DIÁRIO - 06/05/2020
Por Elmar Carvalho Em: 06/05/2020, às 12H27
DIÁRIO
[Confissões de um juiz à venda na Amazon]
Elmar Carvalho
06/05/2020
Aproveitando o ócio tedioso desta quarentena covidiana, quando já anunciam o início do chamado pico da pandemia em Teresina, resolvi publicar o meu livro Confissões de um juiz pela sistemática Amazon/Kindle/KDP, no formato e-book. A versão impressa foi editada no final de 2014, quando eu encerrara minha função judicante. Requeri minha aposentadoria em outubro desse ano, aos 58 anos de idade, quando completara mais de 39 anos de serviço público, cujo deferimento pelo Tribunal de Justiça do Piauí ocorreu em dezembro.
Como uma espécie de comemoração de meus tempos de juiz e de servidor público, resolvi escrever essa obra memorialística. Em curto intervalo de tempo, escrevi especialmente para essa finalidade a parte titulada Confissões de um juiz.
Depois, fiz uma seleção de várias crônicas memorialísticas, que vinha escrevendo há vários anos, e as dividi em duas partes, denominadas Memórias Afins e Memórias Afetivas, cujos títulos, acho, são autoexplicativos. Por sugestão da professora e historiadora Teresina Queiroz, incluí uma Memória Fotográfica. Achei por bem lhe acrescentar um Anexo, em que recolhi uns poucos comentários e depoimentos sobre a minha pessoa, sobretudo como magistrado e intelectual.
Na parte denominada Confissões de um juiz, que abre o livro, me ative, sobretudo, a narrar fatos que considerei trágicos, dramáticos, interessantes, jocosos ou pitorescos, de que tomei conhecimento ou nos quais atuei na minha condição de julgador. Em uns poucos fui protagonista, em outros, um simples coadjuvante, e dos demais apenas tive conhecimento, quase sempre em função de meu cargo.
Memórias Afins são crônicas, de viés memorialístico ou de depoimento, mas algumas são narrativas de fatos históricos ou de episódios interessantes, pitorescos ou anedóticos referentes a pessoas e coisas das Comarcas em que exerci minhas atividades funcionais. Em nenhuma fui mocinho ou bandido, mas apenas, na parte que me diz respeito, tentei cumprir, da melhor forma possível, dentro das condições que me foram dadas, as minhas obrigações de servidor público.
Em Memórias Afetivas abordei outros assuntos de meu interesse, com ênfase aos relacionados à cultura, educação, futebol, literatura, ecologia, bem como referentes a familiares e amigos. Em alguns desses textos memoriais comentei fatos e eventos, que reputei importantes, dessas atividades, além de eventualmente haver comentado e analisado autores e sobretudo obras literárias, no ensejo de lançamento de livros, comemorações, efemérides e palestras. Tive a satisfação de coordenar um grande seminário em defesa do Rio Parnaíba, que se encontra relatado numa dessas crônicas.
Todavia, passados mais de cinco anos de sua edição impressa, resolvi nessa nova publicação virtual (e-book) fazer uma pequena modificação. Por motivo de ordem técnica, resolvi suprimir a Memória Fotográfica, mas acrescentei os textos Retrato de meu pai e Canindé Correia – Mestre e Amigo às Memórias Afetivas, uma vez que eles foram escritos em datas posteriores à primeira edição.
Não acrescentei novas páginas preambulares. Apenas mantive, é claro, o prefácio do confrade Reginaldo Miranda, um de nossos melhores historiadores, por ser elucidativo e pertinente, e por abrilhantar o nosso trabalho.
Optei por incluir duas novas partes: a V, sob o título de Elmar Carvalho – o cidadão, o magistrado e o intelectual, da autoria do escritor e médico Dr. Domingos José de Carvalho, cidadão probo e maçom paradigmático, de quem tenho a honra de ser parente e amigo, que me traça uma espécie de perfil moral e espiritual, nas três vertentes sobre as quais dissertou.
E, por fim, a VI e última, denominada Dois estudos sobre Confissões de um juiz, que enfeixam dois belos e percucientes ensaios da lavra de Alcenor Candeira Filho e Cunha e Silva Filho, que, juntamente com a anterior, são o coroamento dessa despretensiosa obra memorialística.