E HAJA AUMENTO NO CUSTO DE VIDA NO PAÍS

CUNHA E SILVA FILHO

Eu me lembro muito bem do que, em carta, ou em artigo de jornal, meu pai, jornalista corajoso e conhecedor profundo da realidade brasileira, me falava, , muito indignado com a carestia que grassava emsucessivos governos federais das décadas de sessenta, setenta, oitenta. De sorte que a questão do custo de vida é outro problema crônico do país. Os governos são ávidos de concederem aumentos dos itens mais importantes da vida de um brasileiro de classe média, sem se falar da pobreza que é outro mal crônico não solucionado aqui em plagas brasílicas.

Os economistas que, acompanham, por obrigação do ofício, a vida financeira do país, com aquela velha forma de gráficos e quadro estatísticos são senhores de discurso neutros, impassíveis, sem emoção, e, em geral, não fazem críticas do que vem de mal ocorre com o Brasil economicus.

Pessoas frias, só lhes interessa expor o universo das cifras dos PIBs, dos investimentos, do valor das moedas internacionais, das bolsas de valores, dos títulos, dos índices de inflação, em suma, não tocam nas causas de origem política que engendram as situações as quais deslancham a alta dos itens que serão majorados pela alta da inflação, taxas da SELIC em elevado patamar, entre outros explicações que nunca satisfazem os costados dos pobres miseráveis que, pelos governos demagógicos e populistas, para ganharem prestígio e vitórias nas eleições, são trados através de panaceias como bolsa-família ou outra denominação similar .

Assim se fazem os governos, que não enfrentam corajosamente os whell-deales, os big shots, os tycoons, multimilionários, os banqueiros e o alto empresariado, os que mandam e desmandam cooptados pelos governo, quer da direita, quer da esquerda ou de coloração mista, dos  proprietários de de terras que lidam com a pecuária e o agronegócio.

O Brasil é um país de realidade múltipla, apresenta  situações econômicas boas assim como outras “realidades” desesperadoras, que se chama injustiça contra os mais fracos financeiramente. E dessas assimetrias da pirâmide social que se aproveitam os políticos de fancaria, que se apegam ao poder dos mandatos por gerações e gerações tão-somente para desfrutarem das vantagens do poder dos muitas regalias que gozam em cada mandato, nu círculo vicioso que se eternizam no poder. Mudam os governos, os partidos em excesso e sem identidade definida, e aí o cenário da ópera-bufa se revela na sua limpidez de demagogias e populismos que vão manter o status quo, a meu ver, ainda por longos anos.

Para comprovar as minha alegações ou argumentos basta ver, com visão desalienada, o passado político-social-econômico da sociedade brasileira sempre estratificada que não inclui o componente social no seu domínio estrutural. Vejam os sobrenomes dos nossos políticos que atestam sobejamente quem detém a máquina dos Estado Brasileiro. Desse engrenagem muito bem arquitetada pelas nossas elites econômicas e se alimenta a nossa política e o domínio dos “donos do pode” sempre continuado indefinidamente. Entra e sai governo e quase o mesmo panorama surrealista se revela nas permanentes desigualdades sociais

Por ser um país adrede estruturado em segmentos sociais que não vão, em conjunto, se aproximar dos mais favorecidos, as eleições testemunham o quanto não se muda em novos mandatos, mas se mantém, a mesma verborragia, ou melhor, uma retórica de engabelações que se mostram progressistas, mas, no fundo, não passam de neoliberais coadjuvantes do grande capital globalizado tão já conhecida dos pessoas que têm o mínimo de conhecimento da realidade nacional.

Se a situação de pobreza e de vida precária se mantém, em contrapartida os aumentos são dinâmicos e produzem o efeito de injustamente encolher os salários dos desfavorecidos e sobretudo dos funcionalismo federal que há dez anos não recebe um aumento compensatórios de um verdadeiro confisco salarial praticado pelos governos sem dó nem piedade. O mais gritante é que esses aumentos exorbitantes e anuais  são concedidos pelo próprio governo federal sem que os salários os acompanhem. O poder de compra da classe média e sobretudo dos pobres ou dos extremamente pobres sofre todas as mais diferentes sequelas do arrocho salarial. E haja aumentos de remédios, de taxas de impostos, e, o que é pior, dos alimentos em geral. Esse é o país que temos, infelizmente. Onde está o PT ue só fala de  bolsa-família e quejandos? Pobre país!

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