[Flávio Bittencourt]

Filatelia brasileira: os badalados selos comemorativos da visita do Cardeal Pacelli, em 1934

Na compra de um 700 réis com triângulo não deixe de exigir um certificado de autenticidade filatélica!

 

  

 

 

 

 

 

 

BRASÃO DE SUA SANTIDADE O PAPA

PIO XII:

 

Ficheiro:Pius 12 coa.svg

 

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Pio_XII)

 

 

  

 

 

 

 PACELLI, O FUTURO PAPA, E O PAPA "ATUAL"

(atual, no momento em que a fotografia

foi tirada, naturalmente):

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

Pacelli e o Papa Pio XI por ocasião da inauguração da Rádio Vaticano, 1931

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Pio_XII)

 

 

 

 

 

 

REPRODUÇÃO DA IMAGEM DA PRIMEIRA PÁGINA DE

LA TRIBUNA ILLUSTRATA, ONDE HÁ GRAVURA

REPRESENTANDO O MOMENTO SOLENE EM

QUE O CARDEAL PACELLI É COROADO

SUMO PONTÍCIFE, NO VATICANO:

 

(http://missatridentinaemportugal.blogspot.com.br/2010/03/hoje-festa-de-sbento-e-71-aniversario.html)

 

 

 

 

 

"Papa Pio XII (em italiano: Pio XII, em latim: Pius PP. XII; O.P., nascido Eugenio Maria Giuseppe Giovanni Pacelli; Roma, 2 de Março de 18769 de Outubro de 1958) foi eleito Papa no dia 2 de março de 1939 até a data da sua morte. Foi o primeiro Papa Romano desde 1724.

Foi o único Papa do século XX a exercer o Magistério Extraordinário da Infalibilidade papal – invocado por Pio IX – quando definiu o dogma da Assunção de Maria em 1950 na sua encíclica Munificentissimus Deus. (...)"

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Pio_XII)

 

 

 

 

O PAPA PIO XII:

(http://missatridentinaemportugal.blogspot.com.br/2010/03/hoje-festa-de-sbento-e-71-aniversario.html)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 

(http://www.oselo.com.br/newsdesk_info.php?newsPath=20&newsdesk_id=265)

 

 

 

 

 

"(...) Na 1ª tiragem dos 700 réis [SELOS COMEMORATIVOS DA VISITA DO CARDEAL PACELLI (futuro Papa Pio XII) AO BRASIL, EM OUTUBRO DE 1934] o primeiro selo de cada quadra na folha apresenta uma falha oblíqua de 1 x 2 mm quase no centro da estátua – O FAMOSO TRIÂNGULO. (...)

(RHM Filatelistas,

http://www.oselo.com.br/newsdesk_info.php?newsPath=20&newsdesk_id=265)

 

 

 

 

 

Pacelli após audiência com o Kaiser Guilherme II em 1917:

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Pio_XII)

 

 

 

 

 

"

Impressionada com essa fotografia sobre a visita do cardeal Pacelli a Paris, captada por Cartier-Bresson em 1938, a historiadora Anna Farova persuadiu o fotógrafo a publicar com ela uma monografia na Checoslováquia.

A historiadora da fotografia Anna Farova, autora da primeira monografia sobre o consagrado fotógrafo Henri Cartier-Bresson, morreu sábado, com 81 anos, anunciaram hoje os meios de comunicação checos. Impressionada pela fotografia sobre a visita do cardeal Pacelli a Paris, captada por Cartier-Bresson, a historiadora checa conseguiu encontrar-se com o fundador da Agência Magnum, em 1956, para persuadi-lo a publicar com ela uma monografia na Checoslováquia. "Senti que a fotografia poderia ter a mesma força que a pintura", justificou, na altura, Anna Farova, pioneira na criação de monografias sobre fotógrafos que se destacaram. Publicado em 1958 pela editora checa Odeon, o livro sobre Henri Cartier-Bresson foi o primeiro neste novo gênero a ser lançado na Europa. "O meu objetivo era mostrar a evolução do trabalho dos fotógrafos através de monografias que até agora eram reservadas aos pintores, escultores e arquitetos", explicou. Anna Farova publicou também livros sobre a vida e obra de outros fotógrafos de renome como Werner Bischof, André Kertesz, Elliott Erwitt, Josef Sudek e Robert Capa. Nascida em 1928 em Paris, no seio de uma família franco checa, Anna Farova viveu em Praga, onde foi perseguida pelo regime comunista, sobretudo por ter apoiado abertamente o manifesto "Carta 77" a favor dos direitos do Homem, redigido pelo então dramaturgo dissidente Vaclav Havel, que viria a tornar-se presidente do país em 1989.
Fonte: DN Artes

 

 

 

 

 

 

 

 

                                 EM MEMÓRIA DO PAPA PIO XII (Cardeal Pacelli),

                                 DO POETA DA FOTOGRAFIA HENRI CARTIER-BRESSON E DA

                                 HISTORIADORA DA FOTOGRAFIA ANNA FAROVA E

                                 ABRAÇANDO FRATERNALMENTE O ESCRITOR CATÓLICO

                                 MIGUEL CARQUEIJA, EX-COLEGA DE TRABALHO E

                                 ATÉ HOJE DILETO AMIGO DO RESPONSÁVEL POR

                                 ESTA COLUNA DO PORTAL ENTRETEXTOS, ONDE

                                 ELE PUBLICA, NA COLUNA ANEXOS DA REALIDADE,

                                 TEXTOS DE SUA AUTORIA   

 

  

 

Foi divulgado, depois de competente

e rigorosa pesquisa filatélica, por 

RHM Filatelistas, em fev. / 2010:

 

"1934-OS SELOS PACELLI   Data: quarta 24 fevereiro, 2010
Novo Resumo:

Uma inesperada Visita do Cardeal Pacelli produziu uma das emissões mais badaladas da nossa filatelia. A emissão PACELLI com as suas duas chapas e três tiragens realizadas às pressas.

Uma boa parte das coleções não têm os selos desta curiosa emissão postal. Um clássico dos selos comemorativos.



Novo Conteúdo:

20 DE OUTUBRO DE 1934-OS SELOS PACELLI

O Cardeal Pacelli, que participava do 32º Congresso Eucarístico Internacional de Buenos Aires, Argentina, resolveu visitar o Rio de Janeiro. Em homenagem ao Cardeal (e futuro Papa Pio XII), a emissão foi feita às pressas, gravada e impressa na Tipografia A. Ribeiro e Cia. no Rio de Janeiro. O papel foi fornecido pela Casa da Moeda do Brasil.

Os selos Pacelli foram impressos em duas chapas para cada valor.

A primeira comportava um bloco de 4 selos e a segunda de 8, de modo que para se completar a impressão de uma folha, esta ia 8 vezes à máquina quando se usava a 1ª chapa e 4 vezes com a 2ª chapa. A segunda metade do serviço era feita virando-se a folha, surgindo assim os selos opostos (tête-bêche) no centro da folha.

PAR EM TÊTE-BÊCHE

O Cardeal Pacelli veio para inaugurar a iluminação do Cristo Redentor no Corcovado. A ligação deveria ser realizada através de um sinal enviado por G. Marconi. Houve uma falha no sinal e a ligação foi feita manualmente, sem que ninguém percebesse.

Da primeira CHAPA foram emitidos os selos da PRIMEIRA e SEGUNDA tiragem. A segunda CHAPA produziu a TERCEIRA tiragem.

O meio mais fácil de classificar e distinguir a PRIMEIRA CHAPA (1ª e 2ª tiragem) da SEGUNDA CHAPA (3ª tiragem) consiste na observação dos riscos na nuvem acima do braço esquerdo que só aparecem na SEGUNDA CHAPA (3ª tiragem).

300 RÉIS SEM O RISCO NA NUVEM (PRIMEIRA CHAPA)

300 RÉIS COM O RISCO NA NUVEM (SEGUNDA CHAPA)

COMO DISTINGUIR A PRIMEIRA DA SEGUNDA TIRAGEM?

Isso agora é mais difícil.

NOS 300 RÉIS – A separação é realizada apenas observando-se as cores. Na primeira tiragem o selo aparece na cor vinho e na segunda na cor cereja.

C-78 NA COR VINHO

C-78 A NA COR CEREJA

 

NOS 700 RÉIS

TRIÂNGULOS

Na 1ª tiragem dos 700 réis o primeiro selo de cada quadra na folha apresenta uma falha oblíqua de 1 x 2 mm quase no centro da estátua – O FAMOSO TRIÂNGULO.

O TRIÂNGULO NO SELO SUPERIOR DA ESQUERDA

CUIDADO – Existem triângulos falsificados e existem outros sinais que permitem ao perito examinar e expedir um certificado de autenticidade. Exija um certificado na compra de um 700 réis com triângulo.

Os triângulo foram RETOCADOS na 2ª tiragem, medindo 0,5 x 2 mm – ou menos – valendo a cotação normal da 2ª (nº. C-79 A).

PAR COM SELO DA ESQUERDA COM O TRIÂNGULO RETOCADO

Os chamados triângulos da SEGUNDA provêm de folhas com UM só TRIÂNGULO na folha, em vez de OITO, como ocorreu na primeira tiragem.

O valor de uma quadra normal = 5 selos

Uma quadra em “tête-bêche” = Dois tête-bêches."

(http://www.oselo.com.br/newsdesk_info.php?newsPath=20&newsdesk_id=265)


 

 

 

 ===

 

 

 

 

NO SITE DE FILATELIA 77

(responsável: Julio C. R. Castro)

consta [AUTOR DO ARTIGO:

Diego Salcedo]:

 

 

 

"Emissão Visita do Cardeal Pacelli

                                                                                                             Diego Salcedo 

 

Dividirei o assunto em duas partes: a primeira é para aqueles que queiram aprender algo mais sobre esse selo, em particular, o motivo, a história da emissão e certas particularidades. A segunda é mais técnica, tentando sugerir alguns aspectos que podem ajudar na distinção entre os selos emitidos na primeira e segunda tiragens

1. Conforme sugerem Almeida e Vasquez (2003, p. 119-120), em 1934, o governo brasileiro recebeu a visita do Cardeal Eugenio Pacelli, que esteve hospedado no Palácio Catete, [no Rio de Janeiro], nos dias 20 e 21 de outubro. Uma emissão de selos foi confiada à Casa da Moeda, que teria apresentado alguns modelos que não agradaram aos Correios. Foram, então, encomendados à Tipografia Alexandre Ribeiro & Cia [empresa também do Rio de Janeiro], que os imprimiu em curto espaço de tempo, para coincidir o lançamento [do selo] com a chegada do cardeal ao país.

As emissões comemorativas da visita do cardeal Pacelli - futuro Papa Pio XII - ocupam espaço especial na filatelia brasileira. A pouca qualidade da impressão dos selos deu margem ao surgimento de algumas singularidades e variedades. Como era de interesse do governo presentear o cardeal com os selos, foi encomendada a impressão em 17 de outubro, sendo iniciada no dia seguinte. O objetivo foi alcançado, recebendo o religioso e sua comitiva os primeiros exemplares. O estabelecimento impressor verificou que a tinta do valor 300 réis não era de boa qualidade e resolveu modificá-la, criando a primeira variedade da emissão. A pressa na realização dos trabalhos fez com que a Tipografia Alexandre Ribeiro & Cia produzisse matrizes com apenas quatro selos, obrigando cada folha a voltar à máquina de impressão oito vezes para completar o total de 32 selos. Terminada a urgência, foram feitas matrizes com oito selos, diminuindo à metade a quantidade de vezes que a mesma folha voltava à impressão. Como a segunda metade da impressão na matriz de oito selos era realizada girando-se a folha 180 graus, os exemplares centrais apareciam invertidos, formando os famosos selos Tête-Bêche*.

2. Os selos Pacelli foram impressos nos valores de 300 réis e 700 réis, em duas chapas (I e II), para cada valor. A 1ª tiragem foi emitida em 20.10.1934 (Chapa I). A 2ª tiragem foi emitida em 25.10.1934 (chapa I). A 3ª tiragem foi emitida em 12.11.1934 (Chapa II). Logo, a primeira diferença que pode ser destacada trata sobre as tiragens emitidas e suas chapas.
Uma outra distinção tem relação entre os selos impressos com a Chapa I e a Chapa II, o que consiste em observar dois riscos na nuvem, logo acima do braço esquerdo do Cristo Redentor. Se tiver os riscos, você está diante de um selo Pacelli da 3ª tiragem (Chapa II).

Como distinguir os selos Pacelli das 1ª e 2ª tiragens?
 - Para o valor de 300 réis apenas observe a distinção entre as cores. Os selos da 1ª tiragem são de cor "vinho" (número do catálago RHM 2009 = C78), sendo os da 2ª tiragem de cor "cereja" (número do catálago RHM 2009 = C78A).
 - Para o valor de 700 réis deve-se observar o denominado "triângulo". Esse desenho é uma falha oblíqua, de 1x2 mm, que está quase no centro da estátua do Cristo, nos selos da 1ª tiragem (número do catálago RHM 2009 = C79T. Esses mesmos triângulos aparecem na 2ª tiragem medindo 0,5x2 mm ou menos, além de estarem retocados (número do catálogo RHM 2009 = C79A).

A filigrana dos selos é Cruzeiro "K".

As cores dos selos da 3ª tiragem são para o valor de 300 réis (vermelho), e para o valor de 700 réis (ultramar). Números do catálago RHM 2009, C80 e C81, respectivamente.

*Tête-Bêche: Segundo Machado e Queiroz (1994, p. 33), essa expressão em francês significa "cabeças opostas". Ou seja, quando na folha em que é impresso um selo qualquer, um selo é impresso invertido em relação ao que lhe fica logo abaixo. Quando se tem esses selos em par (não separados ou destacados), se chama esse par de "cabeças opostas" ou "tête-bêche".

É isso gente. Os preços desses selos, em particular, podem variar entre R$15,00 e R$20.000,00, dependendo de uma série de características, que apenas especialistas podem aferir. Se não me engano, aqueles que negociam esses selos apenas o fazem por meio de Certificado.
Espero ter ajudado.

REFERÊNCIAS:
ALMEIDA, C. A. F. de; VASQUEZ, P. K. Selos postais do Brasil. SP: Metalivros, 2003.
MEYER, R. H. Catálogo de Selos do Brasil 1995: 1890 a 1966. 49. ed. SP: RHM, 1995. p 146 - 149.
MACHADO, P. S.; QUEIROZ, R. G. de. Dicionário de Filatelia. Lisboa: ASA, 1994."

 

(http://www.filatelia77.com.br/informativo/11062009.htm)

 

 

 

 

 

 

 

 

===

 

 

 

 

 

 

 

 

71º ANIVERSÁRIO DA COROAÇÃO DE PIO XII

 


En el Septuagésimo Primero Aniversario de la coronación de Pío XII


La procesión papal, entretanto, salió por la puerta central de la basílica al atrio e hizo el camino inverso al de entrada. A través de la Scala y la Sala Regias ganó el Aula de las Bendiciones. Allí se detuvo hasta que todos los que estaban dentro del templo se hubieron acomodado fuera, en la plaza. Las campanas volvían a repicar con gran júbilo. Los graves y profundos tañidos del campanone de San Pedro marcaban el compás de los de sus hermanas de bronce. En la Loggia de las Bendiciones –el balcón central de la fachada– se había alzado el nivel del suelo mediante un entarimado con el objeto de hacer más visible la ceremonia que de allí a pocos momentos iba a tener lugar.


Precedía al Papa el marqués Patrizi Naro di Montoro, vexillifer o portaestandarte hereditario de la Santa Iglesia, en uniforme escarlata, llevando el gonfalón (de ahí su antiguo título de confaloniere) de la Santa Sede, que recordaba las victorias de las armas cristianas en las guerras contra los infieles. El vexillifer se colocó a la derecha con el pabellón izado. El Santo Padre, revestido aún con todos los ornamentos de la misa, llevaba la mitra constelada (gemmata). En el momento en que apareció por la loggia la muchedumbre lo vitoreó con entusiasmo desbordante, ahogando las notas del himno pontificio (compuesto por Charles Gounod) y de las marchas militares que ejecutaban las bandas. Los regimientos de las guardias vaticanas y de las fuerzas de orden italianas se cuadraron militarmente. Todas las banderas se inclinaron en señal de acatamiento.


El cardenal decano Caccia-Dominioni entonó lo más alto que pudo –para hacerse oír– la antífona conveniente, que no podía ser más a propósito: “Corona aurea super caput eius” (Una corona de oro sobre su cabeza). Los cantores prosiguieron. Tras el versículo y su respuesta, el mismo purpurado cantó la oración dirigida al “Padre de los reyes” para que infundiera en el coronando lasa cualidades que deben brillar en quien ha de regir a las almas. El momento cumbre había llegado. El segundo cardenal del orden de los diáconos, Nicola Canali, quitó la mitra de la cabeza de Su Santidad mientras el cardenal protodiácono tomaba la tiara del cojín que le presentó el vestiario, monseñor Venini. Con gesto seguro la colocó sobre las augustas sienes de Pío XII al tiempo que pronunciaba las palabras rituales, pletóricas de significado y que resumen la concepción del Papado en el mejor estilo de la Edad Media:


“ACCIPE TIARAM TRIBVS CORONIS ORNATAM ET SCIAS TE ESSE PATREM PRINCIPVM, RECTOREM ORBIS IN TERRA, VICARIVM SALVATORIS NOSTRI IESV CHRISTI, CVI EST HONOR ET GLORIA IN SAECVLA SAECVLORVM” (Recibe la tiara de las tres coronas y sepas que eres el padre de los príncipes y de los reyes, rector del mundo aquí en la Tierra y Vicario de Nuestro Salvador Jesucristo, a Quien corresponde el honor y la gloria por los siglos de los siglos).


San Gregorio el Grande, Adriano I, san Gregorio VII, Alejandro III, Inocencio III, Bonifacio VIII… sus espíritus estarían presentes junto a los manes de los Cornelios, Catones, Julios, Augustos, Flavios, de los que fueron herederos, en esta hora de triunfo y apoteosis. El Papa ha aparecido sucesivamente tocado con la mitra y con la tiara. Precisamente Inocencio III dijo: “Mitra pro sacerdotio, corona pro regno” (la mitra es propia del poder espiritual; la tiara lo es del poder temporal). Hacía ya siglos que el Papado se había resignado a no ser ya árbitro de los potentados de este mundo y una década desde que Pío XI había renunciado definitivamente al poder temporal, conservando tan sólo el “mínimo indispensable” para asegurar la independencia de la Iglesia en orden a su misión espiritual.


Pero si los hechos habían impuesto su razón incontestable, la coronación del nuevo Romano Pontífice era un recordatorio del irrenunciable derecho público de la Iglesia. Si el Papa ya no era rey sí podía amonestar a los soberanos: “Et nunc reges intelligite! Erudimini qui iudicatis terram!” (Ps II). Lo malo es que eran tiempos –y se avecinaban terribles– en los que los dirigentes de las naciones hacían oídos sordos.


El Papa recién coronado parecía más romano que nunca, con su perfil aquilino, su aristocrático continente y la serena grandeza que se desprendía de su persona. Había llegado el momento de concluir los ritos de la coronación mediante la bendición Urbi et orbi. Extendió sus brazos y los elevó en un gesto que iba a ser característico en él: como recogiendo todas las necesidades de sus hijos y de toda la humanidad para presentarlos a Dios, a quien dirigía la mirada extática. Uniendo sus manos en lo alto y juntándolas sobre su pecho, trazó tres signos de la cruz en distintas direcciones, repartiendo las gracias que la Santísima Trinidad se dignara conceder a través de su representante en la Tierra.


No pudieron verse entonces los estilizados dedos de Pacelli, finísimos y largos, ni lo diáfano de sus blancas manos, por estar éstas cubiertas por las quirotecas. Pero el Papa marcó ya su estilo inconfundible de Pastor Angelicus. De hecho, así lo llamaría, contagiado por el entusiasmo popular, el cardenal Caccia-Dominioni, en cuanto los cortinajes de la loggia hurtaron a Pío XII de la vista de un gentío exultante.


En el Aula de los Paramentos, donde Pacelli procedió a despojarse de sus galas litúrgicas, el protodiácono siguió una tradición que remontaba a Benedicto XIV (cuyo nombre de pila era Próspero). Se dirigió al Santo Padre con las palabras del salmo 44: “Prospere procede et regna” (Avanza prósperamente y reina). Al papa Lambertini, que era un espíritu ameno y divertido, le había gustado la ocurrencia del cardenal Albani en 1740, la que hizo fortuna y se fue repitiendo a cada elección.

También le formuló el voto de que viera “annos Beati Petri” (los años de Pedro), augurándole de esta manera un reinado largo, pues es sabido que los años que el primer papa dirigió la comunidad de Roma fueron veinticinco (del 42 al 67, pues antes estuvo en Antioquía). Sólo tres pontífices habían llegado a superar el cuarto de siglo sobre el sacro solio: Benedicto XIII o Pedro de Luna (28 años), el beato Pío IX (31 años) y León XIII (25 años). Pío XII era relativamente joven, pues tenía 63 años. Su salud había sido algo endeble, pero había sabido siempre sobreponerse a sus molestias haciendo despliegue de una gran voluntad. Tendría, sin embargo, que llegar a los 88 años para ver los años de Pedro.


Ahora sí, pasados los fastos con los que quedaba inaugurado oficialmente su pontificado, comenzaba para Pío XII la rutina diaria. Como era un hombre habituado al trabajo no le costó hacerse a ella, pero pensaría con un tanto de melancolía en el viaje a Suiza que había planeado para después del cónclave y que su elección como papa había cancelado definitivamente. Para Eugenio Pacelli en lo sucesivo ya no habría vida privada en el sentido de poder solazarse con períodos de sano ocio vacacional. La solicitud universal por las almas no le iba a dar tregua.
fonte:SODALITIVM INTERNATIONALE PASTOR ANGELICVS"
 

 

(http://missatridentinaemportugal.blogspot.com.br/2010/03/hoje-festa-de-sbento-e-71-aniversario.html)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Túmulo de Pio XII na Basílica de São Pedro:

 

 Ficheiro:Tumulo pio xii.jpg

 

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Pio_XII)