HOW GOES THE ENEMY?
Por Cunha e Silva Filho Em: 05/08/2018, às 10H47
HOW GOES THE ENEMY?
Cunha e Silva Filho
Dois momentos, um epifânico, o outro anti.
O EPIFÂNICO. Ano de 2018. Caminhada no Maracanã. Manhã de domingo, com sol esmaecido. Muita gente. Cooper, ciclismo e turismo. De repente, numa bicicleta,um, moço risonho se aproxima de mim e diz: Ou, professor, como está? Parei a minha caminhada por alguns segundos e lhe respondi: tudo bem. E você?!Muito bem, mestre. Ainda está na Aeronáutica?, lhe perguntei. Não, deixei. Hoje, estou no Corpo de Bombeiros. Não lhe perguntei pela patente. Mas, sei que é oficial superior. Foi aluno meu de língua inglesa numa instituição militar federal.Menino bom. Nos despedimos desejando mutuamente sucessos e saúde. Era um aluno que me respeitava e estimava as minha aulas. Momento revelador o nosso encontro.
O ANTI. Anos 1970. Na sala de aula de um curso de preparação ao Artigo 99 e a exames vestibulares. O jovem professor de inglês e português de vinte e poucos anos dá uma aula. A turma é enorme. Um pouco de barulho. De repente, um aluno com cara de oriental me pergunta: O senhor é professor de inglês? Sim. Por quê? Não me respondeu. Momento disfórico. Sem elogios e nem despedidas.