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  CLARISSE DE OLIVEIRA

 

Porque uma Estrada não tem começo nem fim?

- Porque a Estrada tem extremidades que se repetem...

Numa Extremidade, se repete sempre o raciocinio do que será o trabalho no Templo nesse dia... na outra Extremidade, onde

terminará o Tempo do Dia, no que foi satisfação, alegria, e a Esperança de uma noite bem dormida, ao lado do filho de 4 anos...

E Um Dia, Um Dia em que os Deuses se esqueceram do Perigo em que o ciume ja tinha avisado da possivel morte, para a bayadera

que trabalhava para ajudar o sustento da familia pobre, nesse dia, o sangue escorreu como o sumo da rosa vermelha apertada entre os

dedos de quem não tem mais Esperança para Viver...

A faca afiada que cortou o lado esquerdo do pescoço da Dançarina Sagrada, por ciume do seu Amante, ficou na mão de quem fugiu pelos

campos do terreno imenso até os costais de outro Estado no Sul do Mapa da India.

Longe dos Extremos do Meio da Estrada, permanece Nossa Vida - moramos longe, um do outro, "você" tem familia e dois fihos, neto,

eu, a antiga Devadase, estou só... vazia de afeto, faminta de carinho teu, pois és a reencarnação do filho de quatro anos que deixei na India do Sul.

Mas, o Futuro e o Passado fazem permanecer o Meio da Estrada entre Eles, por que num Destino Alterado, é que permanece minha

Vida de Hoje, refazendo o Designo de Deus frente à Reabilitação do que Esqueceu o Compromisso de Minha Alma com a Veracidade

do Espirito.