[Flávio Bittencourt]

Lugares perigosos do Rio (2)

A Barreira do Vasco.

 

 

 

 

 

"Homem é suspeito de estuprar a filha de quatro anos

Mãe da vítima flagrou a violência sexual e foi à delegacia

Do R7 | 01/03/2012 às 15h59

Um homem é suspeito de estuprar a própria filha de quatro anos na favela da Barreira do Vasco, zona norte do Rio. Um garoto de cinco anos também teria sofrido agressões.

Na noite de quarta-feira (29), a mãe da menina flagrou a violência sexual e levou a criança para um hospital da região, onde ela foi medicada.

Os PMs encaminharam a responsável pela vítima e o menino de cinco anos para a delegacia. O pai da menor também teria agredido fisicamente o garoto e as crianças já teriam sofrido violência sexual outras vezes.

O homem estava em liberdade condicional e cumpria pena por porte ilegal de armas."

(http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/homem-e-suspeito-de-estuprar-a-filha-de-quatro-anos-20120301.html)

 

 

 

 

"COMO A BARREIRA DO VASCO RECEBEU UMA UPP,

ELA, FELIZMENTE, FICOU MENOS VIOLENTA; DE QUALQUER

FORMA, AINDA HOJE, QUANDO SE OUVE FALAR DE LUGARES

COMO BARREIRA DO VASCO, INVERNADA DE OLARIA -

que nome sombrIo...  [REFIRO-ME APENAS AO NOME

invernada, JÁ QUE OLARIA LEMBRA O BELO CINE OLARIA],

CRUZADA SÃO SEBASTIÃO E OUTROS, O QUE ME VEM À MENTE É

VIOLÊNCIA E MAL-VIVER"

 

(O resp... C R...   )

 

 

 

 

 

21.1.2013 - Lugares perigosos do Rio (2) - A famosa favela Barreira do Vasco.  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

 

"Barreira do Vasco Aguarda Morar Carioca Visando Melhoria no Saneamento

Barreira do Vasco's main square, with sign advertising the community's upgradingMoradores da primeira favela de São Cristóvão, Barreira do Vasco, visam a participação comunitária, melhorias no saneamento e no fornecimento de eletricidade – e um processo sem remoções – durante as obras do Programa de urbanização de favelas Morar Carioca, sendo a Barreira do Vasco uma das primeiras favelas a se beneficiar pelo Programa.

Localizado junto ao Estádio de futebol do time Vasco da Gama, do qual a comunidade tem o nome, Barreira do Vasco foi a primeira favela no bairro histórico de São Cristóvão e será uma das primeiras favelas na cidade a receber o Morar Carioca, o programa da Prefeitura para a urbanização das favelas.

Com 20 mil habitantes e cerca de 100 empresas, Barreira do Vasco é uma vibrante comunidade plana, no coração de São Cristóvão, perto da famosa Feira de São Cristóvão e da Avenida Brasil. Embora a comunidade permaneça sob o controle do tráfico, a Barreira do Vasco não sofre o mesmo nível de conflitos violentos como outras favelas da Zona Norte sob o controle do tráfico de drogas.

A comunidade foi fundada na década de 30 quando o então presidente Getúlio Vargas entregou terras à uma fundação católica, para permitir às pessoas que necessitavam de habitação a construção de barracos em uma área em frente ao Estádio de São Januário, o estádio do Vasco. Como o terreno adjacente, que era um pântano, foi nivelado e coberto com concreto, mais pessoas construíram suas casas e a favela cresceu.

Vaninha Miguel, 46 anos, Presidente da Associação de Moradores da Barreira do Vasco, tem vivido toda a sua vida na comunidade e sua mãe foi uma das primeiras moradoras do local há mais de 70 anos. Vaninha descreve as condições iniciais da comunidade: “Não tinha água, eram duas bicas para a favela inteira. Pessoas carregavam água… Um coronel sedia pedaço, outro coronel sedia outro pedaço. Brigas de terra existiam, que continuam mas de forma diferente”.

Com as ondas de migração dos estados do Norte e Nordeste, como Ceará, Paraíba e Maranhão, nos últimos 20 anos, a favela começou a crescer verticalmente e mais densamente. “Foram construindo aqueles famosos ‘puxadinhos’, puxa um pouquinho para lá, puxa um pouquinho para cá, e foi aí que os problemas aumentarem”, explica Vaninha. “O esgoto é o mesmo, a água é a mesma, mas com o aumento dos moradores tudo ficou mais difícil”.

The narrow streets of Uga-Uga

Em 2000, a única área aberta que se mantinha na comunidade foi ocupada após um incêndio em Manguinhos, nas proximidades, que deixou centenas de desabrigados. Conhecida como Uga-Uga, em homenagem a popular novela da época, a área é a mais pobre e mais precária da comunidade, onde serviços básicos como eletricidade e saneamento são escassos.

Atualmente, Uga-Uga abriga 200 famílias e apresenta os maiores desafios de desenvolvimento para a Barreira do Vasco. Suas condições contrastam totalmente com as casas bonitas e bem construídas que caracterizam as zonas mais antigas da favela em frente ao estádio.

Como todas as favelas, o desenvolvimento da Barreira do Vasco até agora tem sido amplamente realizado pela própria comunidade. Em 1990 a favela recebeu o programa de urbanização Favela-Bairro em certas partes com foco no saneamento básico. No entanto Vaninha é altamente crítica ao trabalho realizado, dizendo: “Foi em pequenos pedaços da favela. Foi só esgoto em uma parte, mas foi tão mal feito que hoje a gente está colhendo o fruto do Favela-Bairro, mal feito, que houve na época. Tanto que o que nós mais precisamos aqui é uma reurbanização do esgoto”.

A well-kept street in the oldest part of the favela

Sidesio Soares dos Santos, de 62 anos, morador da Barreira ao longo da vida e Vice-Presidente da Associação de Moradores faz eco ao ponto de vista de Vaninha, afirmando que o saneamento básico é a prioridade número um para a comunidade. Ele diz: “O sistema de esgoto já está saturado há muito tempo. A comunidade cresceu muito para cima e não deram aquele fortalecimento em baixo no esgoto, na água, e sofremos com a deficiência de água e a deficiência no esgoto. Quando chove, as vezes, tem pontos aqui que ficam intransitáveis”.

Sobre o Morar Carioca, o novo programa da Prefeitura para urbanização das favelas do Rio, que Barreira está recebendo este ano, ele diz: “Se não fizer o esgoto não adianta fazer nada”.

Ao contrário do que foi praticado no Favela-Bairro e outras intervenções do Estado nas favelas, o Morar Carioca na Barreira foi lançado de forma participativa, enfatizando o envolvimento da comunidade na elaboração do projeto. O projeto para a Barreira do Vasco está sendo desenvolvido através de reuniões com arquitetos e por uma escuta participativa extensa realizada pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (ibase). O projeto final está programado para estar pronto em maio.

iBase conduct interviews in Barreira for Morar Carioca

Além de saneamento básico, os moradores identificaram outros problemas para resolver: as redes de água, a eletricidade, as ruelas muito apertadas onde o ar não circula e também as cadeiras de roda não passam. Reurbanizar estas ruas significa que algumas construções serão demolidas e as famílias realocadas. Vaninha está firme em sua afirmação de que essas famílias serão realocadas dentro da própria comunidade ou em áreas circundantes: “Ninguém aqui vai ter de ir a Caxias ou Santa Cruz. Os apartamentos serão construídos no entorno da Barreira do Vasco. Nosso grito de guerra é este: as pessoas só saem se quiserem ser realocados aqui”.

Vaninha e Sidesio estão otimistas, mas cautelosos, sobre as melhorias que estão configuradas para sua comunidade receber. Eles falam da comissão a ser criada no seio da comunidade para acompanhar e supervisionar o trabalho e suas esperanças no resultado final. Sidesio diz: “Para haver progresso, tem que mexer em alguma coisa. Disso estamos conscientes. Tomara que só venham para deixar o povo da comunidade feliz e satisfeito com o projeto, que eles não fujam muito do que foi prometido, como acontece muitos vezes. Eles prometem uma coisa e de repente partem para outra. Então tendo essa comissão do pessoal daqui fiscalizando, nos vamos ter como cobrar deles.”

 

(http://rioonwatch.org.br/?p=4801)

 

 

 

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"Notícias

Polícia realiza operação na comunidade
da Barreira do Vasco

Durante ação traficante foi preso com uma granada

Do R7 | 05/05/2012 às 21h40

Policiais do Batalhão de São Cristóvão (4º BPM) realizaram na tarde deste sábado (5) uma operação de combate ao tráfico de drogas na comunidade Barreira do Vasco, na zona norte do Rio de Janeiro.

De acordo com os policiais, o traficante conhecido com “Cocão” foi preso com uma granada. Durante a ação também foram apreendidos materiais que seriam usados em um baile funk que aconteceria na comunidade.

O suspeito e o material apreendido foram levados para a Delegacia de São Cristóvão (17ª DP).

Em outra operação, policiais do Batalhão de Irajá (41º BPM) apreenderam durante uma operação na comunidade da pedreira, também na zona norte, um fuzil que era usado por traficantes."

(http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/policia-realiza-operacao-na-comunidade-da-barreira-do-vasco-20120505.html)

 

 

 

 

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"Bope ocupa a partir de hoje a Favela do Jacarezinho

17/10/2012 - 0h21

Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) está ocupando, a partir de hoje (16), a Favela do Jacarezinho, na zona norte, em substituição à Polícia Civil, e, além de patrulhar toda a comunidade, poderá realizar operações em outras regiões da cidade comandadas pela mesma facção criminosa que controlava a favela.

As ações devem se estender às favelas do Arará, no Caju (zona portuária da cidade);  Barreira do Vasco, complexo de favelas do Lins de Vasconcelos e morros localizados no bairro de Madureira, para onde os principais líderes do tráfico de drogas do Jacarezinho e Manguinhos teriam fugido após a ocupação pelas forças de segurança do estado no domingo passado (14).

Hoje à tarde (16), policiais do Bope explodiram uma piscina de 10 metros de comprimento e churrasqueira que servia para festas do tráfico na comunidade do Jacarezinho. O major Ivan Blaz, porta-voz do Bope, disse que essa é uma ação "para acabar com a imposição do fuzil e das armas contra a população inocente".

A tropa de elite da PM tem também auxílio do Batalhão de Policiamento com Cães e do Regimento de Polícia Montada, com o uso da cavalaria da corporação, durante o patrulhamento.

O comandante do Bope, tenente-coronel René Afonso, disse que na próxima sexta-feira (19) terá a primeira reunião com moradores do Jacarezinho para explicar como serão as ações da tropa neste primeiro momento e ouvir dos moradores queixas e reclamações sobre as ações na comunidade.

Nestas ocupações de território do tráfico, o Bope identifica as motos dos moradores para saber quem está em dia com os documentos do equipamento, proíbe os bailes funk nos finais de semana que duram toda a madrugada com caixas de som no volume máximo, entre outras ações de respeito aos moradores, além de realizar revistas de pessoas suspeitas durante todo o dia e madrugada.

A Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) recolheu quase 300 toneladas de detritos e lixo das comunidades do Jacarezinho e do Complexo de Manguinhos desde domingo (14). A Rioluz reformulou 70 pontos de luz nas duas comunidades e implantou novos projetores e lâmpadas, muitos deles danificados a tiros pelo tráfico com a finalidade de dificultar as ações da polícia e a recuperação asfáltica de 840 metros quadrados de pista para facilitar o acesso das equipes de segurança e de emergência da prefeitura do Rio.  

Edição: Fábio Massalli"

(http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-10-16/bope-ocupa-partir-de-hoje-favela-do-jacarezinho)