[Flávio Bittencourt]

Flash Gordon e a liberdade

Tradução de notável artigo de Umberto Eco publicada no Brasil em junho de 2006, na revista Entrelivros.

 

 

 

 

 

 

 

 

 (http://www.fo.archiworld.it/OFO/Engine/RAServePG.php/P/25051OFO0310/ECT/OFO01A2011/ECTA/2011)

 

 

 

 

 

"A Universidade de Bolonha (Università di Bologna, em italiano) é considerada a universidade mais antiga do mundo ocidental, tendo sido fundada em Bolonha, na Itália, em 1088.

A sua história entrelaça-se com grandes personagens da história e da ciência. Na Idade Média, foi famosa em toda a Europa por suas escolas de Humanidades e Direito Civil. Os primeiros professores que se têm registro são Pepone e Irnerio. Este último foi denominado pela história do Direito como "Lucerna Iuris" (a luz do Direito). Em 1158, o Imperador Federico I promulga uma "Constitutio Habita" (lei orgânica da universidade)que transforma praticamente a Universidade de Bolonha em uma Cidade Estado.

Em 1364, vários teólogos começaram o ensino de Teologia. Em Bolonha passaram períodos de estudo Dante Alighieri, Francesco Petrarca, Guido Guinizzelli, Cino da Pistoia, Cecco d'Ascoli, Re Enzo, Salimbene de Parma e Coluccio Salutati. (...)

Em 1888 comemorou-se o oitavo centenário da Universidade, que reuniu representantes de todas as universidades do mundo, para honrar a Mater Universitas. A cerimônia foi uma celebração grandiosa, as universidades reconheceram suas raízes e as sua contribuição a toda a Humanidade.

Chamada oficialmente Alma mater studiorum, a universidade de Bolonha é uma instituição que hoje oferece cursos de Artes, Direito, Medicina, Farmácia, Matemática, Engenharia, Agronomia, Medicina Veterinária e Pedagogia.

O semiólogo e escritor italiano Umberto Eco é o titular da cadeira de Semiótica nessa universidade. O ex-primeiro-ministro da Itália, Romano Prodi, é professor do departamento de Economia."

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Bolonha)

 

 

 

 

SELO OFICIAL DA

UNIVERSIDADE DE BOLONHA,

ITÁLIA:

Ficheiro:Bologna University seal.jpg
 

 

 

 

 

 

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Bolonha)

 

 

 

 

 

"LIBERALISMO BURGUÊS, NAS ESTÓRIAS EM QUADRINHOS, NO CINEMA,

NO TEATRO, NA MÚSICA, NA LITERATURA, NO JORNALISMO, NO RÁDIO,

NA TELEVISÃO, NO PARLAMENTO, NO PALÁCIO DO GOVERNO e onde quer

que seja, PARA FALAR NUM PORTUGUÊS BEM CLARO, É MUITO MELHOR

DO QUE FASCISMO"

(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")

 

 

 

 

UMBERTO ECO:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://dan-poucodetudo.blogspot.com/2010/08/umberto-eco.html)

 

 

 

 

 

"(...) contava-me Spiegelman [QUE] parece que Fantasma, Mandrake e companhia são mais populares na Itália do que na terra deles. Perguntava-me o porquê, e eu lhe dei minha explicação, que, aliás, é a de uma testemunha histórica que os viu nascer e chegar às inverossímeis e solecistas traduções italianas, quase logo em seguida a seu aparecimento americano.

Era que, comparados aos quadrinhos do regime fascista, Flash Gordon vinha revelar à garotada italiana que era possível lutar pela liberdade do planeta Mongo contra um acirrado e sanguinário autocrata como Ming, que o Fantasma lutava não contra os negros mas com eles, para domar aventureiros brancos, que existia uma África imensa por onde vagava a Patrulha para prender os traficantes de marfim, que havia heróis que andavam por aí não de camisa negra, mas de fraque e com aquilo que Storace chamava de "tubo de tecido" na cabeça e tantas outras coisas, para terminar com a revelação da liberdade de imprensa por meio das aventuras de Mickey Mouse jornalista. (...)"

(UMBERTO ECO, trecho do artigo adiante transcrito, na íntegra)

 

 

 

 

DIVULGOU O

PROFESSOR DAN, que é "marido da Vera e avô do Cainho.

Nasci [O PROF. DAN NASCEU] e sempre vivi em São Paulo,

cidade que odeio com todo amor":

 

"Quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Umberto Eco

 
"Alguém que é feliz a vida toda é um cretino; por isso, antes de ser feliz, prefiro ser inquieto."


Nascido em Alessandria, Itália, em 1932, Umberto Eco é uma das figuras obrigatórias no mundo intelectual, professor de semiótica na Universidade de Bolonha, escritor e ensaísta, autor de livros maravilhosos como: "O Nome da Rosa, meu preferido [O PREFERIDO DO PROF. DAN], e "O Pendulo de Foucault".
Entre suas obras ensaísticas destacam-se Obra Aberta, Apocalípticos e Integrados, A Estrutura Ausente, As Formas do Conteúdo, Tratado Geral de Semiótica, Seis Passeios pelos Bosques da Ficção e Sobre a Literatura. Seus textos jornalísticos estão reunidos em Diário Mínimo, O Segundo Diário Mínimo e A Coruja de Minerva.
 

"... porque o sono diurno é como o pecado da carne: quanto mais se tem mais se quer, contudo nos deixa infelizes, satisfeitos e insatisfeitos ao mesmo tempo".
Trecho do livro "O Nome da Rosa" de Umberto Eco
 

"Sempre sem poder desviar os olhos da chave da abóbada retrocedi, passo a passo - pois que em poucos minutos, tão logo entrei, tinha gravado o percurso na memória, e as grandes tartarugas de metal apostadas de um e outro lado eram imponentes bastante para assinalar sua presença pelo canto do olho. Recuei ao longo da nave, em direção da porta principal, e novamente senti sobre minha cabeça aqueles ameaçadores pássaros pré-históricos de tecido esfrangalhado e fios metálicos, aquelas libélulas malignas que uma vontade oculta havia feito pender do teto da nave. Eu os tomava por metáforas sapienciais, bem mais significantes e alusivas do que o pretexto didascálico fingia querer que fossem. Vôos de insetos e répteis jurássicos, alegoria das longas migrações que o Pêndulo em terra estava reencetando, arcontes, emanações perversas, eis que mergulhavam contra mim com seus compridos bicos de arqueoptérixo aeroplano de Breguet, o de Bleriot, o de Esnault e o helicóptero de Dufaux".
 

Trecho do livro "O Pendulo de Foucault". de Umberto Eco"
 

(http://dan-poucodetudo.blogspot.com/2010/08/umberto-eco.html)

 

 

 

 

Alessandro Bianchi (MAGNÍFICO REITOR, DEPOIS

MINISTRO DE ESTADO [veja matéria jornalística transcrita

ao final, por favor]) e Umberto Eco, em maio / 2005:

(http://en.wikipedia.org/wiki/File:Umberto_Eco_03.jpg,

onde se pode ler:

Description
English: Umberto Eco receives the honoris causa degree in architecture at the Mediterranean university of Reggio Calabria from rector Alessandro Bianchi
Italiano: Umberto Eco riceve la laurea honoris causa in architettura presso l'Università Mediterranea di Reggio Calabria dalle mani del rettore Alessandro Bianchi
Date

9 May 2005

Source

Ufficio Stampa Università Mediterranea di Reggio Calabria

Author

Università Reggio Calabria [...]")

  

 

 

 

EMBLEMA DA SUPRAMENCIONADA

UNIVERSIDADE ITALIANA:

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://www.quotidianosicurezza.it/eventi/iniziative/accessibilita-in-sicurezza-sul-lavoro-bando-unirc-in-scadenza.htm)

 

 

 

 

 

 

(http://www.archaeogate.org/iura/event/479/lectio-doctoralis-de-lege-xii-tabvlarvm-del-prof-on-oli.html)

 

 

 

 

 

                      HOMENAGEANDO OS EMINENTES PROFESSORES DOUTORES

                      ALESSANDRO BIANCHI, lente de urbanística da

                      Università Mediterranea di Reggio Calabria, E

                      UMBERTO ECO, lente de semiótica da

                      Università di Bologna (UNIBO), E

                      O POVO ITALIANO E

                      ABRAÇANDO FRATERNALMENTE O

                      PROFESSOR DAN - admirador de U. Eco -,

                      SUA SENHORA, Dª VERA, E SEU NETO,

                      CAINHO

 

 

 

11.10.2011 - Tradução de notável artigo de Umberto Eco foi publicada no Brasil em junho de 2006, na revista Entrelivros - "Flash Gordon e a liberdade" (pág. 98; ano 2, nº 14).  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

 

"Flash Gordon e a liberdade  

                                         Umberto Eco 

 

Art Spiegelman [artista gráfico sueco, naturalizado americano] se tornou famoso com a sua formidável série de quadrinhos Maus, na qual demonstrou que, com o formato, pode-se abordar o Holocausto com a força de uma grande saga. Enfim, eu o considero um gênio. Estava em minha casa, tomando um aperitivo comigo, quando lhe mostrei minha coleção de quadrinhos do tempo do onça, alguns originais já desgastados e algumas boas cópias anastáticas, e ele se espantou ao ver as capas dos velhos álbuns de Mandrake, Fantasma e Flash Gordon.

Se pegarem na mão uma boa história dos quadrinhos elaborada nos Estados Unidos decerto encontrarão ali uma menção ao Fantasma e companheiros, mas – mesmo visitando a internet – vê-se que as grandes releituras se dão notadamente em torno do Super-Homem e da liga de heróis como o Homem Aranha, e por aquelas bandas se atualizam Batman em chave pós-moderna. Tentem procurar Tim e Tom (série que, aliás, no original se chama Tim Tyler's Luck): encontrarão inúmeras menções ao péssimo filme ou telefilme (assim como tinha se feito uma penosíssima série de Flash Gordon, agora objeto de culto trash), mas de suas tirinhas originais se fala muito pouco.

É que, contava-me Spiegelman, parece que Fantasma, Mandrake e companhia são mais populares na Itália do que na terra deles. Perguntava-me o porquê, e eu lhe dei minha explicação, que, aliás, é a de uma testemunha histórica que os viu nascer e chegar às inverossímeis e solecistas traduções italianas, quase logo em seguida a seu aparecimento americano.

Era que, comparados aos quadrinhos do regime fascista, Flash Gordon vinha revelar à garotada italiana que era possível lutar pela liberdade do planeta Mongo contra um acirrado e sanguinário autocrata como Ming, que o Fantasma lutava não contra os negros mas com eles, para domar aventureiros brancos, que existia uma África imensa por onde vagava a Patrulha para prender os traficantes de marfim, que havia heróis que andavam por aí não de camisa negra, mas de fraque e com aquilo que Storace chamava de "tubo de tecido" na cabeça e tantas outras coisas, para terminar com a revelação da liberdade de imprensa por meio das aventuras de Mickey Mouse jornalista.

Pois é, naqueles anos obscuros as tirinhas americanas ensinaram- nos algo e marcaram nossa vida, mesmo a vida adulta. O ano de 1934 foi um grande ano para os quadrinhos. A primeira aventura de Flash Gordon apareceu em 1934, desenhada por Alex Raymond. Duas semanas depois, do mesmo autor, o Agente Secreto X-9 (com texto de Dashiell Hammett!). Logo depois, sai na Itália L'avventuroso, com a primeira aventura de Gordon, exceto que o herói não é apresentado como jogador de pólo (excessivamente burguês), mas como comandante de polícia.

Em junho daquele ano, entra em cena Mandrake, de Lee Falk e Phil Davis, e em agosto Li'l Abner, de Al Capp (na Itália chegaria somente no pós-guerra). Em setembro, Walt Disney marca a estréia do Pato Donald. Em outubro, lá está Terry and the pirates de Milton Caniff (que aqui na Itália estrearia timidamente nos anos seguintes). No mesmo ano, na França, nasce Le journal de Mickey, com as histórias de Mickey Mouse em francês.

Digam-me se não foi um ano interessante para se sentir saudades."

(http://br.groups.yahoo.com/group/batspider/message/730?o=1&var=1)

 

  

 

 

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O JORNAL LA REPUBBLICA INFORMOU

(MAIO / 2006):

 

"E' la sorpresa tra i ministri del secondo governo Prodi
Nato nel '45 è stato iscritto al Pci, ora è un indipendente di sinistra
Alessandro Bianchi ai Trasporti
urbanista e rettore a Reggio Calabria



 


<B>Alessandro Bianchi ai Trasporti<br>urbanista e rettore a Reggio Calabria</B> 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alessandro Bianchi


ROMA - Ordinario di urbanistica e rettore dell'Università mediterranea di Reggio Calabria, Alessandro Bianchi è il ministro dei Trasporti nel secondo governo Prodi ed è la "sorpresa" nella squadra del Professore. Nato a Roma il 28 gennaio 1945 è stato iscritto al Pci sino allo scioglimento e attualmente è un indipendente di sinistra.

Dirige la collana Immagini di Città della Rubettino editore ed è segretario generale della Conferenza dei Rettori. A Reggio Calabria, dove è rettore dal 1999 ed è stato rieletto nel maggio del 2003, è stato titolare della cattedra di pianificazione del territorio e di fondamenti di urbanistica. Ha diretto, sempre a Reggio, il dipartimento di architettura e analisi della città.

Il neo ministro è segretario generale della Crui, ordinario di urbanistica, laureato in ingegneria civile nell'Università di Roma nel 1970. Bianchi è stato componente del Consiglio direttivo dell'istituto regionale per le antichità calabresi e bizantine e ha coordinato il Piano territoriale regionale della Calabria, per l'Università di Reggio Calabria. 
         

Tra i protagonisti della nascita del movimento "Progetto Calabrie", è stato candidato al Senato, nelle elezioni del 9 e 10 aprile scorsi, con la lista Pdci-Verdi. Sostenuto da numerosi intellettuali calabresi, Bianchi ha ottenuto un discreto successo elettorale, senza tuttavia conquistare il seggio. Assieme agli altri animatori di "Progetto Calabrie", è stato uno dei convinti difensori del sistema delle primarie per la scelta dei candidati del centrosinistra.

(17 maggio 2006)"

(http://www.repubblica.it/2006/05/sezioni/politica/nuovo-governo-due/alessandro-bianchi/alessandro-bianchi.html)