Gravam da Internet as margens-páginas contra um povo herodes diverso brado retumbante
Por Luiz Filho de Oliveira Em: 28/07/2010, às 07H49
Luiz Filho de Oliveira
O poema abaixo não aconteceu por ocasião da morte desse jovem estudante morto na sala de aula por uma bala perdida. Não fiz poesia de acontecimento, a despeito de poder fazê-la. Por que não poderia sê-lo? Sem problemas. Não tenho nenhum deles com Carlos, só alguma poesia.
Por isso, este escrito: este poema já era vivo muito antes desse caso horrível, já estava escrito nos cadernos de minhas aulas de poesia (recebidas por ocasião de minha vinda a este sítio humano), já era grito & espanto há tanto tempo. Assim se-fez: um céu turvo de sangue de quanto mais vítima dessa catástrofe, que se-chame de “guerrilha urbana”. E é nesse Rio de Janeiro que governos brasileiros desejam fazer uma copa e outra olimpíada: piada infame. Me-lembra Tosh, incendiário: Politrick! Escrito também: Polititica!
Por tanto horror, este poema já estava escrito no quadro negro da educação brasileira, não com o lápis que o menino tinha às mãos, mas com as teclas que denunciam a falta de educação da polititica brasileira! Privado o público mais uma vez. Portanto, este poema:
Escolas públicas com o público privado da entrada
As carteiras são vagas para pobrezinhos,
mas estão vagas após uma bala ser achada
na sala, dentro do cérebro dum menino;
e, hoje, nela, há vermelho um quadro ainda,
escrito com palavras de política partida:
os professores estão em greve, na praça antiga.
E montam guarda (à noite) nas tavernas,
com paus, pedras, coquetéis e poemas;
desenrolando o Brasil a mesma gente lesa!