DESABAFO DE UM CRÍTICO A UM FICCIONISTA PIAUIENSE
Por Cunha e Silva Filho Em: 03/06/2021, às 13H28
DESABAFO DE UM CRÍTICO A UM FICCIONISTA PIAUIENSE
CUNHA E Silva Filho
( MEMBRO EFETIVO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE FILOLOGIA, ABRAfil)
É DE CORTAR O MEU CORAÇÃO ABISSAL E INAPELAVELMENTE ROMÂNTICO. PENSO QUE, SEM A EMOÇÃO E A SENSIBILIDADE, NÃO SERIA UM ESCRITOR. AMO AS ARTES E, NO MEU CASO PARTICULAR, MAIS AINDA A LITERATURA E OS ESTUDOS LITERÁRIOS DE FORMA INCONDICIONAL.CREIO QUE TEIMO E COM PRAZER DE O FAZER, QUE PRATICO A ARTE DO AMOR À ESCRITA LITERÁRIA. SOU QUASE TODO SENTIMENTOS.
POR OUTRO LADO, NÃO PODERIA SER TAMPOUCO ENSAÍSTA E CRÍTICO SE NÃO FOSSE O CONCURSO DA RAZÃO, DA LÓGICA E DO RACIOCÍNIO, POIS DELES DEPENDO PARA DESENVOLVER A MINHA ARGUMENTAÇÃO, RACIOCÍNIO E HERMEMÊUTICA. É ÓBVIO QUE ME ESFORÇO PARA DESENVOVÊ-LA EM MEU SER FÍSCO E INTELECTUAL. AFINAL DE CONTAS, PRECISO MUITO DO PENSAMENTO RACIONAL.
TAMBÉM SEM ELE EU NÃO VALERIA NADA COMO ESCRITOR. NO ENTANTO, É A EMOÇÃO, A SENSIBILIDADE QUE ME FAZEM COMPLETO COMO ENSAÍSTA. POR ISSO, ME ANTECIPO A QUALQUER CRÍTICA TACANHA E SEM EMBASAMENTO SÓLIDO QUE ME VENHA QUERER DESBARATAR A SERIEDADE DE ESCRITOR EM TODOS OS GÊNEROS EM QUE POSSA ME EXPRIMIR.
EU DIRIA QUE NÃO DAREI TRÉGUA SE SOUBER QUEM SEJA UM PIETRO ARETINO (1492-1556) INVEJOSO E COMPLEXADO DE MAUS BOFES QUE, SOBRETUDO NO PIAUÍ, ME VENHA DESQUALIFICAR TUDO O QUE ESCREVI DESDE OS MEUS TENROS TEMPOS DE ADOLESENTE, EM TERESINA NOS ANOS DE 1960, QUANDO COMECEI A PRODUZIR LITERATURA EM JORNAIS DE TERESINA.
FALAR MAL DA MINHA CRÍTICA E DOS MEUS ARTIGOS E CRÔNICAS ATÉ PODEM FALAR, MAS NÃO VINDO DE UM “CRÍTICO ” OU DE AUTOR MEDÍOCRE, COMO ALGUNS SÃO EM MEU ESTADO NATAL E EM OUTRAS REGIÕES POR ESSES BRASIS AFORA.
A MINHA RÉPLICA OU TRÉPLICA TERÃO TODO O MEU PESADO AZORRAGUE DE DEMOLIDOR DE “ FALSOS MOEDEIROS” DO TALENTO ALHEIO. ME LEMBRO, AGORA. DE UM PENSAMENTO DE LA ROCHEFOUCAULD (1613-1680) QUE UM VELHO AMIGO MEU, AQUI DO RIO, TEM PARA OS INVEJOSOS. NÃO ESTOU CITANDO IPSIS VERBIS : “QUANDO V. BRILHA, V. EMPURRA PARA A SOMBRA." TANTO ASSIM QUE TENTARAM ME SILENCIAR EM HISTÓRIAS DA LITERATURA PIAUIENSE, QUANDO MUITO, SÓ INFORMAVAM O MÍNIMO DO MÍNIMO, POR DIVERSAS MANEIRAS. PORÉM, NÃO CONSEGUIRÃO ME SILENCIAR FORA DO PIAUÍ.
SOU DURO DE CAIR ANTE INIMIGOS PÍFIOS, INIMIGOS DA PENA, OU MELHOR AGORA, INIMIGOS DO TECLADO. ENFRENTO E ENFRENTAREI, COM DIGNIDADE INTELECTUAL, QUALQUER UM DELES COM A CABEÇA ERGUIDA SEM OS TEMER NA POLÊMICA ACIRRADA. SEI COMO DERRUBÁ-LOS TODOS POR UMA CANETADA, OU MELHOR, POR UMA TECLADA, E LOGO LOGO O ÊMULO, SEM TALENTO, CORRE EM DEBANDADA PARA O LUGAR QUE MERECE NA SUA SUBLITERATURA DE ZOILO.
O MEU LADO ROMÂNTICO, ESTIMADO JOÃO PINTO, PERMANECE À FLOR DA PELE. O SEU RELATO, NESSA PÁGINA DE SAUDADE TRISTE E ELEGÍACA, É BELAMENTE AMOROSO E LÍRICO, REMEMORAÇÃO DO QUE FOI PARA V. A PERSONALIDADE DE SUA GENITORA. TEXTO IRRETORQUÍVEL QUE MUITO ME COMOVEU DURANTE A LEITURA FEITA HÁ UMA MEIA HORA.
SUA PÁGINA DE MEMÓRIAS, AO FAZER O RETRATO DE SUA SENHORA MÃE, É TEXTO QUE NÃO SE PODE NEM SE DEVE OLVIDAR. GUARDÁ-LO-EI NOS MEUS ARQUIVOS PESSOAIS.
ESSAS REMINISCÊNCIAS DE SUA QUERIDA MAMÃE SÃO DIVINAS E MELANCÓLICAS A UM SÓ TEMPO. SÃO, SIM, LEMBRANÇAS DE UM FILHO AMADO E AMANTE DA LITERATURA.