Jorge Quiroga escreveu sobre Alejo Carpentier
Por Flávio Bittencourt Em: 12/10/2010, às 09H25
[Flávio Bittencourt]
Jorge Quiroga escreveu sobre Alejo Carpentier
Mistral, Asturias, Neruda, García Márquez, Paz e Vargas Llosa receberam o Nobel de Literatura, mas Carpentier mereceria figurar também nessa galeria de grandes escritores hispanoamericanos.
Vallejo Vallejo
Tempo era amanhã nome.
Vallejo vallejo vallejo vallejO.
(A FOTOGRAFIA DA AMPULHETA [só uma] PODE
SER LOCALIZADA, NA WEB, EM:
http://www.alecrimaosmolhos.com/portal/index.php?id=2024)
"COLOMBO PARTE PARA AS ÍNDIAS"
POEMA II
Tiempo Tiempo
Mediodía estancado entre relentes.
Bomba aburrida del cuartel achica.
Tiempo tiempo tiempo tiempo.
Era Era.
Gallos cancionan escarbando en vano.
Boca del claro día que conjuga
Era era era era.
Mañana Mañana.
El reposo caliente aún de ser.
Piensa el presente guárdame para
Mañana mañana mañana mañana.
Nombre Nombre.
Qué se llama cuanto heriza nos?
Se llama Lo mismo que padece
Nombre nombre nombre nombrE."
César Vallejo
[A TRADUÇÃO ESTÁ NO
FINAL DESTA PÁGINA ELETRÔNICA]
(http://seligaartista.blogspot.com/2010_09_01_archive.html)
Gabriela Mistral retratada em cédula emitida pelo Banco Central do Chile
(SÓ A REPRODUÇÃO DA NOTA DE DINHEIRO CHILENO,
SEM A LEGENDA ACIMA APRESENTADA, PODE SER LOCALIZADA,
NA WEB, EM:
http://3833.com/wbn_nobel_gabriela_mistral)
JULIO CORTÁZAR
(http://www.listal.com/viewimage/305918
Foto de Gabriel García Márquez de Rodrigo Moya
Foto de Gabriel García Márquez com Mario Vargas Llosa, sem crédito do autor
(http://nemvem-quenaotem.blogspot.com/2009/04/garcia-marquez-e-vargas-llosa-inimigos.html)
"ESPAÑA E HISPANOAMÉRICA:
SERIE "La Memoria de las Letras, Las Artes y Las Ciencias"
Grandes Personajes a Fondo 08 - ALEJO CARPENTIER | |
Director:
Date/Fecha: 2004
Duration/Duración: 93 mins., 1 disco
Alejo Carpentier, escritor: 27/2/77 90 min. B/N Features/Características: Ver abajo
Lengua/Language: En español / In Spanish Formato: DVD-Zona "0" Multisistema
Precio/Price: $35.00
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El autor de El siglo de las luces (1962) –“una novela que a mi francamente me gusta”, dice Carpentier– nos habla de Cuba: “En América latina nuestra vida está tan ligada al factor político que no podemos prescindir de ese contexto épico”; del París del surrealismo: “a través del movimiento surrealista empecé a ver América latina”: del Madrid de las peñas y tertulias de García Lorca, Valle Inclán, Bergamín, Ramón Gómez de la Serna: “empecé a releer a mis maestros de la generación del 98 y a estudiarlos en función de las realidades americanas”; de Haití: “en donde encuentro lo real-maravilloso”; del Méjico de Victor Hugo: “casi todos los grandes escritores del diecinueve fueron escritores y ciudadanos”. Hijo de un arquitecto francés y de una mujer rusa –“no hablaba más que francés en casa, aunque para escribir siempre he utilizado el castellano” –, su primer trabajo como corrector de pruebas le vincula con “la hermandad del tipógrafo”, para luego dedicarse al periodismo y la literatura. Es también musicólogo –“en un momento en que aún no había ni una sinfonía completa grabada en disco” –, diplomático, catedrático, diputado, editor, y “teórico de lo americano”. Un casi excesivo despliegue de referencias en unas de las personalidades más seductoras de la literatura hispanoamericana". |
(Jorge Amado recebeu-a em 1951,
Pablo Neruda, em 1953,
Nicolás Guillén, em 1954,
Baldomero Sanin Cano, também em 1954,
Maria Rosa Oliver, em 1958,
Oscar Niemeyer, em 1963,
Miguel Ángel Asturias, em 1965,
David Siqueiros, em 1966, e
Miguel Otero Silva, em 1979,
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%AAmio_Lenin_da_Paz)
Homenagendo as crianças, no seu importante dia,
abraçando Vargas Llosa, na merecida comemoração latinoamericana,
agradecendo a Jorge Quiroga, pelo texto sobre vida e obra de Carpentier, e
em memória de Alejo Carpentier (Havana, Cuba, 1904 - Paris, França, 1980)
12.10.2010 - Vargas Llosa será agraciado em Estocolmo - Na efusiva comemoração do anúncio da premiação que não tardará a ser conferida ao romancista e político peruano, podem ser lembrados, também, nomes que deveriam - pelo menos, assim aqui se considera - ter recebido o mesmo prêmio, por exemplo, Oliverio Jirondo, José Eustasio Rivera, Vicente Huidobro, José Lezama Lima, César Vallejo, Jorge Luis Borges, Juan Rulfo, Julio Cortázar, Nicolás Guillén, Carlos Fuentes (ainda vivo!) e Alejo Carpentier, sobre quem, com conhecimento de causa, escreveu Jorge Quiroga, para a Coleção Encanto Radical da Editora Brasiliense (São Paulo-SP, Brasil). A propósito, não seria ocioso se evocássemos, com relação à literatura lusoamericana, escritores do quilate de Erico Verissimo, Jorge Amado, João Cabral de Melo Neto, João Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Vinicius de Moraes, Thiago de Mello, Augusto de Campos, Rubem Fonseca - os três últimos estão vivos, felizmente! - e vários outros. (Em 1965, Miguel Ángel Asturias recebeu o Prêmio Lenin da Paz) F. A. L. Bittencourt ([email protected])
Escreveu J. Quiroga:
"(...) Talvez Carpentier, para além de suas concepções políticas definidas desde a juventude, tenha, por sua condição de latinoamericano, uma visão não-linear do tempo (formulada, aliás, em sua narrativa). Isso lhe permitirá entrever, por trás dos fatos que quer narrar, uma espécie de prazer no qual o estilo será sempre reiteração, recorrência, uma chave.
Em 1944 Carpentier publica o relato Viaje a la Semilla, incluído depois na Guerra del Tiempo, onde já estão prefiguradas, de algum modo, outras viagens e jogos com o tempo que aparecerão em sua obra posterior - além do estilo, a maneira de construir a frase, o prazer da brevidade, a concisão na escolha de cada elemento, como se estivesse voltado para uma reconstituição morosa.
A viagem ao interior do tempo, onde 'tudo se metaforfoseava, regressava à sua condição primeira', é uma viagem para trás, até a infância do personagem, onde os objetos, as coisas que a memória acumula e as ações retrocedem ao instante mesmo do início do tempo, do nada.
Em 1956, com a novela Los Pasos Perdidos, Carpentier trabalhará com essas múltiplas faces do tempo. Esse livro está organizado como um diário de viagem, narrado na primeira pessoa pelo protagonista, um musicólogo que abandona o mundo civilizado, que despreza, para se embrenhar na selva venezuelana em busca de instrumentos indígenas.
Carpentier explica a origem dessa novela: 'A terra venezuelana foi para mim como uma zona de contato com o solo da América, uma forma de me internar em suas selvas e conhecer o quadragésimo dia da Criação; numa viagem ao alto Orinoco convivi um mês com as tribos mais primitivas do Novo Mundo. Então nasceu em mim a idéia de Los Pasos Perdidos'.
Em 1948, num artigo escrito para Carteles, o escritor cubano fala do livro que pensava escrever e que depois se transformou em novela: 'O tempo estava imobilizado, ali, ao pé das rochas imutáveis, desprovido de todo sentido ontológico para o frenético homem do Ocidente, criador, genitor das gerações mais breves e efêmeras. Não era o tempo medido por nossos relógios nem calendários. Era o tempo da Grande Savana. O tempo da terra nos dias do Genesis'.
A América será para Carpentier a época em que se origina o começo de tudo, onde o entrecruzamento dessa origem com outras épocas engendra a fábula e o épico.
O confronto do Carpentier fragmentariamente ocidental com esse mundo genésico será o ponto de partida de uma narrativa que busca os mistérios desse tempo imobilizado peculiar do americano. Trata-se de uma remitologização de nosso continente, americanismo que teve várias etapas de desenvolvimento em suas propostas ideológicas e que será reanimado pelas propostas de toda uma geração.
O futuro dessa concepção, na literatura latinoamericana, é muito grande. (...)".
(JORGE QUIROGA, Alejo Carpentier: em busca do real maravilhoso, São Paulo: Ed. Brasiliense, 1884 [Coleção Encanto Radical], pp. 30 - 32)
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MARIO VARGAS LLOSA
"Mario Vargas Llosa | |
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Nascimento | 28 de março de 1936 (74 anos) Arequipa, Peru |
Nacionalidade | peruano e espanhol |
Alma mater | Universidade Nacional de San Marcos Universidade Complutense de Madri |
Ocupação | escritor, jornalista e político |
Prêmios | Nobel de Literatura (2010) Prêmio Cervantes (1994) Prêmio Príncipe de Astúrias (1986) e outros |
Filho(s) | Álvaro Vargas Llosa Gonzalo Vargas Llosa Morgana Vargas Llosa |
Assinatura | |
Página oficial: | www.mvargasllosa.com" |
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Mario_Vargas_Llosa)
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TRADUÇÃO DE UM DOS MAGNOS
POEMAS DE VALLEJO
"Poema II
Tradução de Lucie de Lannoy
Revisão de A. Müller
"Tempo Tempo
Meio-dia estancado entre relentos.
Bomba enjoada do quartel deságua
Tempo tempo tempo tempo.
Era Era.
Gallos cantam escarvando em vão.
Boca de um claro dia conjuga
Era era era era.
Amanhã Amanhã.
O repouso ainda quente de ser.
Pensa o presente guarda-me para
Amanhã amanhã amanhã amanhã.
Nome Nome.
O que se chama quanto eriça-nos?
Chama-se O mesmo que padece
Nome nome nome nomE."
(PORTAL DE ANTONIO MIRANDA,
http://www.antoniomiranda.com.br/iberoamerica/peru/cesar_vallejo.html)
LEIA, NESTA MESMA COLUNA,
"Poesia de César Vallejo no
portal de Antonio Miranda".