Miranda, uma família pioneira no povoamento do Piauí.
Por Reginaldo Miranda Em: 14/06/2017, às 17H24
As origens da família Miranda mergulham fundo na história de Portugal e Espanha. Segundo alguns registros, ainda no recuado ano de 711, um cavaleiro de nome Obrão de Miranda, participando de guerra contra os mouros, luta bravamente ao lado de D. Rodrigo, último rei dos godos, na histórica Batalha de Guadelete2, travada em 11 de julho daquele ano, de que foi vítima o monarca, ruindo, então o Reino Visigótico de Toledo. Em 722, Obrão de Miranda foi um dos primeiros a empunhar armas ao lado do futuro rei Pelágio, de cujas lutas fundam o reino das Astúrias, embrião dos outros reinos cristãos ibéricos responsáveis pela reconquista da península. O marco inicial da reconquista foi a surpreendente vitória na Batalha de Covadonga, travada em região montanhosa da Espanha. É possível que seja esse guerreiro cristão o primeiro tronco da família Miranda na península ibérica, com descendência espalhando-se por Portugal e Espanha. Ainda nas Astúrias, outro cavaleiro, este da casa de Ponce de Leon e, talvez descendente daquele, por nome Albar Diaz de Miranda deu origem à importante linhagem da família.
Não resta dúvida, porém, segundo a maioria dos dicionaristas e heráldicos, de que este sobrenome tem origem toponímica, relacionando-se à região norte portuguesa, no alto Douro, onde se situa a cidade de Miranda e tiveram a alcaidaria-mor. Provém do latim miranda, “que é para admirar, coisa digna de admiração”. Os primeiros representantes dessa linhagem eram sempre identificados com a preposição “de Miranda”, a indicar a região de onde provinham. Foi nessa região, próxima às fronteiras de Leão, que, segundo alguns cronistas, os primeiros portugueses receberam títulos de nobreza e foram governantes de províncias. Portanto, é esta a mais plausível origem da família.
Por esses fatos, quase todos os genealogistas preferem apontar para uma origem espanhola, também ligada a domínios de terras, com posterior migração para Portugal através de casamentos entre nobres. A nosso sentir, porém, como a região de Miranda, no atual norte de Portugal, é fronteiriça com a Espanha, teriam aí mesmo surgidos os primeiros desse sobrenome, inclusive o cavaleiro Obrão, passando a descendência para os dois lados da península ibérica, sempre identificados com a origem geográfica, como a não deixar dúvidas. Ademais, por aqueles dias tudo isso era muito emaranhado, às vezes surgindo domínios diferentes, com fronteiras imprecisas e mutáveis. Situada nesse imbróglio milenar, a referida Miranda do Douro, possui até idioma próprio, o mirandês3.
Muitos representantes dessa família, no outro lado da península ibérica, sempre trouxeram a indicação da origem de seus ancestrais, todos “de Miranda”, e não apenas “Miranda”. Um exemplo é o revolucionário Sebastián Francisco de Miranda y Rodríguez(1750 – 1816), descendente de espanhóis e precursor da independência venezuelana.
Todavia, é importante ressaltar que existem outras localidades com o nome de Miranda em Portugal, na serra pertencente ao Conselho de Arcos de Valdevez, distrito de Viana do Castelo; no Conselho de Guimarães; no Arcebispado de Braga; a conhecida Miranda do Corvo, vila e sede de Conselho, no distrito de Coimbra; Mirandas, em forma plural, na freguesia de Sacavém, margens do rio Tejo, encostada em Lisboa; e, por fim, uma Mirandela, belo diminutivo, nas margens do rio Tua, afluente do Douro, distrito de Bragança, província de Trás-os-Montes. Por seu turno, em Espanha existem ao menos dezenove localidades com o nome de Miranda. Fora da península, existe uma no distrito de Gers, na França, e outra na província de Isérnia, na Itália, nessa última existindo também a forma Mirândola. Por fim, o nome foi também bastante difundido nas colônias do Novo Mundo, nominando cidades, rios e províncias.
Pois, esquecidos daquele tal cavaleiro Obrão de Miranda, ou sem fontes documentais para traçarem a origem da família até àquele vetusto ancestral, antigos registros genealógicos somente traçam a origem dessa família aos descendentes de D. Martim Afonso e Emília Gonçalves de Miranda, esta de origem espanhola, além de Fernão Gonçalves de Miranda. Seguramente, é desta descendência que se originou o brasão dos Miranda, hoje consagrado na heráldica e muito conhecido entre os interessados pelos assuntos genealógicos.
Desde cedo, porém, representantes da família Miranda chegaram ao Brasil. É conhecido aquele Simeão de Miranda, que comandou uma das naus da esquadra de Pedro Álvares Cabral, que disseram ter descoberto o Brasil para os europeus, em 22 de abril de 1500. Presentes, portanto, desde o tal descobrimento, estão também entre os primeiros colonizadores da nova terra. Existem registros de colonizadores de sobrenome Miranda em praticamente todas as regiões do Brasil: São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso; no Nordeste, desde cedo chegaram à Bahia, Pernambuco e Ceará.
Miranda é nome muito difundido no mundo ocidental, sobretudo na Europa e América Latina. Em Portugal, sobressaíram: o referido Simeão de Miranda(f. 1515), navegante, foi um dos capitães de caravelas da frota de Pedro Álvares Cabral; Francisco de Sá de Miranda(1481 – 1558), festejado poeta, irmão do governador-geral Mem de Sá; Caetano Pinto de Miranda Montenegro(1748 – 1827), magistrado e político português com atuação no Brasil, primeiro barão, visconde com grandeza e marquês de Vila Real da Praia Grande. Na Espanha: Juan Carreño de Miranda(1614 – 1685), destacado pintor na corte espanhola de Felipe VI; Álvaro Fernández de Miranda(Oviedo, 1855 – 1924), escritor e político asturiano; Diego Arias de Miranda (1845 – 1929), político, foi senador vitalício e ministro da marinha(1910 – 1911) e da Justiça(1912); Torcuato Fernández-Miranda Hevia(1915 – 1980), político e jurista de Gijón (Asturias). Na América latina são inúmeros os exemplos.
No Piauí, os primeiros registros datam de 1712, quando o chantre Baltazar de Faria e Miranda foi nomeado vice-vigário da freguesia de N. Sra. da Vitória(Oeiras)3. Por esse tempo muitos religiosos que vinham catequizar rebanhos no Novo Mundo, costumavam trazer parentes, principalmente sobrinhos para colonizarem as novas terras recém-descobertas. Entre nós, o padre Tomé de Carvalho e Silva, primeiro vigário de Oeiras e ainda titular ao tempo de Baltazar Miranda, é um exemplo, ao trazer alguns sobrinhos que iniciaram a família Carvalho, no Piauí. Mais tarde, o padre português João Manoel d’Almendra, vigário de Campo Maior, no Piauí, trouxe os sobrinhos Jacob Manoel d’Almendra e José Rodrigues de Almendra da Fonseca Freitas, que iniciaram as famílias Almendra, Freitas e Gaioso, no Piauí. Portanto, não é despropósito se pensar que o vice-vigário Baltazar Miranda possa ter trazido para Oeiras alguns irmãos ou sobrinhos para iniciarem vida nesses dilatados sertões de dentro. Desde que tivemos notícia da existência desse religioso em Oeiras, alimentamos essa hipótese porque foi exatamente nos arredores dessa povoação, mais precisamente no vale do rio Piauí, que encontramos os primeiros representantes da família na bacia parnaibana.
Parentes ou não daquele religioso, nesse mesmo período adentram o sertão, desbravam, colonizam e assentam as caiçaras de seus currais os irmãos João Rodrigues de Miranda e Francisca de Miranda do Rosário de Vasconcelos. Que motivos os teriam trazido ao Piauí? Não seria plausível a presença de outros parentes já aqui estabelecidos? Ou mesmo de conterrâneos? Por esses dias existem registros de muitos colonos do Alto Douro, de Algarve e até da Galícia.
O certo é que atuando firmemente na margem ocidental do rio Piauí, João Rodrigues de Miranda combate os índios que infestavam os vales do riacho Fundo e de seus afluentes, os riachos do Brejo e de Santa Maria. Então, estabelece seus primeiros rebanhos em fazenda que denomina Buriti, nas margens do riacho do Brejo, também chamado Brejo do Buriti, hoje cidade de Brejo do Piauí, onde constrói casa, curral, capela e primeiros roçados. No Mapa do Piauí, de Henrique Antonio Galluzzi(1760), aparece como fazenda com capela. Todavia, mesmo arriscando sua vida para colonizar essas terras, é obrigado a pagar renda aos Regulares, como sucessores de Domingos Afonso Sertão, no valor de 10$000 (dez mil réis) anuais(AHU-Piauí. Cx. 4, Doc. 4; Cx. 25, Doc. 60; AHU-ACL-CU-016, Cx. 4, Doc. 309). E com o crescimento de seu rebanho bovino e cavalar vai alargando seus domínios pela região, cedendo parte aos filhos à medida que vão crescendo e se estabelecendo. Assim, é que na relação de fazendas e criadores que o Conselheiro Francisco Marcelino de Gouveia elabora e finaliza em 15 de novembro de 1762, aparece como possuidor e morador na “fazenda Buriti, com três léguas de comprido, e de largura em a metade de uma légua, e em outra nada, por serem matas bravas, do qual também foram (por ele) povoadas”. Informa que “destas duas fazendas também se pagou renda aos Regulares até o tempo que cessou a satisfação delas” em razão de sua expropriação e expulsão dos mesmos, assumindo aquele o domínio do imóvel(AHU-Piauí. Cx. 07, Docs. 26 e 27; AHU-ACL-CU-018, Cx. 8, Doc. 513).
Sobre seus filhos o mesmo documento informa que “Antonio Pereira de Miranda, possui uma fazenda chamada Trindade, com légua e meia de comprido, e de largura meia, a qual povoou com consentimento de seu pai, a quem pertenciam as terras dela” (AHU-Piauí. Cx. 07, Docs. 26 e 27; AHU-ACL-CU-018, Cx. 8, Doc. 513). Também, “Francisco Félix de Miranda, possui uma fazenda chamada as Guaribas, com duas léguas de comprido e uma de largura, a qual povoou também, por consentimento de seu pai, a quem pertenciam as terras/ por serem como as da sobredita fazenda/ da do Buriti, de que são possuidores os ditos seus pais” (AHU-Piauí. Cx. 07, Docs. 26 e 27; AHU-ACL-CU-018, Cx. 8, Doc. 513)). Essa fazenda Guaribas é, provavelmente, a origem da cidade de Canto do Buriti. Mais tarde, em 1764, o mencionado Francisco Félix de Miranda aparece como intendente na arrecadação de alimento(gado e farinha) para abastecer a tropa capitaneada pelo tenente-coronel João do Rego Castelo, e que ia ao mato combater os índios Gueguês, Timbiras e Acoroás. Fora designado pelo governador João Pereira Caldas para arrecadar esses mantimentos no médio curso do rio Piauí e lados dele(Arquivo Público do Piauí. Códice 146, p. 156/157).
Outro documento importante para se reconstituir a presença dessa família na colonização do vale do rio Piauí, é a relação de fazendas e moradas da freguesia de N. Sra. da Vitória, elaborada pelo vigário Dionísio José de Aguiar, em 29 de maio de 1763, com base nos róis de desobrigas do ano anterior. Segundo anotou o referido vigário, o pioneiro João Rodrigues de Miranda havia falecido, encontrando-se residindo na aludida fazenda Buriti, a viúva Josepha de Souza, com os filhos Ignácio, Luiz e João, mais quatorze escravos e um forro; também residiam na fazenda, Antonio Pereira e Julião Pereira, seus filhos(o primeiro com certeza), embora o vigário não indique o parentesco, apenas dos que residiam sob o mesmo teto, e suas respectivas esposas Mariana da Silva e Inocência de Abreu; o último casal residia com os filhos solteiros José e Joana, além de Ignácia de Abreu, filha viúva(AHU-Piauí. Cx 8., Doc. 13; Cx. 7, Doc. 13; AHU-ACL-CU-016, Cx 9, Doc. 547). Antonio Pereira é o mesmo Antonio Pereira de Miranda, do registro anterior, o que fica evidente pelo nome da esposa. Também, nesse segundo registro não aparece Francisco Félix de Miranda, apenas Francisco Félix, residindo na fazenda Santa Maria, com sua esposa Eugênia Maria. É que o vigário gostava de economizar na tinta, abreviando os nomes.
Portanto, até o momento está comprovada a filiação de seis filhos do casal João Rodrigues de Miranda e Josepha de Souza, faltando comprovar a filiação de outros.
Todavia, outros Miranda residiam no vale do rio Piauí, muito próximo desse casal e de seus filhos, provavelmente filhos também. Na fazenda São João, situada no riacho de Antonio Pereira, afluente do Piauí, residia a viúva Maria de Miranda, com os filhos Manoel, Joana, Ana, Ignácia, Antonia e Francisca; também, Manoel de Miranda, que aparece sem indicação de parentesco. A fazenda lhe pertencia “por falecimento de seu marido Antonio Pereira de Abreu, que a tinha descoberto e povoado”. No mesmo riacho e contígua a esta, na fazenda Poço da Esteira, que lhe fora dada em dote, residia a filha daquele casal, Maria Pereira, casada com Antônio dos Santos Ferreira, com dois filhos menores: Maria e José. Na fazenda Piripiri, residia Manoel Barbosa de Miranda, que a descobrira e povoara, já não existindo em 1762, apenas a viúva Helena de Brito, com dez escravos e dois forros(AHU-Piauí. Cx 8., Doc. 13; Cx. 7, Doc. 13; AHU-ACL-CU-016, Cx 9, Doc. 547)..
Também, logo depois do rio Piauí, Canindé abaixo, na fazenda Retiro residia Joana de Miranda de Vasconcelos, com seu marido Manoel Ferreira Guimarães e os filhos José Rodrigues, Manoel Ferreira, Leonardo Ferreira, Joaquim Ferreira, Antonio Ferreira(menor), Maria da Purificação e Teresa de Jesus(AHU-Piauí. Cx 8., Doc. 13; Cx. 7, Doc. 13; AHU-ACL-CU-016, Cx 9, Doc. 547).
Por fim, ainda na ribeira do Piauí, na fazenda Palmeira de São Tiago, morava a pioneira Francisca de Miranda do Rosário de Vasconcelos, viúva do capitão-mor Domingos de Abreu Valadares, com os filhos Gaspar de Abreu Valadares, que fora almotacé, vereador, juiz ordinário e de órfãos da vila da Mocha, depois cidade de Oeiras, José de Abreu Valadares e Francisca de Miranda. A filha Ignácia da Conceição Miranda do Rosário de Vasconcelos, nossa ancestral, casara com o português Manuel Alves da Rocha e fora morar na fazenda Craíbas, vale do rio Gurgueia. Segundo uma petição datada de 24 de novembro de 1769, da “viúva que ficou do capitão-mor Domingos de Abreu Valadares(...), tem a trinta anos que (este) é falecido, ficando por seu falecimento de todo exaurido de bens, que todos os gastou no serviço de Sua Majestade, no princípio da povoação desta Capitania em desinfestar o gentio das ribeiras do Piauí, Canindé, Itaim e Itaueira, e à sua custa” (AHU – Piauí, Cx. 9, Doc. 22. AHU-ACL-CU-016, Cx. 10, Doc. 628; AHU-Piauí, Cx. 10., Docs, 3 e 19; AHU-ACL-CU-016, Cx. 11, Doc. 655).
Toda essa gente na ribeira do Piauí e, certamente, era aparentada. É que, por esse tempo, essa proliferação de Miranda não existe em outros vales ribeirinhos, somente passando ao Itaueira e Gurgueia depois de alguns anos. E seria muita coincidência que todos eles fossem morar próximo sem serem parentes. Não há dúvida, porém, de que D. Francisca de Miranda do Rosário de Vasconcelos era irmã de João Rodrigues de Miranda. Existe documento que comprova o parentesco entre os filhos de ambos4.
E porque a ribeira do Piauí vai se consolidar como berço de nossa família durante o século XVIII, ainda citamos um casal de portugueses de avultados cabedais, segundo os cronistas, que também morava nesse vale e que seus descendentes iriam se entrelaçar com os Miranda. Segundo o relatório do vigário(1763), residia na fazenda das Mutucas(depois Malhada), os fazendeiros Antonio Pereira da Silva e Maria da Purificação, com os filhos Manoel Caetano, Antonio, Francisco(então menor, e nosso ancestral), Josefa Maria(casada que era com o tenente Hilário Vieira de Carvalho, também nosso ancestral), Leandra Maria de Jesus (casada com Ignácio Rodrigues de Miranda, nosso ancestral) e Simoa, com nove escravos, dois forros e um agregado. Por esse tempo, a filha Maria Pereira da Silva já não residia em companhia dos pais, e sim do marido José Vieira de Carvalho(AHU-Piauí. Cx 8, Doc. 13; Cx. 7, Doc. 13; AHU-ACL-CU-016, Cx 9, Doc. 547). Três filhos varões e um genro do casal foram membros da Junta Trina de Governo do Piauí(1775 – 1798). Dado o sobrenome Pereira usado por alguns filhos de João Rodrigues de Miranda, conclui-se que essas famílias eram aparentadas em Portugal, fortalecendo o parentesco na colônia através de matrimônios entre os filhos, assim também com o referido Antônio Pereira de Abreu e este com Domingos de Abreu Valadares; da mesma forma, o nome de Quitéria de Brito Pereira traz a possibilidade de um parentesco anterior entre esse núcleo familiar e o casal Francisco Xavier de Macedo/Felisbela Josepha, todos colonizadores do vale do rio Piauí; ainda, há possibilidade de parentesco destes com Luís Carlos Pereira de Abreu Bacelar e com Luciano Pereira Bacelar, colonizadores no mesmo período em outras regiões do Piauí, de onde pode-se supor que esses colonizadores vieram em bloco no mesmo período e da mesma região portuguesa.
Também, duas outras famílias dessa ribeira iriam se entrelaçar com a nossa, quais sejam: Ribeiro Soares e Macedo; a primeira teve por embrião o casal de fazendeiros Manoel Ribeiro Soares e Maria Josepha de Jesus, ele já não existindo em 1765. Morava ela na fazenda da Onça, em companhia dos filhos José, Gabriel, Ana, Ignez, Izabel e Manuel Ribeiro Soares, o moço, este último casado com Iria Dias; a segunda residia na fazenda das Almas, tendo por iniciantes o casal Francisco Xavier de Macedo e Felisbela Josepha, com cinco filhos: Ana Josepha, Quitéria de Brito Pereira, esposa de Gabriel Ribeiro Soares e José Xavier de Macedo (AHU-Piauí. Cx 8., Doc. 13; Cx. 7, Doc. 13; AHU-ACL-CU-016, Cx 9, Doc. 547). A essas, mais tarde, iriam se juntar outras famílias de outros vales ribeirinhos. No entanto, é importante ressaltar que entre as referidas matriarcas colonizadoras muitas possuem o nome composto com Josepha, de onde pode-se supor que eram aparentadas, talvez irmãs, passando à colônia em bloco, com seus maridos, irmãos, tios, cunhados, sobrinhos, colonizando, assim, o mesmo vale ribeirinho, povoando fazendas que se avizinhavam e aqui consolidando o parentesco com o casamento dos descendentes.
Do vale do rio Canindé, vão entrelaçar com os nossos ancestrais os Rego Monteiro, Vieira de Carvalho, Araújo Costa, Coelho Rodrigues, Sousa Martins, Rabelo de Sepúlveda, Barbosa de Carvalho, Sousa Mendes, Ferreira de Carvalho, Freire de Andrade e muitos outros, conforme se verá na leitura do livro.
Por seu turno, no segundo lustro do século XIX, o governador Carlos César Burlamaque(21.1.1806 – 20.10.1810) vai enfrentar firmemente a prepotência dos governantes do Maranhão, cuja capitania era geral, sendo-lhe a do Piauí subalterna. E como resultado desse conflito jurisdicional deflagrado pelo governador do Piauí, que não se conformava com a condição humilhante de subalterno do Maranhão, em 20 de outubro de 1810, foi o mesmo preso e afastado de suas funções, por ordem daquele. No entanto, durante todo o seu governo a sociedade piauiense levanta-se em defesa do governador e em protesto contra as arbitrariedades que se praticava, de que resultou na plena autonomia do Piauí, que foi elevado à categoria de capitania geral por decreto de 26 de setembro de 1811. Esse movimento de solidariedade foi liderado pelo Senado da Câmara de Oeiras, a ele se juntando o clero, os militares, a aristocracia rural e o povo em geral. A esse movimento não poderiam se furtar os Miranda, sempre afeitos à luta. Reunidos para esse fim, 79 fazendeiros do vale do rio Piauí, entre esses, treze Miranda e outros parentes, firmaram documento em defesa do governador. Embora o documento não seja datado, o despacho que o recebe é de 18 de agosto de 1807. Assinaram o mesmo, entre outros, os seguintes parentes6: Raimundo Pereira de Miranda, João Barbosa de Miranda, Felipe Neri de Miranda, Leandro Rodrigues de Miranda(1º), Ladislau Pereira de Miranda, Francisco Bernardino de Miranda, Manoel Pereira de Miranda, José Barbosa de Miranda, Manoel Barbosa de Miranda, Leandro Rodrigues de Miranda(2º), Pedro Rodrigues de Miranda, Cosme Barbosa de Miranda e José Pereira da Silva Miranda. Note-se que existem dois com o prenome Leandro, talvez tratando-se de pai e filho. Também, assinaram esse documento Francisco Pereira da Silva e João Vieira de Carvalho, nossos parentes. Entre os demais signatários do documento, alguns eram casados com mulheres de nossa família. É que por esse tempo apenas os homens participavam dessas reuniões. Também, aí já participaram representantes da segunda e terceira geração da família no vale do rio Piauí (AHU-Piauí – Cx. 23, Doc. 20, 25, 29; AHU-ACL-CU-016, Cx 30, Doc. 1573).
Documentos com o mesmo teor foram firmados pelos fazendeiros de outras regiões da capitania. Entre os moradores do vale do rio Gurgueia aparecem as assinaturas de Antonio Rodrigues de Miranda e Albino Rodrigues de Miranda, além de Manoel Caetano da Rocha e Bernardo Luís da Rocha, todos nossos parentes. E entre os da vila de Jerumenha, firmam o requerimento Francisco Félix de Miranda e Lutero de Miranda, além de João Alves da Rocha e Antonio da Rocha, também parentes. (AHU-Piauí – Cx. 23, Doc. 20, 25, 29; AHU-ACL-CU-016, Cx 30, Doc. 1573).
Então, esses documentos comprovam que no início do século XIX, os Miranda já começavam a migrar para os vales do Itaueira e Gurgueia, no termo de Jerumenha, onde vão aumentar vertiginosamente, entre esses Francisco Félix de Miranda.
Porém, Felipe Neri de Miranda ainda residia na fazenda Buriti, ribeira do Piauí, onde assina o documento, logo mais passando para o Itaueira.
Em nossa pesquisa genealógica não trabalha a fantasia, sendo ela toda calcada em fonte documental, principalmente autos de inventário e cíveis em geral, termos de qualificação eleitoral, atas de eleição, livros de registros de ofícios e correspondências oficiais, listas de recenseamentos descritivos, de fazendas e de criadores, registros de imóveis, livros de registros de nascimentos, batizados, casamentos e de óbitos, etc.
Formado em Direito em julho de 1988, desde então iniciamos na advocacia, nos primeiros anos com quase toda a militância no sul do Piauí. E nos primeiros três anos de advocacia, por todas as comarcas em que militamos, desde Floriano a Jerumenha, São João do Piauí, Bertolínia e Bom Jesus, onde nos levavam os interesses dos clientes, aproveitamos sempre essas oportunidades para bisbilhotar os arquivos judiciais e restaurar o passado dessa família sul-piauiense a que temos a honra de pertencer. Complementamos esses dados com pesquisas no Arquivo Público do Piauí, nosso velho conhecido desde a elaboração de um livro anterior sobre a cidade de Bertolínia, onde nascemos. Foram três anos de pesquisa, ao fim da qual elaboramos uma apostilha impressa e encadernada que traz na capa o ano de 1991. Desde então, conhecidas as informações centrais que fazem as ligações de Felipe Neri de Miranda com as atuais gerações, deixamos essa apostilha numa gaveta e de vez em quando anotávamos um dado novo fortuitamente encontrado. Recentemente, encontramos importantes informações na documentação do Arquivo Histórico Ultramarino(AHU), de Lisboa e nos livros eclesiásticos da freguesia de Nossa Senhora da Vitória, em Oeiras, digitalizados por obra e graça do núcleo da Universidade Federal do Piauí, em Picos(PI). Assim nasceu a árvore genealógica da família Miranda e de outras que lhe são entrelaçadas.
Por fim, muito ainda há para ser pesquisado e esclarecido, pois uma genealogia será sempre uma história em construção. Recomendamos a análise de registros eclesiásticos da freguesia de Jerumenha, documentação judicial da comarca de Oeiras, além de requerimentos e registros de sesmarias. A análise cuidadosa dessa documentação esclarecerá essas dúvidas, pois certamente existirão registros, vez que todos esses primeiros ancestrais foram militares, proprietários rurais, membros de câmaras municipais, juízes ordinários, etc., não sendo impossível se encontrar anotações sobre eles. A quem interessar, fica aberto o caminho através destas primeiras informações.
Também, gostaríamos de lembrar que essas informações genealógicas visam dar conhecimento aos descendentes e a quem interessar possa, sobre as origens da família Miranda e de outras que lhe são entrelaçadas. Traz o caule e os principais galhos da árvore, com parcial atualização das ramificações mais recentes.
Por oportuno, esclarecemos que os dados da descendência do major José Felipe de Miranda, nosso ancestral, quase todos sem o apelido Miranda, já não são inéditos, porque esses descendentes também são pertencentes à família Rocha6, do sul do Piauí, e tiveram a sua árvore genealógica atualizada recentemente, de onde retiramos algumas informações sobre pessoas mais recentes. Frise-se que além de termos participado daquela reedição (3ª), cedemos os originais desse livro para complementar aquela, de forma que se comparando a terceira edição com as anteriores de Dados Genealógicos da Família Rocha, verificaremos que muitas informações por nós levantadas foram ali incorporadas, com nossa aquiescência, constando, inclusive, na bibliografia. A bem da verdade, nesse estudo traçamos parcialmente a genealogia da família Rocha, a que também pertencemos e sobre a qual temos muitas anotações, porque a mesma já foi levantada por outros pesquisadores, sendo desnecessário repeti-los. Por fim, outro fator que atrasou a publicação desse estudo foi a necessidade de complementar a ascendência das famílias Brasil, Rodrigues, Santana, Martins e Ramos, do lado paterno, cuja tradição familiar remonta ao capitão Roberto Ramos da Silva(Roberto da Cachoeira), fazendeiro estabelecido na fazenda Cachoeira, divisa do Piauí com Pernambuco, também entrelaçada aos Miranda. É que passaram para a divisa de Pernambuco, hoje Município de Afrânio(PE), e dali algumas gerações retornaram ao Piauí, de qualquer forma obrigando uma pesquisa em Pernambuco e na Bahia, a fim de fazer a ligação entre as gerações. Infelizmente, ainda não temos todas essas informações, embora sigam alguns dados interessantes.
NOTAS de rodapé
1. Este texto foi publicado na Revista da Academia Piauiense de Letras, edição relativa ao ano 2006 e em portais da Internet.
2. A Batalha de Guadelete travou-se provavelmente entre os dias 19 e 26 de julho de 1711, próximo à lagoa de Janda, na foz do rio Guadelete, sul da Península Ibérica, como última tentativa de conter o avanço islâmico na Europa. Aproveitando-se das divisões e disputas internas entre os visigóticos, Tarik, comandante das tropas muçulmanas vence o exército do rei Rodrigo, iniciando o longo domínio da península.
3. CARVALHO Jr, Dagoberto Ferreira de. História episcopal do Piauí. 2.ª Ed. Recife: Editora Thormes, 2011: “Nomeia-se por provisão de 1712, segundo pesquisa do bacharel Jerônimo Martiniano de Melo, o chantre Baltazar de Faria e Miranda para vice-vigário da freguesia de Nossa Senhora da Vitória. O documento acha-se registrado na Câmara Eclesiástica de Olinda. Depreende-se do fato, o crescimento da freguesia, a exigir já àquela época, auxiliar de tão elevada dignidade hierárquica” (p. 44).
4. Autos da devassa feita pelo cônego João Maria da Luz Costa, por ordem do Bispo frei D. Antônio de Pádua, sobre o procedimento do vigário colado da igreja matriz de Oeiras, padre Dionísio José de Aguiar. Depoimento da testemunha n.º 23, Francisco José dos Santos, sobre o fazendeiro e político Gaspar de Abreu Valadares ter falecido sem receber o sacramento de unção, por recusa do aludido vigário: “sabe por lhe dizer o mesmo Gaspar de Abreu ao tempo de sua enfermidade que para haver de receber o sacramento da eucaristia, havia pedido, ou escrito a seu primo o capitão Ignácio Rodrigues de Miranda, então Ouvidor interino, nesta cidade(de Oeiras), que de outra forma não podia conseguir por ter inimizade com o Reverendo vigário; e o mandava esperança que logo o faria” (AHU-Maranhão. Cx. Nv 886; Piauí, Cx. 12, Doc. 2; AHU-ACL-CU-016, Cx. 15, Doc. 829). É importante ressaltar o parentesco existente(a testemunha declarou serem primos), entre Gaspar e Ignácio, filhos, respectivamente, dos pioneiros Francisca de Miranda do Rosário de Vasconcelos e João Rodrigues de Miranda.
5. Segue o documento, na íntegra: “Ilmo. Senado. Nós abaixo assinados, moradores na ribeira do Piauhy, constando-nos que V. Sas., à frente do Clero, Nobreza e povo dessa cidade, como Metrópole da Capitania, recorriam a S. Alteza para que fosse servido por sua inata piedade conservar por mais nove anos no governo da Capitania o Ilmo. Sr. Carlos César Burlamaque, seu atual governador, e desanexar para sempre da Capitania Geral do Maranhão, dita Capitania e lhe permitir liberdade para livremente comerciar com a Capital do Reino. Tendo não só nós, mas todos os moradores desta Capitania, experimentado quão útil e vantajoso nos é, e tem sido o suave, piedoso, sábio e justo governo do dito Ilmo. Sr., que com tanta eficácia cuida na fidelidade pública, e em desterrar os males que os pretéritos governos nos haviam causado, e pela falta de liberdade do comércio. P//a V. Sas., Ilmo. Senado, que à sobredita representação queiram unir este nosso requerimento, pelo qual nos obrigamos a cumprir, da nossa parte toda, e qualquer proposição que para o conseguimento das referidas graças V. Sas., fizerem a Sua Alteza Real, ou aqueles outros que este Sr. for servido impor para este fim. E. R. Mce..Ass: Francisco Pereira da Silva; Antonio de Medeiros Chaves; Francisco Xavier de Macedo; Joaquim da Silva Barbosa; Raimundo Pereira de Miranda; Joaquim Jorge Afonso; João Barbosa de Miranda; João Vieira de Carvalho; Felipe Neri de Miranda; Martinho Soares dos Santos; Luís Soares da Cunha; Manoel Soares de Brito; José Joaquim Soares; Leandro Rodrigues de Miranda; Joaquim Ribeiro Soares; Ladislau Pereira de Miranda; Plácido Ribeiro Soares; Damião Barbosa; José Pereira da Silva Araújo; José Ribeiro Soares; Francisco Bernardino de Miranda; João Baptista Ribeiro; João Paulo da Silva; Manoel Pereira de Miranda; Bernardo Alves de Araújo; José Barbosa de Miranda; Manoel Barbosa de Miranda; Manoel dos Santos P....; Eugênio José P...; Manoel da Costa Passos; Patrício Alves; Eliziário Pereira de Araújo; Manoel de Souza; Clemente Ribeiro de Souza; Manoel Pereira Maciel; Manoel de Oliveira Lima; Antonio Félix Gansolo; José de Matos Z...; José de Araújo; José Francisco Soares; Antonio José L...; José Joaquim de ...; ...... ..... Lima; Manoel Gomes Afonso; José Pereira de Máximo; Leandro Rodrigues de Miranda; Manoel Roberto Ferraz Porto; Joaquim José de Santa Ana; Manoel Pinto Ramalho; João da ....; Alexandre José da Costa; .... Júlio Ribeiro; Manoel Vicente; Manoel Gomes; Eucário Ferreira; José Maria de Oliveira; Antonio de Oliveira Araújo; Custódio de Oliveira; Floriano de Souza Estrela; Miguel Ferreira de A...; André Correia de Mesquita; Antonio Leal da Mota; Agostinho da Fonseca; João Paulo de Souza; Manoel Vicente; Antonio Nunes; Antonio Félix; Sebastião de Souza; Lucas Félix; Thomaz Ferreira da Cruz; Adriano Pereira de Novaes; José Pinto de Aguiar; Félix dos Santos; Pedro Rodrigues de Miranda; Cosme Barbosa de Miranda; José Pereira da Silva Miranda; Bento Pereira Rego; Paulo de Brito Porto; João Baptista Damasceno. Registrado à fls. 183 até 185 do Livro 10 deste Senado. Corrª (assinatura ilegível)” (AHU-Piauí – Cx. 23, Doc. 20, 25, 29; AHU-ACL-CU-016, Cx 30, Doc. 1573). O documento possui despacho datado de 18 de agosto de 1807.
6. Esses são também descendentes da pioneira Francisca de Miranda do Rosário de Vasconcelos e de seu esposo, o capitão-mor Domingos de Abreu Valadares. É que a filha desses, Ignácia da Conceição, casou com o português Manoel Alves da Rocha e passou a morar no vale do Gurguéia, de cujo consórcio gerou a família Rocha. E duas netas suas, irmãs, de forma sucessiva, vão casar-se com José Felipe de Miranda, gerando grande descendência, que são os Costa e Silva(da ribeira do Itaueira), os Pereira Nunes e os Mendes da Rocha(os dois últimos do Gurguéia), inclusive o autor dessas notas, que descende de ambos os irmãos pioneiros.
GÊNESE DA FAMÍLIA
Foi no vale do rio Piauí, por volta do ano de 1712, tempo da fundação da vila da Mocha(Oeiras) e em seu termo, portanto há trezentos anos, que teve início a família Miranda, no Piauí.
De conformidade com a documentação histórica até agora analisada, essa família teve início com dois irmãos, a saber:
F.1- João Rodrigues de Miranda, português, fundador e residente na fazenda Buriti, vale do rio Piauí, c.c. D. Josepha de Souza, são pioneiros da geração que compõe os cinco primeiros livros desses estudos genealógicos.
F.2- D. Francisca de Miranda do Rosário de Vasconcelos, portuguesa, fundadora e residente na fazenda Palmeira de São Tiago, vale do rio Piauí, irmã do antecedente, foi c.c. o capitão-mor Domingos de Abreu Valadares, deles descendendo a família Rocha, que vai entrelaçar-se em diversas gerações com a família de seu irmão supracitado; sua descendência compõe o Livro VII.
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F.1- JOÃO RODRIGUES DE MIRANDA, fazendeiro, provavelmente nascido no reino de Portugal, mudou-se para o Brasil com diversos parentes, inclusive irmãos, não se sabendo se os pais também vieram juntos; foi pioneiro na colonização do Piauí, desbravador e povoador de extensas áreas no vale do rio Piauí e de seu afluente, o Riacho Fundo, este formado pelos riachos de Santa Maria e do Buriti, onde assentou a caiçara dos primeiros currais; residente na fazenda Buriti, por ele fundada, nas margens do riacho do Brejo, também chamado Brejo do Buriti, hoje cidade de Brejo do Piauí, onde constrói casa, curral, capela e primeiros roçados. No Mapa do Piauí, de Henrique Antônio Galluzzi(1760), aparece como fazenda com capela; pela ocupação desta fazenda pagava anualmente 10$000(dez mil réis) de rendas aos Regulares da Companhia de Jesus, como sucessores de Domingos Afonso Sertão, assim permanecendo até à expulsão dos mesmos, quando assumiu o domínio do imóvel; na relação de fazendas e criadores do Piauí, elaborada pelo conselheiro Francisco Marcelino de Gouveia e finalizada em 15 de novembro de 1762, aparece como possuidor e morador na “fazenda Buriti, com três léguas de comprido, e de largura em a metade de uma, e em outra nada, por serem matas bravas, do qual também foram [por ele] povoadas” (AHU-Piauí. Cx. 4, D. 4; Cx. 7. D. 26 e 27. Cx. 25. D. 60; AHU. Cx. 4. D. 309. Cx. 8. D. 513); idoso, adoentado, ao fim da vida ficou paralítico, falecendo no primeiro trimestre de 1763; foi c.c. D. JOSEPHA DE SOUZA, que lhe sobreviveu; filhos(ao que conseguimos apurar):
F.1.1- Antônio Pereira de Miranda
F.1.2- Francisco Félix de Miranda(1º)
F.1.3- Cap. Ignácio Rodrigues de Miranda
F.1.4- Luiz Pereira de Miranda
F.1.5- José Pereira da Silva Miranda (em alguns registros aparece apenas José Pereira da Silva), mudou-se para a vila de Jerumenha, onde exerceu diveros cargos públicos, inclusive vereador do Senado da Câmara e Juiz de Ausentes, foi casado com Izabel Maria da Conceição, filha de Gonçalo Dias da Costa e sua mulher Maria da Conceição; filho(entre outros): Gonçalo, nascido em 22.3.1798(bat. 2.4.1798).
F.1.6- Julião Pereira de Miranda, fazendeiro, residente na fazenda Buriti, c.c. sua sobrinha Inocência de Abreu; filhos: José e Joana, solteiros, além de Ignácia de Abreu, viúva.
F.1.7- D. Maria de Miranda, residente na fazenda São João, situada no Riacho de Antônio Pereira, afluente do médio curso do rio Piauí; foi c.c. Antônio Pereira de Abreu, descobridor e povoador da mesma fazenda, já não existindo em 1762, sobrevivendo-lhe a esposa e oito filhos, dos quais os seis últimos residiam com a genitora, a saber: 1. Maria Pereira, residente na fazenda Poço da Esteira, no referido Riacho de Antônio Pereira, que lhe fora dada em dote pelo genitor, c.c. Antônio dos Santos Ferreira; filhos: Maria e José; 2. Inocência de Abreu, c.c. o tio Julião Pereira de Miranda(F.1.6); 3. Manoel; 4. Joana; 5. Ana; 6. Ignácia; 7. Antônia; e, 8. Francisca de Miranda Pereira, natural da referida fazenda, em 14.11.1770, na fazenda das Almas, da mesma ribeira, c.c. Antônio Paes Landim, filho de Antônio Paes Landim e de sua mulher Joana Afonso de Sousa(esta neta de Domingos Afonso Sertão), moradores na fazenda Santo Antônio, da mesma ribeira; filhos: 1. Narciso (bat. 25.3.1777); 2. Antônio (bat. 17.8.1881) (AHU – Piauí. Cx. 8. D. 13; Cx. 7. D. 13. AHU. Cx. 9. D. 547; Oeiras – Livro de Casamentos: 1766 – 1788; Livro de Batizados: 1775 - 1782).
F.8- Manoel Barbosa de Miranda, residente na fazenda Piripiri, vale do rio Piauí, já não existindo em 1762; foi c.c. D. Helena de Brito, que lhe sobreviveu; no rol das desobrigas, não morava com ela, já viúva, qualquer descendente, apenas dez escravos e dois forros.
F.9- José Fernandes de Miranda foi c.c. uma filha de Francisco Xavier de Azevedo; possuía a fazenda da Alagoa, terras de engenho e pagava 160$000 de renda anuais aos Regulares, como sucessores de Domingos Afonso Sertão.
F.1.10- João Rodrigues de Miranda, fazendeiro, residente na fazenda Buriti, em 11.2.1778, foi padrinho da sobrinha Antônia, juntamente com a madrinha Leandra Maria de Jesus, sua cunhada.
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F.1.1- ANTÔNIO PEREIRA DE MIRANDA, fazendeiro, nascido na fazenda Buriti, à volta de 1733, residente na fazenda Trindade, no médio curso do rio Piauí, com légua e meia de comprido e meia de largura(1762), que povoou com o consentimento de seu pai, a quem pertencia por ser retiro da do Buriti(AHU – Piauí. Cx. 7, D. 26 e 27; AHU. Cx 8. D. 513); foi c.c. D. MARIANA DA SILVA; filhos(ao que conseguimos apurar):
F.1.1.1- D. Maria da Conceição (n. c. 1760), em 15.9.1779, c.c. José Pinto de Aguiar, filho de José Pinto de Aguiar e sua mulher Quitéria de Brito; c.g.
F.1.1.2- Ignácio Pereira de Miranda, em 2.10.1781, c.c. sua prima Ignácia Barbosa de Miranda, filha de Ignácio Barbosa de Miranda e sua mulher Francisca da Costa Lima; filho: Leandro, batizado em 1783.
F.1.1.3- Pedro Rodrigues de Miranda, foi c.c. Teresa de Jesus, filha de José Pereira da Silva e sua mulher Maria Josefa Alves da Fonseca; filhos: Firmino(bat. 12.9.1786), Ana, nascida em 6.6.1792(bat. 12.8.1792) e Manoel(bat. 17.8.1798).
Entre os que firmaram declaração de apoio ao governador Carlos César Burlamaque, em 1807, provavelmente são seus filhos ou de seu irmão Luiz Pereira de Miranda, os seguintes fazendeiros: Raimundo Pereira de Miranda e Ladislau Pereira de Miranda, todos residentes no médio curso do rio Piauí(AHU – Piauí. Cx. 23, D. 20, 25, 29. AHU. Cx. 30. D. 1573).
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F.1.2- FRANCISCO FÉLIX DE MIRANDA(1º), fazendeiro, nascido na fazenda Buriti, à volta de 1735, residia em 1762, na fazenda Guaribas, hoje cidade de Canto do Buriti, cuja extensão era duas léguas de comprido e uma de largura, a qual povoou com o consentimento de seu pai, a quem pertencia a terra, por ser retiro da do Buriti(AHU – Piauí. Cx. 7, D. 26 e 27; AHU. Cx 8, D. 513); em 29 de janeiro de 1764, foi um dos intendentes nomeados pelo Senado da Câmara de Oeiras, por ordem do governador João Pereira Caldas, para arrecadar as contribuições dos criadores com o fim de manter a tropa que combateria os índios Timbiras e Acoroás, ficando responsável pela execução das ordens no médio curso do rio Piauí e lados dele(Arquivo Público do Piauí. Códice 146. P. 156/157); em 1807, já residia no termo de Jerumenha, quando firmou documento na vila de mesmo nome apoiando o governador Carlos César Burlamaque, que então enfrentava dificuldades com o capitão-general do Maranhão, sendo o mesmo documento despachado em 18.8.1807(AHU – Piauí. x. 23, D. 20, 25, 29. AHU. Cx. 30. D. 1573); foi c.c. D. EUGÊNIA MARIA, não se sabendo por quem é hoje representada a sua genealogia.
No final do século XVIII migrou para o Gurgueia, iniciando um movimento pioneiro que foi seguido pelos demais parentes.
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F.1.3- CAPITÃO IGNÁCIO RODRIGUES DE MIRANDA, fazendeiro, militar e político de largo prestígio na segunda metade do século XVIII. Nascido em 1737, provavelmente em 31 de julho, dia consagrado a Santo Ignácio de Loyola no calendário cristão. Desde a mocidade assentou praça de soldado Dragão, de onde galgou o posto de ajudante das primeiras ordenanças, posteriormente extintas. Em 1776, teve seu nome proposto para o mesmo posto de ajudante do Terço de Cavalaria Ordenança, porém, não sendo aceito em face de não encontrar-se servindo na mencionada tropa ao tempo da proposta, assumiu em seu lugar, Félix do Rego Castelo Branco. No entanto, no ano seguinte foi promovido ao posto de capitão do mesmo Terço de Cavalaria Ordenança da Capitania de São José do Piauí, atendendo à indicação de 24 de fevereiro de 1776. Nesse posto realizou inúmeras diligências e prestou relevantes serviços à sua terra.
Na carreira política foi eleito por diversas vezes, vereador, presidente do Senado da Câmara e juiz ordinário da cidade de Oeiras, então capital do Piauí.
No ano de 1781, na falta de ouvidor letrado, foi eleito ouvidor-geral da capitania pela lei, assumindo essa elevada magistratura em 2 de janeiro do ano de seguinte. E, por força de lei, tendo em vista a vacância do cargo de governador, para atender o disposto no Alvará Régio de Sucessão, assumiu na mesma data a chefia da Junta de Governo do Piauí, sendo auxiliado por dois adjuntos, o sargento-mor Manoel Pinheiro Ozório e o vereador Antônio Gameiro da Cruz. Sendo reeleito pelo Senado da Câmara, permanece no exercício desses dois cargos até 2 de janeiro de 1784, quando transfere as funções ao sucessor Marcos Francisco de Araújo Costa. No entanto, retornou às funções, por poucos dias, durante o mês de junho de 1784.
Nesse mesmo período, acumulou também as funções de provedor da real fazenda e dos defuntos e ausentes, capelas e resíduos, corregedor da Câmara, com alçada, chanceler juiz das justificações de índio e mina, e dos feitos e agravos da Coroa, vedor e auditor geral da gente de guerra, com alçada cível e criminal, além de outros cargos anexos.
Conforme se vê, durante dois anos consecutivos (2.1.1782 – 2.1.1784), acumulou a justiça e a chefia administrativa do Piauí, enfeixando, assim, grande soma de poderes. Figura, pois, entre os governantes do Piauí.
Na carreira militar, merece referência a exitosa entrada que fez contra os índios Pimenteiras, em 1790, aprisionando onze indígenas, conforme já relatamos em sua biografia, anteriormente publicada nesta coluna.
Depois dessa importante missão, o capitão Ignácio Rodrigues de Miranda ainda permanece no posto de comandante militar do rio Piauí, prestando relevantes serviços. Todavia, faleceu algum tempo depois, provavelmente em sua fazenda do Buriti, onde residia. Foi um grande piauiense do período colonial, deixando um nome honrado, grande descendência e larga folha de serviços prestados. Foi casado com D. LEANDRA MARIA DE JESUS, provavelmente sua prima, filha de Antônio Pereira da Silva e sua esposa Maria da Purificação, colonizadores portugueses fundadores da fazenda Malhada, no vale do rio Piauí(cf. Família Pereira da Silva – F.6); filho:
F.1.3.1- Capitão Felipe Nery de Miranda
Porém, antes do matrimônio o capitão Ignácio Rodrigues de Miranda teve uma filha com a mulata Antônia Batista de Souza, por nome Josefa, que foi batizada na fazenda Buriti, em 5.2.1770.
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F.1.4- LUIZ PEREIRA DE MIRANDA, fazendeiro, residente na fazenda Buriti, foi c.c. D. ÚRSULA MARIA DE JESUS; filha(entre outros):
F.1.4.1- Antônia, batizada na referida fazenda, em 11.2.1778.
F.1.4.2- Marcela(bat. 1781)
F.1.4.3- Maria(bat. 1783)
F.1.4.4- Francisco(bat. 1787)
F.1.4.5- Manoel Pereira de Miranda(bat. 1781)
F.1.4.6- Maria, n. 9.7.1788(bat. 11.8.1788).
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F.1.3.1. CAPITÃO FELIPE NERY DE MIRANDA, militar e fazendeiro; capitão de ordenanças; n.c.1772, na fazenda Buriti, vale do Riacho Fundo, no médio curso do rio Piauí, hoje cidade de Brejo do Piauí, filho do capitão Ignácio Rodrigues de Miranda e de sua mulher Leandra Maria de Jesus; neto paterno do português João Rodrigues de Miranda e de sua esposa Josepha de Souza, primeiros senhores da fazenda Buriti; neto materno do português Antônio Pereira da Silva e de sua esposa Maria da Purificação, primeiros senhores da fazenda Malhada, no rio Piauí; residentes inicialmente na referida fazenda Buriti, depois de 1808 mudando-se para a fazenda Tabuleiro Grande, na ribeira do Itaueira, naquele tempo pertencente ao termo de Jerumenha, depois, sucessivamente da Manga, de Floriano, de Itaueira, de Rio Grande do Piauí e, por último, de Pavussu, onde veio a falecer ab intestato no dia 9 de maio de 1828; c. 1797 c. c. sua prima materna D. QUITÉRIA VIEIRA DE CARVALHO, que lhe sobreviveu, sendo ela filha do tenente Hilário Vieira de Carvalho (2.º do nome), fazendeiro, político, Juiz Ordinário e Órfãos, residente na fazenda Várzea Grande, da margem esquerda do Gurgueia, no antigo termo de Jerumenha, hoje de Canavieira, onde faleceu em 1813, e de D. Josefa Maria da Conceição, esta filha dos portugueses Antônio Pereira da Silva e D. Maria da Purificação, naturais de Lisboa e reconhecidos colonizadores do Piauí; n. p. de Hilário Vieira de Carvalho (1.º do nome), fazendeiro, residente na fazenda da Volta, no rio Canindé, arrematador dos dízimos da Capitania do Piauí durante os anos de 1740 a 1742 e de D. Maria do Rego Monteiro(esta filha do Capitão-mor Manoel do Rego Monteiro e de sua esposa, D. Maria da Encarnação, grandes fazendeiros, provavelmente portugueses e pioneiros de sua geração na bacia do Parnaíba, onde se estabeleceram em 1719); bisneta de José Vieira de Carvalho e Maria Freire da Silva, casal paulista de origem portuguesa que entrou no Piauí na bandeira de 1719, fundando um arraial de paulistas que deu origem à cidade de Paulistana(PI); eram devotos de Nossa Senhora da Conceição; do entrelaçamento matrimonial, nasceram sete filhos, com idades em 1828, segundo consta no inventário do genitor:
F.1.3.1.1- Major José Felipe de Miranda - 29 anos;
F.1.3.1.2- Cap. Manuel Felipe de Miranda - 25 anos;
F.1.3.1.3- Cap. Francisco Félix de Miranda - 20 anos;
F.1.3.1.4- Thereza Maria da Conceição - 16 anos;
F.1.3.1.5- D. Leandra Maria da Conceição - 15 anos;
F.1.3.1.6- Cap. Ignácio Francisco de Miranda - 13 anos;
F.1.3.1.7- Carolina Maria da Conceição - 10 anos;
F.1.3.1.8- Rosa Maria da Conceição, é a primeira filha do casal, prematuramente falecida, foi batizada em 26.11.1797, na fazenda Malhada, ribeira do Piauí, freguesia de N. Sra. da Vitória; foram padrinhos o capitão Ignácio Rodrigues de Miranda e sua mulher Leandra Maria de Jesus.
F.1.3.1.9- Antônio Felipe de Miranda, é o terceiro filho do casal, prematuramente falecido, não sobreviveu aos genitores; foi batizado na igreja matriz de N. Sra. da Vitória(Oeiras), em 20.5.1801, sendo padrinhos o tio-avô Antônio Pereira da Silva e sua segunda esposa Ana Pulchéria de Monteserrate Castelo Branco.
Destes, D. Leandra Maria da Conceição, n. em 1813, casou-se e transferiu-se para o termo de Pilão Arcado, na Bahia, onde deixou filhos, já não existindo em 1867. Nada sabemos informar a respeito do destino de Thereza e Carolina. Teriam seguido a irmã para a Bahia? Faleceram solteiras? Casaram e não tiveram filhos? É difícil asseverar. Por essas razões, a descendência do capitão Felipe Nery de Miranda, será traçada apenas por seus filhos varões. Sempre há a esperança de que um dia alguém possa complementar esta pesquisa.
Nos livros de registros de correspondências da capitania de S. José do Piauí, arquivados no Arquivo Público Estadual encontramos duas missivas do governador D. João de Amorim Pereira a Felipe Nery de Miranda, datadas do ano de 1799, então com a patente de porta-estandarte. Interessante é que a primeira dessas missivas o trata por Felipe Rodrigues de Miranda, talvez em alusão ao nome de Ignácio Rodrigues de Miranda. A segunda, certamente com os dados da resposta, já o trata pelo nome correto. A título de registro histórico seguem na íntegra. A primeira correspondência se reporta às diligências militares de que esse Miranda era encarregado e sobre a dispensa de alguns moradores encarregados das fazendas do Real Fisco:
“Carta ao Porta Estandarte Felipe Roiz de Miranda.
‘Chegando a mim a notícia por várias vezes que V.M.ce chama para o exercício não só aos vaqueiros das fazendas do Real Fisco, mas também aqueles que se hão empregados nas obras das mesmas fazendas como o carpina que atualmente se acha fazendo carros e mais acessórios das ditas fazendas vou declarar a V.M.ce que as pessoas que se declarem como essa mencionada, ocupadas no indispensável e ativo serviço das fazendas de Sua Mag.e não se deve enquanto este durar distrair das suas ocupações tão essenciais para a conservação do patrimônio Real// Deus guarde a V.M.ce. Palácio de Oeiras 10 de Setembro de 1799/ Dom João de Amorim Pereira/ Snr. Porta Estandarte Felipe Roiz de Miranda”(CABACap. Cod. 157. P. 194).
No mesmo sentido da primeira, também essa segunda correspondência se reporta à disciplina militar de vaqueiros e demais empregados das fazendas do Real Fisco, sob responsabilidade do Porta-Estandarte Felipe Miranda. Era ele responsável pela disciplina militar em sua região.
“Carta ao Porta Estandarte Felipe Nery de Miranda.
‘Pelo portador foi entregue nesta Secretaria a carta que V. M.ce me dirigiu inclusa a que recebeu do seu comandante cuja volta outra vez. Tendo determinado a V.M.ce assim como a todos os mais encarregados da disciplina militar o que se deve obrar com os vaqueiros e mais pessoas empregadas no serviço das fazendas do Real Fisco, o mesmo seu comandante me propôs o que V.M.ce lhe representou respeito o acharem-se disciplinados os soldados dessa Ribeira sobre cujo assunto lhe ordenei o que havia de fazer. Deus guarde a V.M.ce. Palácio de Oeiras 9 de Outubro de 1799/Dom João de Amorim Pereira/Snr. Porta Estandarte Felipe Nery de Miranda”(CABACap. Cod. 157. P. 212).
Portanto, são esses alguns dados sobre esse nosso antepassado da família Miranda, do centro-sul do Piauí. No tempo da correspondência supra, ocupava o posto de porta-estandarte, depois foi promovido, sendo reformado no posto de capitão de um dos regimentos da capitania. A seguir, algumas notas sobre sua descendência.
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F.1.3.1.1- MAJOR JOSÉ FELIPE DE MIRANDA (em alguns registros da literatura histórica aparece José Felipe Nery de Miranda), fazendeiro, político, alferes, depois major da Guarda Nacional, foi Vereador de Jerumenha na primeira metade do século XIX, Juiz Ordinário e Órfãos, e combatente nas lutas de repressão à Balaiada no Sul do Piauí e Maranhão(Coluna do Oeste), tendo assumido durante as lutas o posto de Comandante Militar de Jerumenha; nasceu na fazenda Buriti, em 1799, sendo batizado em 27.9.1799, na fazenda Malhada, ribeira do Piauí, sendo padrinho o capitão Francisco Pereira da Silva, porprocuração que apresentou o capitão Ignácio Rodrigues de Miranda e D. Josefa Maria da Conceição; residente na fazenda Pavussu, hoje cidade de mesmo nome, e falecido a 22.9.1862, na fazenda Malhada, do atual Município de Canto do Buriti, com 63 anos de idade; casou-se em primeiras núpcias, a 28.2.1821, na fazenda Várzea Grande, ribeira do Gurgueia, com sua prima em 2º grau D. MARIA JOSEFA DA CONCEIÇÃO, falecida prematuramente em 16.10.1827, filha de Antonio Ribeiro Soares (Livros VII e XV), (primeiro deste nome, pai de um outro seu homônimo, eminente político jerumenhense e que também destacou-se nas lutas de repressão à Balaiada) e de D. Josefa Maria da Conceição, n. m. do Cap. Gonçalo Francisco da Rocha, primeiro deste nome , e de D. Maria Vieira de Carvalho (irmã de D. Quitéria Vieira de Carvalho); filhos:
F.1.3.1.1.1- D. Rufina Liberalina da Costa e Silva (dela descendem os Costa e Silva, do Itaueira).
F.1.3.1.1.2- D. Maria Joaquina da Silva (dela descende, entre outros, um ramo da família Pereira da Silva, da Uica, interior de Floriano).
F.1.3.1.1.3- Raimundo Rodrigues de Miranda, falecido criança;
Pela 2ª vez o major JOSÉ FELIPE DE MIRANDA c. c. D. ANA JOAQUINA DA CONCEIÇÃO, sua prima e cunhada, filha do 2º matrimônio de D. Josefa Maria da Conceição com o comendador Valentim Pereira da Silva , deixando mais duas filhas, a saber:
F.1.3.1.1.4- D. Rosa Virgem de Jesus (dela descende a família Pereira Nunes).
F.1.3.1.1.5- D. Josefa Maria da Conceição e Rocha (dela descende a família Mendes da Rocha, inclusive o autor desta genealogia).
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F.1.3.1.2- CAPITÃO MANUEL FELIPE DE MIRANDA, fazendeiro, secundogenito do capitão Joaquim Felipe de Miranda e de D. Quitéria Vieira de Carvalho, nascido na fazenda Tabuleiro Grande, da ribeira do Itaueira, em 1803, e falecido em 24.8.1858, no sítio Casa Nova, da fazenda Tabuleiro Grande, onde residia; foi c. c. D. CLARA MARIA DE JESUS, falecida a 02.03.1878, com testamento feito em 1875, filha do major José Pereira da Silva e de D. Inês Maria do Nascimento; n. p. do C.el. Francisco Pereira da Silva, Ouvidor Geral e Membro da Junta de Governo do Piauí (1797) e de D. Isabel Josefa da Conceição; bisneta do casal português, Antônio Pereira da Silva e D. Maria da Purificação, que vindos para o Brasil se radicaram na fazenda Malhada, do atual termo de Canto do Buriti(PI); filhos:
F.1.3.1.2.1- Francisco Raimundo de Miranda
F.1.3.1.2.2- Raimundo Rodrigues de Miranda
F.1.3.1.2.3- Antônio Belizário de Miranda
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F.1.3.1.3- CAPITÃO FRANCISCO FÉLIX DE MIRANDA, fazendeiro e político, foi Vereador à antiga Câmara Municipal de Jerumenha; terceiro filho do capitão Joaquim Felipe de Miranda e de D. Quitéria Vieira de Carvalho; n. na Fazenda Tabuleiro Grande, em 1808, e f. aos 26 anos de idade, na sua fazenda do Jiló, onde residia, em 21.2.1834, segundo declarações de sua viúva nos autos do inventário, sendo sepultado na igreja matriz de Santo Antônio, em Jerumenha; foi c. c. D. ÂNGELA MARIA DE JESUS(1º casamento desta), filha do major José Pereira da Silva e de D. Inês Maria do Nascimento; n. p. do C.el. Francisco Pereira da Silva, Ouvidor Geral e Membro da Junta de Governo do Piauí (1797) e de D. Izabel Francisca Soares, esta filha de Manuel Ribeiro Soares e D. Maria Josefa de Jesus, portugueses, povoadores da fazenda da Onça, no rio Piauí; bisneta do casal português, Antônio Pereira da Silva e D. Maria da Purificação, que vindos para o Brasil se radicaram na fazenda Malhada, vale do rio Piauí, no atual termo de Canto do Buriti(PI); filhos:
F.1.3.1.3.1- Cap. José Félix de Miranda
F.1.3.1.3.2- Cap. Antônio Félix de Miranda
F.1.3.1.3.3- Cap. Torquato Pereira da Silva
F.1.3.1.3.4- Cap. Raimundo Pereira da Silva, c. c. sua prima D. Amália Maria da Costa e Silva (ver F.1.1.2).
(Ângela Maria de Jesus, 2ª vez c. c. seu primo C.el. Ricardo Pereira da Silva (2º casamento deste), filho do comendador Valentim Pereira da Silva e de D. Josefa Maria da Conceição deste consórcio deixando um filho: Cap. Francisco Pereira da Silva, residente na Fazenda Retiro, do atual Município de Rio Grande do Piauí, c. c. D. Dilânia Soares da Silva, de cujo consórcio gerou duas filhas: 1) D. Matilde c. c. Virgolino Coelho; 2) D. Rosa c. c. José Caio, ambas com genealogia).
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F.1.3.1.6- CAPITÃO IGNACIO FRANCISCO DE MIRANDA, fazendeiro, sexto filho do Cap. Joaquim Felipe de Miranda e de D. Quitéria Vieira de Carvalho, n. em 1815, na fazenda Tabuleiro Grande, ribeira do Itaueira, f. em 1891 (seu inventário foi julgado em 18.06.1891), residiu por muito tempo em Oeiras (durante todo o primeiro matrimônio), depois regressando para o vale do Itaueira; abolicionista, libertou seus escravos em 1883; 1ª vez c. c. D. CAROLINA IGNACIA DE MENEZES CASTELLO BRANCO (cf. Família Marreiros de Castello Branco), natural de Oeiras, f. em 1856, durante uma viagem do casal para o Estado da Bahia; filha do major José Ignácio Madeira de Jesus, herói da Guerra da Independência, tendo tomado parte no “cerco de Caxias”, no posto de capitão, quando foi promovido a sargento-mor (Cf. Neves, Abdias. A Guerra do Fidié) e de D. Mariana Angélica Marreiros de Menezes Castello Branco, f. em 1856 já no estado de viúva, e todos naturais e residentes no termo de Oeiras, onde descendem de anosos e ilustrados troncos familiares; filhos:
F.1.3.1.6.1- D. Porcina Ignácia de Miranda, bat. 30.8.1852, com 10 meses de idade, em Oeiras, foi c. c. seu parente T.te. José Pereira Nunes Sobrinho; s.g.
F.1.3.1.6.2- José Ignácio Madeira de Miranda, morava no termo de Jerumenha em 1858, quando foi padrinho, juntamente com a mãe; foi c.c. D. Ana Joaquina da Silva; filha(entre outros): D. Maria José de Miranda, 1.ª vez c.c. seu primo José Marreiros de Miranda(F.1.3.1.2.1.2) e 2ª vez c.c. seu primo Febrônio Rodrigues de Mirada(F.1.3.1.2.2.3).
F.1.3.1.6.3- Antônio Pereira da Silva, residente no vale do rio Itaueira.
O CAP. IGNACIO FRANCISCO DE MIRANDA, 2ª vez c. c. D. MARIA DECHAMPES DE CASTELLO BRANCO MASCARENHAS (cf. Família Marreiros de Castello Branco), prima da primeira esposa, natural de Oeiras, filha mais moça do negociante José Pereira da Silva Mascarenhas e de D. Maria Benedicta da Encarnação Castello Branco; n. m. do capitão-mor João Nepomuceno Castello Branco e de D. Maria Luísa de Jesus Santana; f. em 15.06.1904, na fazenda Tabuleiro Grande, onde residia, naquele tempo do termo de Floriano, hoje de Pavussu; filhos:
F.1.3.1.6.4- Joaquim Ignácio de Miranda, n. em 1869.
F.1.3.1.6.5- Benedito Ignácio de Miranda
F.1.3.1.6.6- Cap. Francisco Ignácio de Miranda
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F.2- D. FRANCISCA DE MIRANDA DO ROSÁRIO DE VASCONCELOS, provavelmente natural do reino de Portugal, fazendeira, pioneira da colonização, residente, senhora e proprietária da fazenda Palmeira de São Tiago, no médio curso do rio Piauí, onde faleceu à volta de 1770; era irmã de João Rodrigues de Miranda, que povoou a fazenda Buriti, na mesma ribeira; foi c.c. o CAPITÃO-MÓR DOMINGOS DE ABREU VALADARES, fazendeiro, militar, provavelmente nascido em Portugal, pioneiro da colonização do Piauí, com larga folha de serviços prestados, faleceu cerca de 1739, pois segundo declarou a viúva em 24 de novembro de 1769, “tem a trinta anos que é falecido(...), ficando por seu falecimento de todo exaurido de bens, que todos os gastou no serviço de Sua Majestade, no princípio da povoação desta Capitania em desinfestar o gentio das ribeiras do Piauí, Canindé, Itaim e Itaueira, e à sua custa combater o gentio mais pernicioso que houve neste sertão chamado Mandu Ladino e Precati, sem por isso ter prêmio algum”. Constata-se, assim, que foi um militar de prestígio, com larga folha de serviços prestados ao Estado, tendo chegado ao Piauí antes do levante de Mandu Ladino, que transcorreu entre 1712 e 1717 (AHU – Piauí. Cx. 9. D. 22); filhos:
F.2.1- Gaspar de Abreu Valadares
F.2.2- D. Inácia da Conceição Miranda do Rosário de Vasconcelos, casou-se com o português Manoel Alves da Rocha, nossos ancestrais em linha direta, mudando-se para a fazenda Craíbas, no Gurgueia, cuja descendência compõe o Livro VII.
F.2.3- D. Joana de Miranda de Vasconcelos, residente na fazenda retiro, vale do Canindé, onde faleceu, c.c. Manoel Ferreira Guimarães, fazendeiro, colonizador; filhos: 1. José Rodrigues; 2. Manoel Ferreira da Silva, fazendeiro, em 6.2.1769, na matriz de N. Sra da Vitória(Oeiras), c.c. Maria do Carmo de Araújo, filha de Antônio da Costa Araújo e sua mulher Elena da Costa Veloso, ambos os contraentes naturais da mesma freguesia; 3. Leonardo Ferreira; 4. Joaquim Ferreira; 5. Antônio Ferreira; 6. Maria da purificação; e, 7. Teresa de Jesus.
F.2.4- José de Abreu Valadares, fazendeiro, provavelmente mudou-se para o Gurgueia; um seu homônimo, provavelmente filho, José de Abreu Valadares(2.º do nome), faleceu em 1866, no termo de Jerumenha, deixando viúva Rita Rosa de Jesus e três filhos menores, a saber: Deocleciano, Raimunda e Maria. Deles descendem os Abreu, do Gurgueia.
F.2.5- Francisca de Miranda(2ª do nome), em uma certidão de batizado em que foi madrinha com o irmão Gaspar aparece com o nome completo de Maria Sigeo Francisca de Miranda.
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F.2.1- GASPAR DE ABREU VALADARES, fazendeiro, político e magistrado piauiense, “e das famílias nobres desta Capitania, natural desta mesma freguesia (de N. Sra. da Vitória, de Oeiras), donde sempre foi morador e ocupando os empregos mais honrosos desta cidade (de Oeiras), como almotacé, vereador, juiz ordinário e de órfãos” conforme declarou e foi comprovado por testemunhas em auto de justificação que tramitou em agosto de 1772; conforme certidão exarada em 28.7.1772, elegeu-se vereador do Senado da Câmara de Oeiras, tomando posse em 1.1.1755, novamente reeleito tomou posse em 6.1.1761, juiz ordinário com posse em 7.2.1765, juiz de órfãos tomando posse em 3.1.1769, para servir no triênio 1769-1770-1771; foi um dos fiadores de Floriano do Rego Monteiro na arrematação dos dízimos da freguesia de N. Sra. da Vitória dos anos de 1761-1762-1763, dando em garantia as fazendas de Santa Rita, Palmeira, Santiago, Várzea do Cachorro e Pedra d’Água, situadas no Riacho do Fidalgo, da comarca de Oeiras; com o prematuro óbito do pai tornou-se arrimo de família, ajudando a criar os irmãos mais novos(AHU. Cx. 10. D. 628; Cx. 11. D. 655).
Foi noivo de Quitéria Vieira de Carvalho(1ª do nome), irmã de Floriano do Rego Monteiro e do padre Custódio Vieira de Carvalho, dentre outros, não tendo concretizado as núpcias por desentendimento com o pai dela, Hilário Vieira de Carvalho(1.º do nome), falecendo ela no estado de solteira.
Não sabemos se casou ou por quem seja hoje representada a sua descendência.
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F.2.2- D. INÁCIA DA CONCEIÇÃO MIRANDA DO ROSÁRIO DE VASCONCELOS, nascida na fazenda Palmeira de São Tiago, no vale do rio Piauí, filha do capitão-mor Domingos de Abreu Valadares, um dos principais colonizadores do Piauí e de sua esposa Francisca de Miranda do Rosário de Vasconcelos (irmã de João Rodrigues de Miranda, da fazenda Buriti); depois do matrimônio mudou-se para o vale do Gurgueia, onde faleceu em 25.6.1791; no segundo semestre de 1747, casou-se com o português MANUEL ALVES DA ROCHA(1721 – 16.6.1771), fazendeiro e político, residente na fazenda Craíbas, no vale do Gurgueia, juiz ordinário e órfãos, provedor comissário na arrecadação das fazendas dos defuntos e ausentes, presidente do Senado da Câmara e Intendente Comissário de Polícia e mais cargos anexos, com jurisdição cível e crime, voluntária e contenciosa, da vila de Jerumenha e seu termo; em 28.6.1747, pouco antes do matrimônio, prestou depoimento na qualidade de testemunha em autos de devassa sobre ataques indígenas, sendo qualificado como “homem branco, solteiro, e morador nesta freguesia de Santo Antônio do Gurgueia, onde vive de criar gados, de idade que disse ser de vinte e seis anos, pouco mais ou menos”; filhos:
F.2.2.1- D. Josefa Maria de Santana, casada duas vezes, sendo a primeira com José Fernandes de Barros Lima(f. 5.12.1818) e a segunda com Carlos Francisco Xavier Nogueira (assassinado em 17.11.1825, pelo mulato Hilário, escravo de Antônio Alves de Castro), porém, sem deixar sucessores em ambos os matrimônios.
F.2.2.2- Manuel Caetano da Rocha, não se conhece nada sobre a existência de descendentes.
F.2.2.3- T.te. João Alves da Rocha
F.2.2.4. Ana, faleceu sem descendência.
F.2.2.5- Cap. Gonçalo Francisco da Rocha
F.2.2.6- Jerônima Teresa de Jesus, foi c.c. o capitão José Vieira de Carvalho, filhos do tenente Hilário Vieira de Carvalho, o moço, e de sua esposa Josefa Maria da Conceição; s.g.
F.2.2.7- Bernardo Luís da Rocha, foi c.c. Claudina Maria de Jesus, de cujo consórcio deixou quatro filhas: Inácia, Ana, Bibiana e Raimunda, porém não se sabe por quem é hoje representada esta descendência.
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F.2.2.3- TENENTE JOÃO ALVES DA ROCHA(Fazenda Craíbas, Jerumenha, 1752 – Fazenda Várzea Grande, Jerumenha, 12.1.1811), fazendeiro, juiz ordinário e órfãos(1799), residente na fazenda Várzea Grande, margem esquerda do Gurgueia, naquele tempo de Jerumenha, hoje de Canavieira, sepultado na Matriz de Santo Antonio, em Jerumenha, foi c.c. D. ANTÔNIA VIEIRA DE CARVALHO, f. em 1853, na Várzea Grande, filha do Tte. Hilário Vieira de Carvalho, o moço, e D. Josefa Maria da Conceição; filhos:
F.2.2.3.1- Tte. João Alves da Rocha(2.º)
F.2.2.3.2- Antônio Alves da Rocha, falecido em 29.12.1812, ainda muito jovem; s.g.
F.2.2.3.3- Tte.-Cel. Martinho Alves da Rocha
F.2.2.3.4- Gonçalo Alves da Rocha
F.2.2.3.5- D. Maria Vieira de Carvalho
F.2.2.3.6- José Alves da Rocha, batizado em 17.6.1795, falecido na juventude; s.g..
F.2.2.3.7- Marciana, batizada em 30.7.1798, falecido na juventude; s.g.
F.2.2.3.8- José, batizado em 1802, falecido na juventude; s.g.
“Desaparecido o pai, o órfão Martinho vive nos Prazeres, em companhia do tio e futuro sogro Gonçalo Francisco da Rocha; os outros, inclusive Maria, mesmo depois de casada, vivem na Várzea Grande, em companhia da mãe. Primeiro tutor: o tio José Vieira de Carvalho; depois: o tio paterno Gonçalo Francisco da Rocha e o irmão José Alves da Rocha” – Sebastião Martins de Araújo Costa.
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F.2.2.5- Capitão GONÇALO FRANCISCO DA ROCHA(primeiro do nome), n. em 1757, na fazenda Craíbas e f. em 11.12.1828, na fazenda Várzea Grande, onde residia, ambas no termo de Jerumenha; foi c.c. D. MARIA VIEIRA DE CARVALHO, filha do T.te. Hilário Vieira de Carvalho(2.º), juiz ordinário e órfãos, vereador, fazendeiro, residente na fazenda Várzea Grande, no rio Gurgueia, e D. Josefa Maria da Conceição; n. p. de Hilário Vieira de Carvalho, abastado fazendeiro, arrematante dos dízimos do Piauí, residente na Fazenda da Volta, no rio Canindé, e D. Josefa do Rego Monteiro; por essa linha, bisneto do casal bandeirante José Vieira de Carvalho e D. Maria Freire da Silva, estabelecidos na fazenda Paulista, origem da atual cidade de Paulistana, no Piauí, em 1719 e do capitão-mor Manoel do Rego Monteiro, também arrematante dos dízimos do Piauí, e D. Maria da Encarnação; n. m do colonizadores portugueses Antonio Pereira da Silva e D. Maria da Purificação, naturais de Lisboa e radicados na fazenda Malhada, no vale do rio Piauí; filhos:
F.2.2.5.1. Tte. José Francisco da Rocha, f. solteiro;
F.22..5.2. D. Josefa Maria da Conceição
F.2.2.5.3. Major Antonio Pereira da Silva
F.2.2.5.4. Capitão Gonçalo Francisco da Rocha(2.º)
Nota: Em outra oportunidade, publicaremos novos dados sobre essa descendência.
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*REGINALDO MIRANDA, autor de diversos livros e artigos, é membro efetivo da Academia Piauiense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico Piauiense e do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-PI. Contato: [email protected]