Deliciosos siris ali de perto do Maracanã

Os sabores do endro e conhaque de maçã enriquecem esta adorável receita de siri, lembra o chef Fernando Villas Bôas.

 

 

 

 

 

 

                Ao Alvinho (Álvaro Moreyra, 1888 - 1964), um dos mestres de Sérgio Porto.

                Para o ex-jogador e técnico de futebol AmarildoTavares da Silveira, que completou 70 anos de idade em 29 de julho de 2009, desejando-lhe muita saúde, vida longa e incontáveis alegrias e realizações - e para o Botafogo F. R.!

 

  

17.11.2009 - Ontem, 16 de novembro, aqui se falou de caranguejos australianos e formigas africanas [http://www.portalentretextos.com.br/colunas/recontando-estorias-do-dominio-publico/australia-formigas-loucas-atacam-caranguejos-vermelhos,236,2619.html]. Hoje, indiretamente - transcrevendo um texto de Stanislaw Ponte Preta -, chego finalmente a crustáceos do Brasil.  Eles são deliciosos, os siris, preparados num botequim que fica perto do Maracanã. Dica de Raimundo, o "rei dos siris" do Estado da Guanabara. Podem ser servidos, também, em requintados pratos dos restaurantes mais conceituados: "Os sabores do endro (*) [Obs. - As notas estão no final, após as ilustrações fotográficas.] e conhaque de maçã enriquecem esta adorável receita de siri", como ensina o chef Fernando Villas Bôas, cujo prato de siri é monumental [vide adiante a respectiva receita]. Em crônica antológica de Sérgio Porto, uma vontade pura e simples transforma-se em necessidade premente de comer siris. Sem endro e conhaque de maçã, mas era preciso comer aquele crustáceo, depois do jogo de domingo. Um siri magnífico, pronto para ser ingerido, com arroz, farofa, limão e pimenta, naturalmente, e, se o botequim simples oferecer o luxo, o azeite de oliva português para regar o delicioso "fruto do mar".

Por falar em "ficar perto", Sérgio Porto morava, na rua Leopoldo Miguez (Copacabana, Rio), no andar - o 5º - logo acima do andar onde se localiza o apartamento que foi de Carlos de Araujo Lima e Dª. Ruth, meus saudosos tios, pelo lado materno. Trecho da Leopoldo Miguez: entre Barão de Ipanema e Xavier da Silveira, no Posto 5, perto da Igreja São Paulo Apóstolo, portanto. Um dia meu pai levou-me - eu tinha 5 ou 6 anos de idade - à casa do grande escritor gaúcho Álvaro Moreyra, seu dileto amigo (**). Em 1966 (***), tinha este colunista 9 anos de idade e já lia, na Última Hora (jornal do Rio), crônicas de Stanislaw Ponte Preta (pseudônimo de Sérgio Porto). Quando conheci pessoalmente Álvaro Moreyra, em 1963 ou 1964 (nasci em 1957), não sabia eu que o grande escritor gaúcho era um dos mentores literários do genial Sérgio Porto. Muito novo, ainda não havia lido Sérgio Porto, nem Álvaro Moreyra, seu "ancestral literário". Sérgio Porto foi, no Banco do Brasil, colega de minha mãe, Fernanda Bittencourt (****). Sem Machado de Assis, João do Rio, Lima Barreto, o Barão de Itararé, Álvaro Moreyra, Millôr Fernandes, Chico Anysio, Leon Eliachar e outros o personagem-escritor Stanislaw Ponte Preta não teria existido. Nem - quem sabe? - o jornal O Pasquim (1969 - 1991), semanário satírico-político que revolucionou a linguagem e o conteúdo do jornalismo brasileiro e é um pouco posterior.

Mas passemos aos siris ali de perto do Maracanã, num dia de fabuloso jogo, que é o que agora importa! Flávio Bittencourt (Brasília - DF) - [email protected]

  


Stanislaw Ponte Preta
(Sérgio Porto)

 

 

 

 

 

 

 (http://www.fernandovillasboas.com.br/Receitas/Cozinha-Classica/siri_com_funcho_e_endro.html)

 Na foto, um siri bem preparado pelo chef de cuisine Fernando Villas Bôas (adiante apresenta-se a receita). Tal como acima editada a imagem, sob outra fotografia, em que "Stanislaw" olha para baixo, torna-se o prato, "kulechoveanamente"

[http://pt.wikipedia.org/wiki/Lev_Kulechov], objeto do desejo do escritor carioca cujo nome completo era Sérgio Marcus Rangel Porto (1923 - 1968).

 
"Não Sei se Você se Lembra

Stanislaw Ponte Preta
(Sérgio Porto)


ENTÃO
, não sei se você se lembra, nos veio aquela vontade súbita de comer siris. Havia anos que nós não comíamos siris e a vontade surgiu de uma conversa sobre os almoços de antigamente. Lembro-me bem — e não sei se você se lembra — que o primeiro a ter vontade de comer siris fui eu, mas que você aderiu logo a ela, com aquele entusiasmo que lhe é peculiar, sempre que se trata de comida ou de mulher.

Então, não sei se você se lembra, começamos a rememorar os lugares onde se poderia encontrar uma boa batelada de siris, para se comprar, cozinhar num panelão e ficar comendo de mãos meladas, chão cheio de cascas do delicioso crustáceo e mais uma para rebater de vez em quando. E só de pensar nisso a gente deixou pra lá a vontade pura e simples e passou a ter necessidade premente de comer siris.

Então, não sei se você se lembra, telefonamos para o Raimundo, que era o campeão brasileiro de siris e, noutros tempos, dava famosos festivais do apetitoso bicho em sua casa. Ele disse que, aos domingos, perto do Maracanã, havia um botequim que servia siris maravilhosos, ao cair da tarde. Não sei se você se lembra que ele frisou serem aqueles os melhores siris do Rio, como também os únicos em disponibilidade, numa época em que o siri anda vasqueiro e só é vendido naquelas insípidas casquinhas.

Ah... foi uma alegria saber que era domingo e havia siris comíveis e, então, nós dois — não sei se você se lembra — apesar da fome que o uisquinho estava nos dando — resolvemos não almoçar para ficar com mais vontade ainda de comer siris. Passamos incólumes pela refeição, enquanto o resto do pessoal entrava firme num feijão que cheirava a coisa divina do céu dos glutões. O pessoal — aliás — achava que era um exagero nosso, guardar boca para um siri que só comeríamos à tarde, porque podíamos perfeitamente ter preparo estomacal para eles, após o almoço.

Mas — não sei se você se lembra — fomos de uma fidelidade espartana aos siris. Saímos para o futebol com uma fome impressionante e passamos o jogo todo a pensar nos siris que comeríamos ao sair do Maracanã.

Então — não sei se você se lembra — saímos dali como dois monges tibetanos a caminho da redenção e chegamos no tal botequim. Então — não sei se você se lembra — que a gente chegou e o homem do botequim disse que o siri já tinha acabado.


A crônica acima consta do livro "Garoto Linha Dura", lançamento da Editora do Autor - Rio de Janeiro,  1964, pág. 163". (http://www.releituras.com/spontepreta_naosei.asp

 

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Siri com Funcho e Endro

Chef Fernando Villas Bôas 

"Os sabores do endro e conhaque de maçã enriquecem esta adorável receita de siri.

INGREDIENTES
2 bulbos de funcho
1/4 xícara manteiga
1/4 c. de chá sal
1/4 c. de chá pimenta do reino preta
450 g carne de siri cozida
1 c. de sopa conhaque de maçã
1/4 xícara creme de leite
1 c. de sopa suco de limão
3 c. de sopa endro fresco picado

MODO DE FAZER
1. Retire o final da folha em cima de cada bulbo do funcho, deixando 1,5 cm de talos.

2. Apare a extremidade da raiz de cada bulbo de funcho.

3. Corte o funcho em fatias de 1,5 cm.

4. Cozinhe o funcho no vapor por 5 minutos, até ficar levemente cozido, mas ainda crocante.

5. Lave o funcho em água fria corrente. Escorra bem.

6. Numa frigideira, derreta 2 c.de sopa de manteiga em fogo médio.

7. Adicione o funcho à frigideira e refogue por 1 minuto.

8. Tempere com sal e pimenta-do-reino.

9. Transfira o funcho para uma travessa de servir e mantenha quente.

10. Usando a mesma frigideira, derreta a manteiga restante em fogo médio.

11. Misture o siri e o conhaque de maçã.

12. Flambe o conhaque e misture o creme. Reduza o fogo para baixo.

13. Cozinhe delicadamente por 3 minutos, mexendo de vez em quando, até engrossar o molho.

14. Tempere com sal e pimenta-do-reino a gosto.

15. Adicione suco de limão, mexendo para misturar. Tire do fogo.

16. Coloque colheradas do siri sobre o funcho.

17. Enfeite com endro e sirva.

4 porções

Análise nutricional aproximada por porção
Calorias 328, Proteínas 25 g, Carboidratos 13 g, Gorduras 19 g, Colesterol152 mg, Sódio 697 mg". (http://www.fernandovillasboas.com.br/Receitas/Cozinha-Classica/siri_com_funcho_e_endro.html)

 

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Olhe e comprove - Janir Jr.

À ESQUERDA, UM BOTEQUIM CARIOCA

(http://odia.terra.com.br/blog/riodechinelo/200703archive001.asp)


 

 

 

 

 

OS DONOS DO BOTEQUIM EM SEU AMBIENTE DE TRABALHO, RIO

(http://odia.terra.com.br/blog/riodechinelo/200703archive001.asp)

 

  

   

 

 

 

 

UM PRATO FEITO DE BOTEQUIM

(http://gazetacarioca.com.br/site/comes-e-bebes/botequim/47-nascimento-de-um-boteco.html)

 

 

 

 

 

  

 

  

  

 

RODA DE SAMBA REGADA A CERVEJA

(http://geografiassuburbanas.blogspot.com/2009_03_01_archive.html)

 

ESTÁDIO DO MARACANÃ, RIO

"Nome Oficial: Estádio Mário Filho
Capacidade: 92.000
Endereço: Rua Prof. Eurico Rabelo, s/n., Maracanã - Rio de Janeiro (RJ)
Inauguração: 16/06/1950
Primeiro Jogo: Seleção Carioca 1 x 3 Seleção Paulista
Primeiro Gol: Didi (Seleção Carioca)
Recorde de Público: 183.341 (Brasil 1 x 0 Paraguai - 1969)
Dimensões do Gramado: 110m x 75m
Proprietário: Suderj".

(http://mavalem.sites.uol.com.br/rj/Rio1.htm)

 

 

 

 

 

 

 

 

  

   

O MARACANÃ EM CONSTRUÇÃO

(http://mavalem.sites.uol.com.br/rj/Rio1.htm)

 

REPRODUÇÃO DA CAPA DO LIVRO Maracanã - Onde todos são iguais (Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1998), DO COMENTARISTA E TORCEDOR DO BOTAFOGO OLDEMÁRIO TOUGUINHÓ, DO JORNAL DO BRASIL (http://www.planetanews.com/produto/L/113328/maracana--onde-todos-sao-iguais-oldemario-touguinho.html). Esta coluna registra que o subtítulo desse livro do saudoso Touguinhó é significativa na esfera de discussão aqui proposta: "Onde todos são iguais". No Maracanã, em dias de jogos - como acontece nos três dias de carnaval -, a suspensão de duras realidades, "magicamente", acontece, havendo produção ficcional instantânea. A interrupção de uma contenda (por exemplo, em razão de um temporal) corresponde, numa sala de cinema, à quebra do projetor. Eu estava presente numa ocasião dessas, no estádio do Vasco da Gama, no Rio (São Januário): a interrupção do estado de catarse que o esporte propicia na esfera do psiquismo do espectador-torcedor corresponde à emergência, em seu espírito, do princípio da realidade (em oposição ao princípio do prazer, de acordo com a terminologia de Freud). Interrompendo-se a partida, a sensação que se tem é a de - como se diz na gíria - "cair na real", uma reação de decepção, como num baile carnavalesco onde repentinamente falte luz. Os esportes são "ficcionais"/"reais". A pertinência da inclusão da presente observação ancora-se no fato de que a crônica-conto de Sérgio Porto "Não sei se você se lembra", acima transcrita, interrompe-se de sopetão - ali onde o significante (o fecho do bloco textual, considerado como desagradável interrupção de suave narrativa: é o inelutável fim da crônica) está contaminado de significado (um fato bruto, infeliz, de que se dá notícia, surpreendendo) -, quando se conta que, naquele dia, para quem ia comer siri, "o carnaval" era outro. E não aconteceu. Quem estava agradavelmente "processando", via leitura, o texto memorável nada tem mais para ler. É claro que o problema da morte está envolvido, pois, quando se eleva - quando o autor eleva - uma aparentemente "trivial" crônica para territórios que merecem exames muito mais profundamente dedicados quem fica atônito não é apenas o leitor, mas o pretenso crítico que é - automaticamente, poder-se dizer - convocado para a discussão proposta... principalmente quando ele não é especialista em história da filosofia, nem em assuntos metafísicos, como é o meu caso. Nesse caso, é melhor a fazer é parar de falar, também! FB

 

 

 

 

 

  

 

 

 

 

TOUGUINHÓ (1934 - 2003), autor de luminoso livro sobre o Maracanã, foi um sério e apaixonado profissional que torcia pelo futebol. (http://www.jornalpequeno.com.br/Blog/OliveiraRamos/?p=203)

 

 

 

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 

 

O COMPOSITOR MUSICAL ARY BARROSO, VEREADOR MAIS VOTADO

EM 1946, FOI LOCUTOR DE FUTEBOL E LUTOU, NA CÂMARA MUNICIPAL, 

PELA CONSTRUÇÃO DO MAIOR ESTÁDIO DO MUNDO

(http://www.copa2014.org.br/noticias/721/ARY+BARROSO+O+VEREADOR+DO+MARACANA.html)

 

 

 

   

 

 

 

 

ODUVALDO COZZI, LOCUTOR DESPORTIVO

(http://blogdoradiocarioca.blogspot.com/2009/08/um-fla-flu-em-13-de-setembro-de-1936.html)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 DOALCEI BUENO DE CAMARGO, LOCUTOR DESPORTIVO

(http://www.tupi.am/doalcei.aspx)

 

 

 

 

 

    

 

O COMENTARISTA RADIOFÔNICO, CRONISTA

DE JORNAL E TÉCNICO DA SELEÇÃO BRASILEIRA

DE 1969 JOÃO SALDANHA

(http://www.danielpereira.blog-se.com.br/blog/conteudo/home.asp?idBlog=11959&arquivo=mensal&mes=05&ano=2009)

 

 

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O LOCUTOR DESPORTIVO WALDIR AMARAL [Nas proximidades do grande estádio, há hoje

uma rua que homenageia o seu nome.]

(http://blog.cacellain.com.br/category/perfis/)

 

 

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O LOCUTOR DESPORTIVO JORGE CURY

(http://flaeterno.wordpress.com/2008/12/22/saudade-eterna/)

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÁRIO VIANNA, "com dois enes" (o da direita), EX-POLICIAL, EX-ÁRBITRO DE FUTEBOL E - na época da foto - COMENTARISTA DE ARBITRAGEM, uma personalidade com vida repleta de "causos biográfico-folclóricos", http://www.jornalpequeno.com.br/2008/7/12/Pagina82517.htm, cumprimenta FLÁVIO ARAUJO, LOCUTOR DESPORTIVO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÁRIO VIANNA, COMENTARISTA DE ARBITRAGEM cheio de estórias, http://terceirotempo.ig.com.br/quefimlevou_interna.php?id=2789&sessao=f, QUE BERRAVA "- GOOOOOOOOL LEGAL!" ou "- ERROOOU"!, NO MOMENTO EXATO DO GOOOOOO...

 

 

 

À direita, Teti Alfonso (empresário),  o festejado pugilista norte-americano Archie Moore (Archibald Lee Wright (1913 - 1998), que foi campeão mundial dos meio-pesados e, depois, ator de cinema, tendo trabalhado em As aventuras de Huckleberry Finn, 1960) e LUIZ MENDES (comentarista desportivo), narração de luta de boxe sob o patrocínio da Esso Brasileira de Petróleo [direção do filme citado:  Michael Curtiz, baseado no famoso livro de Mark Twain]

(http://www.abi.org.br/paginaindividual.asp?id=3297)

 

UM CAUSO DA VIDA DO GRANDE ORLANDO BATISTA, "o locutor de 12 copas" (ORLANDO BATISTA X ZÓZIMO BARROSO DO AMARAL):

"ELE NÃO PASSA DE UM XEEEEPEEEEEIROOOOOO!!!!!!

 

O locutor Orlando Batista fez história no rádio. Descobriu um filão: na emissora em que trabalhava, a Mauá, jamais deixou de cobrir os jogos de seu time, o Vasco da Gama, a segunda torcida mais numerosa do Rio de Janeiro. Tinha público certo e, por ser tão focado em audiência, seu programa sempre foi patrocinado pela cerveja Antarctica.
Na mesma Rádio Mauá, pilotava um programa no fim da tarde, “A turma do bate-papo”, que sempre iniciava dando boa-tarde a todas, rigorosamente, todas as categorias profissionais, não esquecia nenhuma.
Certa tarde, chegou furibundo à emissora porque o colunista Zózimo Barrozo do Amaral, do Jornal do Brasil, o havia criticado por alguma mancada durante o programa.
Orlando deu o troco no programa que reunia os repórteres da Mauá, cada qual fazendo uma resenha do dia-a-dia nos clubes que cobriam. Só que dedicou quase o programa inteiro a espinafrar Zózimo.
Isso depois dos numerosos boas-tardes. “Boa tarde, motoristas de ônibus, caminhões e carros particulares! Boa tarde, garçons, auxiliares de cozinha, cozinheiros, cozinheiras, sapateiros, lanterneiros, protéticos, encanadores, costureiras, médicos, enfermeiros e pacientes dos nossos hospitais! Boa tarde, porteiros de edifícios, sapateiros, guardas de trânsito, policiais...!”, e por aí vai.
Meia hora depois de cumprimentar todo mundo, gastou a meia hora restante do programa para se defender da nota publicada no JB. Falou algo assim:
– No programa de hoje não vamos falar de futebol, vamos falar de um cidadão que nos atacou injustamente através de sua coluna social, que é lida somente pelas madames, pelas dondocas da sociedade, que não têm nada o que fazer na vida. O senhor Zózimo Barrozo do Amaral teve a ousadia de nos criticar covardemente, desonrosamente. Sabem quem é este Zózimo? Meus amigos, este senhor Zózimo é conhecido por filar a bóia dos ricaços do Rio de Janeiro. Ele chega quando o jantar já está servido e come os restos. Parece até aquele pessoal que chega sempre no final da feira para comprar os legumes mais podres e mais baratos. A diferença é que ele não paga nada. Seu Zózimo não passa de um xepeiro das mesas dos grã-finos. É isso que ele é, um XEPEEEEIROOOO! XEPEEEEIROOOO!
E repetiu muitas vezes a palavra.
No JB, foi o assunto daquele e dos dias seguintes. Como as editorias ficavam em salas fechadas, sempre que Zózimo acabava de passar, algum engraçadinho ia até a porta e berrava:
– XEPEEEIROOO!
Consta que até o pessoal do comando da Redação participou da gozação. E Zózimo ficou, ficou sim, eu vi, muito, mas MUITO ["fulo"] da vida mesmo com aquela palhaçada". (http://quemevivo.blogspot.com/2009_05_01_archive.html; a foto de feira livre ilustra o texto, no original; (relato do jornalista JOSÉ SERGIO ROCHA, em seu blog "QUEM É VIVO SEMPRE APARECE - O importante é não perder o bonde da história", http://quemevivo.blogspot.com/, onde se pode ser: "Neste blog, que volta e meia tenho ganas de deletar, quando acho que está virando um vício, não ganho nem pro cafezinho, mas me divirto". DICA DA COLUNA "RECONTANDO... " AO JORNALISTA: NÃO DELETA, NÃO, JOSÉ SERGIO, QUE NÓS AINDA TEREMOS MUITA MATÉRIA PARA NOS DIVERTIR!". E muito obrigado pelo relato de ORLANDO BATISTA x ZÓZIMO, que é teu, mas o motivo de base já caiu no DOMÍNIO PÚBLICO desde que os fatos aconteceram.)
 
 
 

   

 

 

RUY PORTO, COMENTARISTA DESPORTIVO E TEÓRICO DE REGRAS DE ARBITRAGEM DO FUTEBOL [Foto maior deveria ter sido acima reproduzida, mas não localizei outra na Web - e não sei manipular imagens eletrônicas... FB]

(http://www.dourado.eti.br/meustextos/img/tico%5CHTV004_ICO.JPG)

 

ABAIXO, AINDA COM NEGROS CABELOS, ARMANDO NOGUEIRA, CRONISTA DESPORTIVO - como Nelson Rodrigues, literato do futebol -, AUTOR DE VÁRIOS LIVROS SOBRE O NOBRE ESPORTE BRETÃO E BENFEITOR DO BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FOTOMONTAGEM COM FOTOS DE CLÉBER MACHADO, GALVÃO BUENO, PAULO VINÍCIUS COELHO, FERNANDO VANUCCI E LUCIANO DO VALLE [Este último, em entrevista recente - recordo-me o que casualmente ouvi, sem ter neste momento as palavras exatas de L. do Valle - , afirmou que se entristece ao verificar que os campos de futebol não oferecem segurança às famílias que desejam assistir a jogos de futebol, não comparecendo, assim, aos estádios brasileiros, grande parte do público que nos fins de semana iria ao futebol; João Saldanha, por inúmeras vezes, referiu-se, também criticamente, aos preços dos ingressos, cujo valor elevado excluía (e ainda exclui) parte do público de trabalhadores economicamente menos aquinhoados, que merece assistir aos jogos dos times de seus corações.] (http://www.supervasco.com/noticias/revista-vip-causa-polemica-ao-revelar-o-time-para-o-qual-os-jornalistas-esportivos-torcem-27778.html) CLIQUE NESTE LINK E VEJA A MENÇÃO A GRANDES NOMES DO JORNALISMO DESPORTIVO, COMO SÉRGIO NORONHA, JUCA KFOURI, JOSÉ ROBERTO WRIGHT ["(...) Foi considerado o melhor árbitro da Copa do Mundo de 1990 e, no mesmo ano, o melhor árbitro do mundo (...), http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Roberto_Wright], ALBERTO HELENA JR., JOSÉ CARLOS ARAÚJO, MAURO NAVES, SILVIO LANCELLOTTI, tantos outros. AS FOTOS DELES TODOS - também dos não citados - DEVERIA AQUI CONSTAR, EVIDENTEMENTE. Abaixo, fotos de mais 15 radialistas de grande talento profissional - LEMBRANÇA DE MILTON NEVES -, mas outras lacunas, muitas, permanecem. [A vida profissional, como juiz de futebol, de José Roberto Wright, como a de Mário Vianna, oferece lances magníficos para esta coluna de ESTÓRIAS DO POVO. Nesse sentido, não mencionar o nome de ARMANDO MARQUES, que completará oito décadas de vida em 6 de fevereiro de 1910, seria assinar autoatestado de amnésia. SAÚDE E VIDA LONGA A TODOS ELES QUE AINDA VIVEM E TANTAS ALEGRIAS - e exemplos de trabalho e honradez - OFERECERAM AO CONJUNTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA! (No caso dos juízes, sendo muito xingados, às vezes por dezenas de milhares de torcedores.) FB]

 

(http://blog.miltonneves.ig.com.br/tag/radio/)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DENI MENEZES, REPÓRTER DE FUTEBOL

(http://ricardovalverdemoreira.zip.net/arch2009-09-13_2009-09-19.html

 

 

 

  

 

 

 

 

 

 

WASHINGTON RODRIGUES, REPÓRTER DE FUTEBOL E EX-TREINADOR DO FLAMENGO

(http://www.flamengo.com.br/flapedia/images/thumb/1/13/WashingtonRodrigues.jpg/180px-WashingtonRodrigues.jpg)

  

 

 

 

 

 

 

 

 

NELSON RODRIGUES COM A CAMISA

DE SEU FLUMINENSE

(http://jornalheiros.blogspot.com/2009_05_01_archive.html)

 

 

 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

GARRINCHA, PATRONO DESTA COLUNA, E AMARILDO,

"O POSSESSO", QUE SUBSTITUIU PELÉ NA COPA

DE 62, NO CHILE, HERÓIS MÍTICOS DO POVO BRASILEIRO,

DEFENDENDO A CAMISA DO GLORIOSO Botafogo de Futebol e

Regatas

(http://mundobotafogo.blogspot.com/2009_07_01_archive.html)

 

SÉRGIO PORTO PRODUZINDO em seu gabinete de trabalho, na própria residência onde morava, na rua Leopoldo Miguez (Copacabana), fotomontagem com as Certinhas do Lalau, suas incontáveis musas, algumas das quais, na época, eram - como então se dizia - vedetes de enorme sucesso, garotas-propaganda dos mais veiculados anúncios, atrizes de grande talento e lindas mulheres do high society do Rio.

 

"DE COSTAS - O cronista no programa "Noite de Gala", da TV Rio, diante da certinha Carmen Verônica"

(http://bloguidonoleari.blogspot.com/2009/06/o-dono-das-certinhas-do-lalau-sergio.html)

 

Notas -

(*) - Segundo a Wikipédia, "O endro (Anethum graveolens) é uma erva aromática. Também conhecido por aneto, é muito usado na cozinha sueca, finlandesa, russa e polonesa para aromatizar salmão e batatas novas. Tem um aspecto semelhante ao do funcho mas o sabor é muito diferente". (http://pt.wikipedia.org/wiki/Endro).

(**) - Meu artigo "O bancário e o o monge" foi publicado no Observatório da Imprensa, por bondade do editor Alberto Dines: http://observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=414AZL002.

(***) - 1966: o triste ano da morte de Walt Disney, em Los Angeles, nos Estados Unidos.

(****) - Fernanda Araujo Lima Bittencourt (nasc. em Manaus, 1918): funcionária aposentada do Banco do Brasil (viúva do escritor Ulysses Bittencourt, http://pt.wikipedia.org/wiki/Ulysses_Bittencourt), irmã do citado Carlos de Araujo Lima (1912 - 1998), famoso jornalista, escritor e advogado criminalista, nascido em Manaus, que defendeu, no Tribunal do Júri, Gregório Fortunato (chefe da segurança pessoal do presidente Getúlio Vargas), enfrentando, na época, "República do Galeão" (oficiais da Aeronáutica exacerbadamente anti-varguistas, muitos deles udenistas/lacerdistas [vide "Nota '*****', seguinte], depois de acontecido o "atentado da rua Toneleros", em 5.8.1954. A Gregório Fortunato foi atribuída a culpa por possivelmente haver arquitetado o atentado político cujo objetivo era assassinar Carlos Lacerda. Foi morto, infelizmente, na ocasião, um dos homens da segurança de Lacerda, o Major - da Aeronáutica - Rubens Florentino Vaz. Esses episódios sombrios da história do Brasil redundaram no suicídio de Getúlio Vargas, no Palácio do Catete, em 24.8.1954.

(*****) - A propósito, muitos oficiais da Aeronáutica não sabiam que a UDN (via IBAD [http://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Brasileiro_de_A%C3%A7%C3%A3o_Democr%C3%A1tica]) recebia grandes somas em dinheiro do serviço secreto dos EUA, a tenebrosa CIA [Obs. - Interessam, no espaço desta coluna, estórias, verdadeiras ou não (às vezes, verdadeiras, todavia reproduzidas com exageros: "Quem conta um conto, aumenta um ponto", como diz o ditado...), sobre complôs internacionais e mega, midi ou miniconspirações, uma vez que, nesses casos, temos relatos que se expandem no seio do povo, ao longo dos tempos, tornando-se, já se vê, literatura popular da mais legítima e genuína; já a literatura de I. Fleming, por exemplo, com seu célebre personagem James Bond, o espião inglês "007", é de romance de espionagem e ainda não caiu no domínio público: tem ela autor conhecido e porta características de estilo pessoal, como se sabe (conclui-se que boatos sobre o assassinato de JFK, CIA, KGB, máfia ítalo-americana, "homens de preto" tentando encobrir contatos com seres extraterrestres - e assim por diante - diferem-se, no aspecto autoria do relato, dos romances de espionagem, cuja invenção não é coletiva).]. Sobre esse (sensacional) assunto - CIA no Brasil -, há algo em Assaltos ao Parlamento: estudo comparativo dos episódios do Ibad e do Mensalão (monografia de Especialização em Instituições e Processos Políticos do Legislativo / CEFOR - Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento / Programa de Pós-Graduação / Câmara dos Deputados, orientadora Regina da Cunha Rocha, Brasília, 2007), cujo autor é João Carlos Ferreira da Silva, que escreveu: "(...) O funcionamento do esquema do Ibad é detalhado por Dreyfuss [DREIFUSS, René Armand. 1964: a conquista do Estado - ação política, poder e golpe de classe. Petrópolis: Vozes, 3 ed., 1981]: 'Até 1962, o Ibad já havia dado origem a dois canais com propósitos diversos.  Um deles foi a Ação Democrática Popular - Adep, uma ação política patrocinada pela estação da CIA no Rio de Janeiro que manejava campanhas eleitorais e lobbyng.  O outro foi a Incrementadora de Vendas Promotion S.A., da qual o diretor-proprietário era Hasslocher.  A Promotion S.A. exercia a função de agente publicitário do Ibad e da Adep nas estações de rádio, jornais, revistas e canais de televisão em todo o Brasil.  Sua função era disseminar as idéias políticas do Ibad, além de ser uma agência financiadora para suas atividades discretas e encobertas.  O Ibad, a Adep e a Promotion S.A. compartilhavam escritórios e funcionários administrativos. (...) A Adep agia no cenário nacional através de escritórios bem equipados espalhados pelo país, geralmente dirigidos por oficiais reformados do Exército, a maioria deles generais e coronéis, cuja ação teve a cobertura da Ação Democrática Popular - ADP no Congresso'.  A falta de tradição política e empresarial de Hasslocher fez com que muitos desconfiassem de seu verdadeiro papel.  Dutra [DUTRA, Eloy. Ibad: sigla da corrupção. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1963] afirma que ele era 'o chefe-supremo do Ibad, da Adep e da Promotion', e que 'só ele dava ordens, só ele recebia e só ele pagava', mas o considera um representante, 'um testa-de-ferro de grupos estrangeiros', que teria sido 'industriado pelos 'Serviços de Inteligência' do país ou países aos quais serve'.  Bandeira [BANDEIRA, Luiz Alberto Moniz. O governo João Goulart: as lutas sociais no Brasil, 1961-1964. Rio de Janeiro: Revan; Brasília: Editora da UnB, 7ª ed., 2001] diz: 'Essa outra instituição, o Ibad, atuava diretamente sob a direção da CIA, que a financiava, utilizando como seu agente um certo Ivan Hasslocher' (...)". Comentário desta coluna "Recontando estórias do domínio público": como logo se percebe, vale o esforço da leitura da monografia, em sua integralidade textual, que consta, na Web, em: http://apache.camara.gov.br/portal/arquivos/Camara/internet/posgraduacao/Jo%C3%A3o%20Carlos%20Ferreira%20da%20Silva%20-%20monografia%20curso%20IP%201%C2%AA%20ed.pdf. FB

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Homenagem do cartunista Lan, depois da partida de seu amigo Sérgio Porto, em 1968.

(http://artes.com/lan/curriculum.htm)

 

                               "Quando um amigo morre, leva um pouco da gente".

                                           Stanislaw Ponte Preta

 

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SE TIVER TEMPO E INTERESSE, VEJA ARTIGO ESCRITO PELO RESPONSÁVEL PELA COLUNA "Recontando estórias do domínio público", PUBLICADO NO ÚLTIMO DIA DO ANO (31.12.2009), NO JORNAL BRASILIENSE TRIBUNA DO BRASIL:

http://www.tribunadobrasil.com.br/site/index.php?p=noticias_ver&id=8473

FELIZ 2010!

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