Maldição terrível se abateu sobre os ladrões da Jules Rimet

Jogadores a trouxeram, cartolas não a protegeram e ladrões a derreteram.

  

  

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://media.cineminha.com.br/posters/assalto-ao-trem-pagador.jpg)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O FAMOSO SÚDITO INGLÊS DE SUA MAJESTADE A

RAINHA ELIZABETH II, O ASSALTANTE DE TREM

RONNIE BIGGS -

RONALD ARTHUR BIGGS (nasc. em Londres, em 1929) -,

MENOS JOVEM E JÁ BEM GRISALHO, EXIBE CARTAZ DE 

PROCURADO, COM FOTO GRANDE EM BRANCO-E-PRETO

DA EFÍGIE DE RONALD ARTHUR BIGGS QUANDO ERA

JOVEM CRIMINOSO E, COM CABELOS AINDA COMPLETAMENTE

NEGROS, TINHA UM PLANO SINISTRO DE ASSALTO FABULOSO,

QUE ACABOU, JUNTO COM SEUS COMPARSAS, EFETIVAMENTE

EXECUTANDO NA INGLATERRA, EM 1963 (ASSALTO AO TREM

POSTAL, EM BUCKINGHAMSHIRE)

(http://gutegomes.wordpress.com/2009/07/28/por-onde-anda-ronald-biggs/)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://adsoftheworld.com/media/print/penguin_books_travel_with_words_paris)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://www.madcap.com.br/2007/10/)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PISA (ITÁLIA), à noite: cidade onde Meneghetti, o ladrão mais famoso do Brasil - ou

imigrado para o Brasil -, nasceu

(Só a foto, sem a legenda acima regidigida:

http://www.imotion.com.br/imagens/details.php?image_id=1335)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"UM BARÃO": CÉDULAS CONSTITUEM O OBJETO DO DESEJO DOS LADRÕES,

ALÉM DE JÓIAS, RELÓGIOS CAROS, TELAS DE ARTE, AUTOMÓVEIS E TUDO

AQUILO QUE INTERESSA, para compra, AO RECEPTADOR DE OBJETOS ROUBADOS

(http://www.caetano.eng.br/crashcomputer/?m=200303)

 

 

 

 

(http://judsoncanto.wordpress.com/2010/04/13/acordo-de-cavalheiros/)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

GINO AMLETO MENEGHETTI (Pisa, Região da Toscana, Itália, 1878 - São Paulo,

Estado de São Paulo, Brasil, 1976, falecido aos 97 anos de idade [quase 98]),  

o ventanista mais famoso do Brasil

(Só a imagem de capa de livro biográfico: http://www.almanaquebrasil.com.br/letras-do-brasil/gatuno-salta-dos-telhados-para-as-paginas-de-livro/)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O LENDÁRIO MENEGHETTI: sabia como entrar em

mansões luxuosas para recolher objetos de valor e

cédulas de dinheiro que não lhe pertenciam

(Só as duas fotos, sem a legenda acima elaborada:

http://aochiadobrasileiro.webs.com/Cronologia/cronologia1926.htm,

onde se lê:

"Meneghetti e seus disfarces, ao ser preso pela polícia de São Paulo em junho de 1926")

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MENEGHETTI JÁ IDOSO, PRESO E CONTRARIADO:

de que ri o obscuro policial que, com algum constrangimento

por estar diante de celebridade do crime, caricatamente

finge que acha graça, no segundo plano da fotografia?

(Sem a legenda lida logo acima: http://boitempoeditorial.wordpress.com/2010/01/26/lancamento-meneghetti-o-gato-dos-telhados/)

 

 

 

(http://raphaelgnipper.wordpress.com/2009/01/12/com-licencaisso-e-um-assalto/)

 

 

 

Ronnie_Biggs_1298571c

 BIGGS PRESO

(http://gutegomes.wordpress.com/2009/07/28/por-onde-anda-ronald-biggs/

 

 

 

 

"(...) O roubo [DA TAÇA JULES RIMET, EM 1983] causou comoção nacional, mas tanto a CBF quanto os assaltantes e a polícia deram provas inequívocas de incompetência em situações que beiraram o tragicômico.
- A começar pela inexplicável decisão da CBF de deixar a Taça Jules Rimet original – uma peça de 30 cm de altura, pesando quatro quilos, dos quais 1,80 kg de ouro puro – exposta em uma vitrine à prova de balas na sede da entidade, enquanto uma réplica do troféu era guardada dentro de um cofre. Não demorou para que essa informação chegasse ao conhecimento de Sérgio Pereira Ayres, na época o representante do clube Atlético Mineiro. Ele traçou um plano do roubo e recrutou dois comparsas para executá-lo: Francisco José Rocha Rivera, o “Barbudo”, e José Luiz Vieira da Silva, o “Bigode”. Eles invadiram o prédio, renderam o vigia noturno, arrombaram a moldura e roubaram a Julio Rimet, além de outras três taças
. (...)"

(MEMÓRIA GLOBO - TV GLOBO, Programa Linha Direta Justiça,

http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/0,27723,GYN0-5273-237676,00.html)

 

 

 

"O CRIME NÃO COMPENSA"

(DITADO POPULAR, "moral da estória" DE

INCONTÁVEIS FÁBULAS ANTIGAS E MODERNAS)

 

 

"(...) Em 1947 [RONALD BIGGS] se alistou na RAF, mas foi dispensado com desonra em 1949

por deserção. (...)"

(VERBETE 'Ronald Biggs' da Wikipédia, versão em idioma português,

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ronald_Biggs)

 

 

 

 

 

 

 

                                                Homenageando o Dr. João Havelange,

                                                que não deixou que ladrões boçais levassem a taça

                                                quando foi presidente da CBD, e agradecendo ao Léo,

                                                responsável pelo blog FUTEBOL MEMÓRIA,

                                                como ao jornalista Levi de Moura, que também sabe de

                                                detalhes do evento que tanto envergonhou patriotas

                                                brasileiros

 

 

 

 

23.6.2010 - Tem gente que não pronuncia o nome do dirigente máximo do futebol brasileiro que conseguiu permitir que a taça Jules Rimet fosse furtada da sede da CBF, antiga CBD - Dizem que dá azar dizer ou escrever o nome dele - e a maldição que se abateu sobre a cabeça de cada ladrão da Jules Rimet demonstra que não se devem ferir símbolos sagrados de um povo sofrido e trabalhador. F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

LÉO, DO BLOG FUTEBOL MEMÓRIA, REDIGIU OU TRANSCREVEU

 

 

"Quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

 
FATO HISTÓRICO
 
O ROUBO DA TAÇA JULES RIMET
 
 
 
Em 1983, a taça do tri campeonato mundial foi roubada da sede da CBF, para vergonha nacional. Os ladrões achavam que tinham conseguido arranjar dinheiro fácil. Não imaginavam que, todos, sem exceção, estavam se metendo numa estranha história com mortes, prisões, torturas e humilhações.
Durante um jogo de baralho num Bar de Santo Cristo, bairro na zona portuária do Rio de Janeiro, Sérgio Pereira Ayres, o Peralta, tentou convencer Antônio Setta, sujeito afeito a pequenos furtos, a participar de um roubo. Não seria um crime comum. O objetivo era pegar a Taça Jules Rimet e seu 1,8 quilos de ouro. Gerente de Banco e dizendo-se representante do Atlético Mineiro (fato negado pelo clube), Peralta conhecia o prédio da entidade, no centro do Rio de Janeiro. Sabia também que havia duas taças. A réplica, guardada num cofre, e a original, exposta na sala de troféus. Como pareciam especialistas em idiotices, os cartolas mandaram fazer uma caixa de vidro à prova de balas, mas com o fundo preso na parede com pregos.
 
Mas, Antônio Setta recusou a cantada. Lembrou do irmão que morreu de infarto na final da Copa de 1970. Dois meses depois, a noticia sobre o roubo da taça se espalhou pelo país. Ao encontrar um policial numa roda de jogo, Setta passou a bola. Ele contou que Peralta planejara o serviço. Peralta tinha 35 anos na época, era solteiro e morava em Santo Cristo. E foi na mesa de carteado, onde Setta recusara o convite, que Peralta encontrou os dois cúmplices de que precisava: José Luiz Vieira da Silva, o Luiz Bigode, e Francisco José Rocha Rivera, o Chico Barbudo. Bigode era decorador e Chico Barbudo fazia bicos comprando e vendendo ouro.
 
Na noite de 19 de dezembro de 1983, Barbudo e Bigode, seguindo orientação de Peralta, roubaram a Taça Jules Rimet da sede da CBF. Na véspera, o futebol entrara de férias pelo país afora. A noite de segunda feira, tinha tudo para ser bem calma na rotina de João Batista Maia, vigiado prédio da Confederação Brasileira de Futebol, na rua da Alfândega, 70, no centro do Rio. Por volta das 21 horas, tudo mudou. Dois homens renderam o vigia Maia, que foi amordaçado, amarrado e teve os olhos vendados com esparadrapo. De posse das chaves das salas, os dois ladrões subiram aos 9º andar, onde ficava a Taça. Ela estava protegida por uma caixa de vidro à prova de balas, mas com o fundo pregado na parede. Um pé de cabra resolveu a questão. Barbudo e Bigode pegaram a Jules Rimet, mais outras três taças e fugiram. A ação não durou mais que 20 minutos. Ambos teriam se encontrado com Sérgio Peralta, autor intelectual do crime, e, em data incerta até hoje, repassaram o troféu para Juan Carlos Hernandes, dono de uma loja de comércio de ouro. No seu escritório, Hernandes tinha o equipamento necessário para derreter a taça. Mas ele só podia fundir no máximo 250 gramas por vez. O jeito foi cortar a Jules Rimet em pedaços. Assim foi feito numa operação que durou menos de sete horas. Derretida, a taça virou barras de ouro e desapareceu para sempre.
 
Sob pressão de seus superiores, que queriam a solução rápida de um caso com repercussão mundial, os policiais ficaram entusiasmados quando Setta denunciou Peralta. No dia 25 de janeiro de 1984, Peralta foi preso quando andava na Avenida Beira Mar, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele teve seu rosto coberto por um capuz, jogado no chão de um carro e levado para um lugar desconhecido onde ficou três dias sem comer. Foi torturado. Peralta, Bigode e Barbudo, mentor e executores foram presos. Mas, onde estava a taça? Com eles não estava. Havia, portanto, um receptor na história, alguém que ficara com a mercadoria roubada. Em fevereiro de 1984, doze policiais invadiram uma loja de comércio de ouro, no centro do Rio. Curiosamente, um mês antes , o estabelecimento mudara a razão social para o sugestivo nome de “Aurimet”, que, numa leitura livre, podia ser a combinação de “AURI” (prefixo de ouro), e “RIMET” (de Jules Rimet). O nome antigo era J. C. Hernandes, de Juan Carlos Hernandes, o argentino que costumava negociar com Chico Barbudo e que fora acusado por este de ter ficado com o troféu. Na verdade, ninguém tinha mais a taça do tri. Ele fora cortada, derretida e passada para frente. Acabara.
 
Depois de alguns meses na prisão, em 1984, o quarteto passou a acompanhar o processo em liberdade. Em 1988, veio a sentença. Para Peralta, o mentor, cinco anos de cadeia. Para os ladrões, seis anos. Para o receptor, três anos. Logo após o anúncio, o quarteto desapareceu. Peralta somente foi preso em 1994, em Cabo Frio. Foi para o presidio Esmeraldino Bandeira, em Bangú. Em setembro de 1998 ganhou liberdade condicional. Chico Barbudo não ficou muito tempo foragido. No dia 28 de setembro de 1989, ele foi assassinado num bar, em Santo Cristo. Em dezembro de 1985, Antônio Setta, o alcaguete, sofreu um acidente e carro fatal, próximo à Lagoa Rodrigo de Freitas. Setta tinha uma audiência no tribunal naquela semana. Luiz Bigode foi capturado pela Policia em 1995. Passou três anos trancafiado em Bangú e, em 1998 vivia em regime semi aberto na Colônia Agrícola de Magé.
Preso por policiais ao desembarcar na Rodoviária de São Paulo, Juan Carlos Hernandes, foi reconhecido pelo delegado Marcelo Itagiba da Divisão de Repressão e Entorpecentes da Policia Federal. Hernandes se juntou ao destino dos seus outros três comparsas no crime. Nenhum ficou rico, todos perderam o que tinham na época do escândalo e garantem ter sido torturados pela policia. Um deles morreu assassinado. Outro cumpre pena na Colônia Agrícola de Magé, no Rio de Janeiro. Hernandes foi transferido para uma cela com outros 27 presos na Politer carioca. O quarto acusado de ser o mentor do sumiço, vive hoje em liberdade condicional, mas sabe que uma espécie de maldição persegue os envolvidos no escândalo.