Quem dera esta mensagem natalina pudesse chegar a todos aqueles que somente boas experiências vivenciaram no ano que se finda, aos que não sofreram nenhum contratempo, nenhuma contingência, propriamente preocupante; que não tiveram nenhuma expectativa inteiramente frustrada no ciclo temporal que se encerra; nenhuma intermitência inesperada ou imprevisível, como um hino de louvor, uma aleluia; enfim, uma proposta ou sugestão de agradecimento ao Todo-Poderoso.

            Ao mesmo tempo, gostaria de pedir ao Pai dos pais que me deixasse, imodestamente, transformar estas breves palavras, também, em um canto de exortação, de estímulo, encorajamento aos que sofreram duros percalços e vicissitudes, passaram por turbulências, ou que, por algum momento, chegaram a duvidar de sua fé ou a discordar das decisões divinas; dar-me-ia por muito satisfeito se as pudessem tomar como modesta e amigável homilia a alertá-los a jamais se esquecerem de agradecer ao Criador pelo maior de todos os dons recebidos: a vida.

            Relembrei, outro dia, a alguém, cuja importância, entendo, não pode nem deve ser medida em anos, meses, dias ou horas vividas, mas em atos e ações produzidos cotidiana, reiterada e, recorrentemente, por nele acreditar, verdadeiramente, este lugar-comum: todos nós aportamos neste plano existencial para desempenharmos um papel e buscarmos atingir, no mínimo, um objetivo divino; por conseguinte, creio, ninguém parte daqui sem cumprir sua sina, sua sorte, seu destino, desígnio, aventura; sem chegar ao fim do caminho que nos foi indicado. Os sofrimentos e as tristezas são os espinhos, os obstáculos que a natureza põe nessa estrada; as alegrias e bem aventuranças, as fores perfumosas, os suaves declives nela colocados.

            O Natal é a época do ano em que o cristão – e todos aqueles que creem que, há mais de vinte séculos, neste período, nascia entre os homens, nosso Salvador, Jesus Cristo - não deve ficar triste. O momento é de festa, de ser feliz. Não somos deuses, mas seres falíveis; todavia, ainda assim, nosso real sofrimento não serve como desculpa para não comemorarmos data tão significativa; principalmente porque, nós que acreditamos nessa verdade incontestável, sabemos que ninguém sofreu mais do que o Filho de Deus, e Ele fez isso, espontaneamente, sem reclamar; tão somente para provar que nos ama e o quanto nos considera importantes.

            Portanto, peçamos ao Ilustre aniversariante que nos mantenha esperançosos, confiantes, humildes; que faça de nossa fé a ferramenta de que precisamos para vencer quaisquer humanos obstáculos.  Que Ele derrame sobre nós Sua divina bênção.

            Enfim: “cantemos e louvemos ao Senhor, porque Ele é bom”. Tenhamos todos um Feliz Natal e um ano 2015 irretocável.

            São os votos deste colaborador a todos que fazem e/ou acompanham o portal eletrônico Entretextos.

            Antônio Francisco Sousa – Auditor Fiscal ([email protected])