Manaus: o golpe de 1898
Em: 30/03/2010, às 20H36
Flávio Bittencourt
"A primeira forma de ocupação da região (cidade de Manaus) aconteceu com tropas de resgate comandadas pelo Cabo Bento Miguel Parente que saiu de São Luíz no Maranhão, em 22 de junho de 1657, acompanhado de dois padres: Francisco Veloso e Manuel Pires. A tropa fixou-se por algum tempo na foz do Rio Tarumã, onde foi fincada uma cruz e como de costume foi rezada uma missa".
(http://www.setorzero.com.br/sociedade/index_bele_broque.php)
"Muiraquitã (Foto ao lado) é o nome que os índios davam a pequenos objetos, geralmente representando uma rã, trabalhados em pedra de cor verde, jadeíta ou nefrita, podendo existir em outros minerais e de outras cores. Conhecidos desde os tempos da descoberta, foi entre os séculos XVII e XIX que se tornaram mais procurados, sendo atribuídas qualidades de amuleto ou talismã e ainda virtudes terapêuticas. O muiraquitã atraía sorte para os seus possuidores e também curava quase todas as doenças (...)"
A cúpula é composta de 36 mil peças de escamas em cerâmica esmaltada e telhas vitrificadas, vindas da Alsácia, adquirida na Casa Koch Frères, em Paris. A pintura ornamental é de Lourenço Machado. O colorido original, em verde, azul e amarelo é uma analogia à bandeira brasileira".)
"Raul de Azevedo
Bazar dos livros
Andersen - Editores
1934
Livro em brochura original, páginas amareladas pela a ação do tempo, miolo em muito bom estado, capa reeforçado pelo antigo dono, sugerimos ao próximo dono uma encadernação em couro dado o caráter histórico e precioso desta maravilhosa obra. Qualquer dúvida pergunte-nos.
Obra singular que trata dos livros da produtiva época do regionalismo nacional dos anos 30, críticas e cronicas sobre os livros lançados à epoca, curiosidades literarias, sobre livros , sobre autores, sobre a época.
Raul de Azevedo nasceu a 3 de fevereiro de 1875, na cidade de S. Luiz do Maranhão, falecendo a 27 de abril de 1957, no Rio de Janeiro, sendo sepultado no Cemitério de São João Batista.
Foram seus pais Belmiro Paes de Azevedo e Francisca Rosa de Brito. Fez seus estudos na cidade natal, não chegando, porém, a realizar nenhum curso de ensino superior. Sua aguda inteligência e contÍnua leitura, baseada em ótima inclinação filosófica, lhe deram uma cultura bem larga e profunda, nos objetivos de sua vida burocrática e literária. Viu, no Amazonas, a estrela polar do seu destino de homem de Sociedade.
Para lá se dirigiu, na qualidade de jornalista, procurando um lugar ao sol. Foi festivamente recebido e, logo, é convidado pelo governo do Capitão Fileto Pires Ferreira para exercer a alta função de Secretário Geral do Estado, cargo esse que lhe permitiu ficar em contacto com o mundo oficial e com a elite da população. Foi o seu ponto de partida numa estrada que teria de per lustrar por mais de 65 anos, ora transitando por cima de flores, ora de espinhos.
Uma das características da compleição moral de Raul de Aze vedo, foi a lealdade posta a prova de fogo nos entrechoques do partidarismo, quando os cameleões da política aproveitam a oportunidade para mudar de cor, procurando saber para onde se inclina o fiel da balança.
Convém realçar esse procedimento das almas nobres, hoje raro, reportando-nos a um episódio de antanho com o qual se concretizou a renúncia de Fileto Pires Ferreira, alijando-o do governo para o qual fora eleito.
Fileto que se achava fora do Estado, uma vez em Belém, sabedor do que se passava em Manaus freta um navio para imediatamente regressar. No meio da viagem é cientificado de que Manaus estava em pé de guerra e ali não desembarcaria. O cabo telegráfico sub-fluvial estava interrompido, no momento. Sabe-se naquela que o navio em que viajava S. Excia. partira para aportar em dia certo, pela manhã. Com receio da aventura, volta a Belém, enquanto que na outra capital, de nada se informa. Raul de Azevedo, Redator-Chefe do ?Rio Negro?, órgão do seu Partido e do governo alijado, prepara um número especial para a recepção em ?hora-certa?. Nesse número, havia um noticiário bombástico em que se avisava haver S. Excia. chegado e que girândolas de foguetes estrugiram nos ares, o povo se apinhava no litoral dando vivas a S. Excia. e que o Sr. Dr. F. proferiu um empolgante e comovido discurso de agradecimento, bem assim que o Coronel Ramalho Júnior ainda no Poder fugiu com seus amigos. O ?Rio Negro? já havia sido distribuído pela madrugada e pela manhã do ?dia certo?. Corre o dia todo e nada de S. Excia. Somente à noite é que realmente Manaus foi informada, pela chegada de outra embarcação, do que acontecera. A antecipação do noticiário do órgão oficioso foi um grande ?tableau?; gargalhadas se davam na cidade. E Raul de Azevedo, vexadíssimo, teria de conjecturar uma explicação. E achou-a, dizendo, no dia seguinte, em outro jornal, que tudo resultou de um erro dos revisores (como esses auxiliares da imprensa têm as costas largas...); que todos os verbos do noticiário estavam no futuro e que eles, por um descuido, passaram-no para o pretérito perfeito... Esse ?dia certo? foi fatídico por ser o último para aquele jornal e para o Partido de Raul. Foi o ?canto de cisne? de uma situação do ?consumatum est?, da qual Campos Salles, então Presidente da República não quiz tomar conhecimento. Esta explicação de um fato escandaloso e deprimente para o Amazonas parece uma pertinência pueril, no meio de uma biografia. Passou para a História e da geração atual, pouca gente a conhece.
Raul de Azevedo caíra de pé. Aparentemente derrotado, para quem o jornalismo não era apenas um ofício, mas um sacerdócio, não ficou desempregado pois sua lealdade ao amigo, foi-lhe uma recomendação.
Entrado na política e no apreço dos homens, fez-se Deputado à Assembléia Legislativa por várias vezes como em cargos de importância e de confiança dos altos Poderes do Estado. Serviu de Chefe de Gabinete de vários governadores, destacadamente de Silvério Nery e Antônio Bittencourt. Foi Cônsul do Chile por muitos anos e exerceu o desempenho de Comissões importantes do Estado e Federal. Fundou vários jornais. Concorreu para criar algumas associações culturais e científicas, entre outras a Academia Amazonense de Letras e o Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas. Sua função permanente foi a de Diretor do Departamento dos Correios e Telégrafos no Amazonas, em Juiz de Fora e no Rio de Janeiro, servindo de Diretor Geral por algumas vezes. Não conheci melhor burocrata, sob o ponto de vista de dinamismo e probidade. Com ele, tudo andava na linha. Os seus Relatórios constituem atestados de quanto pode um homem na direção de um serviço imenso, complexo e de enorme pessoal.
Raul de Azevedo aposentou-se nesse Departamento do Serviço Público Federal. Aproveitava suas férias em viagens pela Europa. Era um grande admirador de Paris, onde esteve creio que por três vezes. Como jornalista e publicista foi dos mais ativos. Sua bibliografia conta cerca de 30 obras, fora os folhetos e numerosos artigos de jornais. Vejamos, dentre outros livros, os seguintes: "Doutor Renato", "Tríplice Aliança", "Amores de Gente Nova", "Onde está a felicidade?", "Roseiral", "Aquela Mulher", "Amigos e Amigas", "Senhores e Senhoritas", "Homens e Livros", "Alma inquieta das mulheres", "Aspectos e Sensações", "Louras do Sul, Morenas do Norte", "Meu livro de Saudades". Os livros do escritor, com exceção de dois, pararam na primeira edição.
A Raul de Azevedo não faltavam qualidades para realizar sempre e sempre um bom livro. Não seja por isso que devamos menosprezar um homem que teve, na sua psiquê, a mania absurda, em plena velhice, amor às jovens, ainda que em retrato desnudo, diante de sua banca de trabalho, para achar inspiração para novos romances.
Raul de Azevedo foi casado, por duas vezes. No primeiro casamento com a Sta. Julieta Lessa, de cujo enlace nasceram o Dr. Herbert Lessa de Azevedo, assassinado tragicamente em Coari e a Sta. Marilda Lessa de Azevedo, alta funcionária do Ministério da Fazenda. E no segundo matrimônio com a Sta. Camélia Cruz, com quem teve duas filhas.
Devo reafirmar que o Coronel Raul de Azevedo - assim o chamavam - honesto, culto, trabalhador, morreu pobre, jamais possuindo uma casa própria. Também não foi um perdulário. Amou as jovens, louras e morenas, como amou as flores, os perfumes, o teatro, a música. E partiu para o Oriente Eterno, com saudade desta vida, como se estivesse nos seus vinte anos.
AZEVEDO, Raul de
(São Luís MA, 3 fev. 1875 ? Rio de Janeiro, RJ, 29 abr. 1957), romancista, contista, teatrólogo, crítico, ensaísta, conferencista, político, da Acad. Amaz. Letr., Acad. Maranh. Letr., Acad. Cear. Letr., Mina Literária (Belém, PA, 1895- 1899). Pseud.: Iberê, Raulim.
BIBL.: Artigos e crônicas. 1896; Ternuras. 1896 (contos); Na rua. 1902 (crôn.); A esmo. 1903 (crôn.); Doutor Renato. 1903 (rom.); Homens e livros. 1903 (crít.); Tríplice aliança. 1907 (rom.); Aspectos e sensações. 1909 (crôn.); Terra a terra. 1909 (crôn.); D?além mar. 1913 (viag.); Vida elegante. 1913 (contos); Amores de gente nova. 1916 (rom.); Confabulações. 1919 (ens.); Onde está a felicidade. 1919 (rom.); Amigos e amigos. 1920 (misc.); A alma inquieta das mulheres. 1924 (confer.); Senhoras e senhorinhas. 1924 (contos); Roseiral. 1932 (rom.); Hora de sol. 1933 (misc.); Aquela mulher 1934 (rom.); Bazar de livros. 1934 (crít.); Meu livro de saudades. 1938 (crôn.); Vida dos outros. 1938; Vida e morte de Stefan Zweig. 1942 (biogr.); Louras do sul, morenas do norte. 1947 (rom.); Terras e homens. 1948 (ens.); Brancos e pretos. 1955 (rom.); Elisabete. 1955 (contos e teatro); Dona Beija. 1957 (ens.).
Fundou e dirigiu a rev. Aspectos, Rio de Janeiro. Colab. em periódicos de Manaus, AM, Fortaleza, CE, e Rio de Janeiro.
REF.: Albuquerque, Medeiros e. Páginas de crítica. 1920. p. 169-76; Blake Dic., VII, 101; Coutinho Brasil, 1, 118; Ferreira, Carlos. Feituras e feições. 1905. p. 260-3; Inocêncio Dic. XVIII, 341; Lima Estudos, 1, 292; Meneses Dic. , 78; Ribeiro Crítica, III, 289-91; Souza Teatro, II, 93. ICON.: Confabulações. 1919 (do autor); Ilust. Bras., maio/jun. 1957.
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"Sábado, 16 de fevereiro de 2008
RAUL DE AZEVEDO
RAUL DE AZEVEDO
RAUL DE AZEVEDO - Agnello Bittencourt
Raul de Azevedo nasceu a 3 de fevereiro de 1875, na cidade de S. Luiz do Maranhão, falecendo a 27 de abril de 1957, no Rio de Janeiro, sendo sepultado no Cemitério de São João Batista.
Foram seus pais Belmiro Paes de Azevedo e Francisca Rosa de Brito. Fez seus estudos na cidade natal, não chegando, porém, a realizar nenhum curso de ensino superior. Sua aguda inteligência e contÍnua leitura, baseada em ótima inclinação filosófica, lhe deram uma cultura bem larga e profunda, nos objetivos de sua vida burocrática e literária. Viu, no Amazonas, a estrela polar do seu destino de homem de Sociedade.
Para lá se dirigiu, na qualidade de jornalista, procurando um lugar ao sol. Foi festivamente recebido e, logo, é convidado pelo governo do Capitão Fileto Pires Ferreira para exercer a alta função de Secretário Geral do Estado, cargo esse que lhe permitiu ficar em contacto com o mundo oficial e com a elite da população. Foi o seu ponto de partida numa estrada que teria de per lustrar por mais de 65 anos, ora transitando por cima de flores, ora de espinhos.
Uma das características da compleição moral de Raul de Aze vedo, foi a lealdade posta a prova de fogo nos entrechoques do partidarismo, quando os cameleões da política aproveitam a oportunidade para mudar de cor, procurando saber para onde se inclina o fiel da balança.
Convém realçar esse procedimento das almas nobres, hoje raro, reportando-nos a um episódio de antanho com o qual se concretizou a renúncia de Fileto Pires Ferreira, alijando-o do governo para o qual fora eleito.
Fileto que se achava fora do Estado, uma vez em Belém, sabedor do que se passava em Manaus freta um navio para imediatamente regressar. No meio da viagem é cientificado de que Manaus estava em pé de guerra e ali não desembarcaria. O cabo telegráfico sub-fluvial estava interrompido, no momento. Sabe-se naquela que o navio em que viajava S. Excia. partira para aportar em dia certo, pela manhã. Com receio da aventura, volta a Belém, enquanto que na outra capital, de nada se informa. Raul de Azevedo, Redator-Chefe do “Rio Negro”, órgão do seu Partido e do governo alijado, prepara um número especial para a recepção em “hora-certa”. Nesse número, havia um noticiário bombástico em que se avisava haver S. Excia. chegado e que girândolas de foguetes estrugiram nos ares, o povo se apinhava no litoral dando vivas a S. Excia. e que o Sr. Dr. F. proferiu um empolgante e comovido discurso de agradecimento, bem assim que o Coronel Ramalho Júnior ainda no Poder fugiu com seus amigos. O “Rio Negro” já havia sido distribuído pela madrugada e pela manhã do “dia certo”. Corre o dia todo e nada de S. Excia. Somente à noite é que realmente Manaus foi informada, pela chegada de outra embarcação, do que acontecera. A antecipação do noticiário do órgão oficioso foi um grande “tableau”; gargalhadas se davam na cidade. E Raul de Azevedo, vexadíssimo, teria de conjecturar uma explicação. E achou-a, dizendo, no dia seguinte, em outro jornal, que tudo resultou de um erro dos revisores (como esses auxiliares da imprensa têm as costas largas...); que todos os verbos do noticiário estavam no futuro e que eles, por um descuido, passaram-no para o pretérito perfeito... Esse “dia certo” foi fatídico por ser o último para aquele jornal e para o Partido de Raul. Foi o “canto de cisne” de uma situação do “consumatum est”, da qual Campos Salles, então Presidente da República não quiz tomar conhecimento. Esta explicação de um fato escandaloso e deprimente para o Amazonas parece uma pertinência pueril, no meio de uma biografia. Passou para a História e da geração atual, pouca gente a conhece.
Raul de Azevedo caíra de pé. Aparentemente derrotado, para quem o jornalismo não era apenas um ofício, mas um sacerdócio, não ficou desempregado pois sua lealdade ao amigo, foi-lhe uma recomendação.
Entrado na política e no apreço dos homens, fez-se Deputado à Assembléia Legislativa por várias vezes como em cargos de importância e de confiança dos altos Poderes do Estado. Serviu de Chefe de Gabinete de vários governadores, destacadamente de Silvério Nery e Antônio Bittencourt. Foi Cônsul do Chile por muitos anos e exerceu o desempenho de Comissões importantes do Estado e Federal. Fundou vários jornais. Concorreu para criar algumas associações culturais e científicas, entre outras a Academia Amazonense de Letras e o Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas. Sua função permanente foi a de Diretor do Departamento dos Correios e Telégrafos no Amazonas, em Juiz de Fora e no Rio de Janeiro, servindo de Diretor Geral por algumas vezes. Não conheci melhor burocrata, sob o ponto de vista de dinamismo e probidade. Com ele, tudo andava na linha. Os seus Relatórios constituem atestados de quanto pode um homem na direção de um serviço imenso, complexo e de enorme pessoal.
Raul de Azevedo aposentou-se nesse Departamento do Serviço Público Federal. Aproveitava suas férias em viagens pela Europa. Era um grande admirador de Paris, onde esteve creio que por três vezes. Como jornalista e publicista foi dos mais ativos. Sua bibliografia conta cerca de 30 obras, fora os folhetos e numerosos artigos de jornais. Vejamos, dentre outros livros, os seguintes: “Doutor Renato”, “Tríplice Aliança”, “Amores de Gente Nova”, “Onde está a felicidade?” “Roseiral”, “Aquela Mulher”, “Amigos e Amigas”, “Senhores e Senhoritas”, “Homens e Livros”, “Alma inquieta das mulheres”, “Aspectos e Sensações”, “Louras do Sul, Morenas do Norte”, “Meu livro de Saudades”. Os livros do escritor, com exceção de dois, pararam na primeira edição.
A Raul de Azevedo não faltavam qualidades para realizar sempre e sempre um bom livro. Não seja por isso que devamos menosprezar um homem que teve, na sua psiquê, a mania absurda, em plena velhice, amor às jovens, ainda que em retrato desnudo, diante de sua banca de trabalho, para achar inspiração para novos romances.
Raul de Azevedo foi casado, por duas vezes. No primeiro casamento com a Sta. Julieta Lessa, de cujo enlace nasceram o Dr. Herbert Lessa de Azevedo, assassinado tragicamente em Coari e a Sta. Marilda Lessa de Azevedo, alta funcionária do Ministério da Fazenda. E no segundo matrimônio com a Sta. Camélia Cruz, com quem teve duas filhas.
Devo reafirmar que o Coronel Raul de Azevedo — assim o chamavam — honesto, culto, trabalhador, morreu pobre, jamais possuindo uma casa própria. Também não foi um perdulário. Amou as jovens, louras e morenas, como amou as flores, os perfumes, o teatro, a música. E partiu para o Oriente Eterno, com saudade desta vida, como se estivesse nos seus vinte anos.
(Agnello Bittencourt. Dicionário amazonense de biografias. Rio de Janeiro, Ed. Conquista, 1973. pp.421-423).
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ENCICLOPÉDIA DE LITERATURA BRASILEIRA (A.COUTINHO & J.GALANTE DE SOUSA):
AZEVEDO, Raul de (São Luís MA, 3 fev. 1875 — Rio de Janeiro, RJ, 29 abr. 1957), romancista, contista, teatrólogo, crítico, ensaísta, conferencista, político, da Acad. Amaz. Letr., Acad. Maranh. Letr., Acad. Cear. Letr., Mina Literária (Belém, PA, 1895- 1899). Pseud.: Iberê, Raulim. BIBL.: Artigos e crônicas. 1896; Ternuras. 1896 (contos); Na rua. 1902 (crôn.); A esmo. 1903 (crôn.); Doutor Renato. 1903 (rom.); Homens e livros. 1903 (crít.); Tríplice aliança. 1907 (rom.); Aspectos e sensações. 1909 (crôn.); Terra a terra. 1909 (crôn.); D’além mar. 1913 (viag.); Vida elegante. 1913 (contos); Amores de gente nova. 1916 (rom.); Confabulações. 1919 (ens.); Onde está a felicidade. 1919 (rom.); Amigos e amigos. 1920 (misc.); A alma inquieta das mulheres. 1924 (confer.); Senhoras e senhorinhas. 1924 (contos); Roseiral. 1932 (rom.); Hora de sol. 1933 (misc.); Aquela mulher 1934 (rom.); Bazar de livros. 1934 (crít.); Meu livro de saudades. 1938 (crôn.); Vida dos outros. 1938; Vida e morte de Stefan Zweig. 1942 (biogr.); Louras do sul, morenas do norte. 1947 (rom.); Terras e homens. 1948 (ens.); Brancos e pretos. 1955 (rom.); Elisabete. 1955 (contos e teatro); Dona Beija. 1957 (ens.). Fundou e dirigiu a rev. Aspectos, Rio de Janeiro. Colab. em periódicos de Manaus, AM, Fortaleza, CE, e Rio de Janeiro. REF.: Albuquerque, Medeiros e. Páginas de crítica. 1920. p. 169-76; Blake Dic., VII, 101; Coutinho Brasil, 1, 118; Ferreira, Carlos. Feituras e feições. 1905. p. 260-3; Inocêncio Dic. XVIII, 341; Lima Estudos, 1, 292; Meneses Dic. , 78; Ribeiro Crítica, III, 289-91; Souza Teatro, II, 93. ICON.: Confabulações. 1919 (do autor); Ilust. Bras., maio/jun. 1957".
As primeiras manifestações de ocupação da região ocorreram através das tropas de resgate que, com objetivo de capturar escravos, invadiram a região à caça dos índigenas. Ao redor do pouso das tropas, constituiam-se os aldeamentos dos índios que em seguida eram pacificados pelos religiosos.
A primeira forma de ocupação da região (cidade de Manaus) aconteceu com tropas de resgate comandadas pelo Cabo Bento Miguel Parente que saiu de São Luíz no Maranhão, em 22 de junho de 1657, acompanhado de dois padres: Francisco Veloso e Manuel Pires. A tropa fixou-se por algum tempo na foz do Rio Tarumã, onde foi fincada uma cruz e como de costume foi rezada uma missa.
Através do decreto de 13 de novembro de 1832, o Lugar da Barra passou a categoria de Vila, já com a denominação de Vila de Manaus, nome que manteria até o dia 24 de outubro de 1848. Com a Lei 145 da Assembléia da Provincial Paraense adquiriu o nome de Cidade da Barra do Rio Negro, em vista da vila ter assumido foros de cidade, cidade de Nossa Senhora da Conceição da Barra do Rio Negro. A 05 de setembro de 1850 foi criada a Província do Amazonas pela Lei Imperial nº 1592, tornando-se a Vila da Barra do Rio Negro. Foi seu primeiro presidente o ilustre João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha, nomeado em 27 de julho de 1851, que instalou oficialmente a nova unidade provincial a 1º de janeiro de 1852, cuja situação de atraso melhorou bastante. Foi criada a Biblioteca Pública. O 1º jornal foi fundado em 05 de setembro, mas sua primeira edição só circulou a 03 de maio de 1851 já com o nome de "Estrêla do Amazonas", de propriedade do cidadão Manuel da Silva Ramos. Tornaram-se ambos, as bases do desenvolvimento da cultura local, junto ao teatro e escolas profissionais (...)".
(http://www.setorzero.com.br/sociedade/index_bele_broque.php)
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