[Flávio Bittencourt]

Exóticos personagens da vida real

Ex-dono de Pousada na Av. W-3 Sul, em Brasília, relembra pessoas heterodoxas que se hospedaram em seu estabelecimento hoteleiro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

http://2.bp.blogspot.com/_R6hP4hHOnAs/TO2ZHtnFD2I/AAAAAAAAADE/9c4U5keuHzk/s1600/louco.jpg

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://meusmocassins.blogspot.com/2010/11/arcano-0-o-louco.html)

 

 

 

 

 

http://patigastmann.files.wordpress.com/2007/05/sr_ladrao_viz.jpg

(http://patigastmann.wordpress.com/2007/05/21/185/)

 

 

 

 

 

http://img410.imageshack.us/img410/683/prostitutahj7.jpg

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://yoreme.wordpress.com/2009/02/14/la-prostitucion/)

 

 

 

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Samantha Appleton - 24.nov.2009/AP/Casa Branca
O casal Michaele e Tareq Salahi conversam com Barack Obama em festa na Casa Branca

  

 O casal Michaele e Tareq Salahi [PENETRAS CONTADORES DE ESTÓRIAS

AUTOBIOGRÁFICAS FALSAS]] conversam

com Barack Obama em festa na Casa Branca

(http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u666177.shtml)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                   MUITO OBRIGADO, SR. AMARILDO JORGE!

 

 

 

12.7.2011 - Um louco, um ladrão de bacalhau e picanha, um casal de profissionais do sexo, duas senhoras megalomaníacas e dez indígenas evitando um bêbado - Como morei, durante certo período, na Pousada, tenho certeza absoluta de que essas personalidades exóticas passaram por lá, uma vez que diferentes pessoas contavam as mesmas estórias - sempre com os mesmos personagens reais. (MAS NINGUÉM CONTA ESSAS ESTÓRIAS DE FORMA TÃO ENGRAÇADA QUANTO O EX-PROPRIETÁRIO DA POUSADA, SR. AMARILDO JORGE DE SOUSA.  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

 

 

RELEMBRA O SR.

AMARILDO JORGE DE SOUSA,

EX-DONO DE UMA DAS POUSADAS

QUE FICAVA NA AV. W-3 SUL, EM

BRASÍLIA-DF (BRASIL):

 

"O LOUCO

 

Na Pousada que eu tinha na W-3 Sul, um louco que estava hospedado chegava no meio do pessoal e pedia para o pessoal calar a boca. Se não calasse, ele dava um pum. Virava de costas, arribava  a perna direita e dava um pum.

  

 

O LADRÃO

 

Tinha um ladrão que se hospedou na pousada que roubava bacalhau e picanha. Ele ia nos supermercados e saía roubando bacalhau e picanha. Ele enfiava a posta de bacalhau ou a picanha na calça e saía. Ele só roubava coisa cara. Por exemplo, uísque. Ele considerava como se fosse um trabalho a profissão dele de roubar bacalhau, picanha e uísque. Todo dia ele saía pra trabalhar.

 

 

O CASAL DE PROFISSIONAIS DO SEXO

Brigava muito um casal que se hospedou da minha pousada. Ela atendia homens e ele, também (saíam, não atendiam ninguém ali), mas eles eram muito ciumentos. Um dia, ela jogou um celular na parede, como toda a força (*risos*).

  

 

AS MITÔMANAS

O engraçado das mentirosas que passaram por lá é que elas eram duas. Uma não ficou conhecendo a outra, porque uma saiu e outra entrou (*risos*). Uma das mulheres – não vou dizer o nome dela – chegou lá dizendo que tinha uma chácara no Rio de Janeiro avaliada em 2 milhões e que tinha mais uma herança do “pai que tinha morrido”, de 1 milhão e quinhentos mil reais. Ela arrumou um namorado, que era casado e tinha um serviço. O namorado, que era bem mais novo que ela, separou da mulher, para casar com ela (foi morar lá na Pousada, com ela), já que ela tinha um patrimônio de 3 milhões e quinhentos mil reais [TOTAL DA CHÁCARA SOMADO À REFERIDA HERANÇA - *RS*]. Ela dizia que era aposentada, disse que ia dar uma caminhonete HILUX para o namorado (*gargalhadas*) - e acabou pegando o cartão de crédito dele, gastando mil reais nas lojas. Quando ela recebesse a herança, pagaria a dívida. A última notícia que eu tive dela, ela estava morando na periferia, numa casinha de alvenaria.

 

A segunda mentirosa, ela chegou lá dizendo que era funcionária pública e trabalhava no Senado. Arrumou, também um namorado [ESSA EU CONHECI, PESSOALMENTE], que todo dia ela saía como se fosse trabalhar e ficava se escondendo. Na verdade, ela recebia uma pensão para cuidar da perna (tinha uma perna mais fina do que a outra, exigindo tratamento médico, no Hospital Sara Kubitscheck) e depois do tratamento ela se escondia e fica até no horário de voltar pra casa, “do Senado” (*risos*). Essa, mais simples, dizia que tinha casas, alugadas, no Entorno do DF – e também no Estado do Tocantins (*gargalhadas*). O namorado dessa era mais novo do que o namorado do outra (*risos*). Brigavam muito, porque ela bancava o rapaz e dizia que estava grávida dele (essa senhora tinha aproximadamente cinquenta anos). Na realidade, a gente descobriu que ela recebia uma pensão, por deficiência física. Eles brigavam muito, porque ela pagava todas as despesas, mas ele era machista, não aceitava obedecer a ela.

  

 

O BÊBADO  

 

Índios que iam fazer reivindicações na FUNAI [A SEDE DESSA FUNDAÇÃO FICA NO INÍCIO DA ASA SUL] não queriam ver ninguém bêbado, na Pousada. Um cliente chegou lá falando alto e eles – dez índios – acharam que ele estava bêbado e pediram para ir embora para outra pousada. Eu tive que falar para os índios que o cara não estava bêbado: ele estava bêbado, mas eu disse que ele era meio surdo e não sabia a altura do tom da voz (*gargalhadas*). Eu não sabia que índio não suportava bêbado.

 

(GRAVAÇÃO: TERÇA-FEIRA, 12 DE JULHO DE 2011)