Maria Azenha

( ‘Nenhuma muralha defenderá aquele que, embriagado com a sua riqueza, derruba o altar sagrado da justiça’. diz o coro de Ésquilo.)

Lisboa. Cidade fria.
Começo a escrever os primeiros dias do ano
numa página de neve.
Até entrar de novo
em casa,
encho o coração de sangue.

Em jarras,
flores de asilo
não cedem ao desastre.


maria azenha
2013-01-01

óleo - ChristianSchloe