Daniel Neto apresenta dubladores brasileiros e seus trabalhos
Por Flávio Bittencourt Em: 20/02/2011, às 08H08
[Flávio Bittencourt]
Daniel Neto apresenta dubladores brasileiros e seus trabalhos
Em matéria de futebol, construção de aviões e usinas hidrelétricas, automobilismo, petroquímica, medicina plástica e dublagem de filmes, o Brasil é país de primeiro mundo
"Quando um personagem de ficção reúne todo o mal em si, as outras figuras em cena tornam-se verdadeiros 'anjinhos do bem', criando um problema do tipo 'OS OUTROS NÃO PODEM ERRAR' - e, é claro, o anti-herói (como o malvado da série PERDIDOS NO ESPAÇO) 'não pode acertar', jamais: essa previsibilidade, que, em certos casos, é absoluta, torna-se apoltronante e contribui na construção de uma conservadora ideologia narrativa, MAS A CAPACIDADE DE UM ATOR ENCARNAR MAGNIFICAMENTE O PERSONAGEM DOENTIO E PERVERSO NÃO TEM NADA A VER COM O CONSERVADORISMO DO PRODUTO CULTURAL, PELO CONTRÁRIO: ao exagerar - um pouco - na interpretação, transmite-se ao espectador uma "segunda mensagem", a de que não se está agindo no mundo da experiência (dito "real") mas num conto, numa novela, num romance, num filme, numa série televisiva. Assim, o leitor/espectador acorda de uma letargia que talvez o roteirista (o criador-escritor) 'quadrado' (antiquado) preferisse que fosse predominante, no momento de sua criação ganhar vida dramatúrgico-cinematográfica, na cena interpretada."
(COLUNA "Recontando estórias do domínio publico")
"A hipótese principal do trabalho (*) é que o bem consiste numa dialética entre religião e política, enquanto o mal se derivaria da negação dessa dialética".
(*) Héctor Ricardo Leis [Professor do Departamento de Sociologia e Ciência Política da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina)], Sobre o bem e o mal às avessas: religião e política o mundo contemporâneo,
http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/cadernosdepesquisa/article/viewFile/2177/4456
"Todos os conceitos significativos da moderna teoria do Estado são
conceitos teológicos secularizados".
Carl Schmitt, citado por Héctor Ricardo Leis
(http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/cadernosdepesquisa/article/viewFile/2177/4456)
"POUCOS ANOS DEPOIS DE TER SIDO LITERARIAMENTE CRIADO,
O DR. SMITH, PERSONAGEM DA SÉRIE PERDIDOS NO ESPAÇO,
EMERGIU VIGOROSA E MAQUINALMENTE EM 2001, UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO
COMO COMPUTADOR HAL 9000, quando astutamente usou truques aprendidos
com um robô (não-malvado) que por muito tempo combateu, em Perdidos no Espaço
[FOI QUANDO O ASTRONAUTA DAVE BOWMAN PRECISOU DESATIVAR UM
COMPUTADOR ESTRANHO QUE FALAVA COM FLUÊNCIA, MAS NÃO DIZIA -
exatamente por ser muito esperto -, PARA NÃO dar na vista, "NADA TEMA,
COM SMITH NÃO HÁ PROBLEMA" - *risos*]
(COLUNA "Recontando")
(http://www.inneon.com/images/NeverFear1.jpg)
"(...) um dos macacos percebe que pode utilizar um osso tanto como instrumento ou uma arma e então ele a utiliza para matar o outro que quer se apoderar de sua comida. (...)"
"NA PRIMEIRA FASE DE PERDIDOS NO ESPAÇO, O PAPEL DE ROBÔ ERA SECUNDÁRIO, UMA VEZ QUE ELE AINDA NÃO TINHA UMA PERSONALIDADE, OU SEJA, NESSE PERÍODO, O ROBÔ ERA APENAS UM ROBÔ: A NECESSIDADE - "intranarrativa", ou seja, diegética - DE ANTEPOR-SE AO MALVADO SMITH FEZ COM QUE A MÁQUINA EVOLUÍSSE EM TERMOS DE ganhar alma, PORTANTO; POUCOS ANOS DEPOIS, EM 2001, UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO, UM FILME DE - para que se utilize uma expressão cara a D. Pignatari - ELEVADA TEMPERATURA INFORMACIONAL, DE S. KUBRICK, O COMPUTADOR PASSOU A ENCARNAR, POR ASSIM DIZER 'o próprio Dr. Smith' - O MAL EM SI"
(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")
O ROBÔ DE PERDIDOS NO ESPAÇO:
MÁQUINA DO BEM, que reprimia os instintos perversos
do velho Smith
"Faleceu Bob May, o robô de Perdidos no Espaço
Porém, a voz do robô era feita pelo narrador Dick Tufeld'.
(http://luis-njusa.blogspot.com/2009/01/faleceu-bob-may-o-rob-de-perdidos-no.html)
"Doutor Zachary Smith, Major West, a família Robinson, o Robô e todos os seres estranhos do universo faziam parte dessa série clássica criada nos anos 60. A família Robinson foi selecionada entre muitas outras famílias para fazerem parte de um projeto do governo dos EUA, que se resumia em enviar uma família para viver em um dos planetas da Via Láctea. Pórem, o médico da base, Doutor Smith era um espião com a missão de sabotar o projeto Jupiter 2. Sem querer, o nosso espião ficou preso detro da nave e foi para o espaço com a família. Smith havia sabotado o Robô de bordo e programou-o para destruir o sistema de navegação. Só que não contava com a sua presença na nave. O Robô cumpriu sua programação e todos ficaram vagando no espaço. E aí começam as aventuras da família Robinson em Perdidos no Espaço.
Um breve histórico
A série foi criada em 1965. Na versão original em preto e branco, o doutor Smith era mal e astuto, não tinha aquele ar de canastrão que se tornou sua marca registrada na série colorida (2º e 3º fases). O robô também não tinha uma personalidade e era absolutamente frio e com diálogos limitados ao seu papel secundário. (...)".
(http://www.mofolandia.com.br/mofolandia_nova/perdidos.htm)
“Voltarei com certeza, ao Brasil, para ficar um mês. Quero conversar com o povo, a gente das ruas. Sabe de uma coisa? Não vim aqui para conversar com americanos. Mas no Festival do Filme, no rio, só conversei com eles! Quando voltar, quero sentir o homem da rua, que me pareceu extremamente simpático e amável. Se os brasileiros me admiram, eu os admiro mais ainda.”
(JONATHAN HARRIS, ator estadunidense infelizmente já falecido)
" (...) Acho que o meu dublador [BORGES DE BARROS, ator e dublador] é um grande artista. Se outros filmes meus forem exibidos no Brasil, quero que ele faça a minha voz. (...)"
(IDEM)
Jonathan Harris e seu dublador, Borge de Barros. |
(http://www.mofolandia.com.br/mofolandia_nova/perdidos.htm)
"Dubladores da Série [PERDIDOS NO ESPAÇO, dos anos 60, EUA] no Brasil
Personagens
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Dublador(es)
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Professor John Robinson
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Astrogildo Filho e Rebello Neto
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Maureen Robinson
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Helena Samara
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Major Donald West
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Ary de Toledo
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Judy Robinson
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Neuza Maria e Áurea Maria
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Penny Robinson
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Cristina Camargo e Leomar de Mattos
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Will Robinson
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Magali Sanches e Maria Inês Nodial
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Dr. Zachary Smith
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Borges de Barros
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Robô
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Amaury Costa e Gilberto Barolli
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Narrador
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Carlos Alberto Vaccari e Emerson Camargo
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Tradutor
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Hélio Porto
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Obs: Hélio Porto era o tradutor oficial da AIC no final dos anos 60. Hélio faleceu nos anos 90.
"(...) Jonathan [JONATHAN HARRIS] foi entrevistado no programa “Hebe”, depois de assistir, na cabina de projeção da Record, a um filme dublado da série Perdidos no Espaço. Seu comentário: “Acho que o meu dublador é um grande artista. Se outros filmes meus forem exibidos no Brasil, quero que ele faça a minha voz. Intervalo foi buscar Borges de Barros para que ele o conhecesse (é o Mendigo Milionário da “Praça da Alegria”). Jonathan abraçou-o: “Muito obrigado. Eu gostaria de ser tão bom artista como você”. Borges acolheu a lisonja com um sorriso modesto.
Fonte: Revista Intervalo. Editora Abril.
As fotos do encontro de Jonathan Harris e Borges de Barros e a reportagem de Petrosa Filho foram fornecidas pelo site Retrô TV".
http://www.mofolandia.com.br/mofolandia_nova/perdidos.htm)
http://www.freakingnews.com/Jonathan-Harris-Pictures-8562.asp)
EM MEMÓRIA DOS DUBLADORES BRASILEIROS
QUE INFELIZMENTE JÁ NÃO ESTÃO MAIS ENTRE NÓS,
DOS ATORES ESTADUNIDENSES
RICARDO MONTALBAN, BOB MAY E JONATHAN HARRIS,
QUE NÃO ERA PERVERSO COMO DR. SMITH - e
foi um verdadeiro amigo do Brasil
20.1.2011 - Eles (quase) não aparecem - Mas no programa de Hebe Camargo, nos artigos de Igor Spockhur, nas fantásticas fotomontagens de Daniel Neto (rosto do dublador e rostos dos personagens dublados, justapostos) e aqui na Coluna "Recontando estórias do domínio público" eles não apenas são mencionados, como são reconhecidos como atores de uma arte verdadeiramente maior. (E no passado, grandes atores de teatro interpretavam papéis relevantes em radionovelas, como se sabe). F. A. L. Bittencourt ([email protected])
IGOR SPOCKHUR ESCREVE SOBRE A:
"
Postou 06/04/2010 - 06:26
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Faltou o Wendel Bezerra, que dubla o Goku, Bob Esponja, etc, pra mim é o melhor!