¶247 - Depois de receber publicamente o
apoio do senador José Sarney (PMDB-AP), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso confirmou o enviou de carta a Ana Maria Machado, presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), apresentando sua candidatura a uma cadeira de imortal. Em
mensagem enviada por e-mail à Folha de S.Paulo, o ex-presidente informou que "depois de tantos amigos insistido comigo tantas vezes, acabei cedendo".
"Minha reticência sempre foi a de que não sou homem de letras e não queria criar constrangimentos por ter sido presidente da República. Mas agora, passados tantos anos da presidência e mantida, se não mesmo que ampliada, a convicção de vários membros da ABL de que eu deveria juntar-me a eles, acabei por concordar", completou o tucano.
A candidatura do ex-presidente à cadeira 36 da ABL deve ser apresentada oficialmente ainda na tarde desta quarta-feira, após sessão em homenagem a seu antigo ocupante, o jornalista João de Scantimburgo (1915-2013), ex-diretor dos Diários Associados, que morreu na semana passada. Segundo FHC, contudo, ele mantém a disposição de abrir mão da candidatura "se algum dos muitos que têm mais mérito do que os meus quiser se apresentar". "Penso especialmente nos que são, de fato, literatos", comentou.
Os interessados em concorrer à mesma cadeira têm um mês para apresentar suas candidaturas a partir desta quarta-feira. Depois disso, a ABL marca a eleição para dali a 60 dias. Atualmente, está em disputa a cadeira deixada pelo poeta Lêdo Ivo (1924-2012), que morreu em dezembro do ano passado. Onze candidatos disputam a vaga, e a eleição está marcada para o dia 11 de abril. Será que algum dos 10 não escolhidos topa enfrentar FHC?
"Depois de tantos amigos insistindo comigo tantas vezes, acabei cedendo. Minha reticência sempre foi a de que não sou homem de letras e não queria criar constrangimentos por ter sido presidente da República. Mas agora, passados tantos anos da presidência e mantida, se não mesmo que ampliada, a convicção de vários membros da ABL de que eu deveria juntar-me a eles, acabei por concordar", justificou o ex-presidente Fernando Henrique
