Ensopado de Tambaqui
Por Flávio Bittencourt Em: 06/10/2011, às 20H59
[Flávio Bittencourt]
Ensopado de Tambaqui
Guido Valério, em Pesca & Companhia, recontou uma estória sensacional de pescador amazonense.
"KID OCELOS É, SIMULTANEAMENTE, ILUSTRADOR E PESCADOR ESPORTIVO,
COMO VOCÊ PODE CONFIRMAR ACESSANDO:
http://revistapescaecompanhia.uol.com.br/videos/videos.aspx?c=3686"
(COLUNA "Recontando...")
UM SIMPÁTICO TAMBAQUI:
KID OCELOS DESENHOU:
(http://revistapescaecompanhia.uol.com.br/imagens/conteudo/6/06_07_ensopado_de_tambaqui_gd.jpg)
"Tambaqui
O tambaqui é um peixe de pequeno a médio porte. Por ser bastante largo, quase arredondado, tem espinhas compridas. Sua alimentação consiste principalmente de frutas que caem das árvores localizadas junto às margens de rios ou igapós. Por isso, possui dentes semelhantes aos molares humanos, com muita força nos músculos da cabeça.
O tambaqui pode ser preparado cozido ou refogado, bem picadinho, mas nada se compara ao delicioso prato existente em Manaus conhecido como “costela de tambaqui”. Por ser um peixe capaz de acumular gordura, possui deliciosas costelas – o nome pelo qual são conhecidas as espinhas de peixes na região norte. O pescado deve ser assado sobre o calor de brasas incandescentes. Assim, sua camada de gordura derrete lentamente, penetrando na carne e revestindo-a de untuosidade e de sabor sem igual."
(http://www.brasilsabor.com.br/por/roteiros/artigo/7)
[AO CENTRO,] Kid Ocelos (Ilustrador, pescador esportivo e colaborador da Pesca & Cia), Eu [BELL PELLIZZER] e meu marido, Sergio
(http://www.momentodapesca.com.br/forum/viewtopic.php?f=4&t=2710&p=34612)
OBRIGADO, GUIDO VALÉRIO,
A ESTÓRIA DE PESCADOR QUE VOCÊ RECONTOU
É, MESMO, DAS MELHORES,
ABRAÇANDO FRATERNALMENTE
BELL PELLIZZER E SEU DIGNO MARIDO, SERGIO, E
TRANSMITINDO OS PARABÉNS A
KID OCELOS, POR TÃO BEM SABER
ILUSTRAR - COM CRIATIVIDADE, HUMOR E
CONHECIMENTO DE CAUSA -,
ESTÓRIAS SENSACIONAIS DE PESCADORES AMAZONENSES
E NÃO-AMAZONENSES!
7.10.2011 - Reconta Guido Valério, na revista Pesca & Companhia, uma estória de pescador envolvendo Arquimedes, morador de Manacapuru, Amazonas (Brasil), que segurou com tanta força o caniço com que pescava um enorme tambaqui do Rio Solimões que a cabeça do peixe se deslocou do corpo e foi lançada para o céu - A cabeçorra do tambaqui voou longe: estória de pescador amazonense. (O CARTUNISTA KID OCELOS ILUSTROU ESSA NARRATIVA SENSACIONAL.) F. A. L. Bittencourt ([email protected])
"Ensopado de tambaqui
Por: Guido Valério
Ilustração: Kid Ocelos
Publicado em: 08/2011
Arquimedes era morador do “Paraíso do Periquito”, localizado no Município de Manacapuru, no Amazonas. Um pescador de larga experiência, que estava acostumado a manter em dia a despensa da cozinha, sempre com bons peixes da região.
A pescaria que mais lhe agradava, porém, era a do tambaqui. Quando o juarizeiro, espécie de palmeira local, amadurecia, os frutos caiam n’água, atraindo os peixes. Já era mês de abril e, com os juaris maduros, Arquimedes preparou seu equipamento para pescar nas águas barrentas do Rio Solimões.
– Mulher! Vou pescar um grande tambaqui para nosso almoço hoje, não prepara nada até eu voltar - disse o experiente pescador.
Ele escolheu os melhores materiais, entre os que possuía: uma linda vara de enviveira “taia”, sementes de seringueira, muitos juaris maduros e a araponga.
O pescador tomou seu caminho até o porto onde estava sua canoa. Uma vez embarcado, rumou em direção aos grandes igapós que circundavam sua propriedade e não demorou a lançar sua linha n’água.
A chamada dos peixes debaixo do juarizeiro chegava a fazer barulho. Logo, um enorme tambaqui se aproximou de um deles e levou a linha da vara de Arquimedes até o fundo do tio, com muita energia.
Para evitar que ele escapasse, o pescador segurou o caniço com firmeza; enquanto o peixe puxava de um lado, o pescador fazia força de outro. Era um cabo de guerra.
Em pouco tempo, a briga chamou a atenção das piranhas, que começaram a morder o tambaqui. Com medo de que ele fosse todo devorado, o pescador aplicou uma força ainda maior na tentativa de recolher o gigante. O exagero foi tamanho que a cabeça do peixe se deslocou do corpo e foi lançada para o céu, levando a linha, que arrebentou, junto da ponta da vara.
Arquimedes perdera seu único peixe. Para piorar a situação, ele não tinha nenhum anzol sobressalente e teve de voltar desolado para casa.
Beirava o meio-dia quando ele se aproximou de sua casa e, com espanto, percebeu que a esposa estava varrendo o terreiro de casa e cantando uma velha música.
– Cadê o peixe? - indagou a mulher.
– Nada! Hoje não tive sorte, o único que fisguei perdi.
– Não fica triste, meu velho, já preparei o almoço. Logo que comecei a varrer, por volta das dez e meia, fui surpreendida por uma enorme cabeça de tambaqui que caiu aqui, no meio do terreiro, acredita? E ela ainda estava com um anzol na boca! Ora, levei pra cozinha e preparei um delicioso ensopado de cabeça de tambaqui."
(http://revistapescaecompanhia.uol.com.br/historia-de-pescador/historia-de-pescador.aspx?c=2423)