de silêncio e brancura (maria azenha)

Na parede da sala o luar fez descer a sua pequena música
Com sereias e medusas no anel branco da noite
Foi então que estremeci na praia nua cintilante na areia
Com seus cavalos brancos de sombras e de bruma

E unidos um a um os seus cabelos de brancura
Onde pousam abelhas de prodígio e de dunas
O vento e o mar na casa se cruzam e me procuram
No centro permaneço sem sombra como um íman

E espelhos de silêncio e ausência me recusam
E muros de navios me reflectem e ressoam
Na sala atravessada por um fio a prumo
Que corre eternamente para o fim do mundo