Gabriela Leite, criadora da dialética marca Daspu

A revolucionária grife carioca Daspu hegelianamente confronta-se com a marca burguesa Daslu, dos grã-finos de São Paulo. 

 

 

 

 

                            

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"Daspu faz moda pra mudar". (http://www.daspu.com.br/nos.swf)

(Reprodução do emblema: http://logopeia.wordpress.com/2009/03/25/periferia-da-comunicacao-daspu/

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O EMBLEMA DA CARÍSSIMA DASLU: sinais kitsch-burgueses, vale dizer, de gosto duvidoso (de realeza heráldica - uma letra 'D' no interior de coroa de louro inadequadamente coroada (encimada por coroa real) -, com lettering-assinatura "informal" 'Daslu', possivelmente "atualizante"), já que A BURGUESIA QUER SER ARISTOCRÁTICA, MAS NÃO CONSEGUE (fica evidente que o logo da DASPU é muito mais requintadamente aristocrático-popular - e formalmente harmonioso -, além de exibir silhueta de mulher esbelta, mas não vitimada por anorexia, o que significa que, também comercial-publicitariamente considerando, é um símbolo mais eficaz para promover vendas)

 

 

 

 

 

 

 

 

  

A ATRIZ CHRISTIANE TORLONI, DA TV GLOBO,

ENCARNOU UMA CORTESÃ DESLUMBRANTE, 

QUE SE APRESENTOU NO "CABARÉ DA LOLA" [a cafetina

Lola foi primorosamente interpretada por Vera Fischer],

MOVIMENTADO ESTABELECIMENTO DE LAZER PARA

CORONÉIS DE BARRANCO E OUTROS RICAÇOS

DA  época áurea da borracha, NA MINISSÉRIE TELEVISIVA 

AMAZÔNIA:  DE GALVEZ A CHICO MENDES

(a legenda acima digitada é da Coluna "Recontando...", já a foto está em: http://ofuxico.terra.com.br/materia/especial/2007/12/29/famosos-e-ecologia-68144.htm)

OBS. - A MARCA NOMINATIVA 'DALOLA' seria outro excelente nome para produtos industrializados,

verdadeira MARCA REGISTRADA DE FANTASIAS.

  

 

 

 

 

 

 

 

Lola: divina empresária do sexo na Manaus da época

áurea da borracha, com um D. Luis Galvéz Rodríguez de Arias

estupendamente mediunizado por José Wilker, na platéia do Teatro

Amazonas, opera house cabocla mandada construir pelo governador

negro Eduardo Gonçalves Ribeiro  - O Pensador - e inaugurada por seu

sucessor político, o governador Fileto Pires Ferreira, em 1896

[http://www.claratours.com/AC60.php]

(A legenda é desta coluna, mas a lendária foto consta em: 

http://www.claratours.com/AC60.php).

Gabriela Leite, CEO da DASPU, é a LOLA DA ATUALIDADE - ainda que

não seja cafetina -, como logo se conclui!

 

 

 

 

 

  

 

 

 

A escritora e administradora de empresas 

Gabriela Silva Leite, criadora da marca DASPU,

autografa seu livro a uma ajoelhada leitora

e admiradora. A Coluna "Recontando..." reverencia,

também de joelhos, sua conselheira existencial

e nume tutelar.

 

                                      

                                         A todas as prostitutas em atividade e às "polacas" e "francesas" da Manaus da época áurea da borracha

                                        À memória de Joel Silveira, autor de um dos mais importantes textos da história da literatura brasileira: "1943: Eram assim os grã-finos em São Paulo" [http://www.terra.com.br/istoedinheiro/317/estilo/317_pauliceia.htm]

                                        Para Chistiane Torloni, Vera Fischer, Glória Menezes (Marquesa de Santos no filme Independência ou Morte), Ana Paula Vieira, Luana Piovani, Rejane Santos, a cantora Marlene ["- MARLENE, EU TE ADOROOO!"], Maitê Proença, Luiza Lambertini e dezenas e dezenas de outras extraordinárias atrizes brasileiras que tão bem interpretaram prostitutas e cortesãs no cinema, no teatro e na televisão.

 

 

"(...) As meninas deveriam ter aposentadoria, bom ambiente de trabalho, com visita periódica da vigilância sanitária, além de férias - pois os donos das casas de programas mandam e desmandam. (...)". Gabriela Leite, trecho de entrevista adiante reproduzida

 

10.12.2009 - Lilás e amarelo são as cores da marca - Esta coluna encontra seus fundamentos últimos e mais urgentemente relevantes quando se confronta com seu pendor natural para anunciar - gratuitamente - todos os produtos e eventos da marca DASPU. As profissionais do sexo, com paciência pedagógica, mostram-nos o que significa "dar a volta por cima". É claro que a coluna RECONTANDO ESTÓRIAS DO DOMÍNIO PÚBLICO já imagina as marcas DOSMEN (dos mendigos), DOSLOU (dos loucos), DOSPRÊ (dos apenados: os presos), DASVIT (das vítimas de assédios morais, humilhações  e buyiling), DOSENF (dos enfermos), DOSABAN (dos idosos abandonados por suas famílias), DOSDEF (dos deficientes) e dos DOSEXCL (dos excluídos). As vendedoras da DASPU são comerciárias comuns. Mas suas patroas são respeitabilíssimas profissionais do sexo, lideradas pela escritora Gabriela Leite, uma das mentoras prático-teóricas deste despretensioso espaço de crítica literária, cinematográfica, marcária (emblemas) e discussão franca e aberta, como diria o muito tarimbado jornalista, pesquisador, ex-editor, ex-vereador, especialista em MPB e autor de biografias Sérgio Cabral (pai). A DASLU é marca registrada de fantasias (E POR ISSO É A "PATROCINADORA" - NÃO-PAGANTE - DESTA COLUNA).

COMPRE O LIVRO DE GABRIELA LEITE INTITULADO Filha, mãe, avó [e profissional do sexo]. A substituição de palavras fortes por expressões mais leves deve-se ao fato de que os textos aqui veiculados são muito lidos por crianças e adolescentes: estórias infantis, mitos indígenas, contos de fadas, fábulas de Esopo, La Fontaine, Millôr Fernandes e outros. A seguir está a sinope do livro, que se encontra do portal da DASPU na Web. A DASPU aceita pagamento em todos ou quase todos os cartões de débito e de crédito.

SE VC NÃO TEM DINHEIRO PARA CONSUMIR A GRIFE DASLU, COMPRE DASPU!

E SE VOCÊM TEM DINHEIRO PARA CONSUMIR A GRIFE DASLU, COMPRE DASLU E DASPU, mais DASPU do que DASLU!

:o)

 
"Filha, mãe, avó [e prostituta]

 
Ref. - Categoria LITERATURA PU  
Filha, mãe, avó [e prostituta]
Gabriela Leite

Quando decidiu virar prostituta, no início dos anos 70, Gabriela Leite estudava Filosofia na USP, curso para o qual havia passado em segundo lugar. Ex-aluna dos melhores colégios paulistanos, tinha um emprego de secretária e morava com a mãe. No livro Filha, mãe, avó [e prostituta], Gabriela conta, com franqueza e coragem, sua surpreendente trajetória, que culminou com a criação da famosa marca de roupas Daspu e da ONG Davida. PRAZO DE ENTREGA - 5 dias". (http://www.rumo.com.br/sistema/ListaProdutos.asp?IDLoja=11042&Det=True&IDProduto=1871420&q=Filha%2C+m%E3e%2C+av%F3+e+puta&1ST=1&Y=761513343778)

 

TODOS OS ASSUNTOS RELACIONADOS A ESSA MARCA MARAVILHOSA SÃO DE INTERESSE DESTA COLUNA. MANDE SEU RELATO E SUAS IMPRESSÕES SOBRE O ATENDIMENTO, PRODUTOS E EVENTOS DASPU PARA QUE ELES SEJAM AQUI DIVULGADOS. E-mails para [email protected].

LEIA O LIVRO DE GABRIELA LEITE E...

COMPRE DASPU! COMPRE DASPU! COMPRE DASPU!

 

===

NOTÍCIAS DASPU

"Rio, segunda-feira, 31 de agosto de 2009.

Daspu mostra coleção de Verão na Tiradentes
Céu fica lilás e amarelo para desfile da grife

Com ótimo público e forte interação modelos-plateia, a Daspu lançou nesta quarta, na Praça Tiradentes, Centro do Rio, a coleção de Verão 2010, Da Farofa ao Caviar. O sinal para o sucesso da noite surgiu no momento em que os modelos, já cercados de fotógrafos e cinegrafistas, deixavam o Teatro Carlos Gomes para caminhar por 100 metros até o centro da praça: eram 17h45, e o céu nublado de uma semana de chuvas se abria de azul.

"Quando atravessamos a rua entre o Carlos Gomes e a Praça Tiradentes, eu, no meu nervoso taquicárdico habitual antes dos desfiles Daspu, quando tenho o costume de olhar para o céu, vi um céu Daspu. Era lilás e amarelo”, disse emocionada a simpatizante da grife Ana Bia Andrade, libertando as cores da marca.

Poucos minutos depois, já anoitecendo, ela e os outros 26 modelos (15 mulheres, uma travesti e 11 homens) ganhavam de vez a liberdade de se apresentar com as roupas da grife de [profissionais do sexo]. Sobre um tapete vermelho, cercados de centenas de pessoas, os manequins foram arrancando palmas, exclamações, comentários e flashes de amadores e profissionais.

Leia mais e veja fotos em www. beijodarua.com.br". (http://www.rumo.com.br/sistema/noticias.asp?IDLoja=11042&Y=760282562752)

 

===

NOTÍCIA DE FEVEREIRO DE 2006 sobre a Daspu: REVISTA ISTO É DINHEIRO (22.2.2006)

 
Ana Paula Paiva
 
  Gabriela Leite, CEO da Daspu: “Não vai ser apenas uma moda de verão”
 
 
 
 


"Por dentro da Daspu
Como funciona a grife das prostitutas
que, de um sobradinho simplório na
Gloria (RJ), incomoda tanto a
poderosa butique Daslu



Por Christian Carvalho Cruz, do
rio de janeiro

Se você descer do táxi na rua Santo Amaro, uma ladeira tranqüila do bairro da Glória, no Rio de Janeiro, logo avistará um camarada grandalhão — sem camisa e de chinelos — imóvel feito um poste em frente ao número 129. Pergunte por Gabriela Leite e o sujeito será sucinto: “Lá no fundo”. Ele irá se mover apenas o suficiente para que você passe de lado, esbarrando no batente da porta. E depois de dez ou quinze passos pelo corredor mal iluminado desse sobradinho simplório você chegará ao coração da marca de moda mais falada do momento — a Daspu.

Ana Paula Paiva
 
  Ana, a vendedora: “A freguesia é
quase toda de São Paulo e Brasília”

Parida e gerida pela ONG DaVida, que atende prostitutas, a Daspu surgiu no final do ano passado como um soco no estômago da Daslu. A butique paulistana logo acusou o golpe. Notificou extrajudicialmente a DaVida para que ela escolhesse outro nome, pois Daspu “denegria” a sua imagem. Mas o tiro saiu pela culatra. “A Daslu deveria ter ficado quieta. Ao se manifestar, deu força a uma brincadeira que não deveria ter passado disso”, diz o consultor de marcas de luxo, Carlos Ferreirinha. Brincadeira? A Daspu é um negócio — ainda em gestação, mas um negócio. Tem fornecedor, clientes, funcionários e até business plan.

Na semana passada, o advogado da Daslu, Rui Celso Reali Fragoso, informou que avaliaria o impacto “das atividades da outra marca” por 120 dias e só então decidiria o que fazer. Mas a DaVida promete resistir se for necessário. “A gente só tem a agradecer a Daslu. Há 13 anos lutamos contra o estigma da prostituição e jamais despertamos tanto interesse como agora”, afirma o designer gráfico Sylvio de Oliveira, pai do nome Daspu e das estampas das requisitadíssimas camisetas da grife. Mas negócios são negócios, ele avisa: “Não vamos mudar o nome. A Daslu se chama Daslu porque suas fundadoras eram Lúcia e Lourdes, com ‘ou’. Semanticamente, nós estamos até mais certos do que eles”.

Da Glória para o mundo

A ex-prostituta Gabriela Leite, presidente da DaVida e agora CEO da Daspu, é uma senhora baixinha, de óculos meio grossos, sorriso fácil e que fuma um cigarro atrás do outro. Ao receber a reportagem de DINHEIRO em sua sala de 5 m², ela avisa: “Vou interromper nosso papo daqui a meia hora para dar entrevista a um jornalista inglês que está vindo para cá”. É... A Daspu está bombando. Pelas contas de Gabriela, cerca de mil camisetas foram vendidas (R$ 25 o modelo antigo, R$ 28 o novo) desde o seu lançamento, em dezembro. O site www.daspu.com.br recebe 3 mil visitas por dia — e os acessos não param de subir.

Tasso Marcelo/AE
 
  Beth Lago: A atriz participou do primeiro desfile da grife

Nem Dolce & Gabbana foi ao Olimpo tão rápido. Com 60 dias de vida, a Daspu já expôs suas camisetas no Fashion Rio, fez um desfile com a atriz Beth Lago liderando as prostitutas na passarela, despachou 300 peças para a rede de lojas Parceria Carioca e pediu ajuda ao Sebrae para elaborar um plano de negócios. “A Daspu não pode ser só uma moda de verão. Ela nasceu para angariar recursos aos projetos da ONG”, afirma Gabriela, que estudou Ciências Sociais na USP antes de se tornar prostituta “por pura porra-louquice”. Ela reclama da falta de diversidade por parte das empresas que praticam “a tal responsabilidade social”. “Já mandei projetos para C&A, Villares, várias empresas. Nunca deram retorno. Prostituta não tem vez, não.” Daí a idéia de um negócio auto-sustentável.

Entre 2003 e 2005, a DaVida recebeu R$ 329.238,00 do Programa Nacional de Aids, do Ministério da Saúde, um dos seus dois únicos patrocinadores. O outro é uma ONG alemã cujas doações ajudam a perfazer o orçamento anual de R$ 800 mil da DaVida, segundo Gabriela. Ela diz que o montante é insuficiente para tocar os projetos (de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis, um grupo de teatro, pesquisas, um jornal, etc.) da entidade. “Estamos ultimando um business plan que prevê a abertura de lojas exclusivas em parceria com investidores”, diz Gabriela. Em março ela vai completar a linha de produtos com vestidos, saias e outras peças. A idéia é vender não só para prostitutas (o site da Daspu adverte: “Não discriminamos mulheres de outras profissões”) e dividir a coleção em: Roupas de Batalha, inspirada nos modelos ousados que as meninas vestem no batente; Roupas de Lazer, “para ir a parques e praias”; Roupas de Folia, para festas e Carnaval; e Roupas de Ativismo, com mensagens sobre prevenção à Aids e a favor da legalização da profissão. Nesta última linha entram a recém-lançada camiseta com os dizeres “Somos más. Podemos ser piores” e outra para a Copa do Mundo, com a frase “Ser brasileiro não é para principiantes”.

O jornalista estrangeiro chegou. Enquanto Gabriela vai atendê-lo — ela fala inglês — é um bom momento para conhecer melhor as instalações da Daspu. Há um único banheiro (limpo e perfumado) e quatro salas, todas pequenas e abarrotadas de caixas, pastas, papéis e pôsteres de campanhas de sexo seguro colados nas paredes. A ONG tem 20 funcionários (remunerados e registrados em carteira). Numa das salas ficam as caixas de papelão com as camisetas, que são confeccionadas por uma fábrica carioca. E essa fábrica não faz caridade. Recebe em dia pelas encomendas. “Tudo o que ganhamos até agora foi reinvestido na produção”, conta Ana Cerqueira, funcionária da DaVida e vendedora-mór da Daspu. Ela diz que não está dando conta de atender a tantos pedidos. Ela passa o dia pendurada telefone ou respondendo e-mails de clientes. Já mandou Sedex até para os EUA. O comprador tinha pressa, pois queria embarcar num cruzeiro vestindo Daspu. A freguesia, diz Ana, é toda de classe média, principalmente de São Paulo e Brasília. “Acabamos de encomendar duas mil camisetas, mas não dá nem tempo de fazer estoque. As que chegam da fábrica já estão vendidas.”

Produto em falta

Isso criou um problema: o produto está em falta no principal mercado da Daspu, a Praça Tiradentes, no centro do Rio. Tradicional ponto de prostituição, é ali, durante os ensaios de sexta-feira à noite do bloco carnavalesco da ONG, o Prazeres da Vida, que Ana abre a mala e improvisa um varal para vender as camisetas. O bloco este ano vai trazer uma inovação: a Comissão de Fundos, formada por 20 mulheres usando um vestido vermelho cujo decote se abrirá até a parte de baixo do biquíni. By Daspu, é claro.

Ana pede licença para atender à campainha. É um motoboy que veio comprar uma camiseta Daspu — “tamanho G”, ele anuncia — para a patroa. “Esse negócio delas tem tudo para arrebentar”, diz o rapaz. “As de São Paulo não estão gostando, né? Também, o povão é simples. Lá é muito glamour”, completa, deixando todos sem entender direito o que ele quis dizer com “as de São Paulo”. O repórter pergunta o nome do cidadão. “Ih, deixa disso mérmão. Eu sou cristão, vai me complicar.” Mas cristão também faz negócio. O motoboy de Cristo dá a Ana um folheto da empresa em que ele trabalha: “A gente faz entrega na cidade toda. Vocês estão crescendo, se quiserem fazer uma parceria estamos aí”.

Ana nem sequer tem tempo de comemorar o aumento das vendas off-line e a campainha soa de novo. Dessa vez é um advogado de São Paulo. Esse dá o nome: Luiz Alberto Calil, “amigo do advogado da Tranchesi (Eliana Tranchesi, dona da Daslu)”. Calil, um homenzarrão de 1,90 e um tanto robusto, tenta experimentar a maior das camisetas. E se decepciona. “Não tem pra gordo. Vou levar só as encomendas dos amigos”, lamenta. Ele também quer filosofar sobre a Daspu: “Isso aqui é um achado. O povo brasileiro entristeceu com toda essa bandalheira na política. A Daspu resgatou a nossa alegria, nossa irreverência, além de ser um protesto contra a Daslu, que é muito esnobe”, diz ele.

Gabriela volta da entrevista com o repórter britânico. A CEO da Daspu veste uma bata cor-de-rosa choque, calça preta e tênis All Star florido amarrado com cadarço de crochê que ela mesma fez. Se ela é ligada em moda? “Ah, menino... Sou fashion victim, mas só compro em liquidação. Adoro jeans da M.Officer, sandálias da Arezzo”, conta. Mas não confunda o fashionismo com frivolidade. Gabriela é uma fera e está disposta a ir até o fim para fazer da Daspu um negócio rentável e um instrumento de cidadania — mas sem perder a irreverência jamás. 'Se não tiver mesmo jeito e precisarmos mudar de nome, já temos uma segunda opção. A Daspu vai virar Putique' ". (http://www.terra.com.br/istoedinheiro/440/negocios/dentro_daspu.htm)

 

===

ENTREVISTA RECENTE (novembro de 2009) COM GABRIELA LEITE, por Ezequiel Fagundes

Domingo, 01 de Novembro de 2009 

"Entrevista com Gabriela Leite. Fundadora da grife Daspu e diretora da ONG Davida 

"Em 2010, o PV vai acabar com a eleição plebiscitária" 

Pré-candidata a deputada federal pelo PV-RJ, Gabriela quer alavancar a candidatura presidencial de Marina Silva no universo das garotas de programa. Aos 58 anos, ela diz, em entrevista a O TEMPO, que poderá ser a primeira ex-prostituta a chegar ao Congresso.
Ezequiel Fagundes

De quem surgiu o convite para sua filiação ao PV?
Fiquei conhecida depois da fundação da grife Daspu. Tenho 30 anos de ativismo dentro do movimento social das prostitutas, que hoje conta com 32 associações em todo o país. Nessa trajetória toda conheci o Fernando Gabeira, que virou um grande amigo. O PV defende questões com as quais compactuo. Na verdade também já fui militante do PT, mas há muitos anos me desfiliei por vários motivos.

Então a senhora vai concorrer contra o deputado Fernando Gabeira em 2010?
De jeito nenhum. O Fernando Gabeira será candidato a senador, e eu, a deputada federal. A vereadora do Rio Aspásia Camargo vai concorrer ao governo do Estado pelo PV.

Como defensora dos direitos das garotas de programa, a senhora espera ter boa votação entre as prostitutas?
Acho que sim. Mas aqui no Rio de Janeiro eu tenho uma entrada muito forte, não só entre as garotas de programa, mas também em outros segmentos da sociedade carioca, como nas área da cultura, arte e entre os homossexuais. Estou aqui desde 1982, conheço um grupo de pessoas bem diversificado. Mas os homens também irão votar em mim, afinal eles já foram minha matéria-prima de trabalho.

Foi publicado recentemente na imprensa que a socialite paulista Ana Paula Junqueira vai levar a candidatura presidencial da ex-ministra Marina Silva (PV) até a alta classe paulista. A senhora pretende fazer o mesmo entre as garotas de programa?
Com certeza, sim. Até porque gosto muito da Marina Silva, que é uma pessoa forte, coerente e honesta. Sou uma militante partidária, estou no PV e levarei a minha candidata a presidente para todas as meninas a conhecerem. A entrada da Marina tira a sensação de que vamos caminhar para uma eleição plebiscitária. Em 2010, o PV vai acabar com a eleição polarizada entre PT e PSDB. E agora, com a Marina Silva, a agenda do meio ambiente passa a ser colocada pelos demais candidatos.

Como a senhora analisa a pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff (PT)?
Não é a minha onda. Antes de a Marina ser candidata, eu estava sem saber em quem votaria, mas na Dilma e no PT, com certeza, não voto. Não votaria de jeito nenhum.

A ex-ministra Marta Suplicy também se diz defensora das Políticas públicas voltadas para as mulheres. Ideologicamente, a senhora a considera uma aliada?
Não sou simpática a ela. A Marta tem um certo preconceito em relação às prostitutas. Nós já tivemos várias discussões públicas em debates. Não sei como ela está hoje, mas ela não me agrada.

A senhora defende que a profissão de garota de programa no Brasil seja regulamentada. Na sua opinião, as prostitutas deveriam ter carteira assinada, receber hora extra, 13º e FGTS?
Se for eleita, vou herdar um projeto de lei do Fernando Gabeira nesse sentido. Mas veja bem, não é tão simples assim regulamentar, por exemplo, a questão da carteira assinada, tendo em vista que estamos falando de uma das profissões mais antigas do mundo e que até hoje não foi legalizada. Com o apoio das meninas, a gente vai discutir se o regime da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) é ou não o mais adequado.

Quais são seus projetos para esse tema?
As meninas deveriam ter aposentadoria, bom ambiente de trabalho, com visita periódica da vigilância sanitária, além de férias - pois os donos das casas de programas mandam e desmandam. O problema é que o brasileiro está muito habituado, desde o governo Getúlio Vargas, a aceitar a carteira de trabalho como o único sistema para formalizar o emprego, mas não é bem assim. Hoje é legal qualquer lugar empregar uma pessoa pagando cachê por prestação de serviço, sem vínculo empregatício. A carteira assinada, com salário fixo, também pode ser um problema. Um salário fixo poderia ser ruim para as meninas em alguns casos.

A que a senhora atribui o fato de a profissão não ser legalizada?
O Congresso Nacional é extremamente conservador. Além do machismo, também existem Mulheres terríveis na Câmara e no Senado. Há muito lobby no Congresso, como o dos católicos e evangélicos. É necessário renovar a política.

Um projeto com esse teor já tramita no Congresso. A senhora acompanha a tramitação?
Ele está até hoje na Comissão de Legislação e Justiça, onde tem voto favorável do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) e contrário do deputado ACM Neto (DEM-BA). Com a composição que temos no Congresso, dificilmente será aprovado em plenário. Dizem que o Parlamento é o retrato da sociedade. Mas o Congresso de hoje não representa a sociedade como um todo, não está imparcial como deveria.

A senhora acha correto o terceiro setor receber financiamento público?
Nem muito a Deus, nem muito ao diabo. Tem que haver regras claras sobre isso. Há muitos deputados repassando recursos para ONGs por meio de emenda parlamentar. A ONG Davida não recebe dinheiro público.

Como a senhora se tornou defensora das causas relacionadas às prostitutas?
Meu sonho sempre foi viver na noite. Decidi começar a fazer programas, em São Paulo, aos 18 anos. Aí fui para Belo Horizonte, onde trabalhei por um ano no Hotel Lírio, na rua dos Guaicurus, e no Hotel Catete, na rua São Paulo. Virei prostituta por opção pessoal. Minha família era de classe média baixa, tínhamos casa própria e meu pai ganhava a vida como crupiê de um cassino, quando o jogo era permitido. Até que um dia fui trabalhar no Rio de Janeiro.

Em Belo Horizonte, a senhora tinha políticos entre seus clientes?
Não, porque eu trabalhava no baixo meretrício. Nessa época, início da década de 80, os políticos de Belo Horizonte frequentavam outros pontos. Fui para Minas porque queria conhecer outras áreas de prostituição. Quem entra para a prostituição em São Paulo ou no Rio acaba indo para Belo Horizonte um dia.

O TEMPO
POLÍTICA
2009-11-01  09:19:26" (http://www.maismulheresnopoderbrasil.com.br/jornais_geral.php?id=2614)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MODELOS DA DASPU:  novas operárias da moda brasileira, pessoas simples, dignas e elegantes, colegas de LA BÜNDCHEN e outras profissionais que desfilam no Brasil e no mundo

(a legenda é desta Coluna, a foto está, na Web, em: http://nofimtudoeumapiada.wordpress.com/2009/06/04/daslu-x-daspu/)

 

 

A CONCORRENTE DASLU, DE SÃO PAULO, CAPITAL: A ESFORÇADA MARCA CONCORRENTE, QUE NÃO SEGUE AS REGRAS DO GRAND MONDE DA MODA EUROPÉIA (proibições de participação, em desfiles, de modelos excessivamente magras): OS SINTOMAS DE ANOREXIA (*) DEVERIAM FAZER COM QUE OS SENHORES E SENHORAS EMPRESÁRIOS(AS) IMEDIATAMENTE DESSEM APOIO MÉDICO E PSICOLÓGICO ÀS MODELOS QUE APRESENTAM ESSE TIPO DE PROBLEMA DE SAÚDE (Reprodução da peça publicitária: http://blogdotop.wordpress.com/2009/07/14/daslu-em-salvador/)

(*) - Nota: [Leia, se tiver tempo e interesse, a notícia cujo título é "Modelos supermagras não pdoem desfilar em Madri", por Thaísa Carolina Yadnak, 21.9.2006, portal PERSONAL STYLIST, http://www.personalstylist.com.br/Colunas/Carolina%20Yadnak/supermagras/supermagras.htm]

 

   

 

 

"Silveira, Joel. Grã-finos em São Paulo e outras notícias do Brasil. Sem nome, 1946. 222 p". (http://acervos.ims.uol.com.br/php/level.php?lang=pt&component=37&item=56) 

 

 

 

"Dedicatória: 'Ao Mauricio, o mais simpático e inteligente dos meus credores, toda a estima do Joel. Rio, fevereiro de 46' ". (http://acervos.ims.uol.com.br/php/level.php?lang=pt&component=37&item=56)
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"(...) Muitas atrizes brasileiras viveram a [cortesã] Marquesa dos Santos [amante de D. Pedro I]: Em 2009, no teatro, Ana Paula Vieira; Luana Piovani em 2002 na minisérie Quinto dos Infernos; Rejane Santos em 2001 na minisérie Entre o Amor e a Espada; em 1987 pela cantora Marlene na novela Helena; em 1984 por Maitê Proença na minisérie Marquesa de Santos;em 1972 por Glória Menezes no filme Independência ou Morte e em 1917 por Luiza Lambertini no filme O Grito do Ipiranga. (...)".

(http://www.isabelvasconcellos.com.br/Mulher%20do%20Dia.htm)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FOTO DE CENA: GLÓRIA MENEZES E TARCÍSIO MEIRA SÃO, RESPECTIVAMENTE, A MARQUESA DE SANTOS E D. PEDRO I NO FILME INDEPENDÊNCIA OU MORTE, dirigido por Carlos Coimbra, recordista nacional de bilheterias de cinema, no Brasil, em 1972.

(http://www.meucinemabrasileiro.com/filmes/independencia-ou-morte/independencia-ou-morte.asp)

 

  

Gabriela Silva Leite

 

  

 

 

 

 

GABRIELA SILVA LEITE, PERSONALIDADE INTERNACIONAL, AO LADO DE PELÉ, RUBEM FONSECA, OSCAR NIEMEYER, MILLÔR FERNANDES, SÍLVIO SANTOS, ROBERTO CARLOS, ERASMO CARLOS, WANDERLÉA, O EX-PUGILISTA MAGUILA (Adilson José Rodrigues), CHICO ANYSIO, FERREIRA GULLAR, ÉDER JOFRE, LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, FERNANDA MONTENEGRO, RITA LEE, NELSON PEREIRA DOS SANTOS, CAUBY PEIXOTO, MARIA ESTER BUENO, SÉRGIO MENDES, PAULO COELHO, HENRIQUE MECKING (MEQUINHO), JOSÉ MOJICA MARINS, JOÃO GILBERTO, AUGUSTO DE CAMPOS, ZIRALDO, O FUTEBOLISTA KAKÁ (Ricardo Izecson dos Santos Leite), HEBE CAMARGO, CHICO BUARQUE, MILTON NASCIMENTO, CAETANO VELOSO, GILBERTO GIL, MARIA BETHÂNIA, GAL COSTA, O JOGADORES DE FUTEBOL RONALDO (O FENÔMENO) E RONALDINHO GAÚCHO, GISELE BÜNDCHEN E OUTRAS CELEBRIDADES BRASILEIRAS NÃO MENOS MERECEDORAS DE RECONHECIMENTO UNIVERSAL.

(Legenda: Coluna "Recontando..."; Foto: http://www.pbs.org/newshour/bb/health/july-dec03/brazil_7-16.html)

 

===

RECOMENDAÇÕES DE UM EDUCADOR MINEIRO

(ALBERTO FRANCISCO DO CARMO, EX-PROFESSOR DE FÍSICA DE 2º GRAU, ATUAL ENSINO MÉDIO, EX-CRONISTA DO JORNAL DE BRASÍLIA, SERVIDOR PÚBLICO APOSENTADO, ESTUDIOSO DE QUESTÕES AERONÁUTICAS E UFOLÓGICAS.)

Recebi via e-mail e, com a autorização do autor, transcrevo aqui suas recomendações bibliográficas.

 

(10.12.2009)

"Prezados amigos.
Para quem gosta de educação recomendo dois livros,que podem ser "pescados" por ai nos sebos e livrarias
Desde que descobri este pequeno livro, ainda rapaz, na Biblioteca Pública do Estado de Minas Gerais (rato de biblioteca precoce) acho-o fascinante. Pena que seja mal conhecido e pouco divulgado. Abaixo, uma resenha de um dos sites onde há referências,q ue fala por si. Mas quem me conhece sabe como eu já o citei. E com razão. Nele se encontram pistas de muitos vícios nacionais, inclusive e principalmete o vício da incoerência e superficialidade. Daria uma mini-série na TV, preferivelmente em co-produção com a Alemanha, etc. Ou um filme.
 
Já o segundo, de Graciete Batalha Nogueira, tem certa semelhança como memorial, mas é contemporâneo.É indispensável para ver, em terras estrangeiras, a questão do choque cultural, e deliciosas observações que só alguém "de fora" pode perceber num ambiente novo ou estranho.Desde livro faz parte um episódio hilariante,sobre o fracasso dessa portuguesa so se fazer entender por balconistas chinesas, quando apenas queria apenas comprar dois metros de seda branca...Alerta para quem vai dar suas voltas na China. Pode se dar mal...Também ótima a narração do ambiente em Maxau durante a chamada Revolução Cultural, ali bem ao ldo em território chinês.
  • Os Meus Romanos: Alegrias e Tristezas de uma Educadora Alemã no Brasil.
    Ina von Binzer, São Paulo, Paz e Terra. 1994.
     

    Como era a vida no Brasil do final do Império? Qual a visão que as pessoas tinham de si mesmas? Como um viajante estrangeiro percebia uma sociedade ainda em seus primeiros passos no "mundo moderno"? Essas são algumas das perguntas respondidas por Ina von Binzer, uma das muitas professoras européias contratadas para educar filhos de fazendeiros no Brasil. Como resultado de suas experiências no Brasil entre 1881 e 1884, escreveu este livro que simplesmente prende a atenção do leitor.
    Usando o pseudônimo de Ulla von Eck, a autora escreve uma série de cartas para sua amiga Grete na Alemanha, contando-lhe cada detalhe de sua rotina, seu trabalho como professora, os alunos, as escolas, os escravos, as festas, tudo o que possa parecer interessante a uma amiga que apenas sabe do Brasil por relatos de outros escritores viajantes. Ulla não se preocupa em ocultar detalhes talvez banais para a época pois quer mostrar a Grete as grandes diferenças de comportamento e ambiente encontradas no Brasil. E são esses detalhes banais do cotidiano que tornam o livro tão rico para quem quer conhecer melhor a história dessa época.
    E engana-se quem pensa que, sendo ainda moça (tinha apenas 22 anos quando veio ao Brasil), ela tenha se omitido das questões sociais, políticas ou econômicas. Ao longo das cartas pode-se ver diversas críticas ao sistema escravista, no qual aponta pontos negativos e positivos, descrições da vida social da elite e também questiona a convicção republicana de muitos.
    Resumindo, trata-se de uma leitura divertida e educativa que pode ser habilmente explorada pelo professor, trabalhando questões como trabalho escravo, influência européia no Brasil, fim do Império ou comparações entre a visão de um estrangeiro da época e de hoje.
    O livro é editado pela Paz e Terra e pode ser encontrado numa edição bilíngue (alemão/português) nas livrarias, ou ainda ser comprado via Internet.
 

'BOM DIA, S'TORA!' Diário duma Professora em Macau
GRACIETE NOGUEIRA BATALHA - Cole
cção Rua Central N.º 1 1991 - Português
425pp. / 23x16cm
Brochado com badanas
ISBN/ISSN:972-35-0107-4
A autora, professora do ensino secundário em Macau, relata-nos as dificuldades e sucessos dos seus alunos bem como as peripécias que preencheram 30 anos da sua vida e que nos fazem rir ou nos enternecem.

Prémio 'Fernão Mendes Pinto', atribuído pelo Instituto Português do Oriente, 1991.
http://memoria-africa.ua.pt/library/searchRecords/TabId/166/language/pt-PT/Default.aspx?q=TI%20Bom%20dia,%20s'torahttp://www.goodreads.com/user/new?remember=truehttp://www.amazon.com/Bom-dia-stora-professora-Portuguese/dp/9723501074http://www.bookfinder4u.com/detail/9723501074.html 

Cordialmente,  

Alberto Francisco do Carmo

Técnico em Assuntos Eduacionais-Iphan (Brasil) - Aposentado".

 ===

VOLTANDO A VERA FISCHER, JOSÉ WILKER, CHRISTIANE TORLONI E CIA. LTDA.:


"Estrelas na selva
Edição 321 - Nov/06

José Wilker, como Luis Galvez, no Porto de Manaus

Na semana em que Manaus completou 337 anos, a cidade foi invadida por 150 pessoas, entre elenco e produção, que vieram do Rio de Janeiro especialmente para as gravações da nova minissérie da Globo, Amazônia - De Galvez a Chico Mendes. A estréia está prevista para 2 de janeiro. Com direção geral de Marcos Schechtman e texto de Glória Perez, a trama faz um retrospecto da praticamente desconhecida história do Acre. A narrativa envolve a trajetória de três personagens: o espanhol Luis Galvez, que em 1889 tomou o Estado dos bolivianos e declarou a região uma nação independente; o gaúcho Plácido de Castro, que entre 1902 e 1903 encabeçou uma revolução para que o Acre fosse anexado ao Brasil; e o líder seringueiro Chico Mendes, assassinado em 1988 na cidade de Xapuri.

Na primeira fase de Amazônia, serão mostrados o auge do ciclo da borracha, no final do século 19, e os coronéis, donos dos imensos seringais. Apesar de suas terras estarem no Acre, era em Manaus que eles viviam, tinham seus negócios, suas casas e famílias. Por isso, atores e equipe técnica gravaram na capital amazonense.

José Wilker, que interpreta Galvez, desembarcou em Manaus na tarde do sábado, 21. No dia seguinte, foi a vez de Vera Fischer, que vive a cortesã Lola, sua amante. Os dois juntaram-se a Alexandre Borges, Débora Bloch, José de Abreu, Werner Schünemann, Tarcísio Filho, Malu Valle, Paulo Nigro, Juca de Oliveira e Ronaldo Dapes para rodar cenas às margens do Rio Negro e no Teatro Amazonas. No domingo, 22, boa parte do elenco ficou das 8h da manhã às 2h da tarde no Porto de Manaus, sob sol forte e calor de mais de 40ºC. 'O figurino de época contribui para que a gente quase se desmanche em suor', brincou Werner Schünemann durante um intervalo das gravações.

MAR DE FIGURANTES
Em uma das cenas, Plácido de Castro, um dos heróis da trama, vivido por Alexandre Borges, chega a Manaus para trabalhar como demarcador de seringais. Ele é recebido pelo jornalista Orlando Lopes, papel de Tarcísio Filho. Galvez também aparecerá nas cenas rodadas na mesma locação, quando espera pela chegada de Lola. Como Vera Fischer havia aterrissado em Manaus naquela mesma manhã, e a cena em questão era curta e com tomadas distantes, sua presença não foi necessária. A atriz ficou descansando no hotel Tropical e o take foi gravado com uma dublê, a amazonense Renata Rauen, de 18 anos. Estudante do segundo período de jornalismo, Renata era uma das 200 figurantes à disposição das gravações, ganhando um cachê diário de R$ 40. 'Adorei participar desse trabalho e de usar essa roupa elegante. Parece um conto de fadas', disse a moça, que teve de clarear as sobrancelhas e o cabelo para a cena.

 

O casal Christiane Torloni e José Wilker
O ator Paulo Nigro
Vera Fischer grava cena na ópera

O diretor Marcos Schechtman com Alexandre Borges e Tarcísio Filho
Werner Schünemann brinca com seu celular

EQUIPE DESCONTRAÍDA
Apesar do calor excessivo, a equipe estava descontraída. José Wilker começou mancar durante as gravações no porto, fazendo graça. Solícita, uma figurante receitou uma compressa de ervas. No dia seguinte, ela perguntou ao ator: 'E aí, Zé, ficou melhor?'
Wilker balançou a cabeça em sinal positivo, deu um sorriso e agradeceu à senhora, que foi embora, feliz. Logo depois, o ator caiu na gargalhada: 'Era brincadeira. Não estou com o pé machucado. Mas agora também não ia desmentir, né?'

Às 18 horas de terça-feira, quando as cenas de platéia terminaram no Teatro
Amazonas, o diretor Marcos Schechtman agradeceu a participação dos figurantes,
a acolhida do povo amazonense e foi saudado com muitas palmas. 'Tanto no Acre como
em Manaus, tivemos de lidar com as dificuldades de estarmos sujeitos às vontades
da natureza, como as cheias dos rios, e ao desconhecido da floresta', disse. 'Foi uma loucura. Mas o trabalho era delicioso e desafiador. Glória Perez tem essa coisa parabólica, quase mediúnica, de pegar um tema importante na história, mas pouco conhecido, como esse dos povos da floresta, e trazê-lo para a pauta do dia.' No próximo dia 10, já no Rio de Janeiro, as gravações serão realizadas no Projac, em um seringal recriado na cidade cenográfica. Somente em fevereiro a equipe deve voltar ao Acre, para as cenas que retratam a trajetória de Chico Mendes, vivido por Cássio Gabus Mendes.

 

Set montado no Porto de Manaus: a personagem de Malu Valle recebe seu filho, vivido por Paulo Nigro, que chega da França
Malu e Nigro na cena da noite de gala no
Teatro Amazonas

Leona Cavalli recebe os retoques do maquiador Rubens Libório
José de Abreu num intervalo das gravações



Fachada do Teatro Amazonas com uma carruagem de época
O luxuoso interior do teatro

'Estreei na minissérie gravando aqui neste local maravilhoso. É um privilégio participar de um trabalho da Glória Perez. E é um privilégio estar neste teatro lindíssimo', disse Vera Fischer. 'Estou fascinada com a arquitetura daqui. Quero fazer a visita guiada. Assim vejo tudo com mais calma e aprendo um pouco da história', afirmou Debora Bloch, que vive Beatriz, uma das amantes de Galvez. Considerado um dos mais belos do país, o Teatro Amazonas foi inaugurado em 1896, no auge do ciclo da borracha, que fez de Manaus uma das cidades mais prósperas do Brasil no final do século 19. Para ter uma casa de ópera que não ficasse devendo nada aos teatros da Europa, foram chamados arquitetos, pintores e escultores do exterior, que levaram 15 anos para concluir a obra.

Área mais luxuosa do teatro, o Salão Nobre foi idealizado pelo artista plástico italiano Domenico de Angelis (1852-1900). As escadarias foram revestidas de mármores italiano e português. Já na sala de espetáculos, com capacidade para 701 pessoas, a decoração ficou a cargo do pernambucano Crispim do Amaral (1858-1911). No teto sobre a platéia, há uma pintura com efeito de trompe l'oeil, que coloca o observador olhando para o alto como se estivesse embaixo da Torre Eiffel. Nas noites de ópera e balé, o teatro recebia a elite local, que chegava em carruagens que ficavam estacionadas ao redor do prédio. Para abafar o som das pisadas dos cavalos, toda a área no entorno do teatro teve o piso revestido com borracha. Depois do declínio da borracha, o teatro teve dias menos felizes. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi depósito de gasolina. Nos anos 70, virou quadra de futebol de salão. Em 1990, após grande reforma, foi reinaugurado.
 

OS SEGREDOS DO FIGURINO
Nas cenas ambientadas numa noite de ópera no Teatro Amazonas, o traje era de gala. Vera Fischer e Debora Bloch surgiram deslumbrantes como Lola e Beatriz, respectivamente. 'No fim do século 19, Paris ditava a moda nos trópicos. Esse período ficou conhecido como a Belle Époque Amazonense', diz a figurinista Emilia Duncan. Na cena, Debora usava um vestido preto com cauda, leque e colar de pérolas e um leve decote. Vera Fischer usava vestido claro e trazia nos cabelos uma jóia em formato de meia-lua. 'A meia-lua é o símbolo da deusa Diana, a Caçadora. Então, fizemos uma brincadeira, uma referência a ela também como caçadora, mas como caçadora de homens, já que a Lola era uma cortesã', diz a figurinista.

 

A personagem de Vera Fisher
A personagem de Debora Bloch pronta para a ópera

 

FOTOS:JOÃO MIGUEL JUNIOR / DIVULGAÇÃO; DANIELE MAIA". (http://revistaquem.globo.com/EditoraGlobo/componentes/article/edg_article_print/1,3916,1331868-2157-1,00.html)

VISITE O AMAZONAS!

 

===

 

RETROSPECTIVA 2009 -

VEJA UM PRESENTE DO COLUNISTA

ROGEL SAMUEL, DO PORTAL ENTRE-TEXTOS

A SEUS LEITORES (recordista de visitações do

Portal: 'O - inenarrável - DIAMANTE AZUL')!
 
"(...) 'O que é puro não contém outros elementos além dele próprio.
Assim o diamante, que é carbono puro.'  Assim diz o FRAGMENTO 24 da 'Cultivadora de Diamantes
', ela própria um diamante puro. (...)". (R. Samuel)
  
 
O diamante azul
 

 

 

 

 

 

 

 

  

  

  

O diamante azul
 
 
O ESCRITOR ROGEL SAMUEL [http://pt.wikipedia.org/wiki/Rogel_Samuel] ESCREVEU SOBRE
ESSE diamante azul E SEU PRECIOSO TEXTO ESTÁ EM:
http://www.portalentretextos.com.br/noticias/o-diamante-azul,798.html 

POR FIM, VOCÊ JÁ VIU RIHANNA COM CABELO DE PICA-PAU (DESENHO ANIMADO DE WALTER LANTZ)? SE AINDA NÃO VIU, CLIQUE AQUI, POR FAVOR:

http://www.portalentretextos.com.br/colunas/recontando-estorias-do-dominio-publico/novo-visual-de-celebridades-rihanna-e-o-pica-pau-de-w-lantz,236,2771.html.