Dilson Lages lança O pássaro amarelo de sol e o agasalho do vento
Em: 16/05/2021, às 22H34
Sábado, 15 de maio, foi dia de festa para a Editora Nova Aliança, de Teresina-Pi. Em live no Youtube da Livraria Entrelivros, organizada pelo núcleo de letramento literário Raio de Sol, sob o comando da escritora e professora Márcia Evelin, o escritor Dilson Lages Monteiro lançou seu mais recente livro juvenil, O pássaro amarelo de sol e o agasalho do vento (Nova Aliança), com ilustrações de Julyane Ventura.
Márcia Evelin fez apresentação geral da obra, destacando aspectos temáticos e formais da obra que exerceram encantamento para ela. Em respostas a perguntas formuladas pela condutora do encontro, Dilson Lages abordou a natureza poética e filosófica do novo livro. Disse que o livro é atravessado pela poesia, em associações metafóricas e metonímicas, evidentes a partir do título. A dimensão filosófica se resume a pergunta de um dos personagens: “Por que eu existo?”.
“Cada personagem existe ao seu modo, existimos à nossa maneira, assim o prédio existe à sua maneira, o pássaro à sua maneira. Ao lançar essa pergunta, a narrativa volta ao próprio sentido da vida na cidade, questionada por um prédio e por um bem-te-vi”, explica.
Falando sobre o alcance visual das ilustrações de Julyane Ventura, o autor disse que o texto verbal e o não verbal dialogam criando associações surpreendentes e agradáveis. Para ele, toda a narrativa, em imagem e palavra, traduzem alegria e movimento. “Essa é uma história de alegria e movimento”, enfatiza.
Questionado sobre por que escolheu um prédio para narrar as ações, Dilson afirmou que quis “reforçar exatamente a ideia de que a literatura está na humanização do que parece não vivo. Há todo um esforço para simbolizar o que tem vida no prédio”. Segundo o autor, subjetivamente, o prédio é movimento e emoção, mesmo que pareça solitário.
Dilson Lages deteve-se em explicar ainda a natureza lúdica da obra. Ele disse que fugiu de centrar a atenção da escritura em ensinamentos, embora isso aconteça de maneira subliminar, pela linguagem. “A literatura juvenil é o lugar do lúdico, que está na poesia, no humor, no intertexto e, sobretudo, na capacidade de surpreender, visíveis em O pássaro amarelo de sol e o agasalho do vento", finaliza.
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