Introdução

 

 

No auge da carreira, o grande músico foi considerado morto depois que seu avião não conseguiu chegar a Paris.

Creditou-se o acidente ao mau tempo, mas um homem afirmou que o avião foi abatido. Agora, uma investigação provou que ele estava certo. 

 

A verdade sobre o desaparecimento de Glenn Miller durante a Guerra 

 

Pouco depois do meio-dia de 15 de dezembro de 1944, nos últimos meses da Segunda Guerra Mundial, um monomotor de nove lugares vinha de Twinwood, sul da Inglaterra, com destino a Paris. Dois oficiais da Força Aérea dos EUA estavam a bordo, além do major Glenn Miller, o aclamado músico de carreira internacional. O tempo estava melhorando, mas em minutos o avião desapareceu entre as nuvens. E nunca mais foi visto.

 

Os Lancaster voltam para casa...

O major Glenn Miller era um dos três homens que cruzavam o canal da Mancha em um pequeno avião. Eles devem ter ouvido o zumbido de mais de cem bombardeiros Lancaster que voltavam para casa após uma missão abortada na Alemanha.

 

Miller estava a caminho da recém-libertada Paris para organizar um concerto de Natal para as tropas. A notícia de seu desaparecimento se espalhou com rapidez, causando consternação geral. A Glenn Miller Army Air Force Band, a banda militar que ele regia, era muito popular, e a perda de seu líder foi um golpe tanto para as tropas na Europa quanto para o público norte-americano. Quase imediatamente, boatos disparatados se espalharam a respeito do seu destino. Alguns afirmavam que ele havia sido capturado pelos nazistas e torturado até a morte; outros, que sua morte tinha sido acobertada por ter ocorrido num bordel parisiense.

Sem sinal de alarme, nenhuma palavra do piloto no rádio e sem destroços encontrados, o destino do grande regente permaneceu desconhecido durante mais de 50 anos. Em 1984, porém, um programa de televisão sul-africano sobre Miller apresentou tantas questões levantadas por fãs que o Departamento de História Aeronáutica britânico decidiu conduzir uma investigação, a cargo do historiador Roy Nesbit, que também voara durante a Segunda Guerra e tinha as credenciais perfeitas para o trabalho. Em meio
a cartas de navegação e livros de registro dos arquivos públicos de Londres, ele encontrou o motivo do desaparecimento de Miller.

O som de Glenn Miller

Desde que ganhou seu primeiro trombone, aos 11 anos, Glenn Miller se apaixonou pela música. Aos 34 anos, formara sua própria banda e pusera em prática a idéia de uma clarineta ponteando seções de saxofone. Esse “som Glenn Miller”, tão característico e revolucionário, rapidamente o alçou ao topo das paradas. Com sucessos como “Tuxedo Junction” e “In the mood”, sua orquestra reunia multidões pelos EUA. Em 1941, “Chattanooga Choo Choo” se tornou o primeiro álbum na história a vender um milhão de cópias.

Mas então a guerra estourou. Depois do ataque japonês a Pearl Harbor, Miller desfez sua orquestra e se alistou. Seu talento foi imediatamente direcionado para fortalecer o moral da tropa: decidiu-se que ele deveria comandar a modernização da banda das forças armadas. Alcançando sucesso instantâneo, a Glenn Miller Army Air Force Band se apresentou mais de 800 vezes em um ano, incluindo 500 radiotransmissões para as tropas na Europa e na África.

 

Originalidade

Além de ser um grande trombonista, como regente de orquestra Glenn Miller criou arranjos muito originais, trazendo um sincopado preciso e uma harmonia contagiante ao jazz de Nova Orleans.

 

Em junho de 1944, dias depois do Dia D, a banda foi enviada para a Inglaterra e alojada no hotel Sloane Court, em Chelsea. Como Londres estava sob ataque aéreo noturno, Miller decidiu transferir a banda para Bedfordshire, um local mais seguro. No dia seguinte à mudança, o Sloane Court foi destruído por uma bomba alemã. Mas a sorte de Miller não duraria – seu desaparecimento em dezembro de 1944 chocaria o mundo.

A primeira pista do que de fato aconteceu surgiu depois do lançamento do filme biográfico "Música e Lágrimas", em 1956. Após assistir ao filme, um homem chamado Fred Shaw veio a público com a desconcertante declaração de que o avião de Miller fora bombardeado acidentalmente pela RAF. Em 15 de dezembro de 1944, Shaw era navegador de um bombardeiro Lancaster, que fazia parte de uma grande formação em regresso de um ataque abortado à Alemanha.

Tendo recebido ordens de se livrar das bombas sobre o canal da Mancha antes de pousar, Shaw afirmou ter visto sob a esquadrilha um avião pequeno, um Noorduyn Norseman, que teria caído no mar. Ele se lembrava de ter dito ao artilheiro de ré: “Uma pipa voou”. Somente depois do filme ele associou as datas e horas e se deu conta de que aquele provavelmente era o avião de Miller."

(http://lazer.hsw.uol.com.br/tragedia-de-glenn-miller.htm)

 

 

 

 

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