Minha resposta a um comentário de uma escritora sobre a tragédia do Museu Histórico Nacional
Por Cunha e Silva Filho Em: 04/09/2018, às 06H54
CUNHA E SILVA FILHO
Sua breve e incisiva análise da tragédia inominável e ignominiosa, que foi o incêndio de ontem do museu Histórico Nacional, na Quinta da Boa Vista, bairro de São Cristóvão, Rio de Janeiro, em seus antecedentes bastante conhecidos, me deixa sem chão, impotente ao ter, mais uma vez, a certeza de que os nossos governantes, numa escala de desídias que vai do Presidente da República até aos responsáveis na hierarquia da direção do Museu, cometeram um crime contra a Cultura Brasileira.
Em países sérios e responsáveis, haveria mesmo até perda de cargos dos mais diretamente responsáveis por crimes dessa natureza. Feriu-se frontalmente a memória nacional. Feriu-se a dignidade de uma povo já sem memória. Feriu-se o respeito aos nossos bens materiais e imateriais. Praticou-se, pela omissão gritante e nefanda de nossas autoridades atuais e até predecessoras, um crime devastador que confrange a todos indistintamente.
Quando se comparam os BILHÕES gastos SUPERFATURADOS com Olimpíadas e Copas Mundiais com as pífias migalhas de verbas destinadas ao Museu Nacional, constata-se clara e facilmente que o nosso país não é sério e, por o não ser, é que está como está: enlameado na corrupção endêmica e nos desmandos autoritários de governistas de plantão, desses "passageiros da agonia" do povo moralmente trucidado diante do país das malvadezas impostas direta ou indiretamente contra a sociedade civil. Acorda, povo indulgente!