[Flávio Bittencourt]

Estória de Pai João

A lua com seu raio argênteo espraiava-se sobre as encostas setentrionais daquela região onde hoje se encontra Madagascar, há muitos milhares de anos...

 

 

 

 
 
 
 
 
 
 

 

 

"DEFINIÇÃO DE ORIXÁ

Ori = Coroa; Xá = Luz."

 

(http://www.caboclopery.com.br/interest.htm)

 

 

 

 

 
 
"Intolerância Religiosa ao Culto Afro

 
Intolerância Religiosa, eis um problema que vivemos atualmente. Seria ignorância, preconceito ou falta de conhecimento? A meu ver, na maioria das vezes os três.
No que diz respeito aos cultos afro-brasileiros – a umbanda em especial – a grande maioria das pessoas são influenciadas pelo senso comum. A umbanda é coisa do mal, fulano é macumbeiro, olha o sarava, fizeram macumba pra fulano... Coisas do gênero ilustram a idéia distorcida que a grande maioria das pessoas tem.
Seria o culpado de tudo isso, o “fenômeno” chamado etnocentrismo? Primeiramente, em poucas palavras, etnocentrismo é utilizar-se da cultura de uma sociedade para analisar outra, tomando a primeira como “certa” e a segunda como “errada”; errada no sentido de atrasada e certa no sentido de evoluído.
No nosso caso, o catolicismo trazido pelos portugueses colonizadores prevaleceu, reduzindo as demais crenças religiosas como pagãs e atrasadas. Sem dó nem piedade, utilizando-se de todos os recursos que possuía por séculos a igreja sufocou as praticas religiosas afro-brasileiras. Negros escravos foram forçados ao batismo e obrigados a seguir uma religião que não era a sua: o catolicismo.
Séculos se passaram, alguns consideram o Brasil como um país laico, mas a intolerância aos cultos afros continua, mas agora de forma maquiada. Ressalta-se que as condições de existência são outras: a policia já não invade mais os terreiros, existe até uma federação da umbanda, o numero de adeptos cresceu consideravelmente. Porem com tamanho avanço, o preconceito e a ignorância ainda envolve a umbanda, classificando-a às vezes como cultos de magia negra.
Quem já não ouviu falar em benzer o bebe que está com quebrante? Na virada do ano, fazer oferendas a Iemanjá? Pois é, tudo isso faz parte da umbanda. A Umbanda deve e merece todo o respeito que se tem com outras religiões. Possui um Deus Supremo, cultua seus “santos” (orixás) e assim como as outras tem o direito de ter seu espaço social para “existir” (realizar seus cultos).
Diga não a ignorância e sim ao respeito! Deixemos de lado o preconceito para abrirmos nossas mentes a novas culturas sem fazer uso do senso comum. Axé meu irmão! "

(MONIQUE HIEDA, DO site CAFÉ HISTÓRIA,

http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/intolerancia-religiosa-ao)

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

  • Localização: Maringá, Paraná, Brasil

"Centro espírita Pai João de Angola.
Aqui a umbanda é levada a sério, são 19 anos de tradição e bons serviços prestados. Você está com problemas e não vê a solução? Insatisfeito(a), procurando ajuda e não encontra. Problemas no trabalho, amor não correspondido, depressão? Ajuda espiritual é o caminho para você se livrar de todo o mal que te cerca. Fazemos e desfazemos todos os tipos de trabalhos, ajudamos você a resolver qualquer tipo de problema, negócios, casos amorosos, amarrações, abertura de caminhos, etc.. Ensinamos orações, banhos de ervas e descarregos.
Site: http://www.centropaijoaodeangola.com.br
Fone: (44) - 3034.5827 ou 9956-84-63
E-mail e MSN :
[email protected].
Consultas on line
"

(http://www.genuinaumbanda.com.br/artigos/historia_de_pai_joao.htm)

 

 

 

 

7.5.2011 - Meu Pai João, me proteja!  - Estória de Pai João.  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

 

 

"História de Pai João
“Saiba, ó filho meu...
Que existiu uma época muito distante, em que o calendário não registrou nos anais da história da terra, um povo entre as diversas raças humanas que passaram, como estrelas espalhadas no firmamento, sábio e culto, filosófico e sonhador...
Sonhavam em retornar ao seu lar sidério, situado entre as estrelas da constelação do Cocheiro...
e por isso, os mais dotados espiritualmente, insistiam em olhar o céu e suspiravam de saudade...”
A lua com seu raio argênteo, espraiava-se sobre as encostas setentrionais daquela região onde hoje se encontra Madagascar, há muitos milhares de anos...
O homem sagrado bordejava a orla do mar, e em seu caminhar contemplava a imensidão dos astros notívagos e suspirava com seu olhar marejado, as constelações como se quisesse ler no misterioso livro do céu o futuro de seu povo...
Alto e esguio, de compleição delicada, olhos brilhantes e profundos, Nalmyskar, o sacerdote do templo de Obhaluayê perscrutava as conjunções do céu para compreender os vaticínios que chegaram através de seus sonhos, com relação aos acontecimentos prestes á desabar sobre seu país...
Com seu cajado na mão direita, permanecia de pé ao som do mar e á luz dos espaços infinitos, e assim permaneceu por longas horas, em contemplação silenciosa...
Revia o sonho e cada parte triste...o povo inteiro seria colocado á prova por desprezar a grande lei de zambi! E agora os Araxás através de seus sonhos anunciavam a grande tragédia que se abateria sobre todos como remissão dos pecados...
A sabedoria milenar há muito fora deturpada por sacerdotes corrompidos, que se deixaram levar pelos ouropéis e vaidades humanas, patrocinando verdadeiras orgias, descambando para a magia negra...
Triste sina de um povo que já foi a aurora de uma civilização grandiosa!
Muitos serão banidos, degredados, irão para longe de seus lares, como escravos de uma raça que não tardaria em surgir no horizonte, em busca de conquista e ouro.
Famílias inteiras separadas, genocídio, depravação e miséria seria o castigo deste povo orgulhoso e vingativo que ousou contrariar as leis sagradas dos Araxás...a sagrada lei de zambi!
Os grandes e brilhantes olhos do sacerdote derramavam copiosas lágrimas, vertidas de seu coração sincero, pois guardava as leis sagradas e vivia de acordo com os mais altos ensinamentos de sua escola de iniciação. Sabia que voltaria para seu lar sidério, para a sua amada estrela situada na constelação do Cocheiro, mas e o seu povo? Voltaria á vê-los? Aqueles que ficavam, que atraíram para si os olhos enérgicos dos Araxás?
Enquanto assim permanecia, não percebeu sublime Entidade postada á seu lado, que lhe observava com profundo amor e carinho.
Uma brisa fresca roçou seu rosto magro e escuro como ébano, e uma voz se fez ouvir, como que vinda da distância que ele mesmo contemplava da sua saudosa estrela...
“...Nalmyskar! o grande Zambi te abençoa através dos sagrados Araxás!
Trago-te a promessa de que, tão logo seu povo sinta o braço pesado e longo do carma, você retornará para cumprir missão junto aos teus mais caros afetos!
Numa terra que ainda está por ser descoberta, muito além mar, tu irás voltar para o seio do povo que tanto amas, e assim auxiliá-lo na difícil missão de retornarem aos braços de Zambi, através da dor e do sofrimento. Os Grande Senhores da Aumbhandhã, os Mestres da Luz Primaz ouviram tuas preces, abençoado sacerdote, pois que tu guardaste a lei de Zambi em seu coração!
Retornarás  como Guia de uma futura religião que está para nascer nas terras do Cruzeiro do Sul,e inspirarás com teu exemplo de humildade os teus filhos deserdados...
Serás conhecido como Pai João do Congo por muitas gerações que te sucederão ao longo da jornada que ora se inicia em tua experiência íntima, e terás a alegria de ver voltar ao aprisco do amor de Zambi muitos de teus filhos desgarrados, que com teu amor, com tua dedicação e humildade irás inspirar aos dias melhores no futuro...
Por agora descansa, prepara teu espírito para as horas amargas que se abaterão, logo que a lua mude seu ciclo, para alertar mais uma  vez teu povo das severas lições que lhe aguardam! Paz e Luz, Nalmyskar, abençoado dos Araxás!”
Com os olhos marejados, e profundamente emocionado, o velho sacerdote retornou a passos lentos em direção de sua aldeia, enquanto a lua, em seu zênite parecia compartilhar com a tristeza do velho ancião...
João B.G.Fernandes"
   
(http://www.genuinaumbanda.com.br/artigos/historia_de_pai_joao.htm)
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os 7 Orixás Básicos da Umbanda

 

Oxoce

Orixá da saúde, prosperidade, força, energia (ligada a saúde), farmacopéia (farmácia), nutrição É o “caçador” do Axé. Representado pelos Caboclos e Caboclas. 

Reino: mata.

Cor: verde (todos os tons e branco). Os tons de verde variam de acordo com a origem do Caboclo.

Sincretizado no Rio de Janeiro com São Sebastião, tem o seu dia comemorado em 20 de janeiro.

Elemento: terra.

Dia na semana de vibração maior: quinta-feira.

Planeta: Júpiter

Características básicas de seus filhos: meio fechados, gostam de viver no seu próprio meio. Gostam de contemplar a natureza. Geralmente são pessoas desconfiadas, mas que quando confiam são amigos fiés. Trabalhadores incansáveis. 

Outras formas de grafia encontradas: Oxossi e Oxosse.

  Ogum 

Orixá da energia (ligada a atitude), perseverança, vencedor de demanda, persistência, tenacidade, renascimento (no sentido de capacidade de se reerguer). Reino: Orixá sem reino específico, que atua na defesa de todos os reinos em função  A Energia de Ogum está em todos os lugares. Cor básica: vermelha e branco.

Sincretizado no Rio de Janeiro com São Jorge, tem o seu dia comemorado em 23 de abril.

Elemento: fogo.

Dia da Semana de vibração maior: terça-feira

Planeta: Marte

Características de seus filhos: são persistentes, tem temperamento forte. Determinados e batalhadores.

 Desdobramentos Principais de Ogum

Ø       Ogum Megê – vermelho, branco e preto (trabalha em harmonia com Omulu, na entrada da calunga pequena - cemitério).

Ø       Ogum Rompe Mato – Vermelho e verde (trabalha em harmonia completa com Oxoce, na entrada da Mata. Podendo ser cultuado tanto na terça-feira, dia de Ogum, quanto na quinta-feira, dia de Oxoce)

Ø       Ogum Beira-mar – Coral (trabalha na orla marítima em harmonia com Iansã e Iemanjá)

Ø       Ogum Iara – azul claro e vermelho (trabalha na cachoeira em harmonia com Oxum)

Ø       Ogum de Lei – vinho e branco (trabalha com as Almas em harmonia com Xangô, Omulu, Oxum e Ogum Iara)

 

OBS.: Os demais Oguns encontrados mais raramente dentro dos terreiros de Umbanda, são desdobramentos destes principais Chefes de Linha, exemplo: Ogum 7 Ondas (desdobramento de Ogum Beira-Mar).

  Xangô

Orixá da justiça e do conhecimento (estudo de maneira geral), equilíbrio das forças de um modo geral, ligadas a questões de Justiça. Sincretizado no Rio de Janeiro com São Jerônimo, tem o seu dia comemorado em 30 de setembro.

 Encontramos também outras datas de comemoração porque este Orixá foi sincretizado com outros Santos Católicos, em função de seus desdobramentos, a saber:

Xangô Alafim-Eché (São Jerônimo - 30 de setembro),

Xangô Abomi (Santo Antônio - 13 de junho),

Xangô Alufam (São Pedro - 29 de junho),

Xangô Agodô (São João Batista - 24 de junho),

Xangô Aganju (São José - 19 de março)

Xangô D'Jacutá (sem sincretismo - Regência geral da Linha de Xangô).

Reino: pedreira.

Força da natureza que rege: trovão.

Cores: marrom, cinza e ainda o roxo.

Elementos: ar e terra.

Dia da semana de vibração maior: quarta-feira

Planeta: Mercúrio

Características dos seus filhos: Rigidez de pensamento, tem grande senso de justiça, são pessoas metódicas, equilibradas e tem facilidade no estudo.

 Omulu

Orixá de transformação energética, de toda energia produzida de forma natural ou artificial, quer dizer, a energia natural é toda aquela emanada da natureza ou do nosso próprio pensamento e a artificial é a fabricada (oferendas). Ele transforma tudo e descarrega para terra.

Orixá da transição para a vida astral. Senhor dos segredos da vida e da morte. Mestre das Almas.

Se Exu é o grande manipulador das forças de magia, o Sr. Omulu é o Mestre.

Quando desencarnamos tem sempre um enviado de Omulu do nosso lado, por isso é que ele sempre diz que temos que resgatar a nossa dívida; temos que agir efetivamente para resgatarmos o nosso Karma.

Sincretizado no Rio de Janeiro com São Lázaro tem o seu dia comemorado em 17 de dezembro.

Reino: calunga pequena (cemitério).

Cores: preta e branca em proporções iguais.

Elemento: terra.

Dia da Semana de vibração maior: sábado

Planeta: Saturno

Características dos seus filhos: Pessoas fechadas, que passam por grandes transformações na vida, normalmente ligadas a perdas. São protegidos contra qualquer tipo de magia. A mediunidade é aguçada desde muito jovem.

OBS.: Obaluaê é um desdobramento de Omulu, vibrando em forma mais jovem. Não se trata de outro Orixá, mas sim de um desdobramento.

 Iansã 

 

Orixá dos ventos, raios e tempestades. Responsável pelas transformações, (mutações e mudanças) ligadas às coisas materiais, fluidez de raciocínio e verbal. Orixá intimamente ligada aos avanços tecnológicos. Grande guerreira.

Não tem reino específico, atua nos fenômenos da natureza.

Cor: amarelo ouro e branco. Elemento: ar, água e fogo

Dia da semana: quarta-feira (horas pares até às 16:00h)

Planeta: Mercúrio

Sincretizada no Rio de Janeiro com Santa Bárbara tem o seu dia comemorado em 4 de dezembro.

Características dos seus filhos: Mudança de pensamento (jogo de cintura), facilidade de falar, de se comunicar, de interagir. Pessoas geralmente bastante flexíveis (abertas) as novidades e mudanças.

 Iemanjá

 

Orixá dos mares, das águas salgadas. Responsável pelos bens materiais, grande provedora e mãe. Senhora da Calunga Maior(mar), portanto grande absorvedora de energias negativas.

 Traduz a sua vibração em paz e harmonia. Protetora da família, dos laços familiares.

 Reino: mar.

Cores: azul claro, céu ou branco transparente.

Elemento: água.

Dia da semana de maior vibração: sexta-feira.

Planeta: Vênus

Sincretizada no Rio de Janeiro com N. Senhora da Glória tem o seu dia comemorado em 15 de agosto.

Características de seus filhos: dinheiro com facilidade (quando não tem, aparece), não aparentar a idade que tem, "espírito" maternal, gosta do poder.

  Oxum

 

Orixá do amor, da harmonia e da concórdia. Equilíbrio emocional. Senhora das águas doces, rios e cachoeiras.

Reino: Cachoeira.

Cor: azul royal. Elemento: água.

Dia da semana de maior vibração: segunda-feira.

Planeta: Lua

Características dos seus filhos: Docilidade, sensibilidade (choram com facilidade), místicos.

 

Caso deseje se aprofundar nesse assunto, clique nesse link Os Orixás. Trata-se de um texto de autoria de Mãe Iassan (dirigente do Centro Espiritualista Caboclo Pery) parte integrante do Livro Umbanda - Mitos e Realidade."

 

 

(http://www.caboclopery.com.br/interest.htm)