sua telas, pela voz das cores, os perfis mais amados da vida e do homem amazônico. Toda a natureza da Planície, castigada até o sacrifício das espécies, pôde antes providencialmente mostrar-se nas criações de Moacir. Dir-se-ia que ele foi um meio eficaz que a Amazônia encontrou para defender-se e perenizar-se nas suas feições mais belas e essenciais de potestade verde, de vida infinitamente derramada. Esse fenômeno afetivo de a natureza encontrar nos artistas a sua via sacramental, a sua transposição para o futuro, dá-se com insistência, e com ardor é estudado, e continua misterioso. O certo, porém, é que a arte dos iluminados é puro e ancestral movimento de preservação dos valores decisivos na evolução dos povos, um esforço pela perpetuidade dos caracteres biossociais e humanas mais eminentes. A arte que exercita a eternidade é uma conjunção complexa, em que as trocas do homem com a natureza aparecem sinergicamente se completando e redentoramente atuando, sempre a exorcizar a treva aproximada e a mostrar as pontes para o alvorecer. Assim o conjunto da obra de Moacir Andrade, visto na sua grandeza fecunda de meio século, mais parece uma convulsão da natureza, um poderoso despertar das forças naturais amazônicas buscando espaço para multiplicar seus dons, estender seus abraços, prodigalizar suas luzes. Emocionalmente considerado e criticamente medido, o trabalho de Moacir Andrade não pode ser só arte, só amor da terra, é uma verdadeira descida ao fogo sagrado, uma unção sobre a selva, o trasbordamento de uma personalidade que as eras reclamam de milênio em milênio (...)"

Max Carphentier

ANDRADE, Moacir. 50 anos de exposições pelo Brasil e pelo mundo. Apresentação de Thiago de Mello. Textos de Max Carphentier, Menotti del Picchia, Camara Cascudo, Jorge Amado, Gilberto Freyre, Gabriel Garcia Marques. Manaus: Editora Umberto Calderaro Ltda. , s.d., 54p. ilust.


"Moacir Andrade submete, em disciplinados espaços de arte - galos de tapeçaria, cintilação de mosaicos e magia de presépios - os paroxismos de seu diluviano zoorama, feérico epos de fauna: peixes, leviatãs, dragões, harpias, perlados de fria espuma e ocelados de recordações oníricas, à luz de um amarelo a um tempo telúrico e transcendente, apanha assim em tensa ronda a vida do grande rio e grava nos olhos de xerimbabos abissais a desmesura e selva, a cósmica, calada essência da amazônia".

João Guimarães Rosa

KAWALL, Luiz Ernesto Machado. Artes reportagem. Prefácio de Luís Arrobas Martins. Apresentação de Francisco Luís de Almeida Salles. São Paulo: Centro de Artes Novo Mundo, 1972.


"É fato que sua tendência à estilização - tanto nos retratos quanto nas paisagens, figuras e cenas típicas - o tem levado muitas vezes a produzir obras que não dispõem de atmosfera diretamente equatorial e específica, mesclando técnicas e interesses tão diversos com os de um certo expressionismo de função compositiva, um gestualismo derivado do prazer de cobrir amplamente a superfície do papel ou da tela, e um desejo construtivo organizar as múltiplas áreas de cor em estruturas de propensão geometrizante. No entanto, a origem e a vivência amazônicas terminaram ultimamente por assumir importância direta na sua pintura, modificando de modo muito amplo os esquemas anteriores. O que hoje o estimula é a tentativa de recontar, em telas de grandes dimensões, cobertas por inteiro de incontáveis detalhes, as lendas da região, popularmente disseminadas. Se antes a pintura de Moacir Andrade pretendia fundamentar-se em padrões mais clássicos, agora ela se apresenta liberada para o exercício da imaginação, abolindo o convencionalismo da perspectiva e se infantilizando na alegria de amealhar pontos-relevos de cor, elementos fantásticos da fábula e simbologia atavicamente armazenada pelo homem".

Roberto Pontual

PONTUAL, Roberto. Arte/Brasil/hoje: 50 anos depois. São Paulo: Collectio, 1973."

(http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_criticas&cd_verbete=2827&cd_item=15&cd_idioma=28555)

 

 

 

 

NO SALÃO NOBRE DO I. G. H. A.

(Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas),

ARLINDO AUGUSTO DOS SANTOS PORTO

PROFERE DISCURSO SOBRE A VIDA E

A OBRA DE MOACIR ANDRADE:

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://www.ncpam.com.br/2010/10/moacyr-andrade-cores-e-em-ritmo-de.html)

 

 

 

 

 
François Morellon de la Cave: Antonio Vivaldi - Effigies Antonii Vivaldi per l'edizione Le Cène dell'op. 8 del 1725.
(http://it.wikipedia.org/wiki/Antonio_Vivaldi)

 

 

 

 

23.10.2010:

NO I. G. H. A., VIVALDI TOCADO PARA MOACIR ANDRADE

(QUINTETO DE CORDAS FORMADO POR KIMBERLY, WESLEY,

THIAGO, DIEGO E GUSTAVO, ALUNOS DO LICEU DE ARTES E OFÍCIOS

CLÁUDIO SANTORO, DE MANAUS):

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://www.ncpam.com.br/2010/10/moacyr-andrade-cores-e-em-ritmo-de.html)

 

 

 

 

 

CLAUDIA CARDINALE,

TRABALHANDO NO

TEATRO AMAZONAS

(filme Fitzcarraldo):

(http://esquizofia.wordpress.com/2011/07/06/entrevista-com-o-cineasta-werner-herzog/)

 

 

 

 

A arte amazônica segue viva nas obras de Moacir Andrade

 

 

 

 

  

 

 

 

 

 

 

"A arte amazônica segue viva nas obras de Moacir Andrade" (Foto: Euzivaldo Queiroz)

(http://acritica.uol.com.br/vida/Moacir-Andrade-constroi-carreira-sucesso-Amazonia-Amazonas-Manaus_0_640136017.html)

 

 

 

 

 

 "(...) Esse pisciano, de 85 anos de idade, continua reproduzindo em suas telas tudo que vivenciou na infância, passada no beiradão do rio Solimões, em Manacapuru, e isso o fez ser um dos artistas plásticos mais respeitados do País. O seu desenhar, que iniciou aos 5 anos de idade, promete ainda se perpetuar por longos tempos. E Moacir é uma prova viva que a arte amazônica segue viva! Vida longa ao artista."

(RAFAEL SEIXAS, EM A CRÍTICA, TRECHO FINAL

DO ARTIGO ADIANTE TRANSCRITO)

 

 

 

 

                                                     EFUSIVAMENTE HOMENAGEANDO MOACIR ANDRADE,

                                                     CLAUDE JOSÉPHINE ROSE CARDINALE (CLAUDIA CARDINALE) E

                                                     WERNER HERZOG STIPETIC (WERNER HERZOG),

                                                     A QUEM SE DESEJA MUITA SAÚDE, PAZ E

                                                     VIDA LONGA!

                                                     ABRAÇANDO FRATERNALMENTE OS

                                                     QUERIDOS AMIGOS MAX CARPHENTIER

                                                     ARLINDO AUGUSTO DOS SANTOS PORTO E

                                                     ZEMARIA PINTO, COMO OS ADMINISTRADORES,

                                                     PROFESSORES, FUNCIONÁRIOS E ALUNOS DO

                                                     LICEU DE ARTES E OFÍCIOS CLÁUDIO SANTORO, DE MANAUS,      

                                                     TODOS OS MEMBROS DO I. G. H. A. - do qual tenho a honra de ser

                                                     sócio-correspondente - E OS SEUS FUNCIONÁRIOS,

                                                     TODAS AS PESSOAS QUE PARTICIPARAM DA ELABORAÇÃO DO

                                                      FILME FITZCARRALDO, NA PESSOA DO RESPEITADO AMIGO

                                                      GEORGE SLUIZER (produtor-executivo, no Brasil, da fita herzoguiana),

                                                     TODOS OS GESTORES, FUNCIONÁRIOS E

                                                     GUIAS TURÍSTICOS - que são bilíngues, trilíngues ou, alguns deles,

                                                     poliglotas - DO TEATRO AMAZONAS,

                                                     TORCEDORES, MEMBROS DA DIRETORIA,

                                                     PESQUISADORES, CARNAVALESCOS,

                                                     EMPREGADOS, SAMBISTAS, ESTILISTAS,

                                                     CRIADORES DE CARROS ALEGÓRICOS,

                                                     COMPOSITORES, MÚSICOS, CANTORES, MOTORISTAS,

                                                     COSTUREIROS, COZINHEIROS, ENGENHEIROS, TÉCNICOS E

                                                     COLABORADORES EVENTUAIS DA

                                                     ESCOLA DE SAMBA ACADÊMICOS DO SALGUEIRO E DA

                                                     ESCOLA DE SAMBA UNIDOS DE VILA ISABEL,

                                                    TODAS AS PESSOAS QUE TRABALHARAM OU TRABALHAM

                                                     NAS INDÚSTRIAS DE BRINQUEDOS LEGO,

                                                     ANNA & FRED, OS RESPONSÁVEIS PELO site NÓS NO MUNDO,

                                                     a quem também se deseja -

                                                     como aos senhores jornalistas a seguir relacionados -

                                                     muita saúde, paz e vida longa!                                                    

                                                     OBRIGADO, JORNALISTAS

                                                     RAFAEL SEIXAS,

                                                     JÚLIO PEDROSA E

                                                     ELBA KRISS!

                                                     OBRIGADO, REPÓRTERES FOTOGRÁFICOS 

                                                     BRUNO KELLY,

                                                     EUZIVALDO QUEIROZ E

                                                     MÁRCIO SILVA! 

                                                     E PARA O DIRETOR-COLABORADOR DE W. HERZOG

                                                     (que dirigiu K. Kinski, C. Cardinale e nós-o-povo-da-plateia

                                                     [figurantes não-remunerados... mas bom lanche foi servido!],

                                                     na sequência operística rodada no T. A.,  uma vez que o

                                                     diretor principal estava filmando em Iquitos, República do Peru),

                                                     FREDERICO CONFALONIERI (diretor assistente, em 1981 [*]),

                                                     O ATOR 

                                                     NIKOLAUS GÜNTER KARL NAKSZYNSKI (KLAUS KINSKI, 1926 - 1991) 

                                                     E O AUTOR DE CINEMA E TV E CRÍTICO DO JORNAL 

                                                     O ESTADO DE SÃO PAULO

                                                     GERVÁSIO RUBEM BIÁFORA (RUBEM BIÁFORA, 1922-1996),

                                                     in memoriam

[*] - EM IMDb CONSTA:

"Fred Confalonieri

  1. Volti e musi su sfondo bianco (1992) [Actor] (como Frederico Confalonieri)
  2. "Você Decide" (1992) Seriado de TV [Director]
  3. "Araponga" (1990) Seriado de TV [Director]
     
  4. "Top Model" (1989) Seriado de TV [Director]
  5. "O Outro" (1987) Seriado de TV [Director]
  6. Churrascaria Brasil (1987) [Director]
  7. "Tititi" (1985) Seriado de TV [Director]
  8. "Livre para Voar" (1984) Seriado de TV [Director]
  9. "Champagne" (1983) Seriado de TV [Director]
  10. "Louco Amor" (1983) Seriado de TV [Director]
  11. Fitzcarraldo (1982) [assistente do diretor: Brazil] (como Frederico Confalonieri)
  12. Delícias do Sexo (1980) [assistente do diretor]
     
  13. Banana Mecânica (1974) [Art Director]"

[OBS. - FRED CONFALONIERI, QUE ERA CASADO COM A ATRIZ ÍTALA NANDI,

CONCEBEU E DIRIGIU, TAMBÉM, FILMES EM CURTA E MÉDIA-METRAGEM.]

 

 

 

30.4.2012 - A arte (sempre maior) do pintor amazonense Moacir Andrade continua, felizmente, sendo objeto de ensaios acadêmicos, relevantes homenagens oficiais e populares e diversas reportagens destacadamente difundidas pelos meios de comunicação de massa - O pintor amazonense Moacir Andrade.  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

  

 

ARTIGO DE RAFAEL SEIXAS,

PUBLICADO EM A CRÍTICA (FEV. / 2012): 

"Moacir Andrade constrói carreira de sucesso dentro e fora de Manaus
 
Esse pisciano, de 85 anos de idade, continua reproduzindo em suas telas tudo que vivenciou na infância, passada no beiradão do rio Solimões, em Manacapuru, e isso o fez ser um dos artistas plásticos mais respeitados do País
 
Manaus, 04 de Fevereiro de 2012
 
RAFAEL SEIXAS
 
 
 
 
Pode-se dizer com propriedade que o artista plástico Moacir Andrade construiu uma carreira sólida e bem sucedida. Afinal, ele conta com 80 anos de carreira, mais de 10 mil telas pintadas e cerca de 70 países visitados para difundir sua arte. É uma pena que boa parte dos trabalhos do amazonense não está em museus e galerias, acessível ao grande público, mas sim emoldurados em paredes de casas ou espalhados pelo mundo. No entanto, telas de sua autoria ainda podem ser encontradas em alguns órgãos e repartições públicas da capital.

A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz-AM) é um dos espaços que contam com peças do artista. Lá, os visitantes e funcionários se deparam com telas de grandes dimensões, de uma coleção de motivos amazônicos. Contudo, a série que Moacir mais gostou, segundo o próprio, foi “Mitologia”, concebida nos anos 60 ou 70 (não soube precisar), na qual apresentava parte dos mitos amazônicos. “Oitenta porcento das obras que vendi foram para amigos. Os quadros ficam dentro de casas, somente para a família e os visitantes verem. O público em geral só conhece os meus trabalhos que estão nas repartições públicas, pinacotecas, museus”, diz.

Pontos

Os traços minuciosos de Moacir estão à mostra em produções encontradas na Secretaria de Cultura do Estado (SEC), Prefeitura, Manaus Energia, na Reitoria da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), nos palácios do Governo e Rio Negro, entre outros.

“É bom a gente ser reconhecido enquanto estamos vivos. Sou um amante inveterado, amo minha mulher e dou toda a atenção para ela, porque quando se morre tudo acaba”.

Eternidade

Parte dessa premissa pode até ser verdade, mas tudo que foi produzido pelo escritor, poeta e artista plástico continuará vivo em telas, publicações literárias e dizeres de personalidades que se emocionaram com suas pinturas, como Claudio Santoro, Jorge Amado, Ferreira de Castro, Gabriel García Márquez, Gilberto Freyre, e mais.

“Um dia, um cara disse que a felicidade é como o orgasmo, enquanto você está fazendo carinho na mulher – o que antecede a cópula – é uma beleza. Aí depois vem o orgasmo, o gozo, e isso dura segundos. Felicidade são gestos que permanecem o mínimo de tempo. Toda arte gera emoções e essa emoção causa outra: aquela que você recebe das pessoas que gostam de seus quadros”, fala Andrade.

Esse pisciano, de 85 anos de idade, continua reproduzindo em suas telas tudo que vivenciou na infância, passada no beiradão do rio Solimões, em Manacapuru, e isso o fez ser um dos artistas plásticos mais respeitados do País. O seu desenhar, que iniciou aos 5 anos de idade, promete ainda se perpetuar por longos tempos. E Moacir é uma prova viva que a arte amazônica segue viva! Vida longa ao artista.
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SOBRE O LICEU DE ARTES E OFÍCIOS CLAUDIO SANTORO, NO
 
PORTAL DO GOVERNO DO ESTADO DO AMAZONAS (BRASIL):
 
 
"Formação Artística
Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro
 
 
Diretora:
Cristiana Brandão
Endereço:
Av. Pedro Teixeira, 2.565 – Flores – Centro de Convenções Sambódromo - Manaus/AM
E-mail:
 
Telefone:
 
Direção: fone/fax (92) 3232-2488
Secretaria Escolar: (92) 3232-1950
Gerência de Formação Cultural: fone/fax (92)3232-2440
Horário:
De Segunda a Sexta, das 08h às 12h e das 14h às 17h.
Histórico:
O Centro Cultural Cláudio Santoro deu início as suas atividades em novembro de 1997 permanecendo como Centro Cultural até 28 de fevereiro de 2007, passando a ser chamado Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro a partir de 01 de março do ano em curso. Hoje com a transformação do Centro Cultural Cláudio Santoro em Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro e, por terem sido unificadas as atribuições, houve um acréscimo em suas demandas, pois, foram absolvidas também as atividades que eram desenvolvidas pelo Centro Cultural.
 
Seu objetivo principal é estimular o estudo nas mais diversas manifestações artísticas, oferecendo a população amazonense sua integração a cultura local. A finalidade do Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro é desenvolver, aperfeiçoar e explorar o talento de crianças, jovens e adultos, estimulando-os no que se refere à atividade artística, oferecendo gratuitamente, os serviços como, Cursos Livres e de Formação Artística nas áreas de dança, artes cênicas, música popular e erudita, artes plásticas e visuais com a finalidade de adquirir mão - de - obra especializada modificando o perfil dos profissionais em face da nova ordem de trabalho exigido pelo mercado.
Núcleos:
  • Núcleo de Artes Plásticas;
  • Núcleo de Dança;
  • Núcleo de Música Erudita e Popular;
  • Núcleo de Teatro;
  • Grupo de Teatro e Dança da Melhor Idade;
  • Orquestras de Câmaras;
  • Orquestras Jovens.
Responsáveis por Núcleos:
  • Dança: Jorge Kenneddy;
  • Música Erudita (Instrumentos de Cordas e Piano): Elena Kaynova;
  • Música Erudita (Instrumentos de Sopros e Percussão): Oromides Rezende;
  • Música Popular: Rui Carvalho;
  • Artes Cênicas: Francisco Mendes;
  • Artes Plásticas: Oscar Ramos.
Grupos Estáveis:
Orquestras:
 
  • Orquestras de Iniciantes "Camerata Amazônica" - Maestrina Elena Koynova;
  • Orquestra Jovem Encontro das Águas - Maestro Gustavo Medina;
  • Orquestra de Repertório Popular - Diretor Artístico Rui Carvalho.
 
Corais:
 
  • Coral Infantil - Regente Hugo Pinheiro;
  • Coral Adulto - Regente Kleber Drahilton Rodrigues.
Grupo de Teatro e Dança da Melhor Idade - Rosa Eunice"
 
 
 
 
 
 
 
 
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NO BLOG DO CORONEL ROBERTO,
SEÇÃO "MEMÓRIAS AMAZONENSES",
EVENTOS COMEMORADOS EM
15 DE FEVEREIRO:
 

  

"Fevereiro, 15

(...)

 

Arlindo Porto, 2010
1929 – Nasceu em Manaus, Arlindo Augusto dos Santos Porto, o Arlindo Porto de tantos caminhos e gostosos causos. Deve ter começado como jornalista, quando as redações ocupavam a avenida Eduardo Ribeiro e adjacências. Por isso, suas memórias estão recheadas de encontros entre colegas da prensa.
Várias são as colunas que Arlindo assinou. Teve o Arame Farpado, o Cabo C que, como os nomes indicam, esquentavam o verbo. Andou em diversas redações, nelas aprendendo e consolidando sua arte de comunicador. Em uma eleição, fruto dessa atividade, ganhou a vaga de deputado estadual.

Reeleito em duas oportunidades, seguiu crescendo; e, ao evoluir na Assembleia, foi seu presidente. Na ocasião, substituiu o governador Gilberto Mestrinho.
Mas, veio o Governo Militar de 1964 e o deputado Arlindo Porto foi cassado pela própria Assembleia, atitude que o martirizou. Preso no quartel do 27º BC, não se esquece da atitude do arcebispo do Amazonas, Dom João Souza Lima, que ao visitar os reclusos, levou uma carta de Arlindo para a família dele. Escrita ali na hora, no presídio.
A Gazeta. Manaus, 22 fev. 1952
"Sem teto", seguiu para o Rio de Janeiro para enfrentar nova luta. Fez jornalismo como sabia em redações cariocas. Depois, colocou o diploma da Faculdade de Direito do Amazonas, turma 1955, na parede e saiu em busca de clientes e causas. Teve ajuda de seu amigo Bernardo Cabral e de tantos outros engajados na luta pela democracia.
Concedida a anistia, Arlindo Porto voltou a Manaus, para retomar a disputa política e jornalística. Não mais se elegeu, mas colaborou fartamente para o retorno de seu cunhado, Gilberto Mestrinho, ao governo, em 1983. No período, assumiu algumas secretarias.
Arlindo Porto, Delegado de Polícia. A Crítica. 17 fev. 1956

Ao fim, em 1998, foi nomeado conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, onde se aposentou. Pertence a algumas entidades acadêmicas. Ao Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, que já presidiu em duas oportunidades. A Academia Amazonense de Letras, na cadeira 35, de Dom Frederico Costa, empossado em 3 dez. 1993.
É autor de vários títulos: Bernardo Cabral, um paladino da democracia (1988); Nunes Pereira, o cavaleiro de todas as madrugadas do universo (1993); O Regatão da saudade (1984), entre outros.
O Sindicato dos Jornalistas amazonenses deu seu nome ao auditório da sede da entidade. (...)
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(http://catadordepapeis.blogspot.com.br/2011/02/memorias-amazonenses.html)

 

 

 

 

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"Por: Elba Kriss | Foto: Divulgação | 08/11/2005

Claudia Cardinale recebe homenagem no Amazonas Film Festival

Claudia Cardinale recebe homenagem no Amazonas Film Festival - Divulgação

A atriz Claudia Cardinale, de 67 anos, da Tunísia, recebeu uma homenagem no Amazonas Film Festival – 2º Mundial do Filme de Aventura. Ela ganhou do Governador do Amazonas, Eduardo Braga: uma jóia exclusiva de ouro e semente de tucumã (fruta local).

A atriz declarou sua paixão pela cultura amazonense e recordou ainda suas duas passagens pelo Brasil - nos anos 60, para as filmagens de Uma Rosa para Todos, em que a atriz protagonizou uma sambista e durante a realização de seu longa-metragem mais conhecido, Fitzcarraldo, em 1982.

Claudia Cardinale iniciou sua carreira no cinema em 1958, com o filme Goha, de Jacques Baratier. Em 2005, Claudia Cardinale atuou, em Paris, na peça teatral Sweet Bird of Youth de Tennessee Williams.

O encerramento do Amazonas Film Festival, acontece na quarta-feira, dia 9, no Teatro Amazonas."

(http://ofuxico.terra.com.br/noticias-sobre-famosos/claudia-cardinale-recebe-homenagem-no-amazonas-film-festival/2005/11/08-12413.html

 

 

 

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ENTREVISTA CONCEDIDA

POR ARLINDO AUGUSTO DOS SANTOS PORTO

A JÚLIO PEDROSA, DO JORNAL A CRÍTICA, DE MANAUS

(JAN. / 2012):

"Arlindo Porto fala sobre desafio de assumir a presidencia da AAL

 

Autor de “O Regatão da Saudade”, “Poucas e Boas”, “Bernardo Cabral, um Paladino da Democracia”, entre outras obras, o  jornalista  é o novo presidente da Academia Amazonense de Letras

 

Manaus, 15 de Janeiro de 2012

 

JÚLIO PEDROSA

 

 

 

 

“Na Academia só cabe um  pensamento:o bem da cultura” , diz o intelectual

 

“Na Academia só cabe um pensamento:o bem da cultura” , diz o intelectual

([FOTO:] Márcio Silva)

 

 

 

Um homem que viveu o jornalismo em sua essência e hoje, do alto dos seus 82 anos, e com inúmeros escritos, assume o desafio de presidir os rumos da Academia Amazonense de Letras (AAL). Assim, o jornalista, escritor e ex-deputado estadual e federal Arlindo Porto, se autodefine: um homem simples, com uma biografia construída ao longo dos mais de 60 bem vividos anos de profissão, entre as redações dos principais jornais do País e os meandros da política amazonense.

 

É fundador do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Amazonas e da Associação Brasileira de Jornalistas Escritores de Turismo. Detentor de uma sólida trajetória que o credenciou para estar onde se encontra hoje, Arlindo é também um colecionador de amigos, entre os quais o ex-governador Gilberto Mestrinho, o jornalista Umberto Calderaro Filho, o ex-senador Bernardo Cabral, e o prefeito Amazonino Mendes, com quem esteve preso na ditadura.

 

Na memória e em seus escritos, guarda passagens marcantes da história, sobre as quais ele fala com eloquência invejável, nesta entrevista concedida em sua residência, na tarde da última quinta-feira. Ansioso pela posse no cargo, ocorrida na manhã deste sábado (14), Arlindo disse que se prepara para lançar mais uma coletânea de artigos (seu sétimo livro) intitulada “No Castelo das Minhas Memórias”; se diz entusiasmado com os projetos que dão continuidade ao trabalho do seu antecessor, o acadêmico José Braga, e define a atitude de lançarem a sua candidatura à presidência da entidade como uma homenagem carinhosa. “Somos uma família”, afirma ele.

 

Sua vivência no jornalismo se confunde com a sua própria história. Como o jornalismo entrou em sua vida?

Ser jornalista sempre foi uma grande aspiração desde menino. Tinha essa tendência e com a ajuda do meu pai adotivo, que tinha poderes para isso, mais do que meus pais consanguíneos, que eram pessoas pobres, consegui cursar a Faculdade de Direito, depois de cursar o Colégio Estadual, numa turma da qual faziam parte, dentre outros, o Gilberto Mestrinho, Phelipe Daou, Roberto Cohen, Jorge Teixeira, Ramiro Silveira, Raul Mendes, entre outros colegas. Apesar desse enveredar pelo caminho do conhecimento das letras jurídicas, onde graças a Deus eu fui aprovado, numa época em que fui colega do Bernardo Cabral, me tornei advogado porque ingressei na Ordem, mas até hoje não enveredei pela área jurídica, embora continue registrado na Ordem dos Advogados do Brasil. Minha tendência natural, decorrência da minha própria inclinação pessoal, era a de ingressar na imprensa.

 

Quando foi o primeiro contato com o jornal impresso e as máquinas de impressão?

Um dia fui levado à presença de um grande jornalista amazonense chamado Herculano de Castro e Costa. Após a primeira conversa ele me tomou como auxiliar fazendo com que eu me tornasse revisor do Jornal do Commercio. Nesse posto demorei pouco porque logo me chamaram para o campo da reportagem. Sentiram que minha inclinação era escrever e não ler o que os outros haviam escrito. Fui repórter policial e nessa minha luta profissional participei como repórter principal de casos emblemáticos, a exemplo do Caso Delmo Campelo Pereira. Naquele tempo os maiores jornais de Manaus eram o Jornal do Commercio e O Jornal.  A CRITICA ainda não nascera.

 

Como se deu a sua ascensão no jornalismo?

Fui evoluindo até me tornar secretário de Redação do Jornal do Commercio, no tempo que era Associado. E numa das suas viagens regulares, que fazia até Manaus, o comandante-chefe dos Diários e Rádios Associados, o jornalista Assis Chateaubriand, me viu trabalhando e perguntou para o Epaminondas Baraúna, que era o diretor local: “Quem é aquele menino?” O Baraúna disse: “É o nosso secretário de redação”, nome que naquela época se dava ao editor geral do jornal, e o Chateaubriand, muito interessado, se dirigiu até a mim e perguntou quem eu era e disse: “Garoto você é o secretário mais jovem que eu tenho no Brasil inteiro”. Isso  me encheu de ânimo, alegria e entusiasmo, ainda mais vindo de Chateaubriand, cujos artigos inflamados enchiam o Brasil de conhecimento. Trabalhei no Diário de Noticias, no jornal A Luta, que era esquerdista. Na faculdade, junto com o Gilberto Mestrinho, elaboramos o jornal O Debate, que se tornou com o tempo um espécie de porta-voz da classe ginasiana, naquela época. Até que veio a despertar A CRÍTICA, que se instalou no térreo do prédio onde funcionava a Foto Alemã, e ali num feito que eu diria heróico do meu grande amigo Umberto Calderaro, começou essa epopeia maravilhosa que o jornal desenvolve até hoje. Foi ali que travei conhecimento com várias pessoas que trabalharam com o Calderaro, uma gama de pessoas que foram dando a A CRITICA essa dimensão extraordinária que ela tem.

 

A partir daí surgiu o interesse pela política?

Talvez levado por circunstâncias decorrentes do fato de que meu grande amigo Gilberto Mestrinho ingressara na política e se tornara governador do Estado, eu entrei na política um tanto quanto modestamente. Me tornei suplente de deputado estadual, e consegui reunir um somatório de simpatias que depois, já com o advento do Gilberto no Governo, faria de mim um deputado estadual eleito. Nessa condição de deputado estadual eleito, me tornei presidente da Assembleia Legislativa por dois mandatos consecutivos. Naquele tempo,  não havia a figura constitucional do vice-governador e tive a prerrogativa de assumir por várias vezes a chefia do governo, coisa que me deixa recordações extraordinárias devido à simplicidade com que Deus gravou a minha personalidade.

 

No Livro “O Regatão da Saudade”, o jornalista Umberto Calderaro Filho, que assina o texto da contracapa, fala da sua reclusão pelo regime pós-64. Como foi isso?

Devido ao meu comportamento de natureza nacionalista na Assembleia Legislativa, e nos artigos assinados que publicava, veio o movimento de 64 e eu tive então a tristeza de ver o meu mandado castrado através de uma cassação que me tornou o único deputado no Brasil cassado pela própria Assembleia. Nenhum outro Estado caçou. Mas aqui quiseram ser mais realistas do que o rei, me levando para uma estadia compulsória de 128 dias no Quartel do São Jorge, juntamente com outros companheiros de luta como os escritores Aldo Moraes e Campos Dantas, os trabalhadores Cid Cabral, Belarmino Marreiros, Ernesto Pinho Filho e tambem a presença entre nós do Padre Luiz Ruas e do atual prefeito da cidade de Manaus, meu amigo Amazonino Mendes. Ficamos lá por uma temporada, uns um pouco mais e outros um pouco menos.

 

Como a Academia Amazonense de Letras entrou na sua vida?

Na condição de jornalista, fui várias vezes pautado pelos meus superiores, para reportar noticiários sobre posses de acadêmicos, solenidades etc. Não sei se por isso, ou por conta da minha tendência para letras, desenvolvi um interesse muito grande pelas atividades da Academia, e passei a comparecer com uma certa regularidade aos seus eventos. A entidade era exatamente no mesmo local onde está hoje, num prédio, naquela época, bastante maltratado pelo tempo. Nessa condição lá fiquei até que em 1992, a bondade do presidente de então, me convidou a fazer parte do quadro de acadêmicos. Naquela altura só havia produzido artigos de jornal, não havia nem sequer agregado os artigos em livro, mas a maioria me elegeu membro, assumi e fui saudado por Bernardo Cabral. De lá pra cá, sempre assinei a minha presença nas várias diretorias, procurando dar a minha colaboração pessoal. A academia vive do trabalho de seus elementos.

 

Como o senhor avalia o atual momento da Academia?

Sempre entendi uma coisa: órgãos como a Academia de Letras, e institutos destacados pelas culturas dos seus membros, precisam necessariamente contar com a presença de figuras destacadas e de estivadores, para tocar as obras, se não ela fecha as portas. Sempre tive a academia na concepção de algo que tinha que dar minha colaboração porque eu acredito nela como um órgão de promoção da cultura de minha terra, pelo fato de reunir intelectuais, pessoas de pensamento mais avançado. É uma entidade que pode influenciar muito a nossa juventude, no âmbito da nossa cultura. Acho que não se pode prever a Academia como órgão com dissidências e rivalidades, é um órgão com um só pensamento: o bem da cultura."

(http://acritica.uol.com.br/vida/Amazonia-Amazonas-Manaus-Arlindo-Porto-desafio-presidencia-AAL_0_628137228.html