Discurso de J. Assange, de WikiLeaks, na Embaixada do Equador em Londres
Por Flávio BittencourtEm: 06/09/2012, às 18H30
[Flávio Bittencourt]
Discurso de J. Assange, de WikiLeaks, na Embaixada do Equador em Londres
Agradeço ao bravo povo do Equador e ao presidente Correa, pela coragem que manifestaram, ao considerar o meu pedido e ao conceder-me asilo político.
"(...) Com a derrota espanhola, sob a liderança de Simon Bolívar, se consolidou a Grã Colombia, país que compreendia os territórios atuais do Equador, Colômbia, Panamá e Venezuela.
O Desfile de 24 de maio de 2005, foi aberto por soldados trajando uniformes históricos, representando o exército de Atahualpa, antes da conquista espanhola, das tropas que lutaram pela independência, uniformes utilizados em 1941, na Guerra contra o Peru, no Conflito de Paquisha em 1981 e no Conflito de Cenepa, em 1985.
Em 24 de maio de 1822, tropas Sul Americanas comandadas pelo Marechal Antonio José de Sucre, impuseram no vulcão Pichincha, em Quito, a definitiva derrota sobre a opressão dos colonizadores espanhóis, que há séculos exploravam a América do Sul.
Na cidade de Quito, no centro da Praça Grande, em frente ao Palácio presidencial de Carondelet, um belo monumento, em que um condor imponente expulsa o leão ferido, símbolo da monarquia espanhola, comemora a independência do Equador. (...)"
(ROBERTO PORTELLA BERTAZZO,
trecho de artigo que pode ser lido, na íntegra, em:
"Atahualpa or Atawallpa born in 1502 was the 13th and last sovereign emperor of the Tahuantinsuyo or the Inca Empire. After defeating his younger half-brother Huáscar in a civil war sparked by the death of their father he became the next emperor. Atahualpa inspired much of the independence movement through his political writings. He died in prison for his political activities and though he did not live to take part in the War of Independence, he was an important figure in its philosophical development.
Vicente Rocafuerte an influential figure in Ecuadorian politics was born on 1783. He was the President of Ecuador who committed himself to freeing his land, first from the Spanish rule, and later from the Republic of Gran Colombia. Remembered for his significant contributions to the development of the republic he was elected as the member of the National Congress for Pichincha Province. Rocafuerte during his presidency gave greater protection to the Native Americans in Ecuador through the new constitution that he passed in 1835.
Gabriel García Moreno, another Ecuadorian statesman served as the President of his country for two times. Born on 24 th December, 1821 he was the first to achieve national consolidation. Noted for his conservatism, Catholic religious perspective, and rivalry with liberal strongman Eloy Alfaro, Moreno also contributed to the literary development of the nation. Under his guidance Ecuador became the leader in the fields of science and upper education within Latin America. He also founded the Conservative Party in 1869. Even after his death in 6 th August, 1875, he is still remembered as a great patriot and educator and a friend of the Church.
This Caracas-born Simon Bolivar national hero of at least four other countries, the Venezuela, Colombia, Peru, and Bolivia – named after him, is also one of the very famous National Heroes of Ecuador. Well-known as “The George Washington of South America” and “The Liberator” he was the leader head in wars of independence that ousted Spain from much of South America. Bolivar was headed into exile and there he died in the year 1830."
"(...) Na próxima 6ª-feira, haverá reunião de emergência dos ministros de Relações Exteriores da América Latina em Washington, DC, para discutir essa nossa situação. Sou extremamente grato ao povo e aos governos de Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador, Honduras, México, Nicarágua, Peru, Venezuela e a todos os demais países da América Latina que defenderam o direito de asilo. (...)"
(JULIAN ASSANGE, em Londres [19.8.2012])
"Presidente do Equador qualifica como 'ameaças vulgares' as posições de Londres sobre Assange
Presidente do Equador qualifica como "ameaças vulgares" as posições de Londres sobre Assange
Quito, 18 ago (Lusa) - O Presidente do Equador, Rafael Correa, qualificou hoje como "ameaças vulgares" as posições do Reino Unido sobre a saída do fundador do "site" WikiLeaks, Julian Assange, da sua embaixada em Londres.
"Nunca, enquanto eu for Presidente, o Equador aceitará ameaças como estas, que são absolutamente vulgares, imprudentes e intoleráveis", disse Correa na sua declaração semanal.
"Não vamos desistir da nossa soberania. Respeitamos todos, e procuramos sempre o diálogo, mas a decisão final é nossa", afirmou Rafael Correa.
O Equador deu asilo político na quinta-feira a Julian Assange, cidadão australiano.
Na quarta-feira o Equador afirmou que tinha sido informado por escrito que o Reino Unido estava disposto a retirar Assange da embaixada à força, a fim de o extraditar para a Suécia, onde é acusado de agressão sexual.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, William Hague, afirmou que o governo de Londres é obrigado pelas suas próprias leis a extraditar o cidadão australiano para a Suécia.
A national hero of a country is one who makes his nation proud by his deeds. It may be in the fields of politics, sports, literature or even music. The national heroes of Ecuador are also respected for all their selfless sacrifice and dedication towards the freedom of the country and also taking Ecuador to great heights in every other field.
Some of the important national heroes of Ecuador are:
Em homenagem às memórias gloriosas das seguintes personalidades:
Atahualpa,
Vicente Rocafuerte,
Gabriel García Moreno e
Simon Bolivar - e para o jornalista e ativista político da rede mundial Internet
Julian Paul Assange (nascido em Townsville, Austrália, em julho de 1971),
a quem se deseja muita saúde, paz, liberdade, vida longa e
continuidade de suas nobres realizações profissionais
6.9.2012 - Discurso de J. Assange, de WikiLeaks, em 19 de agosto último, na Embaixada do Equador em Londres - Assim Julian Assange mostrou-se reconhecido ao povo e ao presidente do Equador, o economista Rafael Correa, em razão do asilo político que a ele recentemente foi concedido: "(...) Agradeço ao bravo povo do Equador e ao presidente Correa, pela coragem que manifestaram, ao considerar o meu pedido e ao conceder-me asilo político (...)". F. A. L. Bittencourt ([email protected])
TRIBUNA DA IMPRENSA, RIO:
"Domingo, 19 de agosto de 2012 | 19:07
Discurso de Julian Assange [PRONUNCIADO EM 19.8.2012], na Embaixada do Equador [EM LONDRES]
Julian Assange (WikiLeaks)
Falo daqui, porque não posso estar mais perto de vocês. Obrigado por estarem aí.
Obrigado pela coragem de vocês e pela generosidade de espírito.
Na noite de 4ª-feira, depois de essa embaixada ter recebido uma ameaça, e de a polícia ter cercado o prédio, vocês vieram para cá, no meio da noite, e trouxeram, com vocês, os olhos do mundo.
Dentro da embaixada, durante a noite, eu ouvia os policiais andando pelas entradas de incêndio do prédio. Mas sabia que, pelo menos, havia testemunhas. Isso, graças a vocês.
Se o Reino Unido não pisoteou as convenções de Viena e outras, foi porque o mundo estava atento e vigilante. E o mundo estava vigilante, porque vocês estavam aqui.
Por isso, da próxima vez que alguém lhes disser que não vale a pena defender esses direitos tão importantes para nós, lembrem a eles dessa noite de vigília, tarde da noite, na escuridão, à frente da Embaixada do Equador. Façam-nos lembrar como, pela manhã, o sol raiou sobre um mundo diferente, quando uma valente nação latino-americana levantou-se em defesa da justiça.
Agradeço ao bravo povo do Equador e ao presidente Correa, pela coragem que manifestaram, ao considerar o meu pedido e ao conceder-me asilo político.
Agradeço também ao governo e ao ministro do Exterior do Equador Ricardo Patiño, que fizeram valer a Constituição do Equador e sua noção de cidadania universal, na consideração que deram ao meu caso.
E ao povo do Equador, por apoiar e defender sua Constituição. Tenho uma dívida de gratidão também com o pessoal dessa embaixada, cujas famílias vivem em Londres e que me manifestaram gentileza e hospitalidade, apesar das ameaças que todos eles receberam.
Na próxima 6ª-feira, haverá reunião de emergência dos ministros de Relações Exteriores da América Latina em Washington, DC, para discutir essa nossa situação. Sou extremamente grato ao povo e aos governos de Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador, Honduras, México, Nicarágua, Peru, Venezuela e a todos os demais países da América Latina que defenderam o direito de asilo.
Ao povo dos EUA, Reino Unido, Suécia e Austrália, que me deram apoio e força, mesmo quando seus governos me negavam qualquer direito. E às cabeças mais arejadas de todos os governos, que ainda lutam por justiça: o dia de vocês raiará.
À equipe, apoiadores e fontes de Wikileaks, cuja coragem, compromisso e lealdade foram sem iguais.
Minha família e meus filhos, que vivem sem pai, perdoem-me. Logo estaremos novamente reunidos.
Enquanto Wikileaks estiver sob ameaça, ameaçadas estarão também a liberdade de expressão e a saúde de nossas sociedade. Temos de usar esse momento para articular a decisão diante da qual está hoje o governo dos EUA.
Voltará o governo dos EUA a reafirmar os valores sobre os quais aquela nação foi fundada? Ou o governo dos EUA despencará do precipício, arrastando com ele todos nós, para um mundo perigoso e repressivo, no qual os jornalistas serão para sempre silenciados, pelo medo das perseguições, e os cidadãos serão condenados a sussurrar na escuridão?
Digo que isso não pode continuar.
Peço ao presidente Obama que faça a coisa certa.
Os EUA têm de desistir dessa caça às bruxas contra Wikileaks.
Os EUA têm de cancelar a investigação pelo FBI, contra Wilileaks.
Os EUA têm de se comprometer a não perseguir nem processar nosso pessoal, nossa equipe e nossos apoiadores.
Os EUA têm de prometer, ante o mundo, que nunca mais perseguirão jornalistas exclusivamente porque jornalistas lancem luz sobre crimes cometidos pelos poderosos.
Têm de ter fim todos os discursos insanos sobre processar empresas de jornalismo, seja Wikileaks ou o New York Times.
A guerra do governo dos EUA contra os que apitam e lançam sinais de alarme justificado e legítimo tem de acabar.
Thomas Drake e William Binney e John Kiriakou e tantos outros heroicos guardas avançados, que alertaram para os piores perigos que eles, antes de outros, viram chegar, têm de ser – eles têm de ser! – perdoados e indenizados pelos riscos a que se expuseram e pelos sofrimentos que padeceram, para bem cumprir seu dever, como bons servidores do interesse público.
E o soldado que permanece em prisão militar em Fort Levenworth, Kansas, que a ONU constatou que viveu sob as mais monstruosas condições de prisão em Quantico, Virginia, e que ainda não foi julgado, mesmo depois de dois anos de prisão, tem de ser posto em liberdade.
Bradley Manning tem de ser libertado.
Se Bradley Manning realmente fez o que é acusado de ter feito, então é herói e exemplo para todos nós, e um dos mais importantes prisioneiros políticos do mundo, hoje.
Bradley Manning tem de ser libertado.
Na 4ª-feira, Bradley Manning completou 815 dias de prisão sem julgamento. A lei estipula o prazo máximo de 120 dias.
Na 3ª-feira, meu amigo Nabeel Rajab, presidente do Centro de Direitos Humanos do Bharain foi condenado a três anos de prisão, por um tweet.
Na 6ª-feira, uma banda russa foi condenada a dois anos de cadeia, por uma performance de conteúdo político.
Há unidade na opressão. Tem de haver absoluta unidade e absoluta determinação na resposta. Obrigado.
"LE MONDE - Poderá Assange escapar de sua embaixada sitiada?
Le Monde.fr | 20.08.2012
Por Louis Imbert
Julian Assange é mantido em reclusão há dois meses na Embaixada do Equador em Londres. Protegido pelo asilo diplomático desde 16 de agosto, o fundador do WikiLeaks, que enfrenta acusações de estupro e agressão sexual na Suécia, não pode sair do edifício sem correr o risco de ser preso pela polícia britânica, e depois extraditado.
O ex-juiz espanhol Baltasar Garzón, que coordena sua defesa, busca obter do Reino Unido um salvo-conduto para tirá-lo do país, e planeja levar o caso à Corte Internacional de Justiça (CIJ) em Haia. O Ministério de Relações Exteriores britânico, por sua vez, sustenta que ele deve aplicar a decisão da Corte Suprema que permite a extradição de Assange e, portanto, prendê-lo assim que ele puser os pés fora da embaixada. Por ora, o impasse parece total. Mas não faltam na história diplomática situações semelhantes, que permitem avaliar a probabilidade de saída de Assange.
Uma incursão policial?
Em abril de 1984, tiros disparados por armas automáticas a partir da Embaixada da Líbia mataram um policial da Scotland Yard e feriram dez pessoas em meio a uma multidão de manifestantes anti- Kadhafi. Um cerco de 11 dias se seguiu, culminando três anos mais tarde, na adoção pelo Reino Unido da Lei sobre Instalações Diplomáticas e Consulares. Essa lei permite ao secretário do Foreign Office suspender, "em circunstâncias específicas", a inviolabilidade de embaixadas protegidas pela Convenção de Viena de 1961.
O Reino Unido utilizou esta legislação uma única vez, para desalojar invasores da Embaixada do Camboja. Quarta-feira, o Equador declarou ter sido informado pelas autoridades britânicas que esse mecanismo pode ser usado a fim de permitir que a polícia detenha Julian Assange na embaixada. Londres mais tarde alegou não ter nenhuma intenção de usá-lo.
Assim, o Reino Unido evita questionar a inviolabilidade das suas próprias embaixadas no exterior. Como explicado ao Le Monde na semana passada, Sir Tony Brenton, antigo embaixador britânico em Moscou, "se os governos puderem, arbitrariamente, revogar a imunidade diplomática e entrar nas embaixadas, nossos diplomatas não poderão mais realizar a sua missão".
Imunidade diplomática
Alguns defensores de Assange querem que seja dada ao cidadão australiano a nacionalidade equatoriana e que ele seja contratado pela embaixada, o que garantiria sua imunidade diplomática. Mas este status deve ser reconhecido pelo país anfitrião, e é improvável que a Inglaterra o faça. Além disso, a BBC relembra que a polícia de Londres prendeu muitos diplomatas ao longo dos anos, especialmente em casos em que dirigiam embriagados.
O jurista britânico Carl Gardner sugeriu uma alternativa, embora improvável: o Equador poderia nomear Assange como seu representante nas Nações Unidas, o que o protegeria da prisão, enquanto se desloca para as cúpulas da ONU em todo o mundo. Assange poderia ser afastado do cargo pela Assembleia Geral da organização, mas isso levaria algum tempo e até lá estaria protegido.
Carro diplomático
Assange também poderia deixar o lugar em um carro oficial da embaixada, esses são protegidos nos mesmos termos que os edifícios pela Convenção de Viena, que em seu artigo 22 §3 º afirma que "os meios de transporte da missão [diplomática], não podem ser objeto de busca, requisição, embargo ou medida de execução”.
A polícia inglesa tem, portanto, o direito de parar o carro, mas não de revistá-lo para encontrar Assange. No entanto, a Scotland Yard posicionou seus homens até dentro do prédio onde se localiza a embaixada (que não ocupa o edifício todo). A partir do hall, escadas e saída de elevadores, esses homens barram as vias que permitiriam que Assange alcançasse um carro e o mantém, portanto, preso no andar. Além disso, mesmo que ele chegasse a um aeroporto, Assange correria o risco de ser preso ao sair do carro, antes que pudesse embarcar em um avião.
Mala ou container diplomático
Nada na lei proíbe que se faça uma mala diplomática espaçosa o suficiente para que Assange viaje nela. Esta mala alargada, que de acordo com a Convenção de Viena "não deve ser aberta ou detida" poderia permitir que ele embarcasse para o Equador evitando a aduana.
Foi dessa maneira que, em 1984, sequestradores tentaram repatriar o ex-ministro nigeriano Umaru Dikko, acusado de corrupção em seu país e que o Reino Unido se recusava a extraditar. O homem foi sequestrado fora de sua casa, drogado, enfiado em um container e enviado ao aeroporto de Stansted.
Mas os capangas esqueceram o artigo 27 §4 da Convenção de Viena, segundo o qual uma mala diplomática deve ser visivelmente carimbada como tal. A alfândega britânica foi capaz de abrir o container sem rótulo e recuperar Dikko saudável.
Vinte anos antes, em 1964, Mordechai Louk, um cidadão israelense de origem marroquina, espião em Roma em nome do Egito, foi sequestrado em um café na calçada, drogado e colocado em um cofre marcado com o selo diplomático egípcio. Ele foi liberado depois que um guarda do aeroporto o ouviu grunhir na sua prisão móvel. Segundo o Times de Londres, citando a polícia romana, o cofre parecia ter sido utilizado repetidas vezes para essas transferências.
A aduana Romana apoiou-se no fim do artigo 27 §4, segundo o qual "os volumes que constituem a mala diplomática (...) podem conter somente os documentos diplomáticos ou artigos destinados a uso oficial." Assim, no caso de Assange, é improvável que os oficiais da aduana britânica, vendo chegar uma mala de tal tamanho, não peçam para abri-la.
Saída discreta
Permanece a possibilidade de uma fuga furtiva: Assange, disfarçado, poderia tentar escapar pelo telhado, por que não em direção à pista de pouso de helicóptero visível a cinquenta metros a oeste da Embaixada, no mapa abaixo. Poderia tentar escapar de seus perseguidores nos corredores da loja de departamentos vizinha, Harrod. Mas a opção é arriscada. Scotland Yard disse à imprensa britânica que dispensará 65.000 euros por dia para monitorar o pátio da casa. Cinquenta homens e duas caminhonetes vigiam as saídas.
Quanto tempo pode demorar?
Um recorde foi estabelecido pelo cardeal húngaro Jozsef Mindszenty, que passou 15 anos na Embaixada dos EUA em Budapeste, após a derrota da insurreição de 1956. Ele se juntou à Áustria, em 1971.
Outro precedente que poderia inspirar as autoridades britânicas é o de Manuel Noriega, ex-ditador do Panamá. Em 1989, quando os Estados Unidos invadiram o país para destituí-lo, Noriega se refugiou na embaixada do Vaticano. Os EUA instalaram tropas gigantescas em torno do edifício, com caixas de som tocando música em alto volume. Noriega se rendeu depois de dez dias. Julgado nos Estados Unidos, ele foi condenado por tráfico de drogas.
William Neuman reported from Caracas, and Maggy Ayala from Quito, Ecuador. John F. Burns, Ravi Somaiya and Alan Cowell contributed reporting from London; and Christine Anderson from Stockholm.
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