Literatura de Álvaro Moreyra foi modelar para Drummond de Andrade
Por Flávio Bittencourt Em: 14/01/2011, às 12H02
[Flávio Bittencourt]
Literatura de Álvaro Moreyra foi modelar para Drummond de Andrade
O grande poeta de Itabira declarou que foi apurado o saldo de uma lição de simplicidade, válida para sempre.
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AJUDE AS VÍTIMAS DAS ENCHENTES DO ESTADO DO RIO,
sendo que uma das formas de você ajudar está sugerida em:
http://www.portalentretextos.com.br/noticias/ajude-as-vitimas-das-enchentes-no-rio,1098.html.
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BOB MARLEY & THE WAILERS TOCANDO
NO WOMAN NO CRY AO VIVO NO
AMANDLA FESTIVAL - HARVARD STADIUM -
BOSTON, ESTADO DE MASSACHUSETTS (EUA) , 21.7.1979,
Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=jGqrvn3q1oo&feature=related
"Uma mulher descalça, dançando sobre o sangue de um homem a quem ela desejava e matou"
(OSCAR WILDE)
"Quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Especial - Bob Marley
Robert Marley mais conhecido como Bob Marley.
Bob nasceu dia 6 de fevereiro de 1945 na Jamaica, filho de uma jamaicana com um militar inglês.
Bob quando começou sua “carreira” na musica tentou o Ska mas aos poucos foi indo para o lado do reggae,Bob seria mais conhecido pelo seu trabalho com o grupo de reggae The Wailers, que incluía outros dois célebres músicos, Bunny Wailer e Peter Tosh, que depois saíram do grupo e seguiram carreiras solo bem sucedidas.
O trabalho de Bob é certamente o responsável pela aceitação do reggae fora da Jamaica , no ano de 1971 ele assinou com o selo Island Records um gravadora muito influente na época , mas só em 1975 que Bob Marley consegui fama internacional com a música No Woman, No Cry..
Em 1976 bob e sua família sofreram um atentado “político” por assim dizer , pois ele faria um show gratuito que ele e o primeiro ministro Michael Manley organizavam durante as eleições gerais na Jamaica.Bob sua esposa e seu empresário foram baleados em sua residência, Bob foi ferido levemente no braço e no tórax sua esposa foi internada com um ferimento grave na cabeça e seu empresário foi quem levou a maior parte dos tiros na perna e no torso também sendo internado em estado grave, mas tanto ele quando a mulher de Bob se recuperaram totalmente. Acredita-se que o tiroteio teve motivações políticas (os políticos jamaicanos eram em geral violentos na época, especialmente quando as eleições se aproximavam). O concerto foi visto como um gesto de apoio ao primeiro ministro, e supostamente Bob foi alvo dos defensores do partido conservador da Jamaica, o "Jamaican Labour Party". Embora a polícia nunca tenha pego os atiradores, os seguidores de Marley mais tarde "acertaram as contas" com eles nas ruas de Kingston.
Bob era adepto da religião Rastafari (...)".
(http://tosharing.blogspot.com/2008/01/especial-bob-marley.html)
"(...) Um cavalheiro informou
- Essa mulher tem vícios horríveis. Bebe champagne com ether e cheira cocaína.
Nunca mais me esqueci dessa mulher….
Álvaro Moreyra, no texto acima, nos fala de uma representação feminina, na qual a mulher desejável e atraente, aos seus olhos e sentidos, parece transgredir as regras do recato e, até mesmo, romper o domínio do pudor, articulando, em torno de um duplo movimento, de interdição e de transgressão, um novo erotismo. (...)".
(CLÁUDIA DE OLIVEIRA, trecho de texto adiante transcrito na íntegra,
http://www.pacc.ufrj.br/z/ano4/3/z_claudia.php)
GILBERTO GIL CANTA
NÃO CHORE MAIS (No Woman, No Cry), AO VIVO
Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=PSNlwlfw6DY&feature=related
"(...) Bob Marley deixou a Jamaica no final de 1975 e foi para a Inglaterra, onde gravou os álbuns Exodus e Kaya e onde também foi preso pela posse de um cigarro de maconha. Ele lançou a música Africa Unite no álbum Survival em 1979, e então foi convidado a tocar nas comemorações pela independência do Zimbabwe em 17 de abril de 1980. (...)".
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Bob_Marley)
«A sua luxúria um abismo. A sua perversidade um oceano.»
Contributo de M.H.R.
Tavik Frantisek Simon, Salomé (Oscar Wilde)
(http://casoual.wordpress.com/2006/01/28/salome-17/)
"(...) Branca, esguia, ondulante. Parecia a fumaça de um cigarro. Chegou de repente, andando como se não pousasse no chão, envolta em seda cor de violeta morta, com as mãos nuas, os cabelos curtos, um longo sono em todo o corpo. Pela sala imensa o espanto correu. (...)".
(ÁLVARO MOREYRA, apud texto adiante citado, http://www.pacc.ufrj.br/z/ano4/3/z_claudia.php)
"Não aparecemos hoje por aqui para falar de assuntos que envolvem terceiros - no caso, uma terceira - mas (é verdade) uma vez vi uma moça que parecia a fumaça de um cigarro, para falar como Alvinho escreveu. Pois bem, ela era branca, esguia, ondulante. Não era alta, nem baixa (essa parte, literariamente infeliz, não foi haurida em Álvaro Moreyra). Mas ela chegou de repente, andando como se não pousasse no chão, envolta numa toalha branca (só a toalha branca não é de Álvaro Moreyra), com as mãos nuas, os cabelos curtos, um longo sono em todo o corpo. E pela sala pequena (em Alvinho, a sala era imensa...) o espanto correu. SÓ ACRESCENTO QUE O ESPANTO ERA MEU, felizmente".
(COLUNA "Recontando estórias do domínio público", DEPOIS DE ÁLVARO MOREYRA, Cocaína [TRATA-SE DO NOME DE UM LIVRO DE UM MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS - E ESSA SUBSTÂNCIA NÃO ENRIQUECIA TRAFICANTES, HÁ UNS 80 ANOS, SENDO QUE O RESPONSÁVEL POR ESTE ESPAÇO WEBJORNALÍSTICO E CULTURAL TEM UM VERDADEIRO HORROR AO CONSUMO DE TÓXICOS, gostando muito, entretanto, do livro Cocaína, de A. Moreyra [COMO QUEM APRECIA A MÚSICA DE BOB MARLEY, NUTRINDO UM HORROR ABSOLUTO PELA CANNABIS SATIVA OU DIAMBA!]; os trechos grifados são do escritor gaúcho Álvaro Moreyra, infaustamente falecido em dezembro de 1964, em decorrência de problemas cardíacos talvez acelerados PELO HORROR ABSOLUTO ACONTECIDO MESES ANTES, EM PRIMEIRO DE ABRIL DO MESMO ANO)
NESTA MESMA COLUNA,
LEIA E VEJA, POR FAVOR, SOBRE VIDA E OBRA
DO DR. ÁLVARO MOREYRA, DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS:
("Álvaro Moreyra citando lindas atrizes de cinema")
("Quando morreu o irmão do Fritz da papelaria")
SALOMÉ EXIGE A CABEÇA DE JOÃO BAPTISTA,
AUTOR DA PINTURA: GUSTAVE MOREAU
(http://osorrisoamarelodalua.blogspot.com/2009/05/salome.html)
LOCALIZAÇÃO DE ITABIRA (CIDADE ONDE
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE NASCEU)
EM MINAS GERAIS
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Itabira)
GUIATUR PONTO COM PONTO BR APRESENTA, SOBRE ITABIRA-MG:
"EM DESTAQUE:
Terra natal do poeta Carlos Drummond de Andrade, Itabira conta com exuberantes paisagens naturais e diversos atrativos turísticos.
Dados Físicos e Geográficos: |
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Paisagens (http://www.guiatur.com.br/img-cadastros/destaques/minas-gerais/itabira/index.php)
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Drummond
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Havia Uma Oliveira No Jardim - Alvaro Moreyra - 1a. Edição
Havia Uma Oliveira No Jardim - Alvaro Moreyra - 1a. Edição
(http://www.emule.com.br/lista.php?keyword=Moreyra)
CLÁUDIA DE OLIVEIRA ESCREVEU:
[Cláudia de Oliveira é doutora em História Social pela UFRJ; pesquisadora Associada do Setor de História da Fundação Casa de Rui Barbosa e professora de História da Arte da Universidade Candido Mendes – UCAM. Publicou As Pérfidas Salomés: a representação do pathos do amor em Fon-Fon! e Para Todos..., 1907-1930, na Coleção Papéis Avulsos, no. 53, Fundação Casa de Rui Barbosa]
"(...)
Salomé, na tela de Gustave Moreau, aponta para a cabeça de João Batista, que ainda tem seus olhos abertos. Desta cabeça escorrem gotas de sangue. Esta imagem, forte e desconcertante, nos chama atenção para um conjunto de sensações, medos e ansiedades masculinas sobre a natureza da mulher moderna, no início do século XX. Vista como uma fêmea bela e perversa, a nova mulher encarnava o mal e o lascivo. Simbolizava a musa trágica, era uma femme fatale, uma mulher vampira. O cronista da revista ilustrada Para Todos..., em 1925, referia-se a ela, como a “fêmea de meus sonhos, meu inferno e meu paraíso, meu sonho e meu pesadelo, meu mel e meu fel, minha ira e minha felicidade”. O verdadeiro alvo do questionamento era a mulher moderna, tida como um indivíduo que contaminava e ameaçava a rigidez da ordem social, sendo sua nova sexualidade associada ao perigo.
Se Gustave Moreau nos mostra em sua tela a princesa da Judéia em um corpo atraente, ardente e sedutor, Álvaro Moreyra, editor da revista ilustrada Para Todos..., em seu romance Cocaína (1924) descreve a nova mulher carioca no seguinte contexto:
Branca, esguia, ondulante. Parecia a fumaça de um cigarro. Chegou de repente, andando como se não pousasse no chão, envolta em seda cor de violeta morta, com as mãos nuas, os cabelos curtos, um longo sono em todo o corpo. Pela sala imensa o espanto correu. (…) Deteve-se junto ao piano. (…) Cantou, depois, versos de Verlaine em música de Reynaldo Hahn:
La lune blanche
Luit dans le bois…As lampadas estavam esmorecidas. Apenas ao fundo, o vulto se destacava, abandonando de gesto, fino, glacial. O canto punha mãos de neve na carne dos que ouviam. Quando se perderam os últimos sons, ela desapareceu, branca, esguia, ondulante. (…) Um cavalheiro informou:
- Essa mulher tem vícios horríveis. Bebe champagne com ether e cheira cocaína.
Nunca mais me esqueci dessa mulher….
Álvaro Moreyra, no texto acima, nos fala de uma representação feminina, na qual a mulher desejável e atraente, aos seus olhos e sentidos, parece transgredir as regras do recato e, até mesmo, romper o domínio do pudor, articulando, em torno de um duplo movimento, de interdição e de transgressão, um novo erotismo.
Em suas imagens brumosas e esfumaçadas, noturnas e penumbristas, Álvaro Moreyra apresenta-nos uma mulher que emerge melancólica e trágica, em tom sentimental, envolta em uma nova singularidade erótica. A mulher sedutora, que se mostra à multidão, está perdida em devaneios, e traz “um longo sono em todo o corpo”. Tal personagem nos desenha um Eu lírico, que perambula solitário por entre os sonhos, e parece não encontrar um lugar para o seu Eu.
Por outro lado, o texto de Álvaro Moreyra também parece querer nos apontar para uma nova representação de Eros, já que, como o autor mesmo ressalta: nunca mais se esquecera daquela mulher. Álvaro Moreyra, portanto, nos fala de uma mulher moderna, que foge às regras “naturais” e esperadas do papel feminino. Descreve sua aparição no salão como uma ‘bela deusa’ que, por estar envolta em fumaça, mistura sonho e realidade, magia real que coloca frente aos olhos do narrador uma imagem vívida, deixando, assim, coisas distantes parecerem presentes. Uma mulher que oferece um semblante de realidade, deixando ver, sentir e ouvir novas emoções, as quais propiciam novas criações poético-amorosas ao narrador, apoiadas, quase que exclusivamente, na imaginação.
Assim como em Cocaína, nos vários textos, crônicas e poemas dos colaboradores de Fon-Fon! e Para Todos..., começa a emergir um certo impulso de verbalizar um novo erotismo. A linguagem do desejo e a necessidade de decifrar o enigma do amor, não só vai sendo extremamente acentuada como, segundo Antonio Candido (1987), “o amor e a sexualidade representavam uma forma de rebeldia, já que possibilitavam descrições arrojadas da vida amorosa, favorecendo uma atitude de oposição aos valores tradicionais". A nova mulher, vista como possuidora de uma feminilidade frívola e displicente, vai tornando-se para os cronistas sinônimo da própria carioca moderna que casquilha pelos salões, faz o footing e o flirt, é maliciosa e fútil. (...)" (CLÁUDIA DE OLIVEIRA,
http://www.pacc.ufrj.br/z/ano4/3/z_claudia.php)
A Cidade Mulher - Alvaro Moreyra - 1ª Edição
A Cidade Mulher - Alvaro Moreyra - 1ª Edição
(http://www.emule.com.br/lista.php?keyword=Alvaro&pag=1&ordem=ITEM_TITLE)
A Boneca Vestida De Arlequim - Álvaro Moreyra - 1ª Edição
(http://www.emule.com.br/lista.php?keyword=Alvaro&pag=1&ordem=ITEM_TITLE)
ÁLVARO MOREYRA - MELHORES CRÔNICAS
(ED. GLOBAL)
(http://www.travessa.com.br/ALVARO_MOREYRA/artigo/27b5337f-7799-4dcc-9b1c-6bf53436332e)
HOMENAGEANDO O DR. ÁLVARO,
A Dª EUGÊNIA MOREYRA E
A Dª SILA MOREYRA,
in memoriam
14.1.2011 - Esquecido por algumas (poucas) décadas, seu nome vai sendo novamente lembrado - Era de se esperar: Álvaro Moreyra foi mesmo um ser especial e um escritor genial. F. A. L. Bittencourt ([email protected])
"Alvaro Moreyra
Alvaro Moreyra
Por Jorge Adelar Finatto
O escritor gaúcho Alvaro Moreyra (Porto Alegre, 1888 – Rio de Janeiro, 1964) faz parte de uma galeria de autores brasileiros que estão muito esquecidos. Poeta, cronista, homem de teatro, apresentador de programas culturais de rádio,*derramou-se em várias frentes do trabalho cultural. A literatura, no entanto, foi o centro de sua atividade criativa. É de justiça recordar o lugar único e luminoso que lhe pertence na nossa vida artística e literária.
Alvaro Moreyra foi um comunista devoto de São Francisco de Assis e um acadêmico que, ao ver-se no fardão de imortal da Academia Brasileira de Letras, achou-se parecido com um porteiro de edifício. Eleito em 1959 para a ABL, ocupou a cadeira 21, sucedendo a Olegário Mariano. O fardão foi doado pelo Estado do*Rio Grande do Sul, sendo então governador Leonel Brizola.
Depois que morreu formou-se sobre a sua pessoa e a sua*obra*um injusto silêncio. Os mais jovens não têm sequer a oportunidade de conhecê-lo pois não há reedição de seus livros. A crônica brasileira deve muito a Alvaro Moreyra, que influenciou autores do gênero como Rubem Braga e Fernando Sabino. *
Dirigiu revistas como Para Todos e Ilustração Brasileira através das quais lançou poetas e escritores. Com Eugênia Alvaro Moreyra, sua mulher (a primeira repórter brasileira), criou o Teatro de Brinquedo, em 1927, movimento que marcou o início da renovação da arte cênica no Brasil.
Alvaro deixou uma obra notável em qualidade e delicadeza, na qual figuram, entre outros livros, Elegia da bruma, Um sorriso para tudo, Havia uma oliveira no jardim e as Amargas, não.
Sobre ele assim manifestou-se Carlos Drummond de Andrade: “Entre os modelos nacionais que se ofereciam ao aprendiz de literatura, este marcou mais do que todos. As primeiras adorações intelectuais manifestam-se pela imitação, e parecia fácil imitar os flagrantes, as anotações mínimas, de cenas e estados de espírito, a atitude graciosa e descomprometida de Alvaro Moreyra. Não que eu o pretendesse conscientemente, mas deslizava nesse rumo como aquele frade que ouviu cantar o passarinho e se deixou levar na esteira de sua voz. Não consegui, porém, o que outros também não terão conseguido. A fórmula irônico-sentimental de Alvaro era exclusiva, as modulações alheias soavam falso. Quem sabe se não será mais cômodo copiar um estilo empavesado? De qualquer modo, devo admitir que da experiência se apurou o saldo de uma lição de simplicidade, válida para sempre”. (Cadeira de Balanço,* Livraria José Olympio Editora, 8ª ed., Rio de Janeiro, 1976).
Para quem ama a boa literatura, recomendo procurar a obra do autor em bibliotecas e sebos.* Lembro que Alvaro Moreyra foi, além de tudo, um ser humano dotado de imensa generosidade".
(http://arquipelagolivros.wordpress.com/2010/12/14/alvaro-moreyra/,
sendo que o grifo - trecho negritado - é nosso)
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SOBRE SALOMÉ,
no excelente blog O sorriso amarelo da lua
"Quarta-feira, 6 de maio de 2009
Salomé
Salomé.
(foto: Salomé exige a cabeça de João Baptista, de Gustave Moreau)
A MORTE DE BOB MARLEY (em espanhol),
LA MUERTE DE BOB MARLEY,
Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=vVD781MA4Hs&feature=related