O curioso título acima é um dos livros do nosso bom amigo, morador do bairro carioca de Santa Teresa e um dos diretores da Amast, José Bóia Farias. A obra foi publicada em 1984 e trata-se, na verdade, de um estudo sobre o “V Campeonato Brasileiro Individual do Jogo de Damas”.

Bóia é um especialista no assunto, um consultor do tema, um analista e comentarista gabaritado nessa modalidade esportiva. E, para quem não sabia, como eu – confesso a minha ignorância – há até uma Federação Mundial do Jogo de Damas, aquele tabuleiro com as pedrinhas brancas e pretas que, certamente, todo mundo jogou (eu joguei bastante) na infância, na adolescência e agora, fico sabendo que o caso é sério e existem campeonatos mundiais bastante concorridos.

Um outro livro de sua lavra chama-se “O Pé-de-Avestruz e outros ensaios”, publicado em 1987. Como o título bem diz aborda uma das técnicas do jogo de damas e mais uma série de ensaios teóricos para os praticantes dessa modalidade também conhecida como “esporte mental”.

Mais um livro de sua autoria foi publicado em 1992: “O Pé-de-Avestruz de volta”.
Nosso prezado vizinho é “fera” na área e vai brindando o leitor com uma série de dicas para se ganhar o jogo.

Em 2005, ele publicou a “Cartilha do Jogo de Damas para crianças e adolescentes”, a cartilha tem o formato de um caderno universitário com 86 páginas. Entre outras, nesse texto ficamos sabendo que, dezenas de municípios brasileiros já possuem torneios oficiais.

E em 2006 saiu a cartilha nº 2, com o mesmo título, acrescentando que “Damas é Esporte”. Nessa obra, Bóia conta sua experiência no antigo Colégio Tomaz de Aquino, em nosso querido bairro, ao fundar a “Escolinha do Jogo de Damas” para os alunos.

O jogo de damas é ainda conhecido como o “Esporte da Inteligência”. Nesse último livro, José Bóia cita o presidente da Federação Paulista do Jogo de Damas, Lélio Sarcedo:

“O jogo de damas não é apenas uma distração. É, além disso, um importante exercício intelectual, com todos os tipos de combinações de uma complexidade incomparável.

“É uma distração sadia, que leva a criança ao treinamento da memória, à reflexão, melhorando a aplicação nos estudos. É um jogo que prende a atenção, obriga a concentrar-se, a refletir muito e ter mais rapidez de raciocínio. Muitos alunos encontram no jogo de damas um meio de desenvolver suas criatividades, ou pelo menos, desenvolvem seus potenciais intelectuais, que às vezes, demorariam muito para se desenvolver pela falta de estímulo”.