Lendárias marcas de fábrica em C. Driancourt e R. Samuel (1 - Relojoaria)

Enquanto Christophe Driancourt e colegas abordaram a marca Breitling, Rogel Samuel respondeu a esse desafio com a marca John Bull, de tal forma que o resultado final do "confronto" (imaginário) foi um belíssimo empate.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O MENOS MAGRO É JOHN BULL

(SÓ O DESENHO, SEM A LEGENDA ACIMA CONFERIDA:

http://www.sonofthesouth.net/leefoundation/civil-war/1863/june/pocket-watch-advertisement.htm,

onde se pode ler:

"THE IRISH EXODUS.

JOHN BULL. ' Don't go among them Hamerican Cannibals, PATRICK—they'll eat you, body and bones.'

PATRICK. ' Ate me, is it? Och! thin, the divil a fear of it! it's not mate enough you've left on me bones, you ould Suicide!' ") 

 

  

 

 

Les Mythes masculins
(http://www.amazon.fr/Mythes-masculins-Christophe-Driancourt/dp/2840451204,
obra publicada em 1995, Editons de la Sirène
 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
  
 
 
 




Rogel Samuel


O amante das amazonas

(Segunda edição)






 
 
 
 
 
 
(http://historiadosamantes.blogspot.com/2009/04/o-amante-das-amazonas.html)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(http://www.breitlingblog.com/wp-content/uploads/2008/10/breitling1.jpg)
 
 
 
 
 
 
 
 
(http://www.worldtempus.com/fileadmin/user_upload/images_old/static_pics/leroy_03.jpg)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"ENTRE UM RELÓGIO BREITLING E UM JOHN BULL, SERIA PRUDENTE A PESSOA QUE DEVE OPTAR FICAR COM AMBAS AS MARCAS E SEUS RESPECTIVOS PRODUTOS INDUSTRIAIS DE GRANDE BELEZA E PRECISÃO."
 
Coluna "Recontando estórias do domínio público"
 
 
 
 
 
 
 
 
"BREITLING - Il y a des signes qui ne trompent pas. Un 'B' stylisé sur une ancre marine encadrée de deux ailes d'oiseau, ça ne peut être que Breitling.
 
Breitling, une montre de légende associée à deux univers masculins: l'air et la mer."
 
(DRIANCOURT, GERMAIN, JULIENNE, MADELINE & MAIRE, 1995: 7)
 
 
 
 
 
 

9.8.2010 - A competição é imaginária, mas essas marcas de fabricação são bastante competitivas, no mundo verdadeiro da indústria e do comércio mundiais - O livro-reportagem de C. Driancourt e outros chama-se Le mythes masculins - Les marques qui ont changé les hommes, enquanto o romance da segunda vaga do pós-modernismo literário brasileiro, de Rogel Samuel, intitula-se O amante das Amazonas. O primeiro trata de notáveis marcas propriamente ditas, enquanto, no último, marcas de alto renome aparecem em objetos que pertencem aos assim chamados barões da borracha, da época do boom econômico da hevea brasiliensis que teve lugar no Norte do Brasil, no final do século XIX e início do século seguinte. No contexto despretensioso desta Coluna "Recontando...", utiliza-se o trabalho de pesquisa jornalística de C. Driancourt e outros (S. Germain, S. Julienne, P.-Y. Madeline e J.-M Maire), por um lado, e um trecho do clássico romance de R. Samuel, por outro, como pretexto para que se passe a saber [A VERDADE É QUE EU, UM POUCO CHUCRO EM MATÉRIA DE GRANDE CONSUMO BURGUÊS, NÃO CONHECIA TAIS MARCAS DE FÁBRICA] um pouco sobre MITOS MASCULINOS DO PASSADO E DO PRESENTE. Do presente? Sim, tais indústrias não faliram, mesmo com o advento dos relógios SEIKO, japoneses. Divirta-se, caro leitor e cara leitora, com as informações que procurei levantar, para você, sobre as famosas marcas registradas BREITLING e JOHN BULL, porque os pesquisadores franceses Driancourt, Germain, Julienne, Madeline e Maire respeitam muito a primeira (Breitling), enquanto o grande romancista amazonense Rogel tem em alta conta a segunda (John Bull). Se eu não conhecia quase nada - ou nada, mesmo - sobre as marcas BREITLING e JOHN BULL, acho que meu desconhecimento diminuiu, graças aos escritores a que fiz menção. Boa semana! F. A. L. Bittencourt ([email protected])  

  

 

 

(http://www.johnbulljewellers.co.uk/watches.html)

 

 

 

REVISTA ADEGA - SEÇÃO SIMPLY THE BEST

 


 

"Voos altos e precisos
 

Inovações da Breitling conquistaram o mundo da aviação com sua excelência impecável e ganharam a fama de perfeitos

 

Por Carlos Eduardo Massarico

 

León Breitling era um perfeccionista nato. No ano de 1884, no pequeno município suíço de Saint-Imier, ele fundaria a primeira oficina de cronógrafos e contadores da empresa que hoje é sinônimo de excelência. O sucesso, praticamente instantâneo, levou-o a ampliar seu negócio.

Em 1892, a antiga oficina daria lugar a uma verdadeira fábrica de relógios, instalada na capital relojoeira suíça, Chaux-de-Fonds, hoje um distrito da bela Neuchâtel. Nesse local, a produção dos Breitling durou mais de oitenta anos.

Mas durante a Belle Époque viria a grande aliada da marca até os dias de hoje: a aviação. As primeiras experiências dos pioneiros dessa arte só foram possíveis devido às várias invenções que permitiram um grande avanço na performance de seus pilotos e modelos. Rapidamente, a empresa também atingiria em cheio os desejos do mundo das competições esportivas, principalmente em um período de intenso crescimento e avanço tecnológico dos automóveis. Era o doce encontro entre a velocidade da modernidade e a precisão.

Inovações

Em 1915, comandada por Gastón Breitling, filho de León, a empresa aproveitou um momento no qual o relógio de pulso se tornava cada vez mais popular para introduzir no mercado uma técnica inovadora. Ao criar um pistão separado da coroa, se tornou possível operacionalizar as três funções básicas do cronógrafo: arranque, paragem e reinício. Assim nasceu o pistão independente.

Outro avanço que revolucionaria para sempre a técnica dos cronógrafos foi concebido em 1923. Até essa época, não era possível adicionar diversos tempos sucessivos sem ter que repor os ponteiros ao zero. Assim que a Breitling aperfeiçoou seu sistema de controle para separar as funções de arranque e paragem, o mundo recebia uma importante inovação, propiciando um avanço significativo em áreas desde competições esportivas, tempos de voo e processos científicos.

Onze anos depois, seria a vez de Willy Breitling, neto de León, comandar a empresa durante a terceira grande revolução da história dos cronógrafos. 1934 foi o ano da criação do segundo pistão independente. Sua função era exclusivamente de repor o cronógrafo ao zero, algo surpreendente para a época.

Marcos
Duas proezas da Breitling se tornaram marcos no ramo dos instrumentos relojoeiros. O primeiro viria em 1942 e logo com uma régua de cálculo circular: o Chronomat. Desde funções como taquímetro, telêmetro e pulsômetro à multiplicação, divisão e regra de três simples eram resolvidas de maneira surpreendentemente rápida. Dez anos mais tarde, em 1952, os aviadores enfim se renderiam à marca com o Navitimer, cronógrafo capaz de resolver todos os cálculos de navegação aérea. Sem dúvida, esse modelo se tornou o maior ícone da Breitling, objeto de desejo por parte de todos os entusiastas da aviação.

Segredo do sucesso
Diz-se que um Breitling não é produzido, é concebido. Todo o método de criação é artesanal, fugindo completamente dos meios de produção em série. Então, cada relógio é único e tem sua história. Toda a segurança e precisão dos produtos conquistaram um ramo no qual essas qualidades são absolutamente imprescindíveis: a aviação. O primeiro contato da empresa com o mundo aeronáutico aconteceu em 1931, porém sua tecnologia seria posta à prova máxima apenas seis anos mais tarde, em um dos momentos de maior tensão da história: a II Guerra Mundial.

Para tal façanha, a Breitling precisou realizar uma série de adaptações que são utilizadas até hoje comercialmente, tais como um mostrador preto com grandes números brancos e luminosos envoltos por uma caixa de alumínio leve e robusta.

Experiência espacial
Não era o bastante dominar os céus e, em 1962, foi a vez de a Breitling realizar seu mais ambicioso projeto. Um Navitimer, com um escala especial de 24 horas, fez parte do arsenal de acessórios de Scott Carpenter em um voo orbital na cápsula Aurora 7 - o primeiro projeto espacial tripulado norte-americano.

A partir desse momento, a Breitling se tornou referência absoluta entre pilotos, engenheiros e matemáticos. Sua funcionalidade já estabelecida com clara unanimidade havia criado uma lenda ao redor do imaginário que envolve esse famoso sobrenome. Mesmo com inúmeros acessórios embutidos, um Breitling nunca perdeu sua elegância e sua íntima relação com um adjetivo: perfeição".

(http://revistaadega.uol.com.br/Edicoes/42/artigo132669-1.asp)

 

 

"John Bull & Co., the County Gold and Silversmiths for Bedford and Bedfordshire is situated in the centre of Bedford, at 21 St Peter's Street. (Telephone 01234 352005)

John Bull & Co. is one of the longest running independent Jewellers in the country, with a history stretching back nearly 200 years. The business continues to be a symbol of excellence and the epitome of traditional retail.

As Bedfordshire's County Jeweller, John Bull & Co. carries an extensive collection of Swiss timepieces including Swiss watches and clocks, as well as jewellery, crystal, quality leather goods and porcelain, and our pleasure is in helping you to select the ideal present. Why not set us a challenge? We look forward to welcoming you to the showroom and helping you to select that special gift.

 

NEW DEBUT AND STYLE TROLLBEAD BRACELETS EXCLUSIVELY AT JOHN BULL & CO.  NEW EARRING COLLECTION JUST ARRIVED". 

(http://www.johnbulljewellers.co.uk/)

 

 

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INÍCIO DO CAPÍTULO 5 DO ROMANCE O AMANTE DAS AMAZONAS,

DE ROGEL SAMUEL

 

 

"[CAPÍTULO] CINCO: FERREIRA.


PRIMEIRAMENTE avisto o Palácio.
O dia está nascendo. Há uma cena na varanda, algo se representa lá. Pierre Bataillon e Ifigênia Vellarde, juntos. A mesa servida por Ivete, jovem. Estou no cais, trazido pela correnteza. Entorpecido, meu corpo quase morto, toco os degraus da escada, não os sinto. Não me vêem, mas os vejo. Ali está o rei, o construtor do império amazônico, de látex, de terra e esperma, que tudo construiu com centenas de homens, operários e seringueiros. Apareço trazido pelas águas, como Moisés do Egito. Flashes fracos, aparecem e desaparecem. A imagem de meu irmão morto se projeta e se apaga em minha mente. Mas não dói. É imagem vaga, frouxa.
Bataillon é homem mais baixo e magro do que eu pensava. Bem vestido, empertigado, gestos largos, modos aprumados, nervosos, uma dignidade, uma cortesia à antiga. Nariz aquilino. Cabelos finos. Bigodinho negro. A cabeça levantada, nobre, tem aura. A gravata borboleta, o paletó de linho branco, abas e calças largas, sapatos de verniz. Parece suportar, nas costas retas, as barbatanas retiformes de um manequim retígrado, que tudo vê, tudo olha. O gesto, o olhar com que, altaneiro, superior, soberbo, se dirige aos demais, soberanamente, por concessão real. Atrapalha. Representa. Apesar da estatura baixa, é como se olhasse de cima, de um patamar superior. Sim. Há polidez e dignidade, ali. Ouço-o falar um português erudito, postiço, livresco, clássico e impostado, mas fluente. Pego pedaços de falas ... deu à luz a um filho chamado ... ficou convencionado que ... O terno branco brilha. Bem talhado. Camisa de seda, suspensórios, colete, um John Bull de ouro maciço atravessado, preso por uma corrente de aros duplos, pesada, platina e ouro. Ele é um homem de vitrine, de museu, arrumado. Na cintura há um Smith de níquel e prata, cabo de marfim. Dizem que ele atira bem, como um militar, que coleciona armas, revólveres, carabinas, arcabuzes que entulham a Sala de Armas da sua tropa de choque.
NÃO sei por que Pierre Bataillon quis que eu ficasse, trabalhasse com ele. Gostou de mim. (...)".

(http://historiadosamantes.blogspot.com/2009/04/o-amante-das-amazonas.html, sendo que

o trecho acima sublinhado assim não estava no original.)