Falece o Dr. Bernard Nathanson, campeão da causa dos direitos humanos
Por Miguel Carqueija Em: 02/03/2011, às 13H09
Matéria saída em cleofas.com.br e antes na página da Canção Nova, extraída de zenit.org. Transcrevo aqui pela elevada importância da pessoa falecida, pois o Dr. Bernard Nathanson é um marco e uma referência na luta contra a maldição do aborto.
Falece Bernard Nathanson, ícone da luta pró-vida
Famoso ex-abortista morre de câncer aos 84 anos
NOVA YORK, quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011 (ZENIT.org) - O Dr. Bernard Nathanson, ginecologista, ex-líder pró-aborto, que mudou sua opinião sobre o aborto e mais tarde se converteu ao catolicismo, morreu na última segunda-feira, aos 84 anos de idade.
Uma vez líder do movimento pró-aborto, Nathanson foi o primeiro a dar um discurso na Primeira Conferência Nacional sobre as leis de aborto, em 1969, e, no mesmo ano, fundou a Associação Nacional para revogar as leis do aborto, conhecida como NARAL Pro-choice da América.
Nathanson calculou ter sido responsável por 75 mil abortos. Ele, pessoalmente, organizou 5 mil procedimentos, incluindo um para sua namorada, de seu próprio filho, antes de mudar seu ponto de vista sobre o aborto, nos anos 70.
Nathanson escreveu, em sua autobiografia, que o desenvolvimento da tecnologia de ultrassom, que lhe permitiu ver imagens de crianças por nascer, influenciou a sua mudança de mentalidade. Ele logo se tornou um veemente ativista pró-vida, famoso por sua afirmação de que o aborto é "o holocausto mais atroz da história dos Estados Unidos".
Fez dois documentários muito influentes sobre o aborto: "O Grito Silencioso" (1984) e "O eclipse da razão" (1987). Escreveu "Aborting America", em 1979, ano em que praticou seu último aborto, e publicou sua autobiografia em 1996, intitulada "A mão de Deus: uma viagem da morte à vida, pelo Dr. Aborto, que mudou de opinião".
Nathanson se descreveu como um judeu ateu que se converteu ao catolicismo em 1996, com a ajuda do Pe. John McCloskey, do Opus Dei. Foi batizado nesse ano pelo cardeal John O'Connor, na catedral de St. Patrick, em Nova York, na festa da Imaculada Conceição.
"Nathanson foi uma figura de referência no movimento pró-vida - disse o Pe. McCloskey a ZENIT. Sua consciência o levou - um médico judeu e ateu - a reconhecer a evidência científica que mostra que a vida do nascituro existe desde a concepção e deve ser protegida desde a concepção até a morte natural."
"Ao mesmo tempo - acrescentou -, depois de muitos anos de pesquisa, recebeu o dom da fé católica. (...) Eu acho que sua dupla conversão será vista como um ponto de inflexão na luta que nos leva a um fim definitivo do aborto nos EUA, e esperamos que no mundo inteiro também."
Nathanson, ao morrer, deixa sua esposa, Christine, e seu filho.
(Karna Swanson)