[Flávio Bittencourt]

Importante crítica de Rubens Ewald Filho

Importante crítica de um dos mais importantes filmes dos últimos anos: A rede social.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"O primeiro computador do mundo foi o ENIAC (Electronic Numerical Integrator and Computer), uma concepção do Professor John Mauchly, conjuntamente com o professor J. Presper Eckert.
Mauchly e o Eckert propuseram em 1943 ao exército norte-americano, em plena II Guerra Mundial, a construção deste primeiro computador, tendo como objectivo o auxilio nos cálculos de precisão necessários para a balística. Foi anunciada a sua conclusão em 14 de Fevereiro de 1946 e foi patenteado em 26 de Junho de 1947 com o registo n.o 3,120,606.

O ENIAC era uma grande máquina para efectuar cálculos e baseava a sua estrutura nos avanços científicos já anteriormente desenvolvidos, como as sofisticadas máquinas de cálculos matemáticos de Charles Babage, as calculadoras mecânicas de Blaise Pascal, Leibniz e Charles Xavier Thomas, nas relés electromagnéticas, nas válvulas e nas máquinas perfuradoras de cartões. (...)"

(http://www.inforquali.pt/iq/pt/tutoriais/informativos/historia-dos-computadores.php)

 

 

 

 

"(...)  [O ENIAC (Electronic Numerical Integrator and Computer) preenchia [UMA] sala, incomparável com os miniaturizados e mais potentes computadores actuais  (...)"

(http://www.inforquali.pt/iq/pt/tutoriais/informativos/historia-dos-computadores.php)

 

 

 

 

 

(http://lectervirouvegetariano.blogspot.com/2010/12/social-network-2010.html)

  

 

 

 

 

 (http://usabilidoido.com.br/a_ergonomia_insolita_do_pc_e_suas_implicacoes_para_o_design.html)

 

  

 

 

 

Uma típica escrivaninha

(http://usabilidoido.com.br/a_ergonomia_insolita_do_pc_e_suas_implicacoes_para_o_design.html)

 

 

 

 

 

(http://www.briansolis.com/2010/01/2010-social-network-advertising-and-marketing-outlook/)

 

 

 

 

 

 

"VOCÊ NÃO CONQUISTA 500 MILHÕES DE AMIGOS SEM FAZER ALGUNS INIMIGOS"

(SLOGAN DO CARTAZ DO FILME The Social Network [A REDE SOCIAL])

 

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

(http://timugon.com/2011/01/top-7-social-media-sites-in-malaysia.html)

 

 

 

 

 

 

"Este é com certeza um dos filmes mais falados e importantes deste ano, que deve conquistar indicações a prêmios e até mesmo algum Oscar [*]. Não caia na tentação de querer vê-lo em DVD pirata. Ele é muito falado, as legendas não serão boas e é preciso estar atento ao que dizem as citações e referências, só assim se tem uma ideia precisa do que está se tentando fazer.Basta falar da primeira sequência que é um diálogo longo, de vários minutos, entre o protagonista e uma garota, um verdadeiro duelo verbal de grande precisão e motivador de todo o resto da história (um grande feito do roteirista). (...) Embora o roteiro tenha sido contestado em detalhes, ninguém nega que conte sinteticamente e com algumas liberdades inevitáveis, um fato real. (...) Não há um jovem estudante qualquer que lide com Internet e que não vai se identificar com os personagens (espero que não para imitá-los). (...)"

(RUBENS EWALD FILHO, trecho da antológica crítica adiante transcrita, na íntegra)

 

[*] - As estatuetas [OSCAR DA ACADEMIA DE HOLLYWOOD] que o filme conquistou - 3 (três) - foram as seguintes: MELHOR ROTEIRO ADAPTADO (Aaron Fincher); MELHOR EDIÇÃO (Kirk Baxter e Angus Wall); e MELHOR TRILHA SONORA (Trent Reznor e Atticus Ross), tendo a mesma película cinematográfica recebido as seguintes indicações, 5 (cinco): MELHOR FILME (Dana Brunetti, Ceán Chaffin,Michael de Luca e Scott Rudin); MELHOR ATOR (Jesse Eisenberg); MELHOR DIRETOR (David Fincher); MELHOR FOTOGRAFIA (Jeff Chonenwetth); e MELHOR MIXAGEM DE SOM (Ren Klyce, David Parker, Michael Semanick e Mark Weingarten) [FONTE: Verbete 'A rede social ', Wikipédia, http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Rede_Social].

 

 

 

 

 

 

"(...) O ENIAC [PRIMEIRO COMPUTADOR DA HISTÓRIA DA INFORMÁTICA TERRÁQUEA] foi construído com 17.468 tubos de vácuo, 70.000 resistencias, 10.000 condensadores, 1.500 relés e 6.000 interruptores. (...)"

(http://www.inforquali.pt/iq/pt/tutoriais/informativos/historia-dos-computadores.php)

 

 

 

 

 

 

FOTO DE CENA:

THE SOCIAL NETWORK (2010)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://axasteoque.blogspot.com/2010/11/rede-social-de-david-fincher.html)

  

 

 

 

 

"A 'MORAL DA ESTÓRIA' DESSE FILME EMPOLGANTE, POR ASSIM DIZER, É A SEGUINTE:

É MAIS DIFÍCIL CONQUISTAR CERTA MULHER DIFÍCIL DO QUE FICAR BILIONÁRIO

NO RAMO PROFISSIONAL NO QUAL BILL GATES PONTIFICA (*risos*)"

(COLUNA "Recontando...")

 

  

 

 

 

 

                                                         OBRIGADO, EWALD FILHO!

 

 

 

26.5.2011 - Para comentar grandes filmes, grandes críticos são convocados - O filme A Rede Social (EUA, 2010) não explica tudo, mas deixa o espectador sabendo de muitas coisas sobre A ARQUEOLOGIA DO FACEBOOK.  (Rubens Ewald Filho é um grande crítico de cinema e, assim, é importante lermos o escreveu sobre esse filme, espécie de apresentação didática - mas não enfadonha, pelo contrário! - de um mundo excêntrico, que há poucos anos não existia, o das REDES SOCIAIS TELEINFOCOMPUTADORIZADAS [ou "telemáticas" (télématiques), como se diz na França].)  F. A. L. Bittencourt

 

 

 

O CRÍTICO DE CINEMA

RUBENS EWALD FILHO

ASSIM APRECIOU O

FILME A REDE SOCIAL

(dez. / 2010):

 

"2 dezembro 2010 às 06:05

Estreia – A Rede Social

A Rede Social por plustv2 no Videolog.tv.

Este é com certeza um dos filmes mais falados e importantes deste ano, que deve conquistar indicações a prêmios e até mesmo algum Oscar.

Não caia na tentação de querer vê-lo em DVD pirata. Ele é muito falado, as legendas não serão boas e é preciso estar atento ao que dizem as citações e referências, só assim se tem uma ideia precisa do que está se tentando fazer.

Basta falar da primeira sequência que é um diálogo longo, de vários minutos, entre o protagonista e uma garota, um verdadeiro duelo verbal de grande precisão e motivador de todo o resto da história (um grande feito do roteirista).

Com certeza é um trabalho instigante, muito atual, inteligente e não necessariamente comercial. É um retrato impressionante da juventude atual, da sociedade americana e por extensão, da nossa brasileira (com um agravante, o personagem Eduardo Saverin, na verdade, é um rapaz brasileiro e há referências ao nosso país no diálogo).

Tudo a partir de um fato real, um roteiro brilhante que vai construindo quase sem ação, apenas com diálogos precisos e confrontos, um mundo de meias verdades, traições, jogadas, egocentrismo exarcebado que mal consegue esconder uma profunda incapacidade para amar e não ficar sozinho.

Na verdade, é um filme que comporta inúmeras análises e discussões (por exemplo, todas as mulheres que os cercam são piranhas, promíscuas, mergulham de cabeça nas drogas e no prazer de transar com uma celebridade).

Existem duas apenas que são mais positivas, a jovem advogada, que ao menos demonstra piedade pelo pobre bilionário que vive a suprema ironia: criar um site de relacionamento humano onde convivem um milhão de pessoas, mas não tem ninguém para adicionar. E a outra, vítima do primeiro bullying na internet, mas que, mesmo assim, comporta-se com dignidade (um detalhe importante: a menina que faz o papel de Erica Albright é Rooney Mara, que está em A Hora do Pesadelo e com Michael Cera, em Rebelde com Causa, agora lançado em DVD.

Bisneta do fundador do time New York Giants, ela vira estrela agora que foi escolhida para interpretar o papel título da versão americana de A Garota com a Tatuagem do Dragão, inspirado no primeiro livro da trilogia Millenium, de Stig Larsson, que aliás está sendo feito justamente pelo mesmo diretor de A Rede Social, David Fincher!

Como diz o cartaz americano: “você não consegue 500 milhões de amigos sem fazer alguns inimigos”, aqui se conta a história de Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg), que é um brilhante e jovem estudante (judeu) de Harvard. Embora tenha uma inteligência fora do comum (e que a utiliza mais como hacker), e esteja na nata intelectual dos Estados Unidos, é outra vítima da mentalidade Yuppie, onde o importante é ter ideias para ganhar dinheiro e ser milionário ainda jovem (há uma sequência em que vemos uma conferência com Bill Gates mostrando muito bem isso na figura de um estudante que, no fim da palestra, vai perceber quem era o conferencista!).

Mark é um nerd, ou um geek (dois adjetivos sem tradução),  que tem uma língua ferina, uma inveja dos outros mais bem-sucedidos (com as garotas, porque no fundo é isso que realmente importa na vida!) e que constrói tudo justamente para se vingar dos que o esnobaram (o preconceito não é racial, é social, ele é pretensioso, antipático, grosseiro, não se interessa por ninguém, não tem as graças sociais). Quando recebe um convite de colegas mais ricos e ainda mais esnobes para desenvolver um site de relacionamento entre as universidades da região, ele tem a ideia de expandir isso para algo ainda mais democrático e atraente que viria a ser o (The) Facebook (o tempo todo me perguntava: será que os americanos tão autocentrados não se deram conta do sucesso do Orkut no Brasil? Já demonstrando a probabilidade do Facebook, que é basicamente seu sucessor mais chique).

Enfim, o que o filme narra (e para quem busca ação pode ser até mesmo um pouco aborrecido, excessivamente falado) é a ascensão deste rapaz que não tem qualquer pudor em trair seu maior (digamos, único) amigo (Eduardo Saverion, personagem brasileiro, o que explica uns diálogos sobre o Brasil), feito por Andrew Garfield, alto, feio e bom ator, que já está se preparando para ser o novo Homem - Aranha). E se vê com dois processos simultâneos contra si (ao mesmo tempo em que se envolve com um vigarista, Sean Parker, famoso por ter inventado o Napster e interpretado corretamente pelo cantor e compositor Justin Timberlake).

Embora o roteiro tenha sido contestado em detalhes, ninguém nega que conte sinteticamente e com algumas liberdades inevitáveis, um fato real. E muito próximo da gente, que afinal de contas somos consumidores do produto que ele inventou. Não há um jovem estudante qualquer que lide com Internet e que não vai se identificar com os personagens (espero que não para imitá-los).

Nunca gostei muito de David Fincher, porque ele fez Clube da Luta, um filme moralmente discutível que provocou justamente no Brasil, um assassinato num cinema (onde morreu uma amiga minha). Eu vi o filme no Festival de Veneza e antes já cantava a bola de sua mensagem para as mentes mal formadas. De qualquer forma, Fincher está na linha de frente dos cineastas da atualidade em Hollywood.

Não deixa de ser curioso que o único roteirista creditado seja justamente um homem de televisão.

Aaron Sorkin, famoso originalmente por ter escrito a peça da Broadway e o roteiro que deu origem ao filme Questão de Honra (A Few Good Man, 1992, com Jack Nicholson e Tom Cruise) que se inspirou na irmã (juíza militar).

Tem tido desde então uma carreira muito versátil. Nasceu em Nova York, desde cedo se envolveu em teatro e artes, estudando na Universidade de Syracuse  e pensando em ser ator. Mas caiu em si e foi acertando como dramaturgo (peças como Removing All Doubt, Makinhg Movies). Também escreveu os roteiros dos filmes Meu Querido Presidente (95), com Michael Douglas e Annette Bening, Malicia (93), com Alec Baldwin e Nicole Kidman, e colaborou também em Inimigo do Estado (98), com Will Smith, A Rocha (96), com Nicolas Cage, Excesso de Bagagem (97) e sem crédito em A Lista de Schindler de Spielberg (93).

Curiosamente, seu maior sucesso tem sido, porém, produzindo e escrevendo séries de TV como a super premiada The West Wing (1999-2006), Sports Night (98) e a mal sucedida Studio 60 on Sunset Strip (2006-2007).

Escreveu ainda Jogos do Poder (Charlie's Wilson War, 07), com Tom Hanks e Julia Roberts.

Seu projeto mais recente esta em pós-produção Moneyball, de Bennett Miller, com Brad Pitt e Jonah Hill. A seguir viria a versão do musical Follies, de Stephen Sondheim, para 2012, ainda sem diretor previsto.

O elenco é especialmente bom. Jesse Eisenberg é candidato certo ao prêmio de melhor ator. O rapaz (nascido em 1983) está na medida certa, ferino, discreto, conseguindo passar as emoções contraditórias de um personagem difícil que a gente denominaria de canalha, mas que nem por isso deixa de ter um lado humano. Um triunfo para um ator que até agora não era levado a sério.

O filme comporta mais discussões, mas quem sabe o lugar certo seria o próprio Facebook, que virou febre por aqui (ultimamente, tenho aprovado cerca de 50 pessoas por dia!). Com o filme deve ainda aumentar." (RUBENS EWALD FILHO,

http://noticias.r7.com/blogs/rubens-ewald-filho/2010/12/02/estreia-a-rede-social-2/)

 

 

FAÇA COMO O CRÍTICO DE CINEMA

RUBENS EWALD FILHO:

NÃO COMPRE, NEM VEJA, JAMAIS

FILMES PIRATAS (eles são

fora-da-lei E PODEM DANIFICAR

OS SEUS APARELHOS DE TOCAR

VHS, DVD E BLU-RAY)!