[Flávio Bittencourt]
Henrique Marinho escreve sobre o imortal enxadrista José Raúl Capablanca y Graupera
"Todo meu embasamento teórico era aprendido na prática e de ouvido", afirmou Capablanca, em 1908.
"(...) Em 1972, [NO AUGE DA GUERRA FRIA] Reykjavík
(CAPITAL DA ISLÂNDIA)
foi a sede do campeonato mundial de xadrez
entre Bobby Fischer e Boris Spassky. (...)"
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Reiquiavique)
"(...) Também conhecido pelo apelido de Bituca, [MILTON NASCIMENTO] nasceu no Rio de Janeiro, filho de Maria Nascimento, uma empregada doméstica muito humilde, que foi mãe solteira. Tentou criar Milton, o registrou e o levou para a casa dos patrões, mas foi demitida e viu que não poderia criá-lo tamanha miséria a qual vivia. Sofrendo muito, entregou o filho para um casal rico criar. Milton, então, foi adotado. Sua mãe adotiva, Líliam Silva Campos, era professora de música. O pai adotivo, Josino Campos, era dono de uma estação de rádio. Mudou-se para Três Pontas, em Minas Gerais, antes dos dois anos e aos treze anos já cantava em festas e bailes da cidade. (...)"
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Milton_Nascimento)
BRASÃO DA CIDADE DE
REYKJAVÍK, ISLÂNDIA:
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Reykjav%C3%ADk)
Panorama do centro de Reykjavík
[onde entre julho e setembro de
1972 o estadunidense Bobby Fischer
enfrentou - e venceu - o soviético
Boris Spassky na disputa pelo
campeonato mundial de xadrez]
visto do hotel Saga:
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Reykjav%C3%ADk)
It`s not up to you / Björk
[CANTORA ISLANDESA,
NASCIDA E CRIADA EM REYKJAVÍK,
QUE CANTA EM, EM PORTUGUÊS,
TRAVESSIA, DE MILTON NASCIMENTO],
Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=q1bYbndfElA&feature=related
"(...) Björk nasceu e foi criada em Reykjavik, na Islândia. Seu pai, Guðmundur Gunnarsson, era um líder sindical e eletricista. Hildur Runa Hauksdóttir era sua mãe. Seus pais foram ativistas num protesto contra a construção de uma hidrelétrica no país.
Sua carreira musical começou quando ela tinha onze anos, com seu estudo de clássicos de piano na escola primária. Uma de suas gravações foi transmitida pela rádio nacional, depois de ouvi-la, um representante da gravadora Fálkinn contactou a família para oferecer um contrato de gravação.
Primeiros sucessos (1977–1986)
Aos doze anos de idade, Björk gravou o seu primeiro disco, com a ajuda de seu padrasto. Seu primeiro álbum solo, Björk, foi lançado em 1977 apenas na Islândia, mas já lhe rendeu um disco de platina. (...)"
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Bj%C3%B6rk)
"O Campeonato Mundial de Xadrez de 1972 foi a 27ª edição da competição sendo disputada entre o campeão Boris Spassky e o desafiante Bobby Fischer. A disputa foi realizada entre 11 de julho e 3 de setembro em Reykjavík num match de 24 partidas no qual Fischer sagrou-se o décimo primeiro campeão mundial. (...)"
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Campeonato_Mundial_de_Xadrez_de_1972)
Garry Kimovich Kasparov,
nascido em 1963 na cidade
de Baku, Azerbaijão (então
pertencente à União Soviética),
ex-campeão mundial de xadrez,
em 2007:
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Garry_Kasparov)
O EX-CAMPEÃO MUNDIAL
BORIS SPASSKY CONCEDE
SIMULTÂNEA EM 1989:
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Boris_Spassky)
"(...) O reinado de Boris Vasilievich Spassky como Campeão do Mundo durou apenas três anos, uma vez que perder o título para o americano Bobby Fischer em 1972. A disputa foi em Reiquiavique, capital da Islândia, no auge da Guerra Fria e consequentemente foi vista como um símbolo da confrontação política existente. Fischer ganhou e Spassky voltou para a URSS em desgraça; apesar disso, Spassky continuou a jogar e ganhou vários campeonatos, incluindo o Campeonato Soviético em 1973. (...)"
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Boris_Spassky)
"DEPOIS DE UMA DERROTA (verdadeiramente
NACIONAL) NA ISLÂNDIA, EM 1972, QUE SE PODE COMPARAR,
mutatis mutandis, À TRAGÉDIA DE 1950 DO FUTEBOL BRASILEIRO,
SPASSKY NÃO SE DEIXOU ABATER - e formidavelmente venceu o
Campeonato da URSS de 1973!"
(COLUNA "Recontando...")
TORNEIO NA CIDADE DE FORTALEZA,
ESTADO DO CEARÁ, BRASIL
(na foto, aparece o mestre dos
mestres do xadrez mundial
J. R. Capablanca):
"Capablanca prossegue em alto nível
As disputas pelo título do XXV Memorial Capablanca permanecem equilibradas e o título de campeão está plenamente aberto, tendo pelo menos seis enxadristas aptos a conquistá-lo.
O nível das contendas e o ambiente de muito respeito entre jogadores e espectadores facilita o trabalho da arbitragem, que está sendo comandada pelo experiente Antônio Bezerra.
O XXV Memorial Capablanca é um torneio enxadrístico promovido pelo BNB Clube de Fortaleza com apoio do Banco do Nordeste do Brasil. (...)"
(http://xadrezcearense.com.br/?p=696)
MILTON NASCIMENTO, CANTOR E COMPOSITOR
BRASILEIRO cuja música Travessia faz parte do
repertório da notável cantora da Islândia Björk:
(http://uipi.com.br/destaques/destaque-1/2012/05/19/milton-nascimento-se-apresenta-em-uberlandia/)
"Björk Guðmundsdóttir (ˈpjœr̥k ˈkʏðmʏnstoʊhtɪr) (Reikiavik, Islandia, 21 de noviembre de 1965) es una cantante y compositora islandesa así como actriz ocasional. Inicialmente fue vocalista del grupo The Sugarcubes, para después emprender una carrera como solista.
Es reconocida por su expresiva y potente voz, así como por sus composiciones innovadoras y desafiantes, en las que así como en su canto, se denota una influencia ecléctica de muchos géneros, que van desde la música clásica, pasando por el folklore y la electrónica, y por supuesto el jazz y el pop.
Según su compañía de discos One Little Indian, Björk ha vendido más de 15 millones de álbumes,1 además de ser nominada al Oscar a la mejor canción por la película Dancer in the Dark, 13 nominaciones al Grammy, el galardón a la Mejor Actriz en el Festival de Cine de Cannes y en el 2010, fue galardonada con el Polar Music Prize, prestigioso premio que concede la Real Academia de Música de Suecia, por 'su música y letras profundamente personales, sus arreglos precisos y su voz única'. (...)"
(http://es.wikipedia.org/wiki/Bj%C3%B6rk)
Björk [UMA DAS
MUNDIALMENTE MAIS
CONHECIDAS CANTORAS
DA ISLÂNDIA] cantando
em Português - Travessia
de Milton Nascimento,
Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=zLK31JP4cd8&feature=related
The Championship Season: Bobby Fischer in 1972.
(http://www.chessgames.com/perl/chessplayer?pid=19233)
BJÖRK E MILTON NASCIMENTO:
Foto: Cleomir Tavares/Photo Rio News
(http://musica.terra.com.br/timfestival2007/interna/0,,OI2026639-EI10160,00.html)
"FELICIDADE, PROSPERIDADE E PAZ
A TODOS OS POVOS DO PLANETA!"
(COLUNA "Recontando...")
PROMESSA DE PAZ, FRATERNIDADE ENTRE
OS POVOS E FELICIDADE NO MUNDO:
O EX-CAMPEÃO MUNDIAL DE XADREZ RUSSO
G. KASPAROV, DESPRENDIDAMENTE,
CITOU CERTA VEZ UM ESCRITO DO EX-CAMPEÃO MUNDIAL
DE XADREZ ESTADUNIDENSE R. FISCHER A RESPEITO
DA GENIALIDADE DO CUBANO J. R. CAPABLANCA,
como lembrou Henrique Marinho em importante
artigo sobre Capablanca (no artigo, o aspecto
ressaltado é o especificamente enxadrístico,
sendo nossa a consideração [PACIFISTA,
assim espero] sobre as abordagens
não-sectariamente-ideológicas tanto de
Kasparov, quanto de Fischer "
(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")
"O DOCUMENTÁRIO VIDEOCINEMATOGRÁFICO
CAPABLANCA, EL REY, ALÉM DE EXIBIR UMA
CONTEXTUALIZAÇÃO DE EVIDENTE
VALOR HISTORIOGRÁFICO, É BELO,
RIGOROSO E COMOVENTE.
CAPABLANCA VIVE,
VIVA CAPABLANCA!"
(O RESPONSÁVEL POR ESTA COLUNA
"Recontando estórias do domínio público")
MIKHAIL CHIGORIN, ENXADRISTA RUSSO DO PASSADO:
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Mikhail_Chigorin)
W. STEINITZ, NASCIDO EM PRAGA
(IMPÉRIO AUSTRO-HÚNGARO, HOJE
CAPITAL DA REPÚBLICA TCHECA)
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Wilhelm_Steinitz)
"A INAUGURAÇÃO DO CLUB DE AJEDREZ DE HAVANA, CUBA, ACONTECEU EM 1885. EM SEUS SALÕES JOGARAM CHIGORIN, O PAI DA ESCOLA RUSSA, STEINITZ E VÁRIOS OUTROS EXPOENTES DO XADREZ MUNDIAL DAQUELA ÉPOCA."
(DADOS COLHIDOS NO MAGNÍFICO DOCUMENTÁRIO CUJO ENDEREÇO NA WEB - vídeo do Youtube - ESTÁ INDICADO A SEGUIR)
Capablanca, El Rey,
Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=L0uKcXI0VJw,
onde consta o seguinte comentário,
emanado da pessoa que se assina "COJIMERO59":
"Excelente documental sobre la vida de José Raúl Capablanca. Abarca desde su infancia hasta su muerte, los detalles sobresalientes de este ajedrecista excepcional."
"HENRIQUE MARINHO MOSTROU-NOS,
SEM FRISAR MUITO A CONCLUSÃO
NATURAL DE SUA CITAÇÃO, QUE
O DESPORTO (qualquer desporto,
digamos...) ESTÁ ACIMA DAS IDEOLOGIAS,
(tal assertiva, certamente mais
política do que desportiva [ou enxadrística,
propriamente] elaboramos nós, agora,
depois de tantos autores que com
essa ideia concordam - e que, há
milênios [DESDE OS JOGOS OLIMPICOS
GREGOS DA ANTIGUIDADE]...) isso mesmo
ou algo semelhante já afirmavam -,
UMA VEZ QUE (fato que desconhecíamos)
O EX-CAMPEÃO MUNDIAL DE XADREZ RUSSO
G. KASPAROV, DESPRENDIDAMENTE,
CITOU UM ESCRITO DO EX-CAMPEÃO MUNDIAL
DE XADREZ ESTADUNIDENSE R. FISCHER A RESPEITO
DA GENIALIDADE DO CUBANO J. R. CAPABLANCA"
(O RESPONSÁVEL POR ESTA COLUNA "Recontando..."
DO PORTAL ENTRETEXTOS)
Bobby Fischer - Documental (Biografía en Español),
Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=tuBQMksCKxE&feature=related,
onde se pode ouvir (em espanhol; a tradução a seguir
apresentada é nossa):
"(...) [EM 1972, NO AUGE DA ASSIM CHAMADA GUERRA FRIA] O ACONTECIMENTO DE REYKJAVÍK (ISLÂNDIA) [CAMPEONATO MUNDIAL DE XADREZ] NÃO ERA UMA MERA PARTIDA DE XADREZ: TUDO APONTAVA UMA (...) CONFRONTAÇÃO ENTRE IDEOLOGIAS POLÍTICA EM PÉ DE GUERRA. NÃO SE TRATAVA SIMPLEMENTE DE DUAS PESSOAS MOVENDO PEÇAS NUM TABULEIRO, ERA UM ENFRENTAMENTO EM ESCALA INTERNACIONAL. AQUILO GEROU UM GRANDE INTERESSE guerra fria === em edição === PORQUE SE TRATAVA DOS ESTADOS UNIDOS CONTRA A UNIÃO SOVIÉTICA. (...)"
"(...) Com essa visualização da partida Capablanca jogava "com
tal brilhantismo o meio-jogo que a partida já estava decidida
antes do final, ainda que muitas vezes seus adversários nem
se dessem conta disso" (Fischer apud Kasparov p.355). (...)"
Henrique Marinho, artigo adiante === em edição ===)
WILHELM STEINITZ E LASKER EM UMA
DAS PARTIDAS EM NOVA IORQUE:
EMANUEL LASKER
(1868 - 1941):
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Emanuel_Lasker)
"HÁ UMA FOTO IMPRESSIONANTE DE CAPABLANCA
JOGANDO XADREZ COM SEU PAI, QUANDO O
FUTURO CAMPEÃO MUNDIAL TINHA APENAS 4 ANOS
DE IDADE. ISSO SIGNIFICA QUE DESDE A ASSIM
CHAMADA PRÉ-ESCOLA JOGOS DE ESTRATÉGIA
PODERIAM SER ADOTADOS EM COLÉGIOS, EM
BENEFÍCIO DO DESENVOLVIMENTO DA INTELIGÊNCIA
DE MENINOS E MENINAS, HAJA VISTA QUE NEM TODAS
AS CRIANÇAS JOGAM EM CASA COM PESSOAS QUE
LHES SÃO PRÓXIMAS"
(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Ra%C3%BAl_Capablanca)
"UM DOS MOMENTOS MAIS BELOS DA HISTÓRIA DO XADREZ
FOI QUANDO LASKER (então campeão mundial), AO ACEITAR
COLOCAR EM DISPUTA O TÍTULO MUNDIAL (adrede aceitando
ser derrotado, uma vez que ele previa o resultado final...),
AFIRMOU - fato monumentalmente espantoso! - QUE CAPABLANCA
JÁ PODIA SER CONSIDERADOO CAMPEÃO MUNDIAL E ELE,
E. LASKER, ERA O "DESAFIANTE". ISSO SIGNIFICA QUE QUEM
DECLAROU CABAPLANCA CAMPEÃO MUNDIAL FOI,
ANTES DOS JOGOS, O ENTÃO CAMPEÃO LASKER.
MORAL DA ESTÓRIA: NÃO SE É COROADO CAMPEÃO
(em qualquer esporte) APENAS "dentro das quatro linhas",
OU, NO CASO DO XADREZ, DIANTE DE UM TABULEIRO E
UM RELÓGIO DE XADREZ, MAS FORA DOS GRAMADOS, PISTAS DE
CORRIDA, TABULEIROS, POR DECLARAÇÃO DE QUEM RECONHECE
UMA SUPREMACIA, DESDE QUE ESSE RECONHECIMENTO TENHA
EMANADO DE QUEM TEM AUTORIDADE PARA PROFERIR TÃO
MAGNÍFICA COROAÇÃO - e tão grandiosamente honesto
aplauso a adversário melhor"
(COLUNA "Recontando...")
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Ra%C3%BAl_Capablanca)
Em 1º de junho de 2011, o enxadrista e pesquisador da história
do xadrez Henrique Marinho proferiu uma conferência magistral
no Clube de Xadrez de Curitiba, Estado do Paraná, Brasil
"SE A RECONTADÍSSIMA ESTÓRIA DO PAI DE CAPABLANCA
TENTANDO FAZER JOGADA IRREGULAR AO JOGAR COM
FILHO DE 4 ANOS SUPERDOTADO INTELECTUAL NÃO
ACONTECEU, ao menos essa é uma das mais engraçadas
estórias da história do xadrez, porque a "MORAL DA ESTÓRIA"
não é, absolutamente, "NÃO TENTE ENGANAR GÊNIO
PEQUENININHO", mas, "SE VOCÊ FOR TENTAR ENGANAR
UM GÊNIO DE 4 ANOS, DEPOIS ELE VAI REPETIDAMENTE
EXPLICAR PORQUE VOCÊ SE ENGANOU NA MOVIMENTAÇÃO
DE CERTA PEÇA, VALE DIZER QUE VOCÊ VAI PASSAR
DE PROFESSOR A ALUNO DE CRIANÇA DE TENRA IDADE"
(*risos*)
(COLUNA "Recontando...")
"(...) Em 1920, Lasker verificou que Capablanca estava demasiado forte para ele, e desistiu do seu título em favor deste dizendo que "Você ganhou este título não através dum desafio formal, mas através das suas brilhantes capacidades." Apesar disso, Capablanca queria vencer num match, mas Lasker insistiu que ele próprio é que era o desafiante, que se disputou em Havana em 1921, o resultado cifrou-se em +4 -0 =10. O feito de ganhar o título de campeão do mundo sem derrotas só tem paralelo na vitória de Vladimir Kramnik sobre Garry Kasparov +2 -0 =14 em 2000. (...)"
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Ra%C3%BAl_Capablanca)
"(...) Capablanca é referido por vários historiadores da modalidade como o Mozart do xadrez, uma vez que o seu brilhantismo desde cedo se evidenciou.
Aos quatro anos teria aprendido as regras do xadrez simplesmente observando o seu pai a jogar. Conta-se que Capablanca teria visto o seu pai fazer uma jogada ilegal com o cavalo, acusando-o de fazer batota [USAR DE PROCEDIMENTO IRREGULAR] e seguidamente explicando-lhe o que teria feito.
Com doze anos de idade Capablanca derrotou o campeão de Cuba, Juan Corzo, obtendo o resultado de 4 vitórias, 2 derrotas e 6 empates. (...)"
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Ra%C3%BAl_Capablanca)
HOMENAGEANDO O POVO DE HAVANA, REPÚBLICA DE CUBA,
O POVO DE BARLINEK, REPÚBLICA DA POLÔNIA (onde nasceu E. Lasker), E
O POVO DE PRAGA, REPÚBLICA TCHECA (onde nasceu W. STEINITZ),
REYKJAVÍK, onde nasceu e foi criada
RIO DE JANEIRO, onde nasceu MILTON NASCIMENTO
TRÊS PONTAS, ESTADO DE MINAS GERAIS, BRASIL, onde foi criado MILTON NASCIMENTO
EM MEMÓRIA DO ENXADRISTA CUBANO
CAPABLANCA E DE SEU GENITOR SR. === em edição === E DO
ENXADRISTA POLONÊS EMANUEL LASKER (1868 - 1941)
WILHELM STEINITZ
Wilhelm (mais tarde William) Steinitz (1836 - 1900)
Boris Spassky
Robert Fischer
E
AGRADECENDO A HENRIQUE MARINHO E AOS
SENHORES DIRETORES DO CLUBE DE XADREZ DE CURITIBA
POR TEREM DISPONIBILIZADO, NA INTERNET,
A MAGISTRAL CONFERÊNCIA DO CITADO PESQUISADOR
Garry Kasparov
Björk Guðmundsdóttir (cantora islandesa)
Milton Nascimento
"Ciclo de Palestras do Clube de Xadrez de Curitiba - 01 de Junho de 2011
XADREZ OPERACIONAL
CAPABLANCA, GÊNIO "OPERATIV"!
Henrique Marinho
BREVES DADOS BIOGRÁFICOS
Capablanca nasceu em Havana em 19 de novembro de
1888. Foi campeão mundial de 1921 a 1927 e morreu aos 53
anos, no dia 8 de março de 1942, em New York.
O 3.º Campeão Mundial, entre 1910 (New York) e 1939
(Buenos Aires) jogou 584 partidas em 43 competições oficiais
(37 torneios e 6 matchs) com 297 vitórias (51%); 36 derrotas
(6%) e 251 empates (43%) ou 72% de eficiência. Em
torneios foram 485 partidas: ganhou 271 (56%); perdeu 26
(5%) e empatou 188 (39%); em matchs foram 99 partidas:
ganhou 26 (26%), perdeu 10 (10%) e empatou 64 (64%).
Em 1908 fez um giro pelos EUA durante dois meses jogando
560 partidas simultâneas (540 vitórias; 12 derrotas; 8
empates) e 130 partidas exibições contra campeões e destacados
enxadristas americanos (126 vitórias; 2 derrotas; 2 empates),
excursão que teve imensa influência no desenvolvimento
de seu xadrez: "Todo meu embasamento teórico era
aprendido na prática e de ouvido" (Capablanca em 1908).
No Torneio de New York 1916 foi derrotado por O. Chajes
em 10/02/1916. Voltou a perder no Torneio de New
York 1924 ante Ricardo Reti no dia 21/03/1924, completando
8 anos sem perder uma única partida. Nesse período
jogou 92 partidas: 61 vitórias (66%) e 31 empates (34%).
Capablanca "é uma das figuras mais admiradas e lendárias
da história do xadrez" (Kasparov 2004, p.235). Não é costume
dizer "GM Capablanca" tão grande é o personagem ante
seu título! Basta dizer Capablanca, e se alguém desejar enfatizar
sua grandeza ... então diga: "José Raul Capablanca"!
DOUTRINA "ESTRATEGIA & TÁTICA"
Os ensinamentos de Steinitz, popularizados por Tarrasch
reafirmando a "doutrina estratégia & tática", não chegaram
como tal até o Brasil. Entretanto, em 1943, no Rio de Janeiro,
foi publicado "Jogo de Posição", de Erich Eliskases, com
290 páginas que, traduzida do alemão de manuscrito inédito,
teve o mérito de vulgarizar as teorias de Steinitz entre nós,
sobretudo depois de difundida por diversos autores nacionais
que fizeram a cabeça de gerações e gerações de enxadristas
brasileiros. De certa forma até os dias de hoje ainda é visível
a influência de Eliskases no pensamento posicional do enxadrista
médio brasileiro.
A contribuição de Capablanca foi pontual, restrita a questões
posicionais claras e concretas como é o caso dos peões
colgantes, do ataque de minorias e da maioria de peões na ala
de dama, temas estes que por influência de Eliskases passaram
para o acervo steinitziano. Penso que a ausência de Capablanca
na didática geral se deu pela dificuldade do entendimento
de seu pensamento e estilo de jogo, inclusive por influência
dos tratadistas nacionais todos eliskaseanos.
DOUTRINA "ESTRATEGIA, OPERAÇÕES & TÁTICA"
Capablanca não era um jogador de ataque, nem um jogador
de defesa: jogava como Morphy, mas sem os ataques
combinatórios deste. Especulava como Tal, mas sem os seus
caóticos sacrifícios. Capablanca era um jogador posicional diferente
do modelo "Steinitz/Tarrash/Eliskases" ou mesmo
do modelo hipermoderno-profilático de Nimzowitsch.
Quando se fala em jogador de ataque na tradição eliskaseana
(aqui no Brasil) fala-se em jogador tático! Se em jogador
posicional, que englobaria o defensivo, se o define como jogador
"estratégico"! O que seria então um "jogador posicional"?
Um espécime entre o "jogador estratégico" e o "jogador
tático"? Como admirador de Capablanca e em busca de
uma definição, ficava na dúvida: seria Capablanca um jogador
estratégico ou um jogador tático?
Como não conseguia imitar Capablanca, este foi sendo esquecido
e essa questão passando para o mundo abstrato dos
conceitos onde procurava algo, além da estratégia e da tática,
para explicar o xadrez em geral. Cheguei à necessidade de
separar a estratégia da tática o que aconteceu em 1979 com o
termo "operativ", mas antes tive de passar pelo xadrez romântico
(1961-1962), depois pelo eloquente xadrez dinâmico
de Tal (1963-1970) e depois mais 8 anos no "limbo"!
"Capablanca ganhava suas partidas principalmente porque
pensava em termos gerais que eram desconhecidos para a
maioria de seus adversários" (Kasparov 2004, p.274). Quais
eram estes "termos gerais" se o próprio Kasparov, do alto de
seu áspero criticismo, não respondeu?! Então respondo eu:
Capablanca era um gênio "operativ"!
"ESTRATAGEMA DE CAPABLANCA"
[QUEIRA VOSSA SENHORIA VER
A POSIÇÃO DO TABULEIRO, POR FAVOR,
EM:
http://www.cxc.org.br/arquivos/Capablanca%20genio%20operativ.pdf
(primeira página do artigo de Henrique Marinho)
D1: Fahndrich, H. & Kaufmann, A. versus
Capablanca. J.R. & Reti, R.; Viena 1914
Vi este lance marcante lá no distante 1958! A
idéia era tirar a mobilidade das torres brancas na ala de dama
para negras poderem jogar livremente.
Defende o peão mas o lance poe fim a toda mobilidade
da torres brancas na ala de dama. Lasker havia sugerido
27.b3 com maiores chances de empate, mas gostou tanto
do "estratagema de Capablanca" que o aplicou justamente
contra seu próprio criador!
D2: Capablanca, J.R. - Lasker, E.
11.ª Partida do Match, Havana 1921
Lasker ameaça f5 seguido de c3, g5 etc.
Se 34...f5 35.g3+! e ganha. Por exemplo:
35...h8 36.e5+ g8 37.b5 c7 38.g5 e7 39.c4
g6 40.g3 e se 40...c8 41.xe6! xe6 (não 41...xc4
42.b8+) 42.xd5 ganhando.
O "estratagema de Capablanca" para forçar
g3 e a dama não mais poder dar xeque nessa casa.
Para evitar as ameaças f5 e f4, faz o corte da linha
exterior de comunicações-LEC da dama branca na coluna-g.
O "estratagema de Capablanca" também a mim havia causado
uma grande impressão tanto que no mesmo ano de seu
aprendizado, 1958, o apliquei na seguinte partida:
D3: Aranha, T. - Marinho, H.
Torneio ACEC, Campinas, Dezembro de 1958
Havia ganho um peão numa cilada de abertura, mas para
avançar com a maioria de peões na ala de rei tinha de quebrar
a mobilidade das torres brancas na ala de dama.
Diante da mobilidade
das torres brancas, neste momento me lembrei do
"estratagema de Capablanca" e joguei:
Ataca c4 obrigando sua defesa.
Após o qual cessa a mobilidade branca na ala de
dama e deixam negras livres para atuarem na ala oposta.
"Tudo muito simples", diria Kasparov tomando meus lances
como uma aplicação do "estratagema de Capablanca"!
Pensando assim tudo não passa de uma cópia material da
idéia de Capablanca, algo totalmente carente daquela essência
de seu pensamento profundo que fazia a integração sistêmica
da idéia ("estratagema de Capablanca") no conjunto da
competição em geral e da partida em particular.
Também eu não percebia nada disso àquela época, somente
acontecendo 20 anos depois em pleno 1979! Com efeito,
é correto dizer "estratagema de Capablanca" como algo de
aplicação eventual no aqui e agora desta ou daquela posição,
mas podemos ver o mesmo fato de um ponto de vista sistêmico:
nesse caso o "estratagema de Capablanca" se insere no
contexto geral da partida como "defesa filosófica" e daí às
novas propostas lógicas, mas isto já é outro assunto!
"Para seus contemporâneos a clareza de estilo de Capablanca
era provavelmente mais assombrosa que o jogo mágico
de Lasker: aquilo que Lasker produzia no tabuleiro era
inexplicável, ao passo que aqui tudo era tão simples! Para
Capablanca nada era complicado ou inexplicável numa partida!
Qual era a base desse fenômeno? O cubano traquilamente
jogava aberturas clássicas, instantaneamente captava a essência
da posição e então jogava por instinto, fazendo, se necessário,
cálculos breves porém precisos, e, às vezes, demonstrando
idéias profundas. E isso provou ser o suficiente
para derrotar quase todos os jogadores do mundo. O paradoxo
é que a contribuição de Capablanca para o desenvolvimento
do xadrez é muito menos óbvia que a de seu contemporâneo
Rubinstein, um verdadeiro inovador que estabeleceu
os pilares da teoria moderna. Não obstante, a percepção
posicional, suas "petite combinaison" e sua técnica apurada
constituíram um material instrutivo essencial para todas as
gerações subsequentes de jogadores, incluindo, é claro, futuros
campeões mundiais" (Kasparov p.256).
Esta é a dificuldade chamada Capablanca: nada do que faz é
óbvio mas sua obra, ainda que desconhecida, é misteriosamente
instrutiva, até para campeões mundiais, um paradoxo.
Na verdade tudo isso acontece porque percebemos a forma
(estratagema de Capablanca) mas não entendemos o conteúdo
(operações de defesa filosófica), logo não conseguimos jogar
como Capablanca fazia, nem saber porque ele vencia e
tudo acabava resumido e explicado pela conjuntura do "fenomenal"!
Mas agora, atentos para o viés sistêmico das ações de
Capablanca podemos começar a desvendar o que seria a sua
famosa "força sobrenatural".
O FINAL COMO SUPEROBJETIVO
"Para o estudo e prática do xadrez convém dividir a partida
em três partes a saber: a abertura, o meio-jogo e o final. Estas
três partes estão intimamente ligadas umas às outras e seria
um grave erro estudar a abertura sem considerar o meiojogo
e o final. Da mesma maneira seria um erro estudar o
meio-jogo sem ter em conta o final. O raciocínio anterior
demonstra claramente que para se aperfeiçoar no xadrez
deve-se estudar antes de tudo o final, pois o final pode ser estudado
e aprendido por si só, enquanto o meio-jogo e a
abertura devem ser estudados unicamente em relação ao final"
(Capablanca 1942, p.14). Pensamento magistral cujo
cerne, "o final pode ser estudado e aprendido por si só", causa
uma profunda impressão!
Capablanca ensina que o final (estrutura da partida) está
relacionado com o objetivo final da partida (estratégia), geralmente
a vitória, no máximo o empate! Porque nos finais
as coisas já estão claras e isto é uma garantia da correção do
rumo! Dito em outros termos: a "estratégia" (o final & resultado
esportivo) está definida, restam as "operações" (chegar
no final e desenvolver esse final rumo a seu resultado esportivo)
e a "tática", os momentos da conquista do final e depois
do resultado esportivo propriamente dito. A posteriori tudo
é claro como o estilo do cubano, mas a priori nada é óbvio!
Percebendo a forma sem entender o conteúdo, novamente
vem a campo os tratadistas eliskaseanos ensinando que a partida
de xadrez divide-se em abertura, meio jogo e final! Em
nenhum momento perceberam Capablanca tomando o final
(estrutura) como objetivo estratégico de suas partidas, um
objetivo estratégico imediatamente anterior ao objetivo final
da partida, portanto um objetivo intermediário! Melhor dizendo:
Capablanca tomava determinado final (estrutura)
como "superobjetivo", o objetivo cuja conquista faz da conquista
do objetivo final da partida uma questão de técnica!
Como várias posições-tipo de final (finais temáticos) pertenciam
ao inventário operacional de Capablanca, é possível
que desde a abertura o cubano já visualizava qual final lhe seria
melhor para chegar à vitória e jogava nessa direção. Por
menos óbvio que isto possa parecer, a visualização dos finais
teve uma influência decisiva na condução da partida por Capablanca:
ele sabia onde chegar, logo o que fazer! "Ele [Capablanca]
sabia exatamente onde colocar as peças, e era como
se pudesse enxergar através da posição. Era por este motivo
que o cubano raramente perdia: superá-lo era quase impossível"
(Kasparov p.243).
Com essa visualização da partida Capablanca jogava "com
tal brilhantismo o meio-jogo que a partida já estava decidida
antes do final, ainda que muitas vezes seus adversários nem
se dessem conta disso" (Fischer apud Kasparov p.355).
A propósito vejamos este final brilhantíssimo:
[QUEIRA O NOBRE LEITOR LER A CONTINUAÇÃO
DESTE EXCELENTE ARTIGO EM
http://www.cxc.org.br/arquivos/Capablanca%20genio%20operativ.pdf]
(...)
http://www.cxc.org.br/arquivos/Capablanca%20genio%20operativ.pdf