Literatura e realidade social

Com densa programação abordando literatura e cidade, a I Fresta Literária de Fortaleza, que acontece nos dias 22 e 23 de julho, em Fortaleza, na Praça dos Leões, traz entre os convidados o professor e romancista Dílson Lages, que edita o portal de literatura Entretextos. Ele divide a mesa que encerra o evento com Airton Uchôa Neto, em torno do tema "Entre chamas e espinhos: distopias e perspectivas nas cidades".

A distopia do porvir encontra suas raízes muito bem alimentadas no presente. O que pode o indivíduo perante as minúcias dos exercícios de poder? Dois cronistas que escrevem sobre a situação das cidades, um piauiense e o outro residente em Fortaleza, se encontram para versar suas impressões sobre as cidades desumanas. 
 
Dílson Lages é membro da academia piauiense de letras e vem lançar seu livro Capoeira de Espinhos, onde escreve sobre a falta de perspectiva na cidade através do olhar de um aposentado imerso nas impossibilidades de mudança.
 
Airton Uchoa Neto é um estudioso e praticante da boemia. Em seu livro “Crônicas de uma província em chamas”, lança a idéia de uma Fortaleza distópica, onde a propaganda tomou conta dos espaços públicos e as possibilidades foram incineradas pelo sol.
 
Qualquer semelhança com os dias nas cidades não será mera coincidência.
 
 
Saiba mais sobre os convidados para a mesa-rendonda de fechamento da I Fresta Literária de Fortaleza.

CONVIDADOS | Dílson Lages Monteiro é poeta e romancista. Autor de 14 livros, passeando entre gêneros diversos. Integram seu projeto literário os bem-sucedidos romances O morro da casa-grande e Capoeira de Espinhos; este recém-lançado. A gênese de sua criação é o diálogo com a realidade social, valendo-se do humor e da poesia, para lançar luzes sobre os desafios e vícios das pequenas cidades brasileiras. A injustiça social e a destruição do patrimônio histórico estão entre os temas principais de sua narrativa. É editor do Portal Entretextos e membro da Academia Piauiense de Letras. Vive em Teresina-PI, onde exerce o magistério.

 

CONVIDADOS | Graduado em Letras Português, pela Universidade Estadual do Ceará, Airton não abre mão do exercício literário. Em seu livro “Crônica de uma província em chamas”, ele nos mostra uma Fortaleza distópica, utilizando-se de metáforas que muito se aproxima dos acontecimentos de nossa cidade. A boemia como o interfluxo entre o fazer artístico e o pesquisar acadêmico. Pesquisar malandros e figuras marginais faz mais sentido com o que ele encontra pelas noites além da Fortaleza da praia dos Crushs