[Flávio Bittencourt]

Enciclopédia do PARLAMENTARISMO JÁ

Verbetes especiais (1)

 

 

 

 

 

 


EX-SENADOR BRASILEIRO LUTA JUDÔ:

Arthur Virgílio treina jiu-jítsu desde os 13 anos de idade. (Foto: AE) [...]"

(http://www.bemparana.com.br/blogdopier/index.php/tag/jiu-jitsu/)

 

 

 

 

 

 

Ficheiro:2012 Olympic Medals revealed.jpg
Medalhas olímpicas dos Jogos de Londres 2012.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Jogos_Ol%C3%ADmpicos_de_Ver%C3%A3o_de_2012)

 

 

 

 

 


JOVEM ATLETA DO PIAUÍ CONQUISTA O OURO

EM LONDRES (2012):

Sarah Menezes(Imagem:Globoesporte.com)
Sarah Menezes

(http://estamosdeolhophb.blogspot.com.br/2012_07_01_archive.html)

 

 

 

 


 

SIGNIFICATIVA HOMENAGEM A UM DOS PRINCIPAIS LÍDERES

DO POVO BRASILEIRO, PROFESSOR APOSENTADO DE

DIREITO DA PUC-SP E EX-GOVERNADOR DO ESTADO DE

SÃO PAULO

(JUL. / 2009):

(http://brunocovas.com.br/homenagem-ao-governador-franco-montoro/)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://www.fisae.org.br/www/index.php/parcerias/91-isae/parcerias/138-barcelona-brasil-group)

 

 

 

 

O NOME COMPLETO DESSA ENCICLOPÉDIA VIRTUAL É:

"ENCICLOPÉDIA VIRTUAL DO PARLAMENTARISMO ARTHUR VIRGÍLIO FILHO" (Enciclopédia Eletrônica do Sistema Parlamentarista de Governo Deputado Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Filho [*])

 

 

[*] - "Arthur Virgílio Filho [SAUDOSO PAI DO ATUAL (jul. / 2013) PREFEITO DE MANAUS]

 

Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Filho (Manaus, 12 de fevereiro de 1921Rio de Janeiro, 31 de março de 1987) foi um político brasileiro.

É pai do senador Arthur Virgílio Neto. Foi deputado estadual de 1947 a 1959, deputado federal de 1959 a 1963 e senador de 1963 a 1969, quando foi cassado. Era membro do PSD, foi para o PTB em 1954 e com a extinção dos partidos, foi para o MDB."

[http://pt.wikipedia.org/wiki/Artur_Virg%C3%ADlio_Filho]

 

 

 

 

 

 

A odontóloga Cinthya Magaly Moutinho de Souza, assassinada por menores de idade

loucos varridos quando estava trabalhando e tinha o valor de 30 reais na conta-corrente

bancária (QUEM NO BRASIL, HOJE, CONSEGUE TER VALOR MAIOR?) - à sua memória é dedicado

este esforço de pesquisa político-jornalístico, de inspiração jurídica kelseniana

(positivo-constitucionalista), PRÓ-PARLAMENTARISMO:


— A dor que ela passou... Ela morreu de dor.  Ela não merecia isso. Era uma pessoa muito dócil, muito amada, amorosa.

 Amiga de infância de Cinthya Magaly Moutinho de Souza, que morreu queimada durante um assalto em São Bernardo do Campo, Marlene Pinto da Silva Araújo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://www2.camara.leg.br/documentos-e-pesquisa/publicacoes/edicoes/paginas-individuais-dos-livros/perfil-parlamentar-arthur-virgilio-filho)

 

 

 

 

 

 (http://www.blogdosarafa.com.br/?p=778)

 

 

 

 

 

 

ANDRÉ FRANCO MONTORO

CONCEDE DEPOIMENTO A

VÁRIAS EMISSORAS DE RADIO E TV:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O ENTÃO SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO NETO, 

FILHO DO EX-DEPUTADO ARTUR VIRGÍLIO FILHO (1921 - 1987),

PROFERE DISCURSO, MOSTRANDO ALGUMAS DAS TREMENDAS

MAZELAS DO PAÍS:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ARTHUR VIRGÍLIO, FAIXA PRETA DE JUDÔ E

FAIXA CORAL E JIU-JÍTSU, DEMONSTRA, COM

AS MEDALHAS HONORÍFICAS QUE RECEBE, O

GRANDE CARINHO QUE O POVO QUE O ELEGEU

PARA PREFEITO DE MANAUS SENTE POR ELE:

 

"04/05/2013 19h51 - Atualizado em 04/05/2013 20h12

Faixa coral e prefeito, Arthur Virgílio recebe homenagem em Manaus

Ginásio "Bergão" foi reinaugurado para receber Amazonense de Jiu-jítsu; Durante a solenidade, atual prefeito recebeu medalha

Por GLOBOESPORTE.COM Manaus

 
 

Na manhã deste sábado (04), o ginásio Ninimberg Guerra (Bergão), no bairro São Jorge, Zona Oeste de Manaus, foi oficialmente reinaugurado após reforma de dois meses para receber o Campeonato Amazonense de Jiu-Jítsu. Durante a manhã de festa, o prefeito Arthur Virgílio recebeu homenagem da Federação Amazonense de Jiu-Jítsu (FJJAM) por ser o único atleta de faixa coral, vermelha e preta (8ª grau), no Estado do Amazonas.

Antes de entrar na política, Arthur Vírgilio Neto já brilhava nos tatames. Com apenas 13 anos, o atual prefeito de Manaus começou a praticar jiu-jítsu. Treinado por Carlos Gracie, o político "casca-grossa" batalhou muito para figurar entre outros grandes nomes da arte suave.

Arthur Virgílio jiu-jítsu (Foto: Isabella Pina)Arthur recebeu homenagem por ser o único faixa coral no Amazonas (Foto: Isabella Pina)

Em discurso emocionado após receber a homenagem, Arthur relembrou a grande carreira na luta. Sem quimono, o prefeito sorriu ao ser questionado à respeito de uma volta aos treinos, mas garantiu que está entre seus planos retomar o hábito de praticar o esporte.

- Vou voltar. Vou até fazer uma apresentação se conseguir. Só preciso me alongar. Tenho um problema grave no joelho que andou me atrapalhando, sequela das lutas. Mesmo assim, até uns anos atrás, conseguia manter minha rotina. Até 2009 estava indo bem, treinava duas vezes por semana com o mestre João Roque, e sempre que vinha a Manaus treinava Muay Thai. Em 2010, por conta das eleições, tive que enfrentar fora do tatame Deus e o diabo na terra do sol. Em 2011 e 2012 também fiquei parado. Agora vou voltar, vocês vão ver - prometeu.

Apaixonado por MMA, o prefeito seguiu a tese de que nem só de jiu-jítsu se vive no mundo das artes marciais mistas. Para reforçar o currículo, além da faixa coral, Arthur é também faixa preta de judô e possui conhecimentos de muay thai, boxe e luta livre. O prefeito fez questão de elogiar o atual cenário amazonense na arte suave.

- Fico muito emocionado com essa homenagem, mas fico mais feliz em ver o crescimento e a profissionalização do nosso jiu-jítsu. Antes tínhamos atletas com um futuro brilhante, mas que não possuíam condições de disputar grandes eventos internacionais. Hoje, trabalhamos muito para conseguir formar cada vez mais campeões que carregarão a nossa bandeira. A nossa meta é transformar o Amazonas na maior potência da luta no país - concluiu.

* Por Isabella Pina (com supervisão de Tadeu Matsunaga)"

(http://globoesporte.globo.com/am/noticia/2013/05/faixa-coral-e-prefeito-arthur-virgilio-recebe-homenagem-em-campeonato.html)

 

 

 

 

 

Bernardo Cabral é Doutor Honoris Causa da Ufam

sarafaconstitu

O Dr. José Bernardo Cabral recebe hoje em solenidade no Auditório da Faculdade de Direito na UFAM o título Doutor Honoris Causa da nossa Universidade.
Cabral tem uma folha repleta de bons e relevantes serviços prestados ao Amazonas e o Brasil. Foi secretário de estado, deputado estadual, duas vezes deputado federal, Senador da República, Ministro da Justiça, presidente nacional da OAB e Relator da Assembléia Nacional Constituinte.

A concessão do título pela UFAM é uma merecida e justa homenagem por tudo que fez ao longo da vida em prol das instituições e do povo. Coincidentemente hoje ele completa 77 anos. A foto acima retrata o encerramento da Assembléia Nacional Constituinte.

Leia abaixo a entrevista concedida por Bernardo Cabral à Agencia de Notícias do Senado Federal pela passagem dos 20 anos da promulgação da Constituição de 1988.

 

Escolhido, aos 54 anos de idade, relator da Assembléia Nacional Constituinte, o amazonense Bernardo Cabral foi o parlamentar que mais pressões recebeu, ao longo dos 20 meses de trabalho de elaboração da Constituição brasileira. Dizia o presidente daquela Assembléia, deputado Ulysses Guimarães, que era espartana a dedicação do relator à confecção da carta constitucional. Hoje, Bernardo Cabral se diz orgulhoso dos esforços realizados, certo de que, com esse trabalho, o Brasil deu adeus ao obscurantismo. O relator da Constituinte, contudo, continua lamentando a rejeição do sistema parlamentarista de governo, que era o fio condutor de todo o trabalho preliminar da comissão de sistematização do projeto da nova Constituição. Cabral aponta a vaidade humana, a falta de perspectiva política e a incompreensão como as causas desse malogro. Em sua opinião, não adotar o Parlamentarismo no Brasil foi um erro histórico.

Agência Senado – Em algum momento o senhor achou que a Constituição não sairia? Qual foi o momento de maior angústia?
Bernardo Cabral – Em nenhum momento deixei de ter certeza de que a Constituição seria promulgada, apontaria caminhos e indicaria soluções. E essa segurança se solidificou na sessão de 27 de julho de 1988 dessa Assembléia, quando íamos votar o segundo turno do projeto da nova Constituição, com o célebre discurso do presidente Ulysses Guimarães, que afirmou o seguinte: “Esta Constituição, o povo brasileiro me autoriza a proclamá-la, não ficará como bela estátua inacabada, mutilada ou profanada. O povo nos mandou aqui para fazê-la, não para ter medo”.
Mas, para mim, o momento de maior angústia foi quando o presidente Ulysses Guimarães se viu obrigado a deslocar-se para São Paulo a fim de submeter-se a uma angioplastia. Esse momento foi angustiante.

Agência Senado – Qual o momento que mais lhe exigiu paciência para fazer valer seus argumentos como relator?
Bernardo Cabral – Foram vários os momentos. Dentre eles, o da discussão da reforma agrária; o da taxa de juros, que foi fixada em 12% ao ano, contra o meu parecer; o da anistia; o da ciência e tecnologia; o da desapropriação; o dos recursos minerais; e o do debate sobre o sistema de governo. Eu era e continuo sendo a favor do Parlamentarismo.

Agência Senado – Qual o parlamentar constituinte cuja ajuda foi vital para a concepção do texto?
Bernardo Cabral – É difícil situar este ou aquele, mas a contribuição dos meus relatores-adjuntos foi decisiva, razão por que registro aqui os seus nomes: José Fogaça, então senador e hoje prefeito de Porto Alegre; Antonio Carlos Konder Reis, à época deputado por Santa Catarina, estado do qual foi governador e senador; e Adolfo Oliveira, então deputado, saudoso colega e notável regimentalista, representante do Rio de Janeiro e meu velho companheiro desde a legislatura de 1967/1971.

Agência Senado – Qual foi o grande impedimento para que não prosperasse o Parlamentarismo?

Bernardo Cabral – O grande impedimento foi a vaidade de uns, a falta de perspectiva de outros e a incompreensão de muitos. Isso porque o fio condutor filosófico da Comissão de Sistematização era todo ele voltado para o sistema parlamentarista. E foi um clamoroso erro histórico não ter sido ele viabilizado na revisão constitucional de 1993. Basta exemplificar com os quatro países que saíram arrasados da segunda guerra mundial – Alemanha, Japão, Itália e França – e são verdadeiras potências econômicas na atualidade. Neles se exercita o Parlamentarismo.

Agência Senado – O Brasil hoje é produto do trabalho dos constituintes ou é mais resultado da globalização que vem acelerando mudanças em todo o planeta?
Bernardo Cabral – É bom lembrar que o trabalho dos constituintes refletiu estar o Brasil mobilizado para a tarefa de reordenar democraticamente o país, após a ruptura da ordem constitucional. E a importância para a sociedade brasileira de ter uma Constituição democraticamente votada era evidente para todos. Ademais, não se pode esquecer o instante histórico em que ela foi elaborada, quando participaram da sua feitura políticos cassados, guerrilheiros, banidos, aposentados compulsoriamente, anistiados, revanchistas, sem contar, à época, a chamada dicotomia entre os regimes capitalista e comunista e, mais tarde, a queda do muro de Berlim e a implosão do Leste Europeu. Portanto, ao trabalho preparatório dos constituintes é que se deve acoplar a globalização.

Agência Senado – Sem a nova Constituição, como seria o Brasil hoje?
Bernardo Cabral – Sem a nova Constituição, o Brasil hoje não estaria respirando o ar saudável das liberdades públicas e civis, enfim restauradas, já que a longa era de autoritarismo e a prolongada fase de transição que lhe sucedeu receberam, então, o selo que as qualifica como etapas históricas superadas, para a formação de nossa cidadania. Vale dizer: ela soterrou a época do obscurantismo e firmou a liberdade de expressão, a liberdade de comunicação, o acesso à informação, o sigilo da fonte, o fim da censura, dentre tantos comandos constitucionais do mais alto valor significativo.

[http://www.blogdosarafa.com.br/?p=778]

 

 

 

 

 

 

ESPANTOSA FOTO - OBRA DE ARTE DE GANHAR MEDALHA EM

QUALQUER SALÃO FOTOGRÁFICO DO MUNDO - DA FABULOSA

LUTA Maria Altherman X tunisiana Nihel Rouhou, no esporte em

que ganhou medalha de ouro, nas últimas olimpíadas da era

moderna (Londres, 2012) a piauiense Sarah Menezes, o judõ:

ensaio 1 maria Altheman brasil Nihel rouhou tunisia judo mais 78kg Curta uma belíssima seleção de imagens desta sexta (3), sétimo dia dos Jogos Olímpicos de Londres 2012 (http://esportes.r7.com/blogs/eduardo-marini/tag/olimpiadas/)

 

 

 

 

 

COM EXCEÇÃO DO ARTIGO DO DR. BERNARDO CABRAL,

OS ARTIGOS A SEGUIR MENCIONADOS - INCLUSIVAMENTE O

DO SR. PREFEITO DE MANAUS (QUE É PRÓ-PARLAMENTARISMO

E PRATICA A NOBRE LUTA ORIENTAL DO JUDÔ) - MENCIONADOS

INCLUEM-SE EM:

 

 

 

Economia e política da crise brasileira : a perspectiva social-democrata

Autor: Maurício Dias DavidHélio Jaguaribe; et al
Editora: Rio de Janeiro, RJ : Rio Fundo Editora, ©1991.
Edição/Formato   Livro : PortuguêsVer todas as edições e formatos
Resumo:
"Presents collection of essays by politicians and academics connected to the Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Most of the PSDB luminaries are represented, as are politicians from Spanish and German socialist parties. Helpful for understanding PSDB's thought in its early years, before it came to power under Franco and Cardoso"--Handbook of Latin American Studies, v. 57.
Classificação:

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Assuntos

(http://www.worldcat.org/title/economia-e-politica-da-crise-brasileira-a-perspectiva-social-democrata/oclc/25127676)

 

 

 

 

 

 

(http://www2.camara.leg.br/comunicacao/institucional/noticias-institucionais/emenda-parlamentarista)

 

 

 

 

"ESTOU CRIANDO ESSA ÓTIMA - acho eu - ENCICLOPÉDIA VIRTUAL,

MAS AVISO LOGO - já que isto é colaboração didático-jornalística desinteressada

- QUE NÃO ACEITAREI OCUPAR CARGO ALGUM, AINDA QUE O

PARLAMENTARISMO VENHA A PREVALECER NO BRASIL!"

FALB

 

 

 

 

 

 

16.7.2013 -     F.

 

 ===em edição===

Verbete UM ARTIGO DE Frrr M    p. 55

 

Verbete UM ARTIGO DE MRJ    59

 

 

Verbete UM ARTIGO DE MSTIAGO      65

 

 

 

Verbete UM ARTIGO DE  H J       67

 

Verbete UM ARTIGO DE AVN    71

 

Verbete UM ARTIGO DE B C (OUTRA COLETÂNEAAAA)   67

 

Verbete A MINHA PESSOA (RESUMO BIOGRÁFICO DO IDEALIZADOR E ORGANIZADOR DA E.)

 

Verbete A SUA PESSOA (SE VC FOR A FAVOR DA IMPLANTAÇÃO DO PARL. NO BRASIL)

 

 

 

 

 

===

 

 

 

 

01/09/2011 19:10

Emenda Parlamentarista completa 50 anos

 

Uma semana após a renúncia de Jânio Quadros, uma emenda à Constituição Federal instalou o Parlamentarismo no Brasil, que vigorou por 17 meses.

 

Emenda Parlamentarista completa 50 anos

Jânio Quadros

Há exatos 50 anos, no dia 2 de setembro de 1961, o Congresso Nacional aprovou a adoção do regime parlamentarista de governo no Brasil. Foram menos de 17 meses de parlamentarismo, com três gabinetes e nenhuma realização política ou econômica digna de nota. Seu grande mérito foi o de viabilizar a posse do vice-presidente João Goulart e evitar, na ocasião, o golpe de estado concretizado, depois, pelos militares. Mas faltou-lhe apoio dos políticos, a começar pelos governadores da época. No dia 6 de janeiro de 1963, com o voto de mais de 80% dos eleitores, um plebiscito selou a volta do presidencialismo e, em março de 64, o golpe militar derrubou João Goulart.

 

O parlamentarismo de 1961 foi uma obra precária de engenharia política, construída em meio à inquietação decorrente da renúncia de Jânio Quadros. Os chefes militares, em 28 e 30 de agosto, explicitaram de público suas restrições ao vice João Goulart, então em viagem à China. Lideranças do Congresso agiram rápido para evitar a crise, na tentativa de manter a democracia que vigorava desde 1946.

Aprovado no dia 2 de setembro pela esmagadora maioria dos votantes (264 sim e 10 não), após uma semana de intensas negociações, o Ato Adicional que estabeleceu o regime parlamentarista foi promulgado no dia 3 de setembro. Era uma emenda à Constituição que reduzia os poderes do Presidente da República e por isso mesmo teve a concordância dos ministros militares.

João Goulart

Concebida, inicialmente, como um parecer sobre o veto dos militares a Jango e proposta de saída para o impasse, a emenda foi discutida por uma comissão mista integrada pelos deputados Oliveira Brito, Plínio Salgado, Paulo Fernandes, Paulo Lauro, Antonio de Novais Filho e Alô Guimarães; e pelos senadores Jefferson de Aguiar, Benedito Mário Calazans, Heribaldo Vieira, Manuel Novaes e Camilo Nogueira da Gama. De pronto, a Comissão se posicionou contra a aceitação do veto e em quatro dias preparou a emenda parlamentarista, afinal formalizada no dia 30 de agosto e aprovada no dia 2.

Nos bastidores, trabalharam intensamente na busca de uma solução para a crise nomes como o senador Amaral Peixoto, que presidia o maior partido, o PSD; os também pessedistas deputados Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, José Maria Alkmin, Martins Rodrigues e Nelson Carneiro; os petebistas Almino Afonso e San Tiago Dantas e o senador Afonso Arinos, da UDN.

 

A atuação do Congresso

Na realidade, a proposta parlamentarista já vinha sendo sustentada, desde 1946, pelo deputado gaúcho Raul Pilla, que a reapresentou, coincidentemente, sem antever a crise da renúncia de Jânio, no dia 6 de julho. No seu livro O Brasil sem retoque - 1808-1964, o jornalista Carlos Chagas transcreve depoimento do ex-presidente da Câmara e Presidente interino da República, Ranieri Mazzilli, no qual ele observa que, já nas primeiras conversas entre os congressistas, nos dias seguintes à renúncia, "criou-se um consenso de que era indispensável apresentar aos militares uma fórmula que diminuísse os riscos, que eles consideravam iminentes, de uma posse num regime de poderes amplos para um presidente que, eles entendiam, não estava em condições de exercê-los, para a segurança nacional. A partir desse momento, o esforço criativo do Congresso foi enorme, porque indormido. Desencadearam-se os processos da formulação e das conversações com os militares, para que eles aceitassem a fórmula".

No seu relato, Mazzilli destaca a "colaboração e o empenho" do chefe do gabinete militar, General Ernesto Geisel, do Senador Amaral Peixoto e das lideranças da UDN, que atuaram "em regime de estreita colaboração com o PSD e PTB", sem que nenhum dos partidos demonstrasse qualquer oposição à fórmula. "Quero dizer que não distingui em nenhum dos partidos, nesse momento, qualquer oposição, mesmo do PTB. Havia alguns elementos do PTB, que eram mais radicais e entendiam que se devia apenas cumprir a Constituição, mas todos passaram a verificar que havia dificuldades muito grandes. Inclusive, os líderes Almino Afonso e Rui Ramos conversaram longamente comigo e com parlamentares que estavam mais informados de uma redação para a emenda e terminaram por admitir que, para eles, não era a solução evidentemente ideal, mas era o que se podia obter para a posse. Eles e os seus partidos dariam a colaboração...".

Em contraste com o entendimento que se consolidava no Congresso, os dias que antecederam a adoção do Parlamentarismo foram marcados, nos quarteis e grandes centros urbanos, por um quadro de tensões e radicalização. O país tomava conhecimento das manifestações feitas pelos chefes das Forças Armadas nos dias 28 e 30 e, de outro, era agitado pelo tom do governador Leonel Brizola, na chamada Campanha da Legalidade, que tentava mobilizar a resistência em favor de Goulart a partir do Rio Grande do Sul, com apoios em outros Estados do Sul e Sudeste.

 

Anarquia x legalidade

Em mensagem ao presidente do Senado, Auro Moura Andrade, no dia 28, os ministros militares invocaram a condição de chefes das Forças Armadas e responsáveis pela ordem interna para expressar "a absoluta inconveniência, por motivos de segurança nacional", do regresso de Jango ao país. Dois dias depois, eles foram mais explícitos, sustentando que o vice-presidente sempre promovera "agitações sociais e facilitara a infiltração comunista". 
A essa acusação, acrescentaram a advertência de que, se Goulart assumisse a Presidência, "em um regime que atribui ampla autoridade e poder pessoal ao chefe do governo" (o presidencialismo), o país iria caminhar para "o caos, a anarquia e a luta civil". E mais: "As próprias Forças Armadas, infiltradas e domesticadas, transformar-se-iam - como tem acontecido noutros países - em simples milícias comunistas".

O clima de confronto chegou ao seu ápice com os desdobramentos da Campanha da Legalidade, liderada, a partir do Rio Grande do Sul, pelo Governador Leonel Brizolla (cunhado de Goulart), com o apoio, no território gaúcho e em outros Estados do sul e sudeste, de contingentes militares, lideranças sindicais e populares. Utilizando-se de uma cadeia de rádio - metralhadora e microfone na mão -, Brizola comandou a Campanha que, mais do que pela singularidade, tornou-se histórica por sua eficácia e pela forte e tensa participação popular, responsável, para alguns historiadores, pelo adiamento do golpe militar que somente se concretizaria em 64.

Leonel Brizola

No dia 28, sob uma assistência de pelo menos 50 mil pessoas, segundo relatos, o governador gaúcho tomou clara atitude de confronto com os militares: "Não nos submeteremos a nenhum golpe. Que nos esmaguem. Que nos destruam. Que nos chacinem nesse Palácio. Chacinado estará o Brasil com a imposição de uma ditadura contra a vontade de seu povo (...). Resistiremos até o fim. A morte é melhor do que a vida sem honra, sem dignidade e sem glória. Podem atirar. Que decolem os jatos. Que atirem os armamentos que tiverem comprado à custa da fome e do sacrifício do povo. Já fomos dominados pelos trustes e monopólios norte-americanos. Estaremos aqui para morrer, se necessário. Um dia, nossos filhos e irmãos farão a independência de nosso povo".

A campanha legalista recebeu, inclusive, o apoio do comandante do III Exército, General José Machado Lopes, que se recusou a bombardear o Palácio Piratini e expressou ao Ministro do Exército, General Odílio Denis, que só receberia ordens do chefe constitucional das Forças Armadas, João Goulart. Vitorioso no objetivo central da campanha - a posse de Jango - Brizola não se comprometeu com a solução parlamentarista, que de imediato passaria a combater.

 

O papel de Tancredo 

Entre as figuras de projeção nacional mais envolvidas com a solução do impasse institucional, Tancredo Neves acabou por se tornar o primeiro chefe do gabinete parlamentarista, com a aprovação do seu nome pelo Congresso no dia 8 de setembro - dia seguinte à posse de Jango na presidência da República. Outros nomes chegaram a ser cogitados. O PSD fez uma eleição interna, na qual Tancredo obteve 49 votos, Gustavo Capanema 39 e Auro Moura Andrade 20. Por intermédio do presidente em exercício, Ranielli Mazilli, Goulart também convidou o governador de São Paulo, Carvalho Pinto, que alegou compromissos políticos no seu Estado para declinar do convite.

Uma semana antes da sua escolha - também por indicação de Mazzilli -, Tancredo estivera em Montevidéu, para transmitir a Jango a posição dos ministros militares de que aceitariam sua posse na Presidência se o Congresso votasse o parlamentarismo. Jango regressava da viagem oficial à China e, preocupado com as resistências ao seu nome, fizera uma escala em Montevidéu para acompanhar, dali, os desdobramentos da crise e as negociações políticas para evitar o golpe militar.

Sobre esse episódio, Carlos Chagas escreve: "Naquele dia - 31 de agosto - o esquema golpista já fazia água, após a adesão do III Exército à causa da legalidade e o início da rebelião em outros corpos de tropa. Os ministros Denis, Heck e Moss já buscavam uma saída honrosa para entregar o poder a Goulart. Mas faziam três exigências: que o vice-presidente não descesse em Porto Alegre, não discursasse antes de chegar a Brasília e não chegasse à capital federal acompanhado de Leonel Brizola. Jango aceitou apenas a última, mas engolindo, também, o parlamentarismo...".

Tancredo Neves


Programa de Intenções

Apesar da aprovação do seu nome no dia 8, por 259 votos a 22, Tancredo somente submeteu à Câmara o programa do seu gabinete no dia 28 - um texto marcado pela formulação genérica, formalidade condicionada às limitações políticas do novo regime que se instalava. Ainda que não fosse exatamente um programa de governo, o texto defendia uma política externa independente e a existência de uma lei de controle da remessa de lucros que não inibisse investimentos estrangeiros considerados indispensáveis ao desenvolvimento nacional. Proclamava a importância da reforma agrária "como passo inicial e precípuo para a integração do homem do campo em nossa vida econômica", era favorável a reajustes salariais "compatíveis com os índices de expansão inflacionária" e até elogiava a Operação Pan-Americana e a encíclica Mater et Magister.

A exemplo do que se verificou nos dias que antecederam a votação da emenda parlamentarista, o ambiente de entendimento entre os congressistas persistiu nos primeiros meses do novo regime. O que preocupava era a inquietação social, que se espalhava entre trabalhadores rurais e urbanos, servidores públicos e segmentos mais politizados, ideológicos, que se confrontavam em relação às chamadas reformas de base pretendidas por João Goulart - a constitucional, a agrária, a urbana, a bancária e a tributária.

Discurso pronunciado por Goulart, em Volta Redonda, no 1º de maio de 1962, em defesa das reformas, abalou seriamente os esforços conciliadores do gabinete Tancredo Neves, que renunciou coletivamente um mês depois, em 6 de junho, a tempo de seus integrantes disputarem as eleições parlamentares de outubro daquele ano. Entre os analistas políticos da época, já se considerava difícil que o primeiro gabinete tivesse uma vida prolongada e até mesmo que o parlamentarismo sobrevivesse por muito tempo. Entre outras razões desse ceticismo, figurava a persistência do texto constitucional que tornava obrigatória a desincompatibilização de ministros para a disputa de eleições para o Senado e Câmara, exigência contraditória com a própria essência do regime de gabinete e que conflitava com os projetos políticos da grande maioria dos participantes da experiência.

Além das limitações da própria mecânica de funcionamento do regime, crescia, ao final do gabinete Tancredo Neves, a insatisfação dos governadores mais influentes em relação ao parlamentarismo. Logo após a renúncia de Tancredo, o governador de Minas, Magalhães Pinto, reuniu em Araxá, entre os dias 8 e 10 de junho, quase todos os governadores. Ficaram ausentes Leonel Brizola, do Rio Grande do Sul, e Carvalho Pinto, de São Paulo. O tom do encontro era de resistência ao parlamentarismo e às reformas de base de Goulart. Nos meses seguintes, ao longo da disputa eleitoral, a imprensa e grandes empresários contribuíram para uma intensa campanha publicitária em defesa do presidencialismo.

A oposição ao regime estendeu-se até o início de janeiro de 63, quando foi realizado plebiscito que decidiu pela volta do sistema presidencialista. Foram às urnas 12 milhões e 400 mil eleitores, dos quais quase 10 milhões disseram "não" ao parlamentarismo. A decisão popular se oficializou, dias depois, através da emenda constitucional nº 6, proposta pelo Ministro da Justiça, João Mangabeira. O presidencialismo, modelo de governo inspirado nos Estados Unidos, foi restabelecido plenamente.

Não se pode atribuir a derrota do parlamentarismo a eventuais falhas dos gabinetes que governaram naquele período 1961/63, nem ao descontentamento da população com o sistema de governo. Trinta anos depois, o Brasil reafirmaria sua opção presidencialista. Em 21 de abril de 1993, foi realizado novo plebiscito sobre o regime de governo e o presidencialismo, mais uma vez, foi consagrado: compareceram às urnas 67 milhões de eleitores (abstenção de 25,7%), dos quais 37 milhões votaram pelo regime presidencialista. Outros 16,5 milhões foram favoráveis ao parlamentarismo e quase 10 milhões de eleitores anularam seu voto.

 


 

Os gabinetes

Durante os 17 meses de Parlamentarismo, o governo foi exercido por três gabinetes. Conheça a composição de cada um deles:

 

 

Pesquisa e edição de texto: Marcondes Sampaio

 

 
 

 

 

Informações de Apoio

 

 

 

 

Economia e política da crise brasileira : a perspectiva social-democrata

Autor: Maurício Dias David; Hélio Jaguaribe; et al
Editora: Rio de Janeiro, RJ : Rio Fundo Editora, 1991.
Edição/Formato   Livro : Portuguêsa
Resumo:
"Presents collection of essays by politicians and academics connected to the Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Most of the PSDB luminaries are represented, as are politicians from Spanish and German socialist parties. Helpful for understanding PSDB's thought in its early years, before it came to power under Franco and Cardoso"--Handbook of Latin American Studies, v. 57.
Classificação:

.

Assuntos

 

 

 

 

 

 

(OUTRO ASSUNTO)

 

 

DEFESA INTRANSIGENTE DOS ÍNDIOS BRASILEIROS:

 

Discurso  "Terra para o povo nhambiquara", pp. 147 -152,

sessão de 19.4.1983 

 

SÉRIE PERFIS PARLAMENTARES Nº 65

___

 

Mandou-nos generosamente

a publicação o fotógrafo

cuiabano SILVA,

que conhecia e muito admirava

O DEPUTADO DANTE DE OLIVEIRA

[O Sr. Silva cobre evento políticos,

acadêmicos, sociais, literários,

artísticos, religiosos, desportivos,

organiza o seu book e

fotos de seus 15 anos,

casamentos, batizado

de seu flho, bodas de prata e

de ouro, formaturas] /

SILVA, FOTÓGRAFO DA

CÂMARA - conquistou

prêmios de fotojornalismo, que

aqui serão exibidos, tel.:

(61) 8486-7365 - Brasília - DF

 

 

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Piauiense Sarah Menezes conquista medalha de Ouro nas Olimpíadas de Londres

 

De Teresina para Londres
''Eu estou muito feliz, quero compartilhar isso, com o pessoal do Piauí e do Brasil'', disse Sarah Menezes
BRRUNO SUÊNIO E BÁRBARA RODRIGUES , DO GP1


Sarah Menezes garantiu a medalha de Ouro em cima da atual campeã olímpica em uma luta de alto nível com a romena Alina Dumitru. Desde o início da luta a judoca piauiense foi pra cima da adversária pressionando e com 47s para o fim Sara consegue o golpe Yuko que praticamente decidiu a luta.

Imagem: Globoesporte.com
Sarah Menezes(Imagem:Globoesporte.com)
Sarah Menezes

Faltando apenas 18s Sarah Menezes finda a vitória com um wasari que representaria a tão sonhada medalha de Ouro para o Brasil depois de 20 anos, desde que Rogério Sampaio foi campeão olímpico em Barcelona 1992.

“Eu estou muito feliz, quero compartilhar isso, com o pessoal do Piauí e do Brasil. A partir de amanhã vou torcer para os outros judocas mais ainda. Nossa vida vai mudar e com certeza vai ser tudo muito melhor e com todo mundo que esteve comigo. Agora não consigo pensar em nada, não sei bem o que vai acontecer. A ansiedade bateu , mas fui controlando até chegar no final”, disse a judoca em entrevista a TV Record.

A piauiense é a primeira brasileira a ganhar uma medalha de ouro nas Olímpiadas e a primeira judoca feminina a chegar a uma final .

Imagem: AFP
Sarah Menezes(Imagem:AFP)
Sarah Menezes
Imagem: Reprodução
Sarah Menezes(Imagem:Reprodução)
Sarah Menezes
Imagem: Terra
Sarah após vitória(Imagem:Terra)
Sarah após vitória
Imagem: AFP
Sarah Menezes com medalha(Imagem:AFP)
Sarah Menezes com medalha
 

 

 

 

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"[...] Arthur Virgílio (AM) é faixa vermelha e preta (8º grau) de jiu-jítsu, faixa-preta de judô, tem conhecimentos de luta livre e boxe, e ainda treina muay thai.

Arthur Virgílio treina jiu-jítsu desde os 13 anos de idade. (Foto: AE) [...]"

(http://www.bemparana.com.br/blogdopier/index.php/tag/jiu-jitsu/)

 

 

 

 

 EM EDIÇÃO ===

(http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2008/02/28/arthur-virgilio-acompanha-reuniao-de-familiares-de-vitimas-do-aviao-da-tam-com-ministro-da-defesa)