E se não for crise financeira?
Rogel Samuel
O artigo do professor Francisco de Oliveira publicado na Carta Maior e reproduzido no nosso blog me deixou preocupado. Para ele a crise não é financeira, mas de globalização. A indústria chinesa está há anos destruindo o parque industrial americano e inundando os Estados Unidos de dinheiro barato, através de empréstimos baratos, as subprimes.
800 milhões de novos trabalhadores apareceram na China e Índia, no elevado crescimento chinês. Em contrapartida, milhões de operários americanos perderam seus empregos.
Com novas tecnologias os chineses produziram e inundaram o mundo de artigos feitos com mão de obra baratíssima graças a um desenvolvimento tecnológico e científico, pois a “China hoje tem mais estudantes de curso universitário que os EUA, e mais pós-graduandos que o total de estudantes universitários do Brasil”, diz ele.
Resultado: Todos nós usamos algum produto chinês.
O pior é que o G20 está tratando a crise como financeira.
Se o professor estiver certo, os trilhões do Presidente Obama para tapar o buraco só vão agravar o problema. Vai aumentar o desequilíbrio. E a dívida.