Manaus, golpe de 1898: a gafe medonha do Coronel Raul de Azevedo
 
Com o cabo telegráfico subfluvial escangalhado, não chegou a Manaus a notícia do não-retorno do governador deposto - e o redator-chefe de um jornal noticiou sua chegada triunfal!
 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Somos caboclos guerreiros, descendentes da tribo de Manaós (mãe dos deuses)"
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EFÍGIE DO GUERREIRO AJURICABA, COM TRAÇOS FACIAIS REPRESENTADOS
DA FORMA QUE UM ARTISTA COMPETENTE IMAGINA QUE O GRANDE TUXÁUA
FOI
(SEM A LEGENDA ACIMA LIDA, no Blog do Rocha
 
 
AJURICABA ASSIM SE VÊ)
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto antiga dos primeiros povos de Manaus - Índios

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"A primeira forma de ocupação da região (cidade de Manaus) aconteceu com tropas de resgate comandadas pelo Cabo Bento Miguel Parente que saiu de São Luíz no Maranhão, em 22 de junho de 1657, acompanhado de dois padres: Francisco Veloso e Manuel Pires. A tropa fixou-se por algum tempo na foz do Rio Tarumã, onde foi fincada uma cruz e como de costume foi rezada uma missa".

(http://www.setorzero.com.br/sociedade/index_bele_broque.php)

 

 

 

Muiraquitã    "Muiraquitã (Foto ao lado) é o nome que os índios davam a pequenos objetos, geralmente representando uma rã, trabalhados em pedra de cor verde, jadeíta ou nefrita, podendo existir em outros minerais e de outras cores. Conhecidos desde os tempos da descoberta, foi entre os séculos XVII e XIX que se tornaram mais procurados, sendo atribuídas qualidades de amuleto ou talismã e ainda virtudes terapêuticas. O muiraquitã atraía sorte para os seus possuidores e também curava quase todas as doenças (...)"

(http://www.supridados.com.br/assinantes/pirarara/40.html

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASÃO DE ARMAS DO ESTADO DO AMAZONAS (BRASIL)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASÃO DE ARMAS DA CIDADE DE MANAUS
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARREDORES DA MANAUS ANTIGA: BOSQUE DO TARUMÃ
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS ANTIGA EM REPRESENTAÇÃO PICTÓRICA QUE
ESCAPA DO BRANCO-E-PRETO DAS FOTOS DA ÉPOCA
DO boom ECONÔMICO DA HÉVEA
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
onde se lê:
"Encontro das Águas [RIO NEGRO / RIO SOLIMÕES]Fenômeno natural provocado pela confluência das águas escuras do Rio Negro com as águas barrentas do Rio Solimões, a 10 km de Manaus. Por uma extensão de mais de 6 km, as águas dos dois rios correm lado a lado sem se misturar, até a Ilha de Terra Nova. Esse fenômeno acontece em decorrência da diferença entre a temperatura e densidade das águas e, ainda, à velocidade de suas correntezas: o Rio Negro corre cerca de 2 km/h a uma temperatura de 22°C, enquanto que o Rio Solimões corre de 4 a 6 km/h a uma temperatura de 28°C . É uma das atrações turísticas mais espetaculares de todo o município, muito apreciada por todos".)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
GOVERNADOR FILETO PIRES FERREIRA (1866 - 1917):
INAUGUROU, EM 1896, O TEATRO AMAZONAS,
CUJO INÍCIO DE CONSTRUÇÃO FOI DECIDIDO PELO
GOVERNADOR EDUARDO GONÇALVES RIBEIRO
(O PENSADOR)
 
(SEM A LEGENDA ACIMA REDIGIDA, A FOTO
ILUSTRA ARTIGO DO ENSAÍSTA, POETA E ROMANCISTA
AMAZONENSE ROGEL SAMUEL EM:
 
 
 
 
 
 
 
FOTO: Jair Araújo
onde se pode ler:
"Teatro Amazonas. Com sua construção inicial em 1882, foi inaugurado em 31 de dezembro de 1896, no auge do ciclo econômico da borracha. É o principal patrimônio cultural arquitetônico do Amazonas. O Pano de Boca foi pintado por Crispim do Amaral e a decoração do Salão Nobre pelo italiano Domenico de Angelis. Tombado como patrimônio histórico em 28 de novembro de 1966, com capacidade para 701 pessoas na platéia e nos andares de camarote. Após restauração realizada em 1990, retomou seu apogeu com a realização do Festival Amazonas de Ópera com a apresentação em seu palco de espetáculos clássicos e populares de dança, música e teatro de artistas locais, nacionais e internacionais. Promove visitas guiadas para turistas e comunidades, com personagens de época revendo fatos importantes de sua história.
A cúpula é composta de 36 mil peças de escamas em cerâmica esmaltada e telhas vitrificadas, vindas da Alsácia, adquirida na Casa Koch Frères, em Paris. A pintura ornamental é de Lourenço Machado. O colorido original, em verde, azul e amarelo é uma analogia à bandeira brasileira
".)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
CÚPULA DO TEATRO AMAZONAS, ILUMINADA
FOTO: CHICO BATATA
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
 

 

 

 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RAUL DE AZEVEDO (1875 - 1957): jornalista, escritor
e, no caso agora ventilado, JORNALISTA-FICCIONISTA
 
(SEM A LEGENDA ACIMA ENGENDRADA, A FOTO ESTÁ REPRODUZIDA,
NA WEB, EM:
 
 
 
 
 
 
 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS ANTIGA: POPULARES PARTICIPAM DE ANIMADA FESTIVIDADE,
QUE, COM CERTEZA, NÃO ERA RELATIVA AO RETORNO DO GOVERNADOR,
EM 1898, uma vez que esse vulto da história amazonense VOLTOU, SIM, MAS
PARA BELÉM - a situação política em Manaus estava excessivamente
perigosa (*)
 
(*) - Sobre os eventos da "renúncia" [golpe sem derramamento de
sangue] do governador que inaugurou o T. A., há:
Monteiro, Mário Ypiranga. A Renúncia do dr. Fileto Pires Ferreira. Manaus: Edições Governo do Amazonas (fac-similado), 2001.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"(...) Desde (...) quando começou a época áurea da borracha, o Amazonas não participava com tanta ênfase da política nacional [quanto em março de 2008, quando Helio Fernandes escreveu o artigo]. (Essa opulência levou anos, até que as potências capitalistas, revoltadas com a riqueza que jorrava do Amazonas, fizeram na Malásia [um competitivo e racionalmente im-plantado centro de produção da hévea](...)"  
 
 
 
(HELIO FERNANDES, artigo "Amazonas no centro da política nacional", 12.3.2008, transcrito em Imprensa Popular online [Porto Velho-RO])
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
                    Em memória das seguintes personalidades da história do Amazonas:
                    Manoel Nicolau de Mello,
                    Eduardo Gonçalves Ribeiro,
                    Fileto Pires Ferreira,
                    Ramalho Júnior (José Cardoso Ramalho Júnior),
                    Francisco Públio Ribeiro Bittencourt,
                    Adriano Jorge,
                    Jonathas de Freitas Pedroza,
                    Raul de Azevedo e
                    Ribeiro Júnior (Alfredo Augusto Ribeiro Júnior)
 
 
 
 
 
30.3.2010 - A chegada dos que não vieram - Formidáveis estórias de política regional às vezes se assemelham a anedotas, das boas. O jornalista e escritor (Cel., como era chamado) Raul de Azevedo, que fazia parte do sistema político local, cujo chefe era Fileto Pires Ferreira (o governador que inaugurou o Teatro Amazonas, em 1896), quando houve o golpe que depôs o governador, em 1898, por ser o redator-chefe do jornal Rio Negro, preparou matéria - COM FATOS POR ELE IMAGINADOS - da chegada triunfal de Fileto Pires, nos braços do povo.  Urra e vivas - e o governador retornava ao palácio do governo (na ficção de Azevedo)!  Uma apoteose completa!  O problema é que o governador, no meio do trajeto fluvial de Belém a Manaus, foi informado de que seria melhor não retornar à capital Baré: a vida dele estaria em risco, se ele decidisse pela resistência armada à sua deposição.  Como "cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém", o governador do Amazonas retornou a Belém.  E Raul Azevedo, que já havia escrito - de forma eufórica, possivelmente - os fatos que ele imaginou que efetivamente aconteceriam, publicou, com detalhes coloridos, elogios ao probo e competente homem público e menções a minúcias "acontecíveis" (ISSO SOU EU QUEM ESTÁ INVENTANDO, AGORA, JÁ QUE NÃO LI  A FAMOSA MATÉRIA! [*risos*]) na monumental recepção que o povão manauara teria preparado e alegremente feito, COM MUITO FOGOS DE ARTIFÍCIO e felicidade transbordante. A dignidade do honesto Raul de Azevedo (*), que era um homem de grande fidalguia e cultura, faz com que todas as não-gafes que ele praticou na vida sejam TAMBÉM lembradas, sempre que possível. Mas essa estória, imagino, daqui a mil anos continuará sendo contada e recontada, como aqui se faz agora, com o apoio da descrição abaixo transcrita. F. A. L. Bittencourt ([email protected])
 
(*) - A biografia transcrita ao final é de autoria de meu saudoso avô Agnello Bittencourt. [Além da referida síntese biográfica, há, publicado, um opúsculo com a conferência que A. B. pronunciou no Rio de Janeiro, na Federação das Academias de Letras do Brasil, sobre o honrado Dr. Raul de Azevedo.]
 
 

 "Raul de Azevedo

Bazar dos livros

Andersen - Editores

1934


Livro em brochura original, páginas amareladas pela a ação do tempo, miolo em muito bom estado, capa reeforçado pelo antigo dono, sugerimos ao próximo dono uma encadernação em couro dado o caráter histórico e precioso desta maravilhosa obra. Qualquer dúvida pergunte-nos.

Obra singular que trata dos livros da produtiva época do regionalismo nacional dos anos 30, críticas e cronicas sobre os livros lançados à 
epoca, curiosidades literarias, sobre livros, sobre autores, sobre a época.


Raul de Azevedo nasceu a 3 de fevereiro de 1875, na cidade de S. Luiz do Maranhão, falecendo a 27 de abril de 1957, no Rio de Janeiro, sendo sepultado no Cemitério de São João Batista.

Foram seus pais Belmiro Paes de Azevedo e Francisca Rosa de Brito. Fez seus estudos na cidade natal, não chegando, porém, a realizar nenhum curso de ensino superior. Sua aguda inteligência e contÍnua leitura, baseada em ótima inclinação filosófica, lhe deram uma cultura bem larga e profunda, nos objetivos de sua vida burocrática e literária. Viu, no Amazonas, a estrela polar do seu destino de homem de Sociedade.

Para lá se dirigiu, na qualidade de jornalista, procurando um lugar ao sol. Foi festivamente recebido e, logo, é convidado pelo governo do Capitão Fileto Pires Ferreira para exercer a alta função de Secretário Geral do Estado, cargo esse que lhe permitiu ficar em contacto com o mundo oficial e com a elite da população. Foi o seu ponto de partida numa estrada que teria de per lustrar por mais de 65 anos, ora transitando por cima de flores, ora de espinhos.

Uma das características da compleição moral de Raul de Aze vedo, foi a lealdade posta a prova de fogo nos entrechoques do partidarismo, quando os cameleões da política aproveitam a oportunidade para mudar de cor, procurando saber para onde se inclina o fiel da balança.

Convém realçar esse procedimento das almas nobres, hoje raro, reportando-nos a um episódio de antanho com o qual se concretizou a renúncia de Fileto Pires Ferreira, alijando-o do governo para o qual fora eleito.

Fileto que se achava fora do Estado, uma vez em Belém, sabedor do que se passava em Manaus freta um navio para imediatamente regressar. No meio da viagem é cientificado de que Manaus estava em pé de guerra e ali não desembarcaria. O cabo telegráfico sub-fluvial estava interrompido, no momento. Sabe-se naquela que o navio em que viajava S. Excia. partira para aportar em dia certo, pela manhã. Com receio da aventura, volta a Belém, enquanto que na outra capital, de nada se informa. Raul de Azevedo, Redator-Chefe do "Rio Negro", órgão do seu Partido e do governo alijado, prepara um número especial para a recepção em "hora-certa". Nesse número, havia um noticiário bombástico em que se avisava haver S. Excia. chegado e que girândolas de foguetes estrugiram nos ares, o povo se apinhava no litoral dando vivas a S. Excia. e que o Sr. Dr. F. proferiu um empolgante e comovido discurso de agradecimento, bem assim que o Coronel Ramalho Júnior ainda no Poder fugiu com seus amigos. O "Rio Negro" já havia sido distribuído pela madrugada e pela manhã do "dia certo". Corre o dia todo e nada de S. Excia. Somente à noite é que realmente Manaus foi informada, pela chegada de outra embarcação, do que acontecera. A antecipação do noticiário do órgão oficioso foi um grande "tableau"; gargalhadas se davam na cidade. E Raul de Azevedo, vexadíssimo, teria de conjecturar uma explicação. E achou-a, dizendo, no dia seguinte, em outro jornal, que tudo resultou de um erro dos revisores (como esses auxiliares da imprensa têm as costas largas...); que todos os verbos do noticiário estavam no futuro e que eles, por um descuido, passaram-no para o pretérito perfeito... Esse "dia certo" foi fatídico por ser o último para aquele jornal e para o Partido de Raul. Foi o "canto de cisne" de uma situação do "consumatum est", da qual Campos Salles, então Presidente da República não quiz tomar conhecimento. Esta explicação de um fato escandaloso e deprimente para o Amazonas parece uma pertinência pueril, no meio de uma biografia. Passou para a História e da geração atual, pouca gente a conhece.
Raul de Azevedo caíra de pé. Aparentemente derrotado, para quem o jornalismo não era apenas um ofício, mas um sacerdócio, não ficou desempregado pois sua lealdade ao amigo, foi-lhe uma recomendação.

Entrado na política e no apreço dos homens, fez-se Deputado à Assembléia Legislativa por várias vezes como em cargos de importância e de confiança dos altos Poderes do Estado. Serviu de Chefe de Gabinete de vários governadores, destacadamente de Silvério Nery e Antônio Bittencourt. Foi Cônsul do Chile por muitos anos e exerceu o desempenho de Comissões importantes do Estado e Federal. Fundou vários jornais. Concorreu para criar algumas associações culturais e científicas, entre outras a Academia Amazonense de Letras e o Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas. Sua função permanente foi a de Diretor do Departamento dos Correios e Telégrafos no Amazonas, em Juiz de Fora e no Rio de Janeiro, servindo de Diretor Geral por algumas vezes. Não conheci melhor burocrata, sob o ponto de vista de dinamismo e probidade. Com ele, tudo andava na linha. Os seus Relatórios constituem atestados de quanto pode um homem na direção de um serviço imenso, complexo e de enorme pessoal.

Raul de Azevedo aposentou-se nesse Departamento do Serviço Público Federal. Aproveitava suas férias em viagens pela Europa. Era um grande admirador de Paris, onde esteve creio que por três vezes. Como jornalista e publicista foi dos mais ativos. Sua bibliografia conta cerca de 30 obras, fora os folhetos e numerosos artigos de jornais. Vejamos, dentre outros livros, os seguintes: "Doutor Renato", "Tríplice Aliança", "Amores de Gente Nova", "Onde está a felicidade?", "Roseiral", "Aquela Mulher", "Amigos e Amigas", "Senhores e Senhoritas", "Homens e Livros", "Alma inquieta das mulheres", "Aspectos e Sensações", "Louras do Sul, Morenas do Norte", "Meu livro de Saudades". Os livros do escritor, com exceção de dois, pararam na primeira edição.

A Raul de Azevedo não faltavam qualidades para realizar sempre e sempre um bom livro. Não seja por isso que devamos menosprezar um homem que teve, na sua psiquê, a mania absurda, em plena velhice, amor às jovens, ainda que em retrato desnudo, diante de sua banca de trabalho, para achar inspiração para novos romances.

Raul de Azevedo foi casado, por duas vezes. No primeiro casamento com a Sta. Julieta Lessa, de cujo enlace nasceram o Dr. Herbert Lessa de Azevedo, assassinado tragicamente em Coari e a Sta. Marilda Lessa de Azevedo, alta funcionária do Ministério da Fazenda. E no segundo matrimônio com a Sta. Camélia Cruz, com quem teve duas filhas.

Devo reafirmar que o Coronel Raul de Azevedo - assim o chamavam - honesto, culto, trabalhador, morreu pobre, jamais possuindo uma casa própria. Também não foi um perdulário. Amou as jovens, louras e morenas, como amou as flores, os perfumes, o teatro, a música. E partiu para o Oriente Eterno, com saudade desta vida, como se estivesse nos seus vinte anos.

AZEVEDO, Raul de
(São Luís MA, 3 fev. 1875 - Rio de Janeiro, RJ, 29 abr. 1957), romancista, contista, teatrólogo, crítico, ensaísta, conferencista, político, da Acad. Amaz. Letr., Acad. Maranh. Letr., Acad. Cear. Letr., Mina Literária (Belém, PA, 1895- 1899). Pseud.: Iberê, Raulim.

BIBL.: Artigos e crônicas. 1896; Ternuras. 1896 (contos); Na rua. 1902 (crôn.); A esmo. 1903 (crôn.); Doutor Renato. 1903 (rom.); Homens e livros. 1903 (crít.); Tríplice aliança. 1907 (rom.); Aspectos e sensações. 1909 (crôn.); Terra a terra. 1909 (crôn.); D'além mar. 1913 (viag.); Vida elegante. 1913 (contos); Amores de gente nova. 1916 (rom.); Confabulações. 1919 (ens.); Onde está a felicidade. 1919 (rom.); Amigos e amigos. 1920 (misc.); A alma inquieta das mulheres. 1924 (confer.); Senhoras e senhorinhas. 1924 (contos); Roseiral. 1932 (rom.); Hora de sol. 1933 (misc.); Aquela mulher 1934 (rom.); Bazar de livros. 1934 (crít.); Meu livro de saudades. 1938 (crôn.); Vida dos outros. 1938; Vida e morte de Stefan Zweig. 1942 (biogr.); Louras do sul, morenas do norte. 1947 (rom.); Terras e homens. 1948 (ens.); Brancos e pretos. 1955 (rom.); Elisabete. 1955 (contos e teatro); Dona Beija. 1957 (ens.).

Fundou e dirigiu a rev. Aspectos, Rio de Janeiro. Colab. em periódicos de Manaus, AM, Fortaleza, CE, e Rio de Janeiro.

REF.: Albuquerque, Medeiros e. Páginas de crítica. 1920. p. 169-76; Blake Dic., VII, 101; Coutinho Brasil, 1, 118; Ferreira, Carlos. Feituras e feições. 1905. p. 260-3; Inocêncio Dic. XVIII, 341; Lima Estudos, 1, 292; Meneses Dic. , 78; Ribeiro Crítica, III, 289-91; Souza Teatro, II, 93. ICON.: Confabulações. 1919 (do autor); Ilust. Bras., maio/jun. 1957.

(http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-104813724-bazar-de-livros-raul-de-azevedo-maranho-regionalismo-1930-_JM

 

 

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"Sábado, 16 de fevereiro de 2008

 

RAUL DE AZEVEDO

 

RAUL DE AZEVEDO - Agnello Bittencourt

Raul de Azevedo nasceu a 3 de fevereiro de 1875, na cidade de S. Luiz do Maranhão, falecendo a 27 de abril de 1957, no Rio de Janeiro, sendo sepultado no Cemitério de São João Batista.
Foram seus pais Belmiro Paes de Azevedo e Francisca Rosa de Brito. Fez seus estudos na cidade natal, não chegando, porém, a realizar nenhum curso de ensino superior. Sua aguda inteligência e contÍnua leitura, baseada em ótima inclinação filosófica, lhe deram uma cultura bem larga e profunda, nos objetivos de sua vida burocrática e literária. Viu, no Amazonas, a estrela polar do seu destino de homem de Sociedade.
Para lá se dirigiu, na qualidade de jornalista, procurando um lugar ao sol. Foi festivamente recebido e, logo, é convidado pelo governo do Capitão Fileto Pires Ferreira para exercer a alta função de Secretário Geral do Estado, cargo esse que lhe permitiu ficar em contacto com o mundo oficial e com a elite da população. Foi o seu ponto de partida numa estrada que teria de per lustrar por mais de 65 anos, ora transitando por cima de flores, ora de espinhos.
Uma das características da compleição moral de Raul de Azevedo, foi a lealdade posta a prova de fogo nos entrechoques do partidarismo, quando os cameleões da política aproveitam a oportunidade para mudar de cor, procurando saber para onde se inclina o fiel da balança.
Convém realçar esse procedimento das almas nobres, hoje raro, reportando-nos a um episódio de antanho com o qual se concretizou a renúncia de Fileto Pires Ferreira, alijando-o do governo para o qual fora eleito.
Fileto que se achava fora do Estado, uma vez em Belém, sabedor do que se passava em Manaus freta um navio para imediatamente regressar. No meio da viagem é cientificado de que Manaus estava em pé de guerra e ali não desembarcaria. O cabo telegráfico sub-fluvial estava interrompido, no momento. Sabe-se naquela que o navio em que viajava S. Excia. partira para aportar em dia certo, pela manhã. Com receio da aventura, volta a Belém, enquanto que na outra capital, de nada se informa. Raul de Azevedo, Redator-Chefe do “Rio Negro”, órgão do seu Partido e do governo alijado, prepara um número especial para a recepção em “hora-certa”. Nesse número, havia um noticiário bombástico em que se avisava haver S. Excia. chegado e que girândolas de foguetes estrugiram nos ares, o povo se apinhava no litoral dando vivas a S. Excia. e que o Sr. Dr. F. proferiu um empolgante e comovido discurso de agradecimento, bem assim que o Coronel Ramalho Júnior ainda no Poder fugiu com seus amigos. O “Rio Negro” já havia sido distribuído pela madrugada e pela manhã do “dia certo”. Corre o dia todo e nada de S. Excia. Somente à noite é que realmente Manaus foi informada, pela chegada de outra embarcação, do que acontecera. A antecipação do noticiário do órgão oficioso foi um grande “tableau”; gargalhadas se davam na cidade. E Raul de Azevedo, vexadíssimo, teria de conjecturar uma explicação. E achou-a, dizendo, no dia seguinte, em outro jornal, que tudo resultou de um erro dos revisores (como esses auxiliares da imprensa têm as costas largas...); que todos os verbos do noticiário estavam no futuro e que eles, por um descuido, passaram-no para o pretérito perfeito... Esse “dia certo” foi fatídico por ser o último para aquele jornal e para o Partido de Raul. Foi o “canto de cisne” de uma situação do “consumatum est”, da qual Campos Salles, então Presidente da República não quiz tomar conhecimento. Esta explicação de um fato escandaloso e deprimente para o Amazonas parece uma pertinência pueril, no meio de uma biografia. Passou para a História e da geração atual, pouca gente a conhece.
Raul de Azevedo caíra de pé. Aparentemente derrotado, para quem o jornalismo não era apenas um ofício, mas um sacerdócio, não ficou desempregado pois sua lealdade ao amigo, foi-lhe uma recomendação.
Entrado na política e no apreço dos homens, fez-se Deputado à Assembléia Legislativa por várias vezes como em cargos de importância e de confiança dos altos Poderes do Estado. Serviu de Chefe de Gabinete de vários governadores, destacadamente de Silvério Nery e Antônio Bittencourt. Foi Cônsul do Chile por muitos anos e exerceu o desempenho de Comissões importantes do Estado e Federal. Fundou vários jornais. Concorreu para criar algumas associações culturais e científicas, entre outras a Academia Amazonense de Letras e o Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas. Sua função permanente foi a de Diretor do Departamento dos Correios e Telégrafos no Amazonas, em Juiz de Fora e no Rio de Janeiro, servindo de Diretor Geral por algumas vezes. Não conheci melhor burocrata, sob o ponto de vista de dinamismo e probidade. Com ele, tudo andava na linha. Os seus Relatórios constituem atestados de quanto pode um homem na direção de um serviço imenso, complexo e de enorme pessoal.
Raul de Azevedo aposentou-se nesse Departamento do Serviço Público Federal. Aproveitava suas férias em viagens pela Europa. Era um grande admirador de Paris, onde esteve creio que por três vezes. Como jornalista e publicista foi dos mais ativos. Sua bibliografia conta cerca de 30 obras, fora os folhetos e numerosos artigos de jornais. Vejamos, dentre outros livros, os seguintes: “Doutor Renato”, “Tríplice Aliança”, “Amores de Gente Nova”, “Onde está a felicidade?” “Roseiral”, “Aquela Mulher”, “Amigos e Amigas”, “Senhores e Senhoritas”, “Homens e Livros”, “Alma inquieta das mulheres”, “Aspectos e Sensações”, “Louras do Sul, Morenas do Norte”, “Meu livro de Saudades”. Os livros do escritor, com exceção de dois, pararam na primeira edição.
A Raul de Azevedo não faltavam qualidades para realizar sempre e sempre um bom livro. Não seja por isso que devamos menosprezar um homem que teve, na sua psiquê, a mania absurda, em plena velhice, amor às jovens, ainda que em retrato desnudo, diante de sua banca de trabalho, para achar inspiração para novos romances.
Raul de Azevedo foi casado, por duas vezes. No primeiro casamento com a Sta. Julieta Lessa, de cujo enlace nasceram o Dr. Herbert Lessa de Azevedo, assassinado tragicamente em Coari e a Sta. Marilda Lessa de Azevedo, alta funcionária do Ministério da Fazenda. E no segundo matrimônio com a Sta. Camélia Cruz, com quem teve duas filhas.
Devo reafirmar que o Coronel Raul de Azevedo — assim o chamavam — honesto, culto, trabalhador, morreu pobre, jamais possuindo uma casa própria. Também não foi um perdulário. Amou as jovens, louras e morenas, como amou as flores, os perfumes, o teatro, a música. E partiu para o Oriente Eterno, com saudade desta vida, como se estivesse nos seus vinte anos.
(Agnello Bittencourt. Dicionário amazonense de biografias. Rio de Janeiro, Ed. Conquista, 1973. pp.421-423).
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ENCICLOPÉDIA DE LITERATURA BRASILEIRA (A.COUTINHO & J.GALANTE DE SOUSA):
AZEVEDO, Raul de (São Luís MA, 3 fev. 1875 — Rio de Janeiro, RJ, 29 abr. 1957), romancista, contista, teatrólogo, crítico, ensaísta, conferencista, político, da Acad. Amaz. Letr., Acad. Maranh. Letr., Acad. Cear. Letr., Mina Literária (Belém, PA, 1895- 1899). Pseud.: Iberê, Raulim. BIBL.: Artigos e crônicas. 1896; Ternuras. 1896 (contos); Na rua. 1902 (crôn.); A esmo. 1903 (crôn.); Doutor Renato. 1903 (rom.); Homens e livros. 1903 (crít.); Tríplice aliança. 1907 (rom.); Aspectos e sensações. 1909 (crôn.); Terra a terra. 1909 (crôn.); D’além mar. 1913 (viag.); Vida elegante. 1913 (contos); Amores de gente nova. 1916 (rom.); Confabulações. 1919 (ens.); Onde está a felicidade. 1919 (rom.); Amigos e amigos. 1920 (misc.); A alma inquieta das mulheres. 1924 (confer.); Senhoras e senhorinhas. 1924 (contos); Roseiral. 1932 (rom.); Hora de sol. 1933 (misc.); Aquela mulher 1934 (rom.); Bazar de livros. 1934 (crít.); Meu livro de saudades. 1938 (crôn.); Vida dos outros. 1938; Vida e morte de Stefan Zweig. 1942 (biogr.); Louras do sul, morenas do norte. 1947 (rom.); Terras e homens. 1948 (ens.); Brancos e pretos. 1955 (rom.); Elisabete. 1955 (contos e teatro); Dona Beija. 1957 (ens.). Fundou e dirigiu a rev. Aspectos, Rio de Janeiro. Colab. em periódicos de Manaus, AM, Fortaleza, CE, e Rio de Janeiro. REF.: Albuquerque, Medeiros e. Páginas de crítica. 1920. p. 169-76; Blake Dic., VII, 101; Coutinho Brasil, 1, 118; Ferreira, Carlos. Feituras e feições. 1905. p. 260-3; Inocêncio Dic. XVIII, 341; Lima Estudos, 1, 292; Meneses Dic. , 78; Ribeiro Crítica, III, 289-91; Souza Teatro, II, 93. ICON.: Confabulações. 1919 (do autor); Ilust. Bras., maio/jun. 1957".
 
(http://literaturarogelsamuel.blogspot.com/2008_02_01_archive.html)
 
 
 
 
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Foto Antiga de Manaus - próximo a Igeja da Matris
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
   
 
 
 
MANAUS na época áurea da borracha: COMÉRCIO VAREJISTA PRÓSPERO 
E "congestionamento" DE CARROÇAS (*) NAS VIAS PÚBLICAS
 
 
(Sem a legenda acima lida, a foto do comércio cujo proprietário era
o Comendador - nascido em Portugal - J. G. ARAÚJO está, na Web, em:
 
 
(*) - SOBRE OS PRIMEIROS AUTOMÓVEIS EM MANAUS - citadas as suas
respectivas marcas -, HÁ INFORMAÇÕES EM:
Bittencourt, Agnello. Fundação de Manaus: pródromos e sequências (2 edições).
 
OBS. - É COMUM, ENTRE ESCRITORES DE ROMANCES, QUE MARCAS DE
FÁBRICA NÃO SEJAM CITADAS, UMA VEZ QUE SUA MENÇÃO PODE EVOCAR
merchandising, PROPAGANDA PAGA E ASSIM POR DIANTE. Ocorre que, da
mesma forma que hoje é difícil não citar marcas como Coca-Cola, Volkswagen
e outras, HAVIA CONSUMO DE MARCAS (AS COMUNS E AS DE PRODUTOS DE
LUXO) NA MANAUS DO FINAL DO SÉC. XIX E INÍCIO DO SÉC. XX. ATENTO A ESSA
EVIDÊNCIA, O GRANDE ESCRITOR AMAZONENSE ROGEL SAMUEL, NA SEQUÊNCIA
A UMA PESQUISA EM PROFUNDIDADE - NA QUAL APROXIMADAMENTE UMA CENTENA
DE TÍTULOS CONCERNENTES FORAM ESTUDADOS (como informa o verbete atinente
da Wikipédia), CITA MUITAS MARCAS DE FÁBRICA, NO NOTÁVEL ROMANCE O amante
das amazonas (Belo Horizonte: Itatiaia, 2005). ESSE PROCEDIMENTO DÁ AO ROMANCE
UM FORMIDÁVEL SABOR DE LIBERAÇÃO: aquela censura dos escritores relativamente
a não citar marcas, não existe no citado livro do Prof. Rogel - ele as cita, generosamente -,
aumentando NÃO EXATAMENTE A VEROSSIMILHANÇA DO TEXTO, mas a intimidade no
trato das coisas que circulavam naquela época - E QUE ERAM MUITO COMENTADAS.
Ora, se falamos muito em "Coca-Cola", "vou beber o guaraná da Antárctica" ou "quero meu
suco de caju Maguari", por que não citar livremente tais "rótulos" em obras literárias maiores? Evidentemente, deve-se levar em consideração que várias marcas citadas por R. Samuel hoje
em dia não estão mais em circulação, como no caso da famosa cerveja XPTO, do Amazonas -
e de produtos europeus e norte-americanos que não mais são fabricados. F.A.L.B.
 
 
 
 
"(...) Povoamento

As primeiras manifestações de ocupação da região ocorreram através das tropas de resgate que, com objetivo de capturar escravos, invadiram a região à caça dos índigenas. Ao redor do pouso das tropas, constituiam-se os aldeamentos dos índios que em seguida eram pacificados pelos religiosos.

A primeira forma de ocupação da região (cidade de Manaus) aconteceu com tropas de resgate comandadas pelo Cabo Bento Miguel Parente que saiu de São Luíz no Maranhão, em 22 de junho de 1657, acompanhado de dois padres: Francisco Veloso e Manuel Pires. A tropa fixou-se por algum tempo na foz do Rio Tarumã, onde foi fincada uma cruz e como de costume foi rezada uma missa.

Cidade da Barra do Rio Negro

Através do decreto de 13 de novembro de 1832, o Lugar da Barra passou a categoria de Vila, já com a denominação de Vila de Manaus, nome que manteria até o dia 24 de outubro de 1848. Com a Lei 145 da Assembléia da Provincial Paraense adquiriu o nome de Cidade da Barra do Rio Negro, em vista da vila ter assumido foros de cidade, cidade de Nossa Senhora da Conceição da Barra do Rio Negro. A 05 de setembro de 1850 foi criada a Província do Amazonas pela Lei Imperial nº 1592, tornando-se a Vila da Barra do Rio Negro. Foi seu primeiro presidente o ilustre João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha, nomeado em 27 de julho de 1851, que instalou oficialmente a nova unidade provincial a 1º de janeiro de 1852, cuja situação de atraso melhorou bastante. Foi criada a Biblioteca Pública. O 1º jornal foi fundado em 05 de setembro, mas sua primeira edição só circulou a 03 de maio de 1851 já com o nome de "Estrêla do Amazonas", de propriedade do cidadão Manuel da Silva Ramos. Tornaram-se ambos, as bases do desenvolvimento da cultura local, junto ao teatro e escolas profissionais (...)".

(http://www.setorzero.com.br/sociedade/index_bele_broque.php) 

 

 

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O ROMANCE O AMANTE DAS AMAZONAS, da segunda geração

do pós-modernismo brasileiro, DO ESCRITOR E TEÓRICO

DA LITERATURA (NASC. EM MANAUS, EM 1943) ROGEL SAMUEL

[http://pt.wikipedia.org/wiki/Rogel_Samuel]:  MARCAS DE FÁBRICA

DO FINAL DO SÉCULO XIX E INÍCIO DO SÉCULO XX SÃO MENCIONADAS

NESSA OBRA DE FUNDAÇÃO EXPERIMENTAL/REGIONAL (mas

não regionalista), contribuindo na contextualização das ações que

se desenvolvem no Amazonas rico da época do boom da borracha, 

com a posterior débacle, cujo início aconteceu, segundo vários historiadores,

aproxidamente em 1912, com a concorrência da vertiginosa produção

asiática da hévea, patrocinada pela Inglaterra, com sementes biopirateadas

da Amazônia Brasileira

(SÓ A REPRODUÇÃO DA IMAGEM DA CAPA DO LIVRO CLÁSSICO DA LITERATURA

SOBRE O AMAZONAS:

http://literaturarogelsamuel.blogspot.com/2008/08/leitura-de-neuza-machado.html